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História I still love you - Está fazendo caridade agora?


Escrita por: calzonatr_

Notas do Autor


Boa noite, meninas. Como vocês estão?
Então me desculpem pela demora, deu um problema no meu programa para escrever e acabei perdendo uma boa parte do que já tinha escrito. Não queria postar postar o capítulo de qualquer jeito e também acho que esse não ficou 100%
me desculpem.

Agradeço também a cada mensagem de carinho de vocês. Nunca vou cansar de dizer o quanto gosto de ler todos os comentários e por mais que demore a responder, faço questão...
Um beijo em cada uma ♥

Capítulo 52 - Está fazendo caridade agora?


Arizona

 

Logo após Callie sair de casa, a loira entra no banheiro para enfim tomar seu banho. Tinha adiado tal ato para fazer uma comida rápida para a namorada que estava com fome e dor de cabeça. Sabia que a mulher iria ter uma cirurgia complicada para ao lado de Owen e como tinha acordado cedo e ter enfrentado mais de quatro horas de voo de Washington até Seattle, o cansaço era certeiro. Quando a viu fechar os olhos tomando banho e ao mesmo tempo suspirando sabia que a latina não estava bem e prontamente quis ajudar a mulher que estava com um semblante cansado.

Logo após um relaxante banho, vestiu um dos seus blusões femininos grandes que usava para dormir. Naquela segunda feira a noite dormiria sozinha em casa, e engraçado que não estava mais acostumada a ficar em casa sozinha sem sua filha e Callie. Era fácil demais se acostumar com a presença daquelas bagunceiras em casa, e quando não estavam a casa ficava vazia e solitária.

Posteriormente ao sair do cômodo, entra no quarto de Sofia que estava tirando algumas roupas de seu guarda roupa e colocando-as separadamente em cima da cama. A adolescente ficaria cinco dias fora para o desespero de Callie e Mark que estavam reclamando o tempo inteiro que a filha ficaria longe de casa por muitos dias. Apesar da sua preocupação ‘’normal’’ de mãe, gostava de ver sua filha se divertindo com as amigas, era o que ela gostava de fazer quando era da idade da filha e não pôde fazer tantas viagens assim com os amigos já que sempre tinha que mudar de cidade por conta do emprego do Coronel e sempre perdia contato com algumas pessoas.

 

Já arrumando suas roupas para a viagem? Muito bem. Escora na porta do quarto da adolescente vendo a menina revirar os olhos por sua ironia.

se eu deixasse para fazer tudo amanhã, você e minha mãe ficariam falando no meu ouvido e certamente iria esquecer de alguma coisa. Puxa uma pequena mala a qual tinha levado para Washington colocando ao lado da cama.

ruim é desfazer mala e fazer logo outra em seguida. Aponta para a mala que certamente ainda estava cheia de roupas dentro.

eu sou péssima em fazer e desfazer malas. Reclama. — bem que a senhora poderia me ajudar a levar as roupas sujas para lavar né?

— não sei se você reparou, mas tem um cesto de roupa suja no seu quarto. Aponta para o banheiro. — é só pegar as peças sujas e jogá-las dentro. Não há trabalho algum, Sofia.

— urrrg! Rosna. — odeio quando a senhora faz essas coisas. Olha para a mãe que ria de seu semblante fechado. — e para de rir de mim poxa.

— filha, eu não já te ensinei? Quantos dias passará fora? Cinco. Adentra o cômodo. — já viu a meteorologia para ver como ficará o tempo nesses dias na Califórnia? A menina afirma com a cabeça.

às vezes acho que estou levando roupas demais, às vezes acho que estou levando roupa de menos. Resmunga vendo a quantidade roupas em cima de sua cama.

— você vai viajar de calça? Pergunta para filha e a menina afirma com a cabeça. — temos que simplificar as coisas Sofia. Aponta para a Mochila da menina que se prontifica em pegar rapidamente. A loira abre a mochila tirando as coisas de dentro. — vai levar esse casaco aqui ou outro?

— outro. Esse é muito fechado. Entrega um casaco de moletom para a mãe que coloca dentro da mochila e verifica a nécessaire da filha conferindo se estava tudo certo e acrescentando um protetor solar.

casaco e nécessaire na mochila como sempre. Se for levar a máquina fotográfica, vai na mochila também junto com os cabos e bateria para celular.

— bota esses dois óculos também. Entrega para a mãe as caixinhas dos óculos escuros.

como você já vai de tênis, separa chinelo e duas rasteirinhas. As peças de roupa você faz conjunto por dia. Explica para a menina.

Não leva só blusa de alcinha que pode fazer frio. Não leve só short jeans também, leva uns dois vestidos soltinhos e está ótimo.

— por que a senhora é tão prática? Minha mãe quer levar a casa inteira.

e você é igualzinha. Aponta.

não sou nada, eu só fico confusa. Arruma uns looks conforme sua mãe tinha falado.

Sofia quando você vinha aqui pra casa, trazia uma mala enorme sendo que sempre teve roupas aqui em casa. Sorrir lembrando das vezes que a menina chegava em sua casa com tanta quantidade de bagagem que chegava a assustar.

— mas, era minha mãe que falava que era melhor prevenir. Defende-se.

agora acaba de ajeitar aí que daqui a pouco seu pai chega para lhe buscar. Ia sair do quarto quando escuta a menina chamá-la: ‘’Mãe’’ — sim?

— eu já te agradeci o bastante por ter ido na minha viagem de aniversário?

— por que isso agora? questiona

porque se a senhora não fosse, certamente eu estaria aqui agora de férias com dias contados para voltar para Nova Iorque.

— você quer fazer sua mãe chorar numa segunda feira a noite?

— não... eu só... suspira. — se a senhora não tivesse tirado uns dias para ir, jamais estaríamos juntas novamente vivendo todas na mesma casa.

— agradeça também ao seu pai porque por mim, eu não ia, mas com vocês dois e mais Lexie falando que eu deveria ir dessa vez... viu só no que deu? Sorrir emocionada para filha que estava sentada em sua cama bagunçada.

todo ano eu chamava a senhora e nunca podia. Reclamava falando que tinha muitas cirurgias, agenda cheia e não poderia se ausentar. Lembra das desculpas que sua mãe lhe dava todo ano.

era complicado filha, eu não fazia por mal. Mas ainda não estava preparada para sair em uma viagem com sua mãe e sua ex madrasta, como se tudo fosse normal.

— eu sei... mas eu sempre torcia para que a senhora aceitasse e assim poderiam se acertar novamente.

—e na hora certa aconteceu.

mas demorou tanto. Reclama. — eu pedia tanto a Deus para me dar essa chance de tê-las juntas por dias no mesmo lugar. Confessa. — Porque não era igual quando se viam quando a senhora ia me visitar, ou ia ver minhas apresentações de Jazz ou quando a mamãe vinha para Seattle me trazer e visitar o pessoal. Sempre tinha muita gente em volta...

— fora as chantagens emocionais para passarmos o natal juntas. Lembra?

— eu não lembro nem quando foi o último natal que eu passei com vocês duas juntas. Por Deus!

— esse ano vamos passar, pode ficar tranquila. Sorrir abertamente para a filha. — agora venha aqui franguinha. Chama a menina abrindo os braços para recebe-la em um abraço apertado.

mãe, a senhora tem que parar de ficar me chamando de franguinha assim... vai que me chama na frente dos meus amigos? Que mico.

— eu já chamo você assim na frente na Zola.

— Zola é minha irmã e melhor amiga. Explica. — ou seja, é da família.

— okay, eu vou tentar me controlar para a senhorita Sofia não ficar pagando mico. Revira os olhos agarrada a filha. — satisfeita?

— uhum. Beija a bochecha da mãe a abraçando pelos ombros. — mãe? Murmura baixinho. — eu posso te perguntar uma coisa?

— o que foi dessa vez? Desfazem o abraço e a mulher segura as duas mãos da filha a sua frente.

você e minha mãe vão ter mais um filho? Pergunta com o olhar interrogativo típico Calliope Torres.

quem te contou isso? Semicerra os olhos para a menina.

ninguém, mas meu avô comentou no café da manhã e você e minha mãe ficaram nervosas de repente.

— é porque esse assunto mexe muito com a gente filha.

— ela me contou uma vez que vocês quiseram e ai aconteceu...

— contou? A menina afirma ao balançar a cabeça.

já faz muito tempo. Está tudo bem...

— então, a senhora ainda não me respondeu.

— eu e sua mãe conversamos um pouco sobre o assunto, mais pra frente um pouco, quem sabe?

— graças a Deus ela não teve um filho com a Penny. Levanta as mãos para o alto agradecendo.

Sofia! Arizona repreende a filha, mas acaba gargalhando do gesto da menina.

Penny sempre foi muito legal comigo, não tenho que reclamar, mas acho que se elas tivessem aumentado a família, seria complicado para a volta de vocês.

— tem razão, mas deixa esse assunto pra lá garota. Dar um tapinha no bumbum da filha que pula de susto reclamando. — na hora certa um bebê chegará, mas isso é entre eu, você e sua mãe. Nada de ficar falando para seu pai ou outra pessoa, okay? Se não vão começar a colocar expectativa demais e eu odeio isso. Suspira.

pode deixar Dra. Robbins. Coloca a mão na cintura fazendo graça. — esse será um segredo de família. Arregala os olhos. — nosso primeiro segredo de família. Diz animada.

— agora deixe de conversa e vai arrumar sua mala. Se despede da filha saindo quarto.

 

Ouvir aquelas palavras da filha tinha mexido com a loira, sabia que a filha tinha tentado de todas as formas sempre juntar ela e Callie numa viagem e nunca tinha sucesso, pois ela sempre dava para trás. Sempre soube das intenções da menina e por mais que a entendesse, não achava certo.

 

Estava verificando seus e-mails e estudando sobre uma cirurgia que faria na manhã seguinte quando a campainha toca. Levantando calmamente do sofá e colocando o notebook ao lado, caminha para a entrada da casa abrindo a porta e logo sente os braços de Hannah em volta de seu quadril. Pega a miniatura de Lexie no colo a enchendo de beijos e sorrir escutando as gargalhadas que a menina soltava.  
 

 para tia, para tia. Sorrir e Arizona a coloca no chão e abraça carinhosamente Dave que deu um passo para trás quando ela fez menção de pega-lo no colo. Era tão marrento aquele moleque.  

 loira! Mark a abraça beijando o topo de sua cabeça e as crianças entram na casa subindo as escadas correndo, chamando pela irmã. — como foi a viagem? Pergunta indo para a sala e sentando-se no sofá.  

 foi ótimo e meu pai mandou saudações. Murmura debochada para o amigo que faz uma careta.  

 eu duvido muito. Revira os olhos. — eu não sei o que seu pai tem contra mim.  

— você é o pai da neta dele. Aponta.  

— e a Calls? A morena já foi trabalhar? Pergunta olhando para o celular.  

— sim, e adivinha? Estava morrendo de dor de cabeça. Comenta. — sua mulher inventou dela viajar para passar um dia em Washington comigo.  

— eu não tenho nada a ver com isso, loira. Levanta aos mãos para o alto em sentido de rendição.  

 só irei deixar passar essa porque a surpresa foi maravilhosa. Os olhos brilham lembrando dos belos momentos ao lado da latina.  

— huuum. Mark faz uma cara maliciosa. — pelo jeito vocês sacudiram à casa do Coronel.  fala e sente uma almofada voar em sua direção.  

 você é tão ridículo Sloan. Encara o amigo que estava se divertindo as suas custas. — e fique você sabendo que foi uma loucura. Solta uma piscadela para Sloan que resmunga.  

— não faz isso com seu amigo Loira, você sabe que essas coisas me afetam. Coloca a mão no peito fazendo um drama deitando no sofá e tampando os olhos.  

 seu pervertido. Levanta do sofá quando escuta o barulho das crianças descendo as escadas.  

— olá princesa. O homem abraça a filha a levantando em seus braços.  

 pai, assim você vai me amassar toda. Reclama e o homem a põe no chão.  

— chatinha como à mãe. Exclama vendo a filha beijar a loira se despedindo.  

 espero que o ''chatinha como a mãe'' esteja se referindo a Callie e não à mim. Semicerra os olhos para o amigo.  

 a outra também. Brinca e ela levanta o dedo do meio para ele.  

 há crianças na sala. O homem tampa os olhos de Hannah que arregala os olhos vendo o sinal que a loira faz para o pai.  

 pai, a madrinha fez o sinal feio. Aponta Arizona que sorrir da cena.  

 e não pode, é muito feio Hannah. Fala para filha que afirma com a cabeça.  

— tia, o meu pai disse que não pode fazer esse sinal que é muito feio.  

— meu amor, você pode fazer esse sinal pro seu papai quando ele não deixar você pintar suas unhas de rosa. Diz para a menina como se um fosse segredo. — esse sinal não é tão feio assim, tem piores.  

— Robbins! O homem tampa os ouvidos da menina escutando as gargalhadas de Sofia e da médica.  

— boa sorte Sloan. Pisca para o amigo enquanto caminhavam para à porta da casa. — tchau crianças. Se despede de cada um dos pequeninos.  

— você me paga loira, Vai ter volta. Afirma caminhando para fora da casa.  

 

 

Assim que Mark se retirou com os filhos, a loira volta para sala onde volta a se concentrar em seus estudos. As horas foram passando e quando verifica, já era bem tarde. Ajeita suas coisas para a manhã seguinte e antes de dormir manda uma mensagem para Charlotte dizendo que precisava conversar com a mulher e que assim que desse, era para a loira ligar para ela pois o assunto era sério.  

 

Deitada em sua cama abraçada ao travesseiro de Callie sorrir, lembrando da sua Latina. Aquela desgraçada tinha o poder de abalar sempre o seu mundo com coisas tão simples. Era bom estar ao seu lado, se divertimos juntas e não poderia negar que adora o seu abraço, que gosta de ficar pertinho, ouvir sua voz ao telefone, fazer coisas simples e bobas como olhar no fundo dos seus olhos, ganhar um pedaço de lasanha do seu garfo, sentir seus dedos ajeitando aqueles fios negros de cabelo que insistem em atrapalhar a minha visão e poder vê-la de forma inteira, completa. O sentimento não precisa de nome, só precisa ser verdadeiro, assim como o dela.  

 

Era exatamente às 6h da manhã quando a mulher entra no hospital e encontra April que vinha risonha à sua direção.  Abraçam-se ao se cumprimentarem e juntas adentram o elevador enquanto a ruiva fazia mil perguntas de como tinha sido a viagem, se tinha gostado da surpresa que Callie tinha feito e como estava o estado de saúde do seu pai. Não sabia como April poderia ser mais elétrica que ela pela manhã, por Deus, aquela mulher não parava de falar e o que ela mais queria era poder encontrar Karev e ver como andava seus pacientes.  
 

— April, fala com a Teddy e ver se ela está com o tempo livre na hora do almoço. Avisa a amiga que faz menção de sair do elevador quando chega em seu andar. — assim, eu economizo palavras. Sorrir para a amiga que revira os olhos.  

O andar da Neonatal era o último e assim que o elevador apita, ela abre um sorriso. Estava com saudades de ouvir vozes de crianças, o chorinho de seus pequeninos e das milhares de brincadeiras que fazia com eles. Simpática como sempre cumprimenta toda a equipe e Loren vem ao seu encontro entregando para ela algumas pastas e contando sobre os pacientes que fariam visita pela manhã. Escutava tudo com atenção perguntando algumas coisas e fazendo algumas observações enquanto conferia alguns casos em seu tablet.  
 

— tudo certinho Loren, faremos essas visitas e depois a gente vai para o caso que Karev jogou pra cima de mim. Revira os olhos andando com a menina a tiracolo.  

 

A manhã passa rápido para a mulher que logo depois da visita, entrou em cirurgia e com isso teve sua manhã toda ocupada. Como estava quatro dias longe do trabalho, encontrava-se com a corda toda e fazia mil perguntas para os internos que entraram com ela em cirurgia. Não podia negar, amava ensinar, e amava mais ainda quem gostava de estar ali na pediatria. Depois de sua especialização, mesmo continuando na pediatria era diferente, pois karev ficava com a maioria dos casos e ela passava a dar mais atenção aos bebês que ainda não tinham nascido. 

Muitas grávidas por saberem que o hospital tinha uma cirurgiã como ela, ali em Seattle, a procuravam a todo estante e nunca iria se arrepender da especialidade que escolheu. Ajudar as mães e seus bebês era uma das coisas mais preciosas que gostava de fazer, salvar vidas. Sabia que não tinha o poder de Deus, mas agradecia a ele pelo dom e pela sabedoria que tinha em ajudar muitas famílias com seu conhecimento.  

 

Depois que saiu da cirurgia, pegou seu celular e conferiu suas mensagens. Sorriu quando viu que sua amiga, Charlotte, a tinha respondido dizendo que no final do dia ligaria para ela e estava curiosa e preocupada pois não sabia do que se tratava.  

 

Caminhando pelos corredores, chegou até o refeitório, o lugar estava cheio pois era hora do almoço e vai para a fila escolher o que comeria aquele dia. Bom, a comida do hospital não era lá essas coisas, mas estava morrendo de fome. Não tinha preparado nenhuma marmita para aquela terça feira, então o que restava era comer ali mesmo. Logo após pagar a conta, caminha para a mesa sentando junto com alguns amigos. Naquele momento poderia se distrair com qualquer coisa que estava a preocupando ou qualquer problema que estava passando. Ter Cristina falando mal dos internos, Mark contando piadas ao lado de Avery, e April que sempre era zoada pela turma, não poderia deixar de dizer que era muito feliz por trabalhar com amigos maravilhosos como aqueles.  
 

 

 achamos a Margarida. Abre a porta do quarto de descanso encontrando Teddy sentada em uma das camas com um semblante fechado olhando para o celular.  

— o que aconteceu? April pergunta sentando-se ao lado da loira, e Arizona senta na cama ao lado.  

— Henry e eu discutimos ontem, e bem... hoje ele foi trabalhar e não falou comigo antes de sair.  

— assunto grave? Arizona pergunta para a amiga que larga o celular e encosta a cabeça na parede com os olhos fechados.

— Teddy? A chama.  

 tem uns seis meses que entramos em um processo para adotarmos uma criança. Comenta se abrindo com as amigas que a olham espantadas. — mas, está muito difícil. Exclama.  

— mas por que você não contou nada para gente? A ruiva pergunta. — poderíamos te apoiar, te ajudar Teddy.  

— não queria que ficassem colocando expectativas por uma coisa que nem sei se vai dar certo, e pelo andar da carruagem, não vai dar. Murmura com a voz embargada. 

 mas, o que está acontecendo? Arizona pergunta preocupada.  

— lembra quando eu disse que eu Henry estávamos ajudando algumas instituições, e bem, depois disso começamos a visitar vários orfanatos e até que um dia ''BUM'' tivemos um estalo juntos e fomos com tudo... até que um dia estávamos sentados conversando com a responsável de um dos lugares e um bebê tinha acabado de chegar com dois meses de vida. sorrir tristemente. — eu pedi para vê-lo e o nome que colocaram nele era Dom. E quando o coloquei em meus braços e toquei sua mãozinha, ele apertou meu indicador e ali eu senti que era ele sabe? Senti que tínhamos formado uma ligação e agora... deixa um choro sôfrego chegar... já se passaram seis meses e daqui a pouco ele tem um ano e o que está pegando é que temos uma carga horária pesada e isso está afetando já que tem um casal de arquitetos que aparentemente tem mais tempo que a gente para cuidar dos filhos e bem... está tudo dando errado pra gente e ontem eu meio que disse que não queria mais, que era pra deixar o Dom ser da outra família porque eu não aguento mais essa pressão de toda a justiça e assistente social pra cima da gente. Chora enquanto April afaga seus cabelos.  

— vai dar tudo certo amiga. Arizona levanta da cama sentando ao lado oposto de April, ficando Teddy no meio das amigas.  — lembra quando o Meredith e Derek sofreram tanto por causa da Zola? Essas coisas são difíceis e se for para o Dom ser de vocês, ele será amiga.  

—amanhã temos uma reunião com a assistente social e se tudo der certo, ele poderá passar o fim de semana com a gente. Pela primeira vez. Tenta conter as lágrimas que insistia cair de seus olhos.  

você tem fotos dele aí com você? A ruiva pergunta e Teddy mostra a foto para as amigas e as mulheres sorriem olhando para o menino bochechudo, moreno e era igual um índio. Lindo.

Teddy ele é simplesmente lindo. April murmura emocionada.

num é? Sorrir boba passando as milhares de fotos que tinha da criança no celular.

acho que você não deveria desistir. Arizona se manifesta. — sei que é complicado, difícil e bem... só que pensa por isso sabe. Acho que você deveria conversar com a Mer e pedir alguns conselhos, orientações. Ela sabe muito bem sobre o assunto.

— também acho que não só você, mas Henry também deveriam conversar com os Shepherd. Tenho certeza que eles ajudaria vocês nessa situação.

— bom, eu sou mãe adotiva, mas não nessas circunstâncias. O comentário faz as amigas rirem.

vocês são as melhores amigas do mundo sabia? Teddy puxa as amigas pelo ombro fazendo as mulheres se abraçarem.

estamos aqui para o que precisar sempre. Beija a bochecha da loira.

e quando tudo der certo, comemoraremos juntas, bebendo é claro.

— e tem melhor maneira de comemorar? Teddy pergunta sorrindo.

tem! Você e Henry a sós depois de mandar as amigas para casa. A frase de April faz as mulheres gargalharem.

só vocês para me fazer rir viu. Murmura. — tive uma manhã péssima. Minha cirurgia foi péssima, meu paciente está péssimo. Suspira.

— e a minha vida sexual está péssima também.

— o que? Arizona exclama encarando a ruiva.

Jackson agora só quer saber de ficar vendo basquete de madrugada na sala ou jogando vídeo game, ou seja, estou perdendo meu marido para a tecnologia. Reclama ficando vermelha e as loiras não aguentam e começam a gargalhar novamente.

riem mesmo porque não são vocês... aponta.

minha vida sexual está ótima, obrigada. Avisa.

 e eu não sei... depois que você e a Torres voltaram, parece que estão vivendo em Lua de mel.

— haja mel porque olha. Faz um sinal com a mão e as amigas arregalam os olhos.  — na casa dos meus pais no domingo, no meu antigo quarto. Murmura baixinho.

NÃO! April levanta da cama se colocando a sua frente. — o que está acontecendo com vocês? Primeiro na casa da jararaca da sua sogra e agora debaixo do teto dos seus pais? A olha incrédula.  — Arizona, isso é tão....

— espetacular. Teddy completa sorrindo.

parece que quando a coisa para ser meio que proibida, é como se tudo ficasse mais excitante. Explica.  — vocês deveriam tentar um dia.

— Deus me livre transar debaixo do teto de Catherine Avery. Nega com a cabeça.  — do jeito que ela é, capaz de bater na porta.

— aí, April. Só você para animar meu dia. Teddy murmura para a amiga.  — Henry não me atende, não responde minhas mensagens.

— dê um tempo pra ele e quando chegar em casa vocês conversam. A loira aconselha. — ele está chateado e você também.

vou fazer isso é tentar focar no trabalho. Levanta da cama pegando seu jaleco e o vestindo logo em seguida.  — o que? Vão continuar aí sentadas? Pergunta olhando para as amigas.

Arizona ia contar pra gente como foi a viagem.

— ela já contou, April. Ela e Callie transaram num local proibido. O que seria mais interessante que isso? A loira questiona e a mulher sente vontade de contar sobre a possibilidade de aumentar a família, mas iria manter isso apenas com Callie por enquanto.

— meu pai está muito bem, obrigada. revira os olhos.

aí meu Deus, verdade. Como ele está? Teddy pergunta. 

repouso, reclama, repouso, reclama. Sorrir lembrando das reclamações do Coronel.  — tinha que ver a felicidade dele porque Callie estava lá e disse que ele poderia sair de casa já que minha mãe não tem deixado muito.

— é bom ele sair, ver gente, mas não abusar. aconselha Teddy.

ele queria ir jogar golfe com os amigos, acredita? Eu o proibi. fala indignada.

é difícil para quem é acostumado a praticar esportes e do nada... leva uma rasteira dessa.

— ainda bem que meu esporte é mais saudável e menos perigoso. Teddy arregala os olhos depois do comentário fazendo as amigas gargalharem.  — é só vocês chegarem que só sai besteira da minha boca. Reclama.

culpadas. As mulheres falam em uníssono levantando as mãos para o alto.

 

Assim que acaba de conversar com a amiga, saem pelo corredor juntas e logo em seguida cada um toma seu rumo seguindo para seus departamentos. Tinha mandado uma mensagem para Callie perguntando como estava seu dia e como não obteve resposta sabia que a mulher deveria estar dormindo porque pelo que se esperava da cirurgia e do seu plantão, devia ter sido bem puxado, e Callie odiava trabalhar de madrugada. Aliás quem gosta?

 

O restante da tarde passou exatamente como ela esperava, cirurgias atrás de cirurgias, muito tempo em pé, pouco tempo para se alimentar de alguma coisa mais saudável. Não via a hora de chegar em casa e poder comer uma comida caseira deliciosa que certamente Calliope iria fazer. Bem, pelo menos era o que esperava.

 

Ao sair de sua última cirurgia encontra Karev que estava vermelho e com a veia do pescoço saltada. Certamente tinha acontecido alguma coisa na realização de sua cirurgia. Ao perguntar o homem, fica sabendo que ele tinha perdido um paciente, uma criança, ou seja, estava devastado. A maneira do homem extravasar era sentir vontade de sair socando tudo. Tenta acalmá-lo pois sabia exatamente o que o homem estava sentindo, compartilharam sentimentos, pois perder uma vida na mesa de cirurgia era uma das piores coisas que podia sentir. Era sentimento de impotência, e ali era como um choque de realidade, pois eles não tinham o poder de operar milagres.

 

Se despede do homem beijando sua testa e perto da sala dos médicos encontra Dra. Cavalliere que estava com o rosto inchado, certamente estava na cirurgia com Alex. Senta-se ao lado da mulher silenciosamente e pega uma de suas mãos apertando-a, passando solidariedade. A puxa com cautela para dentro da sala e oferece um café, a menina não aceita, então para descontrair oferece uma bebida fazendo-a soltar um leve sorriso.

 

— Kerev me disse o que aconteceu e eu sei que é difícil, mas se toda vez que um paciente seu morrer e você ficar assim pelos cantos do hospital, não conseguirá olhar para seu próximo paciente.

— eu simplesmente paralisei quando do Dr. Karev disse que não tinha mais jeito. Ele só tinha nove anos. a voz embarga emocionada.  — isso é tão injusto.

— eu sei… mas não deixa isso atrapalhar seu andamento, sim? encara a menina que chorava.

— me desculpa, a senhora deve estar me achando uma péssima cirurgiã.

— senhora não por favor. olha para a menina passando confiança. — pelo contrário, eu acho você uma ótima menina Loren, tem tudo para ser uma grande cirurgiã, eu não estaria aqui agora com você se não achasse que fosse.

— às vezes dar vontade de desistir de tudo, ainda mais depois de um acontecimento como esse. Será que eu fiz alguma coisa errada? eu repassei o procedimento na minha cabeça várias vezes. fazia um gesto com as mãos.

aposto que você foi excelente e seu instrutor estava com você. Karev não deixaria passar nada. a tranquiliza.

obrigada. agradece a loira. — alguns internos dizem que a senho… você... sorrir para a mulher. — tem cara de brava, mas que é uma ótima pessoa.

— como assim cara de brava? eu sou ótima com todo mundo.

— foi o que eu disse pra eles. comenta. — Brava é a Dra. Bailey ou a Dra. Meredith e… hesita um pouco… — às vezes a Dra. Torres.

— a Dra. Torres? brava? pergunta não acreditando. — duvido.

— ela me assusta e nas pouquíssimas cirurgias que fiz com ela, me deixou tonta de tantas perguntas.

— ela gosta de ensinar. rir interiormente porque certamente Callie fazia de propósito.

eu prefiro o seu método e o método do Dr. Karev já que são mais tranquilos.

— é porque você gosta da pediatria mulher. Pega sua bolsa. — É sério Loren, você sabe como lidar com as pessoas, com os pequeninos, com os pais deles, você se importa. Tira boas notas, gosta de estudar, então não desista e cabeça erguida. confere a hora no seu celular. — imagina se eu quisesse desistir toda vez que um paciente meu morresse?

— a Dra. está certa, obrigada pelas palavras. agradece a loira, abraçando-a apertado. — vou sair pra tomar alguma coisa no bar aqui da frente. passa a mão pelo rosto secando suas bochechas que ainda estavam molhadas pelas lágrimas derramadas.

que isso? nada de beber porque um paciente morreu. a repreende. — faça melhor. Vá se trocar que eu te espero. Vai ser minha convidada para o jantar esta noite, mas jantar em casa mesmo. sorrir. — Sofia vai amar te ver.

— tem certeza? eu não quero atrapalhar nada. hesita em aceitar o convite da sua superiora.

— está tudo bem, agora vai logo que eu estou morrendo de fome.

 

O caminho para sua casa foi feito rápido, as mulheres conversavam sobre alguns casos dos seus pacientes, Arizona ia dando conselhos para a menina que só estava começando. A mais nova era inteligente e corria atrás, não era atoa que tinha simpatizado tanto dom o ser que estava no banco do carona de seu carro.

 

Ao chegarem em casa abre a porta e dar passagem para a jovem que tímida a espera para juntas caminharem até chegar na sala, onde encontra Sofia e Callie esparramadas no Sofá vendo filme. Quando sua filha ver Loren, solta um gritinho levantando-se do sofá e indo em direção à jovem que a abraça, cumprimento-a carinhosamente. Pôde perceber o olhar questionador da latina para ela que resolve não falar nada. Beija sua filha enquanto a jovem dava um ‘’olá’’ para a morena que levanta indo em sua direção lhe presenteando com um selinho.
 

 

Loren hoje é nossa convidada para o jantar. avisa caminhando em seguida para a escada. — fique a vontade que eu vou tomar um banho e já desço. sente Callie a seguir quieta e quando entram no quarto e a morena fecha a porta, murmura:

por que essa menina veio para o jantar?

— ela estava mal porque perdeu um paciente. explica. — ela ia sair pra beber, eu preferi trazê-la pra cá, só isso. tira suas roupas no banheiro com o olhar latino em cima dela.

está fazendo caridade agora? cruza os braços encostando na soleira da porta.

Callie, não seja horrível. pede entrando no box e ligando o chuveiro.

fique você sabendo que eu não gostei disso. resmunga

— e fique você sabendo se for implicante com ela. encara a mulher através do vidro transparente. — te deixo na vontade. solta uma piscadela para a morena que bufa, virando-se de costas e saindo do ambiente. ciumenta. murmura para si mesma sorrindo. 



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