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História I Still Love Him - Apenas um Soldado na Linha Inimiga!


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Desculpem a demora, Puddins! Fiquei sem internet por um loooongo tempo! <3

Capítulo 2 - Apenas um Soldado na Linha Inimiga!


Fanfic / Fanfiction I Still Love Him - Apenas um Soldado na Linha Inimiga!

Sorri desconcertada e afirmei, sabendo que eu poderia fazer com que esse apelido se tornasse um vínculo de aproximação e quem sabe, conseguir utilizar essa base como a introdução do meu livro.

O que eu escreveria de início?

“O Psicopata mais conhecido do mundo gosta de ter um apelido em particular…?”.

- Então Sr. C, segundo a sua ficha, você tem vários indícios de psicopatia, esquizofrenia, Síndrome de Estocolmo… - folheei sua pasta.
Ele resmungava cada palavra com um magnetismo instantâneo.

- Ouça, Harley, acredite, sou só um soldado preso na linha inimiga.

Assinei diversas vezes no papel: Soldado na linha inimiga.

- Gosta de viver aqui?

- Vamos começar com um pequeno ponto de vista. Eu não estou aqui porque me colocaram aqui, estou aqui porque eu quero estar aqui. Aqui é um bom lugar para viver, comida de graça, boas mentes para explorar... É algo realmente engraçado e irônico, não acha? Digo, normalmente colocam pessoas loucas aqui, mas sabe, eu não sou louco! HA-HA!
Afirmei com cautela, anotando mais uma vez: Egocêntrico.

- O que é ser louco para você, Sr. C?

- Ah… Bem… Existe diversos tipos de loucura, entende? Preste atenção. O Jeremiah, sim, o diretor! Ah,ele é louco! Sim, acredito que um dos homens mais insanos que eu já conheci!

- Porque ele seria louco?

- Você sabe, Arle. - sorriu - Quem manteria criminosos num lugar que é praticamente a sua casa?

- Ele quer curá-los. - expliquei - É um modo de fazer isso funcionar!

- E porque não funciona com todos que saem daqui?

Eu não tinha resposta para isso, na realidade, nunca soube de pessoas na ala de segurança máxima que tenha se recuperado de um todo, apenas piorado seu estado mental para quase vegetativo depois que a lobotomia foi aceita no Arkham.

- Foi o que eu pensei. - o vi dar de ombros.

Não! Eu não podia deixar com que ele perdesse o interesse na cessão.

“Desde o início, Harleen. Vamos começar desde o início!”.

- Como você chegou aqui?

- Do mesmo jeito que você, Dra. Peguei um táxi em cima da hora e corri até aqui, pedindo para que Jimy me deixasse entrar.

Meu estômago embrulhou e meus órgãos pareceram congelar.

- C-Como você sabe disso?

- Seus sapatos estão com lama, a gola no interior do seu jaleco está com um colar de suor e sua respiração ainda não estabilizou. - continuou sorrindo - Jimy é o único segurança que cobre esse turno e você não parece o tipo de quem gosta de pilotar carros.

- É mesmo? - ergui uma sobrancelha, começando a clicar na base da caneta sem notar - E que tipo eu sou?

Ele ficou em silêncio por um tempo. Seus olhos caíram sobre mim como se estivessem querendo agarrar algo que fosse completamente invisível.

- Do tipo que gosta de ser desafiada pelo desconhecido.

Engoli a seco, puxando a prancheta para perto do meu peito, suspirando e então sorri mais uma vez, tentando camuflar o meu nervosismo.

- E… Bem… - olhei mais uma vez para a ficha - Segundo seus últimos psicólogos, há descrições de traumas… Você se lembra de ter passado por alguma coisa ruim na sua infância? - indaguei.

Antes que eu pudesse notar, sua expressão tornou-se vazia, um tanto triste para um rosto que parecia sempre sorridente. Meu coração pareceu se entristecer junto com sua fisionomia, mas eu não poderia me abalar, estava aqui para minha tese, e mais do que isso, talvez poder curá-lo, não podia simplesmente ficar triste por histórias avassaladoras, fui treinada para não tomar os sentimentos para mim em consultas como essas e é o que eu vou fazer!

- Quando eu tinha sete anos, meu pai me levou ao circo...

Ele começou a contar sua história de infância, algo íntimo demais para ser considerado público, eu não poderia escrever sobre aquilo. Ele poderia ser insano, mas teve uma história capaz de entristecer o mundo.

- ...Então eu abaixei as calças dele e ele me bateu. - começou a rir e eu também, era engraçado, divertido, mas mesmo assim, triste.

Ele era diferente. Distante as vezes, mas mesmo assim, diferente. Não se comparava a nada do que falavam sobre ele, ao contrário, era profundamente deprimido pelo seu passado sombrio. Mau podia acreditar que ele estava dentro desse edifício tratado como louco. Isso não poderia acontecer. Mas isso não cabia a mim.

"Não Dra. Harleen Quinzel, ele é problema do Jeremiah Arkham".

- Sinto muito. - murmurei - Mas e agora? Como se sente a respeito disso?

- Não consegue ver o quanto eu estou feliz? HA-HA-HA!

Começamos a conversar sobre momentos mais recentes.

- O que me diz sobre o Homem-Morcego? Afinal, vocês sempre se confrontam.

- O Batman? HAHAHA. É ótimo saber que alguém se importa de saber sobre nossa relação! Claro que não é muito amigável, admito, mas, olhe só para mim, para ele, ainda estamos de pé, quer dizer, quase HAHAHA, eu continuo sentado aqui! Embora ele seja uma pessoa terrível e promíscua pelas roupas de vinil, agradeço por ele ter tirado a cueca de cima da calça.

Ri com ele, arrumando meu óculos.

O Coringa tentava manter tudo extremamente instável e calmo para que a tensão não pesasse, que isso me deixava um pouco mais relaxada.

- Acha que vocês poderiam resolver suas diferenças?

- Eu e ele? Ah, não! Pense, não poderíamos! Certamente ele é um lunático por violência! Um sádico a procura de sangue, alguém que se esconde nas sombras com medo da própria realidade! E olhe para mim! Não há uma vez no dia que eu não ria ou sorria. Ele é uma parte de mim e eu sou uma parte dele, mas não o deixe saber, huh?

- Então está me dizendo que um não vive sem o outro?

- Estou dizendo que não podemos acabar um com o outro sem dizimar a nossa própria existência! Ele me completa. Ele está tão fundido a mim, que faz parte do meu cérebro!

Comecei a anotar, eu precisava anotar isso. Escrevi em letras maiúsculas: SÍNDROME DE PERSONALIDADE DEPENDENTE.

Olhei para o meu relógio.

- Temos dois minutos, quer me dizer mais alguma coisa?

- Seus olhos são lindos.

Pude sentir meu rosto queimar, ruborizando.

Meu relógio de pulso aptou.

- Ah não... - olhei-o, esperançosa - Acabou nosso tempo, mas começaremos uma outra amanhã, tudo bem?

Ergui-me, batendo na porta, vendo os dois seguranças enormes adentrando o cômodo.

- Começarei a filmar nossas sessões, espero que não se importe.

Os homens o pegaram pelos braços.

O vi passar por mim sem qualquer resposta.



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