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História I Still Choose You. - O Travesso.


Escrita por: LannynhaTK

Notas do Autor


Êêêh :v capítulo novo chegou ❤

Aproveitando essa paralização pra botar as atualizações em dia né? 🌚

Espero que vocês gostem, o capítulo ficou um pouco maior do que o de costume, mas acho que vocês não vão se importar ou se cansar >< ~Eu espero...~

Boa leitura <3

Capítulo 9 - O Travesso.


– Olhe pra mim.

 

A voz soou como uma ordem para o loiro, que mesmo envergonhado do estado deplorável em que se encontra, acatou de imediato, erguendo o rosto vermelho e molhado para encarar os de olhos bicolores.

 

– Vai me dizer o que aconteceu pra você ficar assim ...?

 

O albino perguntou em tom calmo, enquanto passava delicadamente sua mão pelo rosto do loiro, limpando as lágrimas que aos poucos se cessavam, enquanto o loiro negava com a cabeça, sem dizer uma palavra, arrancando um suspiro do albino.

 

– Quer ir pra algum lugar? Aqui perto tem um bar tranquilo, você pode beber alguma coisa e ...

 

– Pra sua casa. –O loiro interrompeu de imediato, enquanto tornava a abaixar a cabeça e enxugar as próprias lágrimas.

 

– ... O que?

 

– ... Me leva pra sua casa, Lys...? Por favor... Eu não quero ver o Castiel hoje... Nem amanhã... Nem depois...

 

O albino estava visivelmente surpreso, estático com o pedido alheio, pensando no que realmente fazer...

 

Lysandre mais do que ninguém sabia do quanto Castiel era possessivo, sabia exatamente que iria ser alvo de desaforos quando o mesmo descobrisse onde o loiro estava, sabia exatamente as consequências de qualquer atitude, mas ainda assim, sorriu de canto, voltando a erguer o rosto do loiro com um certo carinho, o fazendo olhar pra si.

 

– Eu não moro muito longe daqui... É um apartamento provisório, então é bem simples, você não se incomoda?

 

– ... Só... Me tira logo daqui... Por favor...

 

Tornou a pedir, arrancando um riso fraco do albino que apenas segurou calmo o pulso do outro, o levando consigo.

Nathaniel não se sentia muito confortável em ser puxado pelo pulso como se fosse uma criança, então, segurou na mão do outro logo em seguida, caminhando em silêncio ao lado do albino.

 

– Obrigado...

 

Nathaniel sussurrou, fazendo o maior sorrir mais uma vez, apertando com mais força a mão do loiro para o deixar mais calmo.

 

*******

 

– A gente não devia estar aqui Castiel.... Vamos embora...

 

– Relaxa... Se você não contar, ninguém vai descobrir...

 

Havia um sorriso travesso no rosto daquele moreno, um sorriso típico seu, um sorriso que um certo loiro ao mesmo tempo que adorava, tinha medo... Um sorriso que dizia claramente "Vou aprontar."

 

Enquanto isso, o Nathaniel fazia o que sempre fazia nessas situações em que considerava perigoso: Coçava o próprio braço... Mordia o lábio nervoso e olhava para todos os cantos com medo de alguém aparecer, mesmo que agora estivesse no meio do mato, em uma área isolada nos terrenos da mansão real, onde ninguém, nem mesmos os seguranças iriam.

Era um lugar quase assustador devido a quantidade de insetos, mas não era disso que o loiro temia, muito menos o Castiel, que adorava o perigo.

 

– O q-que você vai fazer? – O loiro disse preocupado. Ainda não sabia o porquê de sempre acompanhar o Castiel nas suas travessuras– O-Olha, da última vez, quando você colocou talco no secador da Ambre, foi engraçado... Mas fui eu quem teve que limpar toda a bagunça depois como castigo... C-Como posso ter certeza de que não vou me dar mal de novo?!

 

– Não se preocupe... Ninguém vai descobrir e eu irei me vingar da sua irmã por você, pessoalmente... Mas não hoje...

 

O outro disse com aquele sorriso que fazia um arrepio descer por todo o corpo do Nathaniel em calafrios.

 

– .... Castiel.... V-vamos embora... Por favor...

 

O outro tornou a pedir manhoso.

 

– Pode ir se quiser... Só é uma pena... Eu realmente queria te mostrar o lugar que eu descobri...

 

Nathaniel revirou os olhos.

 

Já fazia três anos que os dois se conheceram... Três anos como melhores amigos... E com tanto tempo próximo do outro, sabia perfeitamente que quando o Castiel diz "Pode ir", ele quer dizer "Se você for eu vou jogar isso na sua cara pro resto da sua vida".

 

– ... Você é um chato...

 

– Também te amo.

 

Castiel respondeu, rindo abertamente ao ver o loiro corar sem palavras, enquanto abria o caminho no meio daquela espécie de floresta, seguindo uma trilha inexistente que só ele sabia seguir, para chegar em seu destino, que já estava logo ali na sua frente, o fazendo abrir um novo sorriso, que significava "finalmente".

 

– Sabe nadar...?

 

Castiel perguntou rindo enquanto já começava a tirar a blusa.

 

– O que está fazendo?

 

Nathaniel perguntou confuso, até ver finalmente qual era o objetivo do seu melhor amigo.

Havia um enorme lago logo ali na frente. A água era cristalina, e enquanto o loiro permanecia estatístico, o moreno mergulhava de cabeça sem problema.

 

– O que está esperando? – O moreno perguntou sorrindo ao emergir da água. – Tira a roupa e vem... A água está uma delícia...

 

– .... T-Tirar a roupa?

 

Nathaniel perguntou se encolhendo, olhando para o chão e vendo a blusa e a calça do amigo no chão...

 

– I-Isso é realmente necessário...?

 

– Sim... Por que? Somos dois homens, qual o problema? Vem logo... Se não souber nadar eu te ensino.... Ou você está com medo?

 

Castiel perguntou rindo em provocação, voltando a mergulhar.

 

– Eu não tenho medo!

 

O loiro gritou emburrado, passando a tirar sua roupa também, expondo se corpo magro e esguio em seus plenos 10 anos de idade, e logo foi andando até o rio, enquanto escondia seu corpo com seus braços finos...

 

– Castiel...? Cadê você...?

 

O loiro perguntava olhando para o rio, em busca do moreno, até sentir algo puxar o seu pé, o fazendo gritar de susto antes de ser puxado de uma só vez na água.

 

– Te peguei, está com você.

 

Castiel disse rindo da reação do loiro, que apenas inflou as bochechas irritado, enquanto tentava socar o moreno.

 

– V-Você quer me matar de susto?! Idiota!

 

O loiro perguntou visivelmente irritado, enquanto o Castiel gargalhava.

 

– Vem me pegar Nath ...

 

O outro disse rindo voltando a mergulhar, e emergir atrás do loiro, o abraçando por trás, abusando da sua força –que sempre foi superior a do loiro– para o manter preso em seus braços.

 

– M-Me solte! –Exigia o loiro enquanto se debatia–

 

– Por que eu faria isso?

 

– Pra eu bater em você!

 

– Hm... Nha... Não quero apanhar...

 

O moreno disse sorrindo, deitando o queixo no ombro alheio, aguardando o loiro se acalmar, o que não levou muito tempo, já que o Nathaniel já estava acostumado com esse tipo de brincadeira vindo do outro, e sabia que tentar revidar nunca adiantava em nada.

 

– Você tem um cheiro bom Nath ...

 

Castiel disse em tom baixo, dando de ombros a vergonha alheia, e apenas abocanhou o pescoço alheio, em uma mordida.

 

– O-O que está fazendo...?

 

Nathaniel perguntou surpreso após soltar um gemido sussurrado enquanto o Castiel descia a boca até o ombro alheio

 

– Vi alguém fazer isso em um filme.... E como você está cheiroso... Fiquei com vontade de repetir... –Explicou simples.

 

Nathaniel aproveitou a vulnerabilidade alheia para se afastar do moreno, ficando de frente para o mesmo.

 

– Minha vez.

 

O loiro disse sorrindo, segurando o queixo do moreno e o virando de lado, mordendo o pescoço do moreno de volta.

 

– ... Como se sente...?

 

O loiro perguntou enquanto voltava a se afastar.

 

– ... É uma sensação engraçada... ... Mas eu prefiro a sensação de morder você...

 

– E eu gostei mais de ser mordido...

 

– Isso significa que tenho permissão para te morder sempre que tiver vontade...?

 

– Sim... Você tem.

 

– Pra sempre?

 

– .... Sim.... Porque nós sempre seremos amigos.... Certo...?


– Sempre... 

 

~Flashback Off~

 

Nathaniel mais uma vez acordou confuso com o sonho que teve. Estava em um quarto estranho, mas sabia de quem era. Tinha lembranças claras de tudo o que aconteceu na noite passada....

 

Infelizmente, tinha lembranças de tudo o que aconteceu na noite passada.

 

– Dormiu bem?

 

A voz calma mais uma voz soou por todo o ambiente, trazendo o olhar do loiro até o dono, que segurava uma bandeja com um café da manhã.

 

– Sim... Eu só... Tive um sonho estranho, mas... Dormi bem, obrigado...

 

O loiro disse um tanto sem jeito. Não estava acostumado com alguma preocupação alheia, muito menos com algo simples assim.

 

– ... Eu trouxe um café da manhã pra você... Imaginei que estivesse cansado...

 

O albino disse se aproximando da cama do loiro.

 

– V-você não precisava se dar esse trabalho... ... Obrigado Lys, você é realmente gentil ...

 

– Não precisa agradecer... Não foi trabalho nenhum...

 

O mesmo disse sorrindo, colocando a bandeja no colo do loiro, mas logo ganhando um ar um pouco mais sério.

 

– .... Castiel está preocupado com você...

 

– Eu quero que ele se dane...

 

– Por quê...?

 

– Porque ele é um boboca...

 

Lysandre riu.


Uma gargalhada cujo tentava inutilmente conter, arrancando um bico emburrado do loiro.

 

– Do que está rindo...?

 

– "Boboca"... Essa é uma palavra muito antiga... Acho que apenas nós dois sabemos o significado dela... E eu só sei porque gosto muito de estudar sobre nosso passado... –O albino disse rindo, mas logo voltando ao real motivo  da graça.– Você não fala palavrões?

 

– ... Eu .... Desaprendi a usar esses termos sujos... Tive que cortar do meu dicionário quando o Nathan me ouviu falar "caralho" aos 13 anos...

 

– Isso é fofo... –O albino disse conseguindo controlar o riso, observando o outro morder a torrada– Nunca conheci alguém que pensasse como você... Isso o torna diferente, fofo...

 

– ... Não sou fofo.... Ser chamado assim me faz me sentir vulnerável...

 

– Não confunda delicadeza com fraqueza... –Sorriu gentil– Você é único... Apenas isso...

 

Nathaniel mordeu o lábio envergonhado, mas sorriu como quem dissesse "obrigado", e apesar de não gostar de tocar no assunto, revirou os olhos antes de falar.

 

– O "boboca" sabe que estou aqui?

 

– Sabe... E pelo tom de voz dele, suponho que ele tenha ficado aliviado, apesar de me xingar com todos os palavrões que ele conhece... E olha que não são poucas...

 

– .... Idiota. –Xingou o ruivo baixinho– Eu o odeio tanto....

 

– Por que se casou com alguém que odeia?

 

– Porque eu não tinha escolha...

 

– Claro que tinha... ... Quando o padre perguntou "Você aceita se casar com Castiel ...", Não tinha uma arma apontado pra você o obrigando a responder "sim" .... Poderia ter negado...

 

– .... Mas aí meu povo iria sair prejudicado... Meu reino precisa de mais homens do exército e mais mãos de obra... E isso o Reino norte tinha de sobra.... .... Precisava ser desse jeito.

 

– ... Então... Está casado com alguém que não ama... E que não te respeita...?

 

– ... Como você sabe que...

 

– Ele me disse o que fez...

 

Lysandre disse com pesar, fazendo Nathaniel revirar os olhos e desviar o olhar envergonhado.

 

– ... Mas o que me deixa confuso é que... Você diz que o odeia mas... Você chorou quando com outra pessoa... Por quê?

 

– .... Porque foi humilhante. Apenas isso. –Respondeu frio, visivelmente irritado– Primeiro ele me beija contra minha própria vontade, depois ele beija minha irmã, na nossa casa, e ainda diz que ela beija melhor que eu... O que ele pensa que eu sou?? Um brinquedo?!

 

A frustração era visível, e Lysandre ficou surpreso com algumas informações que ainda não tinha, voltando a suspirar.

 

– Ele te beijou a força...?

 

– Sim... Mais de uma vez... Disse que meu beijo era tão ruim que não poderia ser chamado de "beijo"... Aí ele me beijou de novo...

 

– Foi o seu primeiro beijo...?

 

Nathaniel se calou. Abaixando a cabeça ficando corado, enquanto o Lysandre o observava, sentindo novamente uma raiva do seu melhor amigo crescer em seu peito.

Mais uma vez, só naquela manhã, Lysandre suspirou pesado, tentando manter a calma que sempre foi uma característica forte na sua personalidade, enquanto tirava a bandeja do colo do loiro, e o pousava na escrivaninha ao lado, se aproximando mais do loiro bem lentamente, observando cada reação do mesmo, cada expressão... Cada sinal...

 

– O primeiro beijo de uma pessoa tem que ser especial... Com alguém que realmente queira fazer...

 

Lysandre sussurrou calmo, levando o dedo ao queixo do loiro, o erguendo para si...

 

– ... Será que.... Você não quer ignorar o aconteceu com o Castiel... E me dar a honra de ser o primeiro a beija-lo, de verdade...?

 

Nathaniel sentiu suas bochechas queimarem, olhando fixamente para o Lysandre...

 

Seria seu primeiro beijo... Com quem que não fosse o Castiel...

 

Será que estava pronto?

 

Será que não iria fazer feio novamente...?

 

... Não teve mais tempo pra responder.

 

Lysandre foi se aproximando devagar, mas seu coração batia depressa.

 

Seus olhos se fecharam...

 

Sentia a respiração do albino contra seu rosto...

 

Aquela demora era torturante...

 

Só bastou sentir os lábios do outro tocarem levemente os seus, para Nathaniel resolver esquecer que o Castiel existe, e puxar o albino para si, em um beijo calmo e delicado.

 

A sua língua aos poucos era dominada pelo albino, que se mantinha calmo, como em uma dança cujo aos poucos aumentava o ritmo.

 

Aos poucos Nathaniel era deitado na cama, o clima ficava mais quente, e aquele beijo já ganhava direitos a mordidas e suspiros em cada pausa...

 

– Eu gosto de você Nath...

 

O albino sussurrou descendo a mão pelo corpo do loiro, adentrando a blusa que o mesmo usava, enquanto em suspiros, Nathaniel sussurrava:

 

– ... Então não pare. Lys...


Notas Finais


..... Eita....


Deixo as notas finais com vocês nos comentários 🌚


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