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História I want to make you smile - Capítulo 4 - Música


Escrita por: TheMiChaengship

Notas do Autor


Olha quem voltou.

Capítulo 4 - Capítulo 4 - Música


Sana estava feliz.

Hoje era o dia em que teria que falar com Jihyo.

A cada trimestre, teria que contar para ela sobre os avanços que obteve com sua paciente e estava feliz por finalmente ter algo para contar. 

Acordou cedo.

Se arrumou tranquilamente e, dessa vez tomou café em casa.

Já faziam semanas que Chaeyoung não via sua irmã assim, estava até estranhando.

- Parece que alguém acordou de bom humor hoje! - Falou com um sorriso no rosto enquanto passava manteiga em sua torrada.

- Pois é, Chae. Acho que você me deu sorte.

- Isso quer dizer que você conseguiu se aproximar de Tzuyu? 

- Sim! - Sana disse animada. 

- Eu sabia, minha irmã é a melhor psicóloga do mundo.

- Ah, Chae, não seja boba. A melhor do mundo eu não sou. Mas, estou feliz por isso.

- Eu sabia que você ia conseguir. - A menor disse acariciando o rosto da mais velha.

As duas comeram e depois saíram. 

Sana para o trabalho e Chaeyoung para a escola.

A japonesa foi muito animada para o trabalho, cantarolando suas músicas favoritas com o rádio, sem contar que, quando entrou no prédio, estava quase dando bom dia até para as plantas.

Antes de falar com sua superior, tinha que subir para ver como Tzuyu estava e para esperar Momo. 

Logo entrou no quarto.

Quando entrou, se deparou com a mesma cena de todos os dias, Tzuyu estava deitada na cama, toda enroladinha na coberta. 

Sana se aproximou tomando cuidado para não fazer barulho e se ajoelhou na frente de sua cama.

A menor dormia lindamente, parecia uma criança. 

O fato de ainda ter muitas coisas para descobrir sobre ela fascinava Sana.

De repente, a menor abriu os olhos levemente. 

Sana sorriu com a cena.

- Bom dia! - Disse a japonesa - Dormiu bem? - Tzuyu, como sempre, nada respondeu. Sana já esperava por isso então apenas continuou - Sonhou com alguma coisa?

A menor a encarou. 

Seu olhar estava diferente hoje.

Não parecia mais de desprezo como antes.

- Bom, eu tenho que falar com a Jihyo agora mas, eu prometo que volto, ok?

Tzuyu não respondeu mas balançou a cabeça. 

- Está bem. - A japonesa falou - Pode descansar mais um pouco.

Depois disso, Sana apenas se levantou e saiu da sala.

A relação das duas era desse jeitinho. 

Tzuyu não falava mas, Sana a conhecia o suficiente para saber o que ela queria.

Se tratando de Tzuyu, aquilo era um avanço enorme.

Se dirigiu então para a sala da Momo.

Os psicólogos tinham total liberdade para visitar outras salas se quisessem.

Quando chegou lá, estranhou ver a porta destrancada.

Resolveu abrir.

Ao adentrar o quarto, se deparou com uma cena peculiar.

Lá estava Momo, sentada em uma cadeira ao lado da cama.

Jeongyeon, sua paciente ainda dormia e Momo acariciava calmamente seus cabelos.

Também tinha um sorriso no rosto. 

Sana achou fofa aquela cena, será que algum dia seria grudada assim com Tzuyu? 

Depois de alguns instantes, Momo percebeu a presença de Sana na sala.

- Ah, oi Sana. Desculpe, eu não te vi. - Disse rapidamente se levantando.

- Não, tudo bem é que, a porta estava aberta.

- E então, vamos?

Sana balançou a cabeça. 

- Estou animada para falar com Jihyo. - Disse Momo no meio do caminho. 

- Sério? Então isso quer dizer que está avançando com a Jung?

- Sim. Acho que até ano que vem ela sai daqui.

- Que bom! - Disse Sana dando um sorrisinho.

- É, bom...eu queria que você a conhecesse, se não se importa, seria ótimo para ela fazer novas amizades e...

- Claro! - Cortou Sana - Estou doida para conhecê - la.

Momo sorriu ao ouvir aquilo.

 

 

 

 

Finalmente era a vez vez de Sana entrar na sala de Jihyo.

Estava animada.

Foi até a porta e a abriu.

A sala de Jihyo era muito grande e bonita.

- Ah, olá Sana! - A mais nova disse com entusiasmo ao ver a japonesa. 

- Oi. - Sana disse meio tímida se sentando na cadeira a sua frente.

- Bom, você está cuidando da Tzuyu, não? Bom, não precisa nem falar, você só está aqui a um trimestre e ela pode demorar um pouco mais de tempo para falar e...

- Não. - Sana a cortou - Ela falou comigo. - Disse orgulhosa de si.

Jihyo não conseguiu conter sua cara de espanto.

Era a primeira vez que ouvia aquilo.

- Sério? 

- Sim. Ela me confessou que não gosta da comida daqui e, no mesmo dia me agradeceu por... - Sana se esforçou para pensar em uma boa desculpa - Por ser gentil com ela. - Foi o melhor que conseguiu. 

Ok, aquilo não era toda a verdade mas, infringiu apenas uma regra e sua ação deu resultado, então...

- Nossa, Sana, estou muito surpresa. Nenhum psicólogo até agora conseguiu fazer Tzuyu falar, você foi a primeira. Sabia que conseguiria, estou orgulhosa. - A japonesa sorriu com aquilo - Espero que continue com o bom trabalho. - Falou Jihyo, ainda sorrindo.

Sana se sentiu muito feliz.

- Obrigada, Jihyo. Prometo fazer o meu melhor para descobrir mais sobre Tzuyu. 

- Fico feliz por isso, Sana. É só por hoje, boa sorte com ela.

- Muito obrigada. 

 

 

 

 

 

Sana voltou a sala de Tzuyu. 

Estava ainda sentada ao lado de sua cama, a menor nem se mexeu, não parecia estar muito bem.

A japonesa sabia que devia tentar puxar conversa novamente para descobrir algo.

- Ei, Tzuyu? - Chamou - Não quer fazer alguma coisa?

Silêncio. 

- Deve ser muito chato passar o dia todo aqui sem fazer nada. - Voltou a falar.

A menor se mantinha em silêncio. 

Sana decidiu não precisar muito.

Se ajoelhou ao lado da cama para ficar a sua altura.

- Você não é de falar muito, não? - Não estava tentando puxar conversa, estava apenas constatando fatos - Está tudo bem. - Disse afagando os cabelos da menor que estranhou o carinho - Não vou te obrigar a dizer nada, ok? Se ainda não estiver pronta para conversar eu entendo. - Disse antes de se sentar de volta na cadeira.

Tzuyu se sentiu boba, será a paciência daquela garota não acabava nunca? 

Sana então encostou a cadeira na parede, tirou sua celular do bolso e colocou seus fones.

O que ela estava fazendo?

Por que não desistia igual a todos os outros?

Tzuyu não parava de se perguntar isso.

O que será que estava escutando?

A menor se esforçou para tentar ouvir, se Sana estava tentando se aproximar através da curiosidade estava conseguindo. 

Talvez Tzuyu pudesse simplesmente perguntar ou...

Não, com certeza não. 

Só porque a um mês a trás se descuidou um pouco e falou com Sana não queria dizer que as duas se tornariam amigas ou algo do tipo.

Estava decidido, Tzuyu não ia dirigir mais nenhuma palavra a Sana.

- Ei, Sana, o que está escutando? - Perguntou num tom quase inaudível. 

Sentiu raiva de si, como pode cometer o mesmo erro duas vezes?

A japonesa se sentiu surpresa, não estava esperando por aquilo. 

Tirou os fones.

- Você quer ouvir comigo? - Perguntou timidamente. 

Tzuyu não respondeu, apenas deu de ombros e se sentou na cama.

A japonesa se levantou da cadeira e se sentou junto da menor.

Colocou um dos fones em seu ouvido.

Era estranho estar tão perto dela, ainda mais a pedido de Tzuyu. 

A música que tocava era Beautiful Liar, a favorita de Sana.

Já fazia muito tempo que Tzuyu não escutava música. 

A menor fechou os olhos. 

Sana achou engraçada aquela cena.

Quando a música terminou, Tzuyu tirou rapidamente seu fone.

- Não gosta dessa música? - A japonesa perguntou.

Tzuyu de novo deu de ombros.

- Acha que uma pessoa faria mesmo isso? - Perguntou de surpresa. 

Sana continuava boba com aquela cena.

- O que? - Perguntou confusa.

- Esconder seus sentimentos para o bem maior de outra pessoa. - Tzuyu falou de uma vez sem pausas.

- Acho que sim. - Sana disse dando um sorriso - Quando amamos alguém queremos o bem dela mesmo que isso nos custe.

- Amor? - Tzuyu perguntou como se caçoasse da palavra.

- É. Por que? Você não acredita no amor? - Falou colocando seu queixo no ombro da menor como se tivessem intimidade.

Tzuyu novamente deu de ombros, o que fez com que Sana tirasse sua cabeça dali. 

- O que? Sério? - Disse como se estivesse indignada - Não acredito! É isso que a falta de doramas faz na vida das pessoas, eu sabia que devia ter pedido uma tv para colocarem aqui!

A menor, pela primeira vez riu, o que deixou a japonesa muito feliz. 

- Nossa, você sabe sorrir. - Falou Sana em tom brincalhão - Isso é bom.

As duas ficaram em silêncio. 

Sana parecia apenas curtir a companhia de Tzuyu. 

Quando a japonesa olhou melhor para seu rosto, reparou que tinha olheiras muito grandes, de um jeito anormal para quem supostamente dormia bem.

- Tzuyu, você também dormido bem esses dias?

A menor ainda não respondeu.

- Vamos, me diga. Estou perguntando para o seu bem.

Tzuyu bufou, sério que ia fazer novamente o que Sana queria?

- Eu não consigo dormir. - Falou fria.

- Você já devia ter me contado, uma boa noite de sono é essencial para uma boa saúde. Por que você não consegue dormir?

A menor a encarou. 

- Por que eu deveria te contar?

- Por que eu sou sua psicóloga e você deve confiar em mim. - Sana disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Ser minha psicóloga não me faz confiar em você, Sana. 

Com isso, a japonesa tinha que concordar, confiança não é algo fácil de se conseguir. 

Sana bufou.

- Ok, Tzuyu. Você acha que conseguiria confiar em mim se eu te contasse um segredo?

A menor a encarou curiosa.

Sana viu que realmente teria que fazer isso.

- Está bem. Esse é o meu segredo mais constrangedor então eu realmente espero que possa confiar em mim se eu te contar. - Sana pigarreou antes de continuar - Bom, eu tinha acabado de começar o último ano da escola e não tinha idéia de que profissão seguir. Só que, nesse mesmo ano, minha teve uma crise muito forte de depressão. Ela estava muito mal, não queria nem comer e aquilo foi horrível, ao vê - la daquele jeito eu me sentia completamente inútil. Bom, ela passou a ir a vários psicólogos e nada parecia resolver, então eu... - Fez uma pequena pausa - eu comecei a faltar a escola para tentar ajuda - la. Finalmente eu me senti útil. Depois de meses de tratamento, minha mãe finalmente se recuperou e, tudo graças aos psicólogos que a ajudaram. Foi naquele mesmo momento que eu soube o que eu queria ser. - Ao terminar essa frase, Sana viu um pequeno sorriso se formar nos lábios de Tzuyu - Mas, tudo o que vai volta e, por conta de minhas faltas eu acabei repetindo. Foi horrível ter que fazer tudo de novo mas, foi necessário para eu poder entender o que eu queria ser. E graças a tudo isso, eu sou psicóloga hoje. - Disse abrindo um sorriso.

As duas manteram o silêncio e Tzuyu se debruçou de volta na parede.

- Pesadelos. - Sana ouviu uma voz baixa falar. 

- O que você disse, Tzuyu? 

- Eu disse que eu tenho pesadelos.

 


Notas Finais


Nossa, mano. Já estou com a história toda pronta e nossa...me segurando para não dar nenhum spoiler.
A única coisa que posso dizer é: eu vou fazer vocês chorarem, e muito.

(E sério, ouçam Beautiful Liar, essa é a melhor música do mundo pra mim.)


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