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História I Still Choose You. - O Babaca.


Escrita por: LannynhaTK

Notas do Autor


Oiiee :3

Demorei? >,< Espero que não muito...

Minha rotina tá bem cheia esses dias, só pude postar o capítulo agora por que estou de recesso do carnaval

Lado bom de morar na Bahia \0/

Enfim, vamos ao capítulo kkk

Capítulo 8 - O Babaca.


– Por que você está sempre tão sozinho?

 

Essa foi a primeira vez que Nathaniel ouviu a sua voz.

A voz de um garoto pequeno, de olhos cinzentos, pele alva e os cabelos negros tocando em seus ombros.

Nathaniel, que estava encolhido em um canto no jardim daquela enorme mansão, havia se assustado um pouco com o contato repentino com outra criança com aparentemente a mesma idade que a sua. Seu olhar era curioso, tímido e confuso, mas tudo que foi capaz de fazer foi abaixar novamente o olhar, e voltar a cutucar o chão com um graveto.

 

– ... Você não vai me responder??

 

O garoto tornava a falar, deixando o loiro mais tímido ainda... Ele realmente queria um contato com alguém, queria fazer um amigo... Mas tinha vergonha, e medo... Sua voz simplesmente não saía...

 

Era frustrante.

 

– ... Tudo bem... Eu falo com você então...

 

O garoto disse simples, se sentando ao seu lado com um ar decidido, fazendo o loiro voltar a o olhar curioso, sem soltar o pequeno graveto, que em sua cabeça, imaginava ser uma fuga do moreno, um jeito de fingir não perceber a presença do mesmo.

 

– ... Bom... Eu... Sou filho único, sou o herdeiro do meu reino, meu signo é leão, tenho 7 anos, e nasci em...

 

– Está fazendo errado.

 

Nathaniel interrompeu sem sequer perceber. Em um pequeno impulso de irritação e agonia ao ver o outro quebrar todas as regras principais de educação e formalidade.

 

– O que estou fazendo errado?

 

– ... A apresentação... Está fazendo errado.... Tem que começar dizendo o seu nome...

 

– Ah é?

 

– ... É.

 

– ... Então comece por você. Me mostre como se faz e aí eu farei igual...

 

Nathaniel o olhou desconfiado, arqueando uma das sobrancelhas, dando um pequeno suspiro antes de resolver entrar naquele joguinho.

O mesmo se levantou, largou o graveto, e bateu nas próprias roupas para tirar a poeira e os amassados, aguardando que o garoto fizesse o mesmo, e ele fez, com um enorme sorriso no rosto, que se alargou ao ver que era alguns centímetros mais alto do que o loirinho.

 

– ... Sou o Nathaniel, Príncipe do reino Sul, filho legítimo do Rei Nathan. –O loiro ergueu sua mão.– É uma honra conhece-lo...

Aquela formalidade toda era um porre.

 

Castiel apenas revirou os olhos com uma das mãos no bolso, e riu de canto segurando na mão do loiro, e o balançando seu educação alguma.

 

– Prazer. Pelo visto você é daqueles típicos "nerds-certinhos" né? –O mesmo riu ao ver o loiro corar completamente.– Não se preocupe... Eu irei trabalhar nisso com você, te ensinar a ser mais espontâneo... É mais divertido...

 

Aquilo era muito estranho. Nathaniel não fazia nada que não fosse de sua obrigação... Ser sempre educado e formal, zelar pela sua imagem é o dever de qualquer príncipe, principalmente os herdeiros.... O que há de errado com esse garoto?!

 

– Sou Castiel, seu novo amigo.... Prazer em conhecê-lo, loirinho...

 

[ Flashback Off ]

 

Nathaniel acordou assustado daquele maldito pesadelo. 

 

Por que raios esses sonhos estão vindo a tona logo agora?! Fazia tanto tempo que não sonhava com aquele maldito... Era frustrante... Trazia lembranças ruins... E uma dor aguda em seu peito que parecia querer força-lo a desabar em lágrimas para aliviar aquela dor...

 

Mas Nathaniel não o fez.

 

Engoliu seco, olhou as horas, e se levantou da cama.

 

Foi ao banheiro, molhou o rosto, e respirou fundo.

 

Voltou para o quarto, se sentou na escrivaninha presente ali, e admirou a pilha de papéis.

 

Respirou fundo mais uma vez, pegou um par de óculos para leitura que já havia guardado na gaveta, preparou a sua caneta, ligou a luminária, e começou a trabalhar.

 

Ficou assim por cerca de três horas, sem pressa e sem vontade de sair do quarto. Seu estômago brigava com o loiro, mas o mesmo não dava ouvidos, e continuou a trabalhar, terminando finalmente, o que já havia prometido a sua irmã.

 

Nathaniel então saiu do quarto, com aquele monte de papéis em seus braços, dando um suspiro profundo enquanto se preparava mentalmente para encarar o falso-ruivo maldito, verificando as horas mais uma vez.

 

8 da noite. A essa hora o outro já estava em casa. Nathaniel engoliu a contra gosto uma dose de coragem, e caminhou em silêncio até a sala, presenciando então uma cena que fez cada músculo de seu corpo falhar por alguns segundos, se mantendo estático, apertando com mais força os papéis em suas mãos, sem conseguir dar meia volta e fingir que não aconteceu nada.

 

Sua irmã estava ali, no sofá, sentada no colo do seu marido, o beijando de forma intensa, sem se preocupar com mais nada senão o homem a qual sempre foi apaixonada.

 

E ele estava ali, cedendo. Suas mãos segurava os quadris da loira que parecia estar tão feliz que mal conseguia parar de sorrir durante o beijo... Ela havia acabado de realizar um sonho, e já estava se iludindo em outro...

 

Os barulhos e estalos do beijo acertava como um tiro no loiro, que sentia uma dor que há muito tempo não sentia. A garganta secou, o peito pesou, a respiração ficou mais forte em uma tentativa de se controlar, de se manter indiferente, mas não dava... 

 

Simplesmente não dava...

 

– ... É difícil admitir... Mas você definitivamente beija melhor do que o seu irmão...

 

E essa foi a gota d'água. 

 

Aquilo o acertou como uma facada certeira no peito, e no instante seguinte, percebeu todas as folhas escorregando de seus braços e chamando a atenção dos dois.

 

Castiel encarou assustado o rosto do loiro, e imediatamente tirou a Ambre de seu colo, mas sem saber o que dizer... Sem saber que desculpa usar... 

 

Não sabia porquê, mas estava com medo da reação do Nathaniel.

 

O loiro piscou algumas vezes até perceber o fim daquela tortura. Passou imediatamente as mãos no rosto, limpando as lágrimas que nem havia percebido que havia deixado cair, e se ajoelhou para pegar cada papel que escorregou de seus braços.

 

– D-Deixe-me te ajudar...

 

Castiel disse um pouco trêmulo, se abaixando na frente do loiro, que não disse nada, até sentir o pequeno toque do ruivo em sua mão sem querer.

 

– NÃO TOQUE EM MIM!

 

Gritou com tanto ódio que até a Ambre se assustou. 

 

Terminou de recolher cada papel, e jogou em cima da mesa em frente ao sofá.

 

– Continuem. Não vou mais atrapalhar.

 

Nathaniel disse sério, indo até a porta e pegando um casaco na frente da mesma, a vestindo, e abrindo a porta, ouvindo apenas um "Nathaniel, espera!", Antes de sair do cômodo as pressas, correndo até a saída, ignorando os seguranças, e andando sem rumo pra qualquer lugar... 

 

As lembranças daquele momento vinham a tona a cada passo, um momento de poucos segundos que mais parecia uma eternidade. 

 

Por que isso doía tanto??

 

Era isso que queria não era? Que o Castiel ficasse com outra pessoa... Pedisse um divórcio e o deixasse em paz, mas... Doía tanto...

 

Lembrou do seu primeiro beijo... 

 

Seu verdadeiro primeiro beijo... Será que havia sido tão ruim assim? 

 

" Você definitivamente beija melhor do que o seu irmão "

 

Até mesmo essas palavras resolveram participar dessa auto tortura, deixando o loiro já desesperado por qualquer desabafo, enquanto se continha para não deixar mais nenhuma lágrima cair. 

 

De cabeça baixa, andava sempre em linha reta, a cidade estava deserta, ou pensava que estava, até se bater com alguém...

 

– Desculpe...

 

Murmurou voltando a andar, mas foi pego de surpresa ao sentir o homem alto e forte segurando o seu braço, o puxando para olhar para si.

 

(????): .... Nathaniel??

 

Nathaniel apenas percebeu quem era o homem quando ouviu a voz calma e melancólica do mesmo.

 

Lysandre estava ali... Pronto para ajuda-lo... Como um anjo que surgiu como um porto seguro quando pensou que estava sozinho...

 

– ... Você está bem...?

 

Ele perguntou, mas tudo o que Nathaniel foi capaz de fazer, foi negar com a cabeça, deixar as lágrimas caírem, e o abraçar, como se fosse a última coisa que pudesse fazer na sua vida. Abraçou o albino com tanta força quanto chorava, molhando todo o tecido do outro, que estava confuso, mas ainda assim retribuiu o abraço.

 

– Está tudo bem...

 

Ele dizia de forma tão calma que Nathaniel até acreditava, enquanto acariciava os fios loiros tentando ajudar de alguma forma...

 

– ... A-Apenas fique comigo... Por favor....

 

Nathaniel pediu entre soluços, aproveitando o único momento de paz, naquele dia cheio que parecia nunca ter fim. 


Notas Finais


Não sei o que dizer :v nos vemos nos comentários ❤


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