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História I Still Love Him - Onde os fracos não tem vez.


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Puddins, para quem me conhece, sabe o taaaanto de fics que eu tenho desses dois, assim como sabem que eu sou LOUCA para escrever sobre a fase só Harleen também.
Então essa fic será feita exatamente só para explorar a fase psicóloga da Harleen Quinzel, como ela tratou o Coringa, como ele se apossou do trabalho dela, como ele a induziu a coisas terríveis e como isso fez com que ela enlouquecesse e ficasse completamente apaixonada por ele.
Soooo... Enjoy!

Capítulo 1 - Onde os fracos não tem vez.


Fanfic / Fanfiction I Still Love Him - Onde os fracos não tem vez.

"As palmeiras refletem em seus olhos

Como um verão sem fim

É assim que eu me sinto com você

Se o tempo parasse, eu aproveitaria este momento

O faria durar para sempre"

 

Senti a água do chuveiro escorrendo pelo meu corpo na temperatura mais quente que tinha no aparelho, meus cabelos deslizavam até a cintura, conforme minhas mãos esfregavam meu rosto. Do outro lado do box havia uma toalha me esperando e uma revista local de Gotham City.

Suspirando, sai do banheiro, chegando ao meu quarto e vendo minha roupa, ali, dizendo para mim que tudo se sairia bem, que todo esse meu nervosismo se dissiparia assim que eu pisasse no Arkham.

Minha miopia era baixa, mas mesmo assim eu usava um óculos para descansar os olhos. Um saco, eu admito, mas era necessário, me dava um ar sério que eu não conseguia ter quando conversava com alguém.

Havia uma pilha de livros ao lado da cama, o que significava que eu tinha de lê-los, afinal, eu deveria manter minha profissionalidade agora, não poderia mais seduzir professores ou pagar para CDFs fazerem o meu trabalho. Portanto, era somente eu, Harleen, a fazer tudo, e mesmo que eu não gostasse de ler, era empolgante, era o que eu realmente queria.

Já conseguia me imaginar nos tabloides de todo o mundo com o meu livro publicado sobre os piores Serial Killers presos no Asylum Arkham, seria meu auge, seria o meu momento, e por Deus, eu não precisaria mais olhar para nenhum outro homem velho que não me desse prazer algum.

Eu estava sendo promissora em meu trabalho, finalmente e era o que importava.

Dormir com professores para conseguir boas notas nunca foi o meu forte, todas as noites quando eu fazia isso, enchia uma banheira com álcool e me afundava nele, não por nojo, eu gostava daquilo, mas a dor depois do prazer me enlouquecia.

Então me detive a finalmente conseguir fazer algo fora dos meus padrões. Cursar psicologia era realmente algo que eu gostava, estudar a mente de loucos, assassinos, serial killers com certeza me fascinava. Charles Manson. Jack O Estripador. Thug Behram. Gilles de Montmorency. Andrei Chikatilo. Fritz Haarmann. Jeffrey Dahmer. Joachim Kroll. Rodney Alcala… Até mesmo poetas como Edgar Allan Poe e o escritor Stephen King poderiam ser tachados de psicopatas.

Então eu terminei a faculdade, que eu nunca pensei que realmente conseguiria e me apresentei a um estágio no Asylum Arkham, e passei! Claro, que de início, Jeremiah Arkham, o líder dO Asilo Elizabeth Arkham para os Criminalmente Insanos, me deixaria na base de tudo, um pouco mais centrada nos criminosos menos perigosos e isso, por agora, era o suficiente para mim, eu recebia meu salário e metade dos meus pacientes me adoravam. Claro que já faz quase três meses que imploro para que me deixe chegar ao nível mais avançado, e ele sempre nega. Porque nega? Porque ele acha que eu posso enlouquecer.

Coloquei minhas roupas e enfiei meus pés nos saltos, agarrei a bolsa que estava ali perto e corri para fora, penteando meus cabelos com os dedos conforme eu descia o apartamento às pressas.

Pude ouvir no rádio do táxi que peguei, um locutor dizendo a respeito de um roubo a bancos feito por uma criminosa chamada Mulher-Gato e o tráfico de órgãos que foi bloqueado pelo GCPD juntamente com o Batman.

- Para onde, Srta? - perguntou o motorista com um forte sotaque espanhol.

- Asylum Arkham, por favor.

Ele olhou para mim com uma sobrancelha arqueada pelo retrovisor do carro, mas mesmo assim, assentindo, seguiu pelas ruas tumultuosas de Gotham, desviando de automóveis em alta velocidade.

Pude ver até mesmo um vulto negro pulando por um dos prédios, sem ter ideia de quem quer que fosse.

Suspirando, cruzei os braços, me afundando no banco do passageiro.

- Bem- Vinda a Gotham City mais uma vez, Harleen. - sorri para mim - A cidade onde os fracos não tem vez.

Z

Dei o dinheiro ao motorista assim que avistei o portão do Asylum.

Olhei para o relógio em meu pulso, vendo o quanto eu estava atrasada.

Decidi correr, afundando meus saltos na lama até chegar aos pequenos caminhos de pedra.

- Olá, Dra. Harleen. - disse Jimy, um segurança na casa dos quarenta anos - Atrasada de novo?

- Faz parte do meu charme. - sorri, passando mechas do meu cabelo para trás da orelha - Beth vai me matar?

- Provavelmente não. Problemas no paraíso, como sempre.

Abrindo o cadeado que nos separava, Jimy abriu o portão e riu alto ao me ver correr sem parar em direção a porta dupla.

Beth batia o pé furiosamente contra o chão, de braços cruzados e o olhar nervoso assim que me viu. Claro que não disse nenhuma palavra, não precisava dizer, pois sabia que de algum modo, eu estava encrencada.

Com um aceno de cabeça, segui-a para fora do meu posto inicial.

Fui apresentada aos corredores escuros de portões de aço, com homens e mulheres presos com maquinarias propícias para o seu poder ou dispositivos anti fuga. Embora os túneis macabros de gritos grotescos e risadas medonhas arrepiassem os cabelos de minha nuca, decidi firmemente continuar, afinal, este era o meu trabalho.

- Espantalho. Dr. Frio. Pinguim. Bane… Todos podem acabar com você em questão de segundos, é por isso que sempre temos de deixar você com um segurança ou mais, entendeu?

- Mas Beth… Eu já sei disso. - rebati, apressando meus passos para chegar ao seu lado.

- É, eu sei. Só que parece que suas preces foram atendidas.

Parei quase que instantaneamente assim que ela parou.

Olhei para o lado.

Ali estava, atrás de uma parede de vidro, assobiando uma melodia triste, vestindo roupas brancas com seus curtos cabelos verdes, pele branca, olhar fundo e lábios vermelhos. Não pude negar, ele era lindo, incrivelmente bonito para um homem qualquer. Podia-se ver algumas tatuagens em seu torso e um J abaixo de seu olho esquerdo, embora as pequenas cicatrizes em sua feição não mudassem nada em sua beleza. Claro que nunca havia cruzado com ele durante todo esse tempo no Arkham, o máximo que eu sabia eram as histórias que contavam e seu rosto estampado nos jornais e reportagens, afora isso, era a primeira vez que o via cara a cara.

Ele parou de assobiar assim que me viu frente a parede de vidro, olhando-o de forma impressionada sem nem ao menos notar.

- Ohhh, você deve ser a Doutora Harleen Frances Quinzel. Como é bom você ter se juntado a nós! Você está ótima... Para comer. Figurativamente falando, é claro. Eu sou estritamente vegetariano. Pelo menos hoje. - piscou para mim, escorando-se no vidro.

Antes que eu voltasse a andar, ele me mandou um beijo, e sem que eu notasse, toquei a minha bochecha com a ponta dos dedos, quase podendo realmente sentir os seus lábios.

- Não caia nos encantos do Coringa, ele é realmente um encanto quando quer conduzir sua presa. Matou cinco psiquiatras em menos de duas semanas, se você não sabe. - puxou-me pelo pulso, até minha visão não conseguir mais encontrá-lo - Aquele cara. - apontou o polegar para trás dos ombros - Fez isso com este cara.

Do bolso do jaleco branco, Beth tirou uma câmera, ligando-a e colocando-a num vídeo de trinta segundos, onde um homem, de cabelos grisalhos e olhos fundos, encarava o nada, preso por uma camisa de forças ao fundo de um cômodo escuro, iluminado apenas por um filete claro de luz.

- Pode me dizer novamente o que aconteceu? - perguntou uma voz feminina, a voz de Beth vindo da gravação.

- E-e-ele é louco! - berrou, a baba descendo pela boca - Meu Deus! Meus filhos! O QUE ELE FEZ COM OS MEUS FILHOS!?

- Ele não fez nada com os seus filhos, eles estão todos bem.

- MAS EU VI! EU VI! MEU DEUS EU VI! ELE… OS ÓRGÃOS DELE… MEU DEUS! ELE ME FEZ VER TUDO… TUDO! - começou a chorar histericamente, até Beth fechar a câmera.

- E ele ficou repetindo isso por horas. - olhou para mim, vendo o quanto eu estava apreensiva agora - Vamos, vou lhe mostrar seu novo escritório.

Direcionei-me então ao meu novo lar a poucos corredores dali. Era amplo, com uma mesa ao centro e duas cadeiras nas pontas, paralelas, uma em frente a outra, assim como a poltrona reclinada ao lado de uma janela, com toda a visão superior do grande Arkham.

"Como podia, um lugar tão bonito, guardar mentes tão feias?", pensei comigo mesma.

- Vou chamar os guardas para trazer seu primeiro paciente, tome cuidado. O Monstro de Cabelos Verdes pode morder! - riu.

Assenti, vendo-a partir enquanto meus dedos apertavam a base da caneta.

Clic. Clic. Clic.

Não tinha como deixar de admitir. Eu estava nervosa, um tanto apavorada. Enquanto eu estivesse sozinha, tudo bem aparentar apreensão, mas assim que meu primeiro paciente ultrapassar aquela porta, devo parecer tão confiante quanto a fé que as pessoas têm pelo Superman.

Arrumei as cadeiras, as fichas, até mesmo as persianas. Tudo tinha que estar impecável.

"MERDA! EU CONSEGUI!", gritei na minha cabeça, guardando o sorriso de animação.

Não demorou para que ele chegasse. O par de olhos verdes que me olharam de forma duvidosa através da porta de vidro. Ele estava amarrado por uma camisa de força, nem ao menos tentava escapar, parecia vir de bom grado para a minha mais nova casa.

Eles o colocaram sentado em uma das cadeiras e se afastaram, escoltando o lado de fora da porta.

- Olá - sorri, sentando-me em frente a ele, segurando firme a caneta e o bloco de notas - Queria me apresentar formalmente, meu nome é Dra. Harleen Frances Quinzel.

- Isso me lembra bem um personagem que eu admiro, Arlequim! - manejou a cabeça, rindo.

- Sei bem, meus amigos brincavam comigo a respeito do meu nome. - fiz alguns rabiscos no bloco de notas, tentando fazê-lo pensar que eu era realmente uma boa profissional.

- Talvez eu devesse chamá-la de Arlequina, o que acha?

Soltei um riso irônico sem notar.

- E como eu deveria te chamar? Senhor C?

Um pequeno silêncio se instaurou antes que eu pudesse ouvir sua voz sarcástica:

- Exatamente.

 

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E lembro-me de quando o conheci, foi-me tão claro que ele era o único para mim.



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