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História I Think I Love U - Capítulo 28


Escrita por: LarrySRainbow

Notas do Autor


Geeente, que saudade do Harry, né? Kkkkkkkk
Ele vai aparecer logo logo... Tenham calma ahsuahsuashh
♥♥♥

Capítulo 28 - Capítulo 28


Meus vinte e um anos foram os mais insanos. 


Bem, eu considerei isso. 


Porque foi com meus vinte e um anos que eu pude aproveitar a liberdade. Era como se eu estivesse livre depois de ter ficado preso por mil anos. 


Explicando melhor tudo o que aconteceu... Jay havia mesmo tomado conta do colégio. Depois daquele dia de revelações, ela havia contratado o melhor advogado para cuidar de todos os documentos. 


Morth não havia sido condenada a passar o resto da vida na cadeia, mas ela estava proibida de exercer sua profissão de educadora e provavelmente não fazia mais parte dos grupos religiosos da igreja. Aquilo tudo havia virado notícia e mais alunos acabaram dando depoimentos dos maus tratos que recebiam. Paul também estava proibido de muitas coisas e respondendo na justiça por ter agredido alguns alunos. 


Jay estava tentando resolver todo os danos que Morth havia causado por tanto tempo e bem... Estava dando certo porque Jay sempre ligava animada dizendo que as matrículas aumentavam. 


Eu estava morando em uma das várias casas que Matthew tinha e que agora eram parte minhas. Sempre que o telefone tocava, eu sabia que era ela preocupada comigo e muitas vezes cheia de novidades. Os meninos ainda estavam lá e eu morria de saudade deles, mas Jay sempre os deixavam usar o telefone do colégio para me ligarem. Era engraçado. 


Jay realmente ficava preocupada comigo, ela queria saber se eu estava me alimentando bem, se eu precisava de algo e etc. 


Ela também ficava muito preocupada quanto ao que eu estava fazendo. Porque eu não dava explicações a ela, apenas tentava desviar de algumas perguntas, sendo uma delas sobre eu querer cursar uma faculdade. 


Eu não pensava nisso. Eu nunca soube o que queria fazer na verdade, então, eu achei melhor deixar isso para depois e curtir. 


Os meninos haviam dito, quando souberam sobre a herança, que eu precisava viver. Então eu segui esse conselho, eu queria viver. Viver livre, mesmo que talvez da forma errada. 


Eu queria fazer tudo que eu não tinha feito. Tudo que eu havia sido privado de fazer. 


Então naquele ano eu estava mesmo sendo insano. 


Depois de me acertar por completo na casa que nem era tão grande, eu acabei por sair para curtir longas noites em boates famosas e caras. 


  - Vodca com suco de limão. - Era a quinta vez que eu pedia o mesmo copo para o barman. 


A escuridão do local me fazia apertar os olhos para poder enxergar melhor, e flashs de luzes coloridas me deixavam zonzo. Mas eu sabia que não era isso que me fazia tonto e sim a bebida. 


Eu já nem conseguia andar direito. Olhar para baixo era definitivamente a coisa mais difícil de se fazer, já que minha visão pesava e eu via o chão rodar. 


Mas não era como se fosse a primeira vez. Eu fazia isso todos os fins de semana. E eu ficava tão animado quando bebia, eu dava risada atoa e me enfiava em todos os grupos de pessoas que podia, me socializando com todas. Eu realmente me transformava quando estava bêbado. E eu achava aquilo muito libertador. 


Nos outros dias da semana eu só existia. Eu era só um peso a mais na terra, não fazendo nada de produtivo, sem interesses e sem planos para a minha vida. Apenas respirava. 


Eu estava rico. O que mais eu poderia fazer? 


Então eu gastava com coisas inúteis e às vezes até distribuía dinheiro pelas ruas. Para um morador de rua ali, outro aqui, o que não era ruim. Ao menos eu estava ajudando alguém. 


Em um desses fins se semana em que eu encontrava um bar ou uma boate, me enfiava do lado de dentro e bebia. Nessa fase da minha vida eu estava tão desanimado de tudo que eu praguejava por ter herdado tanto dinheiro. Era ridículo. 


Há um tempo atrás eu não tinha o que comer e naquele momento eu estava pagando bebida para várias pessoas que eu nem se quer conhecia. 


E nesse grupo de pessoas eu avistei um rapaz bonito. Ele era mesmo bem bonito e seus cabelos eram cacheados. Ele me lembrava uma pessoa. Uma pessoa que eu achei que já havia superado. 


Nas minhas saídas para a noite eu acabava beijando pessoas na pista de dança, eu beijava por diversão. Nunca queria nada sério, só me divertir. Recuperar o tempo perdido. E eu beijava homens e mulheres e aquilo era bom, eu achava bom. 


Mas não passava disso. Só que... Aquele rapaz estava me encarando e eu já tinha ingerido uma quantidade de álcool suficiente para concordar com qualquer coisa que me falassem naquele momento. E aquele mesmo rapaz estava me convidando para sair dali. 


E eu caminhei com ele para longe do lugar, rindo como se ele tivesse dito algo muito engraçado. Mas na verdade ele nem tinha dito nada. Eu estava delirando. 


Ele estava me levando em direção ao seu carro e ele sorria perverso. Assim que chegamos perto do automóvel em um beco do lado de trás da boate, ele me encostou na lataria e atacou meus lábios de uma forma urgente. Estava bom, eu gostava da pegada dele. 


  - Você tem uma bunda muito gostosa. - Ele falou sorrindo fraco, respirando com excitação. 


Sua mão apertou minha nádega direita e eu senti meu corpo formigar. Seus toques me deixavam sem ar. 


  - Vem. - Ele disse baixo me puxando para dentro do carro. 


  - Vamos fazer sexo em um carro? - Eu perguntei rindo como um idiota. 


  - Podemos ir pra minha casa, se você quiser. - Ele sugeriu. 


Mas eu neguei.


  - Nunca fiz em um carro, deve ser bom. - Falei mordendo os lábios. 


Suas mãos me empurraram gentilmente para dentro do carro e minhas costas se apoiaram no banco de trás do carro. O rapaz fechou a porta em seguida e deitou em cima de mim me beijando forte e apalpando meu corpo de uma forma meio exagerada, como se ele ansiase por mim. 


  - Você é lindo. - Ele disse, beijando e chupando meu pescoço. 


Então uma coisa estranha aconteceu. Meus pensamentos não paravam de repetir um nome que eu evitava em todo momento. Eu evitava tanto aquele nome na minha vida e quando eu achei que estava dando o próximo passo para esquecer de vez, ele estava se repetindo na minha cabeça justo naquele momento. 


O rapaz esfregava seu quadril com o meu, fazendo nossos membros roçarem um no outro por baixo do pano das nossas calças. Eu grudei meus dedos naqueles cachos que, mesmo bonitos, não eram familiares como eu desejava que fossem. 


Suas mãos desceram para as minhas calças e começaram a desabotoar a mesma vagarosamente. 


Eu estava gostando, eu realmente estava. Era diferente, mais bruto do que das outras vezes em que eu havia feito esse tipo de coisa. Era com alguém diferente. Mas no fundo, eu não queria que fosse. 


Minha cabeça continuava a dizer aquele nome mesmo eu lutando mentalmente para que ela parasse de repetir a mesma coisa tantas vezes. 


Harry, Harry, Harry... 


Uma das mãos do rapaz segurou o meu membro por cima do pano da minha roupa de uma forma gostosa e eu gemi com o toque. Fechei os olhos e essa não fora uma idéia muito boa. Porque de olhos fechados eu podia imaginar o que quisesse, e naquele momento eu estava imaginando de um jeito errado. 


  - H-Harry... - Eu disse fraco, sentindo os toques do rapaz que estava em cima de mim. 


  - É Henry. - Ele sorriu entre os beijos. 


Nós tínhamos trocado nossos nomes dentro da boate, mas eu já nem me lembrava de anteriormente, eu só queria imaginar o que eu quisesse. 


O rapaz parou de me acariciar daquela maneira e afastou suas mãos um pouco deslizando-as depois para dentro do tecido da minha roupa íntima, me fazendo sentir suas mãos geladas tocarem meu membro. 


Eu gemi naquele instante o puxando para mim em um beijo desesperado. 


  - Você gosta assim? - Ele sussurrou. 


Eu não respondi, apenas continuei deslizando meus dedos pelos seus cachos e beijando seus lábios na mesma intensidade. 


  - Harry... - Eu disse mais uma vez. 


  - Você tem algum problema em decorar nomes? - O rapaz perguntou divertido. 


Assenti de forma meio vaga e senti suas mãos passarem pelo meu peito e depois pelas minhas coxas, ele tinha mesmo uma pegada boa. 


E de repente meus pensamentos voltaram com tudo, me fazendo imaginar às vezes em que eu e Harry havíamos feito amor na casa dele sem que seus pais soubessem. Às vezes em que Harry me olhava do modo que só ele fazia, às vezes em que ele me pegava desprevinido com palavras que me derretiam por inteiro. Às vezes em que ele havia dito que me amava e eu nunca respondia... 


  - Eu te amo. - Falei calmo e senti o peso em cima do meu corpo diminuir. 


  - Wow. - O rapaz soltou confuso - Tudo bem, acho que isso não está certo. 


Ele me encarava com uma expressão confusa e ao mesmo tempo ria da minha cara. 


Meus olhos arregalaram mais assim que eu percebi que havia dito o que não deveria ter dito. Que idiota. 


  - Meu Deus. - Falei apressado meio tonto pelo álcool e comecei a subir o zíper da minha calça, me levantando do banco de trás - Me desculpe. 


  - Não. - Ele disse divertido - Está tudo bem, eu só... - Ele juntou as sobrancalhas me observando - Só não faço isso envolvendo sentimentos, sabe? 


É claro que eu sabia. Até parece que eu estava amando aquele cara que eu nem mesmo havia conhecido direito. Eu não deveria nem ter aceitado seu convite para transar dentro de um carro.


  - Eu sei. - Falei passando por cima dele nos deixando em uma posição estranha até que eu chegasse a porta do carro para abri-la. Foi constrangedor - Eu me enganei. Esqueça isso. 


Ele segurou meu braço de uma forma gentil para me parar. 


  - Nós podemos tentar denovo. - Ele sugeriu, erguendo uma sobrancelha e sorrindo largo - Só não diga que me ama outra vez, é estranho. 


  - Eu não estou no clima. - Respondi alcançando a porta do carro e saindo dele todo desajeitado. 


  - Tudo bem, então. - Ele suspirou decepcionado. 


Como eu era idiota. Eu estava quase conseguindo ir pro próximo passo sem pensar em Harry e então de repente ele estava na minha cabeça. Eu não conseguia esquecê-lo, aquilo era torturante. 


Eu estava correndo pela calçada todo desengonçado e meus olhos não conseguiam se firmar. Tudo rodava e eu sentia vontade de vomitar. 


Quando cheguei em casa e virei a chave na fechadura abrindo a porta rapidamente e escorregando pelo chão, comecei a chorar. 


Era bizarro. Como eu havia chegado a esse ponto? 


Fiz Harry sofrer por achar errado me relacionar com ele com medo do que as pessoas diriam/pensariam, e agora eu estava beijando pessoas sem me importar com nada e quase transando com um desconhecido. Que decepção. 


Chorei porque eu estava bêbado outra vez como sempre costumava ser depois de ter saído do colégio, chorei por estar me sentindo um idiota por não ter conseguido novamente ter algo com alguém, chorei por não parar de pensar em Harry e chorei por estar naquela maldita casa sozinho sem ninguém para conversar. 


Eu estava totalmente errado sobre o fato de ter superado Harry. Ele ainda era um fantasma assombrando a minha vida. 


Eu havia até pensado em dar uma passada na casa dele algum dia, mas eu tinha certeza que ele não queria me ver. Ele nunca mais iria querer me ver porque eu era um idiota. Um egoísta que só pensei em mim o tempo todo enquanto estávamos juntos, só pensei em meu próprio bem enquanto ele pensava em nós dois. 


Eu estava começando a me odiar mais ainda e chorei porque eu queria que todo esse peso passasse. Eu queria tanto encontrá-lo e pedir desculpas a ele, mas eu sabia que não seria o suficiente. Nada consertaria toda a decepção e tristeza que eu havia feito Harry sentir. 


Eu precisava parar com aquilo e estava lutando para fazê-lo. 


Eu precisava planejar a minha vida. Não aguentava mais "curtir" da maneira errada e eu não queria mais acordar com dores de cabeça e com vômito pela casa. 


Era horrível. Aquele não era eu. Jay ficaria decepcionada. Meus amigos se decepcionariam com aquele Louis. 


Eu precisava mudar. 



Meus amigos não haviam me visitado quando saíram do colégio praticamente juntos. Mas eu estava a par das novidades já que eles me ligavam direto, um de cada vez, animados por estarem começando a construir o futuro deles. 


Os três estavam cursando em universidades muito bem reconhecidas pela Inglaterra e eles até tentavam me convencer a entrar pra uma delas. Mas eu sempre evitava falar sobre esse assunto. Em todo aquele tempo em que eu gastara com bebidas e festas, eu não parara para pensar o que seria da minha vida. 


O que eu queria da minha vida? - Fora o que eu comecei a me perguntar todos os dias. 


Do que adiantava um histórico cheio de notas excelentes se eu nem mesmo sabia o que fazer? Do que adiantava tanto dinheiro na minha conta se eu nem mesmo conseguia pensar em um futuro? 


Esse Louis não era o Louis de antes. Porque o Louis de antes não ficaria tão perdido assim, ele saberia o que fazer e tudo isso iria passar. 


Talvez porque o Louis de antes tinha o Harry e o de agora não tinha mais o Harry. Talvez por isso eu estava perdido. 


Mas eu não podia ficar assim para sempre. Eu não queria ter de parar minha vida por estar sofrendo por Harry. Não adiantaria nada sofrer daquela maneira, eu nunca veria Harry e isso era óbvio. 


Eu precisava mudar urgentemente. 







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