História I Wanna Grow Old With You - Will you marry me?

XV ― Will you marry me?

Era 04h da manhã de sábado quando Alec resolveu se levantar. Ainda tinha um tempo para preparar tudo, porém não aguentava mais ficar na cama. Sua cabeça estava a mil por hora. Hoje seria o dia que finalmente iria pedir Magnus para se casar com ele. Alec estava nervoso. Claro que a parte racional de sua mente tinha plena certeza que, depois de quase três anos de namoro e dois filhos, era impossível Magnus não aceitar seu pedido. Claro que não era essa parte de sua mente que o dominava no momento.

O bombeiro foi até a cozinha do apartamento para começar a preparar o café da manhã especial daquele dia. Enquanto ajeitava as coisas, não podia deixar de se lembrar do planejamento de tudo feito com os meninos no dia em que contou a eles de sua ideia.

[...]

Estava levando os meninos para casa depois de ter ido buscá-los na casa da mãe ― Maryse adorava passar o dia com os netos. Os meninos iam conversando e brincando no banco traseiro do carro quando Alec chamou a atenção dos mesmos.

“Meninos, o que vocês acham de fazer uma surpresa pro papai de vocês?”

Os garotos pararam rapidamente o que estavam fazendo para se concentrar no pai.

“Surpresa!” Max gritou animado.

“Sim!” Gritou junto com o irmão. Só para depois perguntar: “Surpresa pra quê?”

Alec riu de eles terem se animado tanto antes mesmo de saber o que era.

“Eu vou pedir seu papai para se casar comigo.” O bombeiro explicou aos filhos com um grande sorriso.

“Mas ué, vocês já não são casados?” Rafael questionou o pai novamente.

“Não, querido. Nós apenas moramos juntos.” Esclareceu e ganhou um “ah” e um encolher de ombros do menino. “E aí, vão me ajudar?”

O pai recebeu sua resposta com novas exclamações excitadas de Max e Rafael e uma série de ideias criativas sobre como fazer o pedido.

Mais tarde naquele mesmo dia, depois de chegarem em casa, aproveitaram que Magnus ficaria até tarde na escola e começaram todos os planejamentos - que não eram muitos. Seria um pedido simples, mas, com certeza, significativo.

[...]

Por volta de umas 06h Rafael apareceu na cozinha. Ele vestia seu pijama do Capitão América e tinha o rosto marcado de tanto dormir. Era um verdadeiro milagre o pré-adolescente de 12 anos acordar tão cedo. Alec estava orgulhoso.

“Bom dia, querido.” Cumprimentou antes de colocar uma caneca de achocolatado na frente do menino sonolento.

“Bom dia, Alec.” Rafael ainda não conseguia chamá-los de pais, mesmo já tendo estado com eles há quase um ano. Alec e Magnus respeitavam a decisão do menino. Sabiam que isso aconteceria quando estivesse no momento certo. “É hoje!” Comentou um pouco mais acordado depois de tomar seu “café”.

Alec apenas sorriu com expectativas para o filho.

Quando ia dar 07h da manhã Alec pediu que Rafael fosse acordar o irmão. Magnus costumava acordar cedo mesmo aos sábados e o bombeiro sabia que a partir daquela hora não demoraria muito para o namorado se levantar.

Alec pegou a bandeja de café da manhã ― tinha frutas, suco, café e bolo. ― e entrou no quarto que dividia com Magnus. Colocou a bandeja na mesinha de cabeceira e começou a dar beijinhos no rosto do namorado para que ele acordasse. O que aos poucos foi despertando o professor.

“Hmmm…” Gemeu sonolento, ainda com os olhos fechados. “Acordar assim é uma maravilha.” Abriu os olhos e sorriu para um Alec ajoelhado ao lado da cama. “Bom dia!”

“Bom dia!” Deu um selinho nos lábios do namorado e subiu ao seu lado na cama.

“Qual a ocasião especial?” Magnus questionou ao ver a bandeja com o café da manhã.

“Eu não posso querer agradar meu namorado sem nenhuma razão aparente?” Se fez de ofendido causando o riso em Magnus.

“Claro que pode.” Deu um beijo. “Não só pode” Beijo. “como deve.” Beijo.

Os dois ficaram algum tempo na cama namorando até Magnus começar a ouvir agitação pelo apartamento e querer sair do quarto. Alec teve que agir rápido para evitar que o professor estragasse a surpresa.

“Pode deixar que eu vejo o que os meninos estão aprontando.” Disse indo até a porta do quarto. “Você fica aí, lindamente deitado que eu já volto.”

Chegou na sala para encontrar os meninos ansiosos esperando o momento de agirem com o plano.

“Okay, meninos, é agora!” Alec avisou.

Todos tomaram suas posições e Alec chamou o namorado. “Magnus! Venha aqui! Rápido!”

Em poucos segundos Magnus entrou na sala ofegante e ficou mais ainda ao ver o que lhe esperava.

Seus três meninos estavam ajoelhados no meio da sala. Rafael segurava uma plaquinha escrito “casa” e Max segurava outra escrita “comigo?”. Alec estava no meio dos dois com Presidente Miau nos braços ― até o gato entrou nessa! ― e na coleira do bichano tinha uma caixinha vermelha típica de anéis. Os três sorriam cheios de expectativa.

“Eu fiquei meses pensando na melhor hora e melhor lugar para fazer isso só para descobrir que eu só precisava da nossa casa e da nossa família.” Alec começou sorrindo. “Magnus Bane, você aceita sermos oficialmente a família que já somos pro resto de nossos dias?”

Magnus não sabia o que dizer. Quer dizer, sabia sim. Sim! Mas estava ligeiramente em choque pela cena linda na sua frente.

“É claro que sim!” Finalmente respondeu fazendo Alec respirar aliviado. O professor correu até o noivo ― estavam noivos! ― e praticamente se jogou em cima dele, quase não dando chance para Alec colocar presidente miau no chão. Os meninos então se jogaram por cima dos pais que choravam e riam ao mesmo tempo. Tudo virou uma grande festa.