História I Want You (Jikook ABO) - Capítulo 9

Havia se passado uma semana, depois do acontecimento na casa do alfa, não havia visto mais o mesmo, algo em mim estava errado, meu corpo cedeu suas provocações e tudo que o mesmo desejava era mais daquilo. Mas como sempre consegui me controlar – Por pouco mas conseguir – e graças a Deus que aquela bendita (maldita) campainha tocou. Se não... Aish, quero nem pensar.

 

 

 

—Koookie meu filho, será que tem como você fazer um favor para min? —falou a minha mãe, com sua voz doce de ômega, me tirando de meus devaneios.

 

– Sim mãe, oque a senhora quê que eu faça? – falei cansado, estava deitado no sofá, jogando um jogo qualquer no Xbox.

 

– Você pode ir vê o Jimin para mim? È que você sabe o quão difícil é para ele... - começou a falar motivos para me fazer ir.

 

– Que seja – falo desanimado – to indo, agora – a beijo na bochecha e saio.

 

 

 

 

Sempre parei para pensar, eu gostava de ser ômega, mas preferia ter nascido um beta ou um alfa. Ser ômega tem suas controvérsias não gostava de ser submisso, ou ter alguém mandando em mim, e tempo de cio ter a necessidade de ter alguém, betas não passam por isso, nem alfas eles conseguem se controlar perfeitamente.

 

Mas aí eu paro.

 

Se fosse qualquer outra classe teria o conhecido?

 

Ou será que nunca teria conhecendo Park Jimin?

 

Será que eu seria feliz sem tê-lo conhecido?

 

Claro, absolutamente, definitivamente, eu o havia esquecido, não nutria mais os mesmos sentimentos. Mas mesmo assim, eu ainda o tinha, ele marcou minha vida, querendo ou não temos uma história, claro que não durou muito, ou é daquelas que tem final feliz.

 

É estranho mas sempre comparei nossa história com contos de fadas, acho que quando se apaixonamos pela primeira vez, costumamos a comparar com os mesmos, sempre achamos que vamos ter aquele beijo de cinema, onde os personagens se beijam debaixo da chuva, onde vamos ter aquela briga de quem ama mais, ou até mesmo encontros igual aos de filmes, aquele típico namoro perfeito com direito apenas a felicidade, sem brigas, apenas felicidade. Onde você diria para a outra pessoa que a amava e ela também diria te amar, seria recíproco e perfeito.

 

Mas se esquecemos, que a vida não é assim, e acabamos por colocar enormes expectativas e quando acaba.... PUFF … achamos que nosso mundo acabou mas é apenas a realidade te mostrando o peso da quebra de uma grande expectativa. Falo isso por experiência.

 

Não necessite de ninguém, você é a única pessoa que pode te fazer feliz, você e você mesmo.

.

.

.

.

.

 

Saio dos meus pensamentos quando chego na frente da casa do mesmo, estava tão silencioso, apenas toco a campainha...

 

Uma... Duas... Três... Até ouvir a voz do alfa, dirigindo um “Já vai”

 

 

 

– Jungkook... – fala surpreso, com os olhos marejando?

 

– Jimin você estava chorando? – pergunto, por instinto o abraço, não gostava de o vê assim, Jimin apenas chorava em casos extremos, afinal por uma sociedade cheia de esterótipos “alfas não choravam”.

 

 

Oque será que aconteceu com ele? Será que foi por vovó? Ou algo grave aconteceu?

 

 

– Desculpa – se pronunciou em meio ao choro – Eu te amo – O-oque?

 

 

Eu te amo? Ele me disse isso?

 

 

– Jimin? Você 'tá bem? Porque 'tá falando isso? Por um acaso você bebeu? Jimin se você bebeu vou bater em você? Eu aqui todo preocupado, e você bebendo, só pode ser brincadeira – falo tudo de uma vez tentado esconder o nervosismo e irritamento, será que ele tava brincando comigo? Isso só poderia ser um jogo.

 

– Do que você está falando? Brincando? Eu nunca brinquei com seus sentimentos – fala com sua voz embriaga pelo choro.

 

– Aish esquece – não brigaria com ele, não com ele naquele estado – Oque aconteceu para você está assim?

 

– Lembra que você me falou que mandou as cartas? – aceno positivamente – Eu liguei para meus pais que estão em Busan, para perguntar sobre as mesmas, pôs nunca as recebi – então oque ele disse era verdade? Ele nunca recebeu as cartas? – Eles me mandaram e depois daquele acontecimento, cujo você saiu correndo depois da campainha tocar, aquele homem era uns dos secretários dos meus pais, ele trouxe consigo todas as cartas, as quais eu li, deve ter sido difícil pra você, amar sozinho. Não que eu não te amasse, eu te amo, mas você nunca soube. – falava tudo de uma vez, já não tinha mais voz de choro e se recuperava.

 

 

Estaria mentindo se disse-se que suas palavras naquele momento não me afetasse, mas era tudo tão confuso, não posso voltar atrás ou coisa do tipo... mas antes de tudo preciso saber oque eu sinto e acima de tudo se ele não está brincando comigo.

 

 

– Jimin por um acaso seu cio está perto? Estou te achando sensível – falo tentando processar tudo que me foi dito.

 

– Aish, Jungkook eu me declaro, falo tudo que estou sentindo, e que me arrependo e que seu amor sempre foi recíproco e é assim que você me respondido? – fala parecendo se irritar.

 

– Oque você espera que eu fale? Que te amo? Que eu continuo o mesmo? Jimin, quando eu escrevi aquela carta eu contei tudo oque sentia, eu chorei, eu confesso que ainda tinha esperança que me respondesse, mas não, a resposta não veio, Jimin, eu me afundei, tive problemas, quase me afundei numa depressão, quase acabei com minha vida, Jimin, eu sofri todos os anos, e quando finalmente eu estava te esquecendo, você aparece, e agora me diz que me ama? Enquanto você se relacionava com outras pessoas, eu me afundava, eu tive bulimia, tive que ir a um psicólogo, porque não era normal um ômega agir assim, essa nossa história é tanto peso, que chega a sufocar, acho que seria mais fácil que não estivemos colocado tanta expectativa, nem tanto amor, assim não iriamos sofrer tanto quando isso tivesse cegado a o fim. – falo cansando e realmente estava, aquele assunto já estava me aborrecendo.

 

– Jungkook... eu... eu não sei oque falar – fala sincero, tristonho.

 

– Jimin, eu nem sei oque eu sinto por você mais... - falo abaixando a cabeça. – Talvez deveremos por um ponto final nisso.

 

– Jungkook, não fala isso, eu sei que te machuquei, sei que te entristeci, mas me perdoa – fala parecendo arrependido.

 

– Tudo bem, Jimin eu te perdoo, eu preciso de um tempo para pensar sobre meus sentimentos e sobre tudo que você me falou – falo sincero.

 

– Jungkook... – continua depois de ouvir um “prossiga” – que tal tentamos recomeçar? Pelo menos, por uma última vez?

 

 

Aquela proposta parecia ser tentadora, eu não queria tomar uma decisão precipitada, qualquer resposta poderia me fazer se arrepender no futuro, eu não queria. Mas tentar uma última vez, talvez desse certo, não sei... Aish, saudades de quando não precisasse tomar essas decisões, e minha única preocupação era fazer as pazes com meus amiguinhos.

 

Mas ele era meu amiguinho.

 

Nunca pensei, mas Jimin sempre esteve lá.

 

Ele sempre esteve na minha vida.

 

Independente de tudo, ele sempre esteve lá.

 

 

E lá estava eu, correndo para abraça ele, meu hyung predileto, de repente tropeço no carrinho que ele brincava, era uma miniatura de Ferrari vermelha, ele amava, e sempre me dizia o quão amava e que quando crescesse teria uma daquela.

 

– Hyung, me desculpa, não queria quebrar seu carrinho – falo com um bico nos lábios.

 

– Aish, para com essa cara fofa, você sabe que eu não resisto – logo me lança um de seus eyes smile – tudo bem, nem gostava muito dele.

 

Ele mentiu por mim, aquele era o seu carrinho preferido, nunca entendi porque ele reagiu daquela forma. Mas me perdoou como sempre, depois de fazer alguma besteira, que sempre eu acabava fazendo.

 

 

– Tudo bem, você sempre me deu chances, então nos darei uma última chance, te darei a oportunidade de provar que me ama, assim como você me dava chances depois de fazer besteiras – falo com um sorriso, que tentava passar conforto.

 

Depois daquilo começamos a conversar coisa aleatórias, achei que ficaria um clima estranho ou algo do tipo, mas não, era como se tivéssemos voltado no tempo e voltássemos a ser criança, quando eramos melhores amigos.

 

.

.

.

.

.

.

 

– Você sabe que gosta dele, certo? – Falava afagando meus cabelos, ele era uma das únicas pessoas que sabia da minha história com o Jimin, mas nunca me julgou, ou me olhou torto e diferente, coisas que os esterótipos faziam, eram como se me jugassem por ser um ômega “abandonado” pelo alfa.

 

Pra se sincero ele também é uma das únicas que sabia do acontecimento de quase 2 anos atrás, mas nunca me julgou, ele sempre era compreensível comigo, era como meu irmão ou até mesmo pai que pedir ainda quando criança.

 

– Acho que não – falo me virando para encará-lo, estava deitado com a cabeça em cima das suas coxas, como travesseiro.

 

– Não to falando, to afirmando – ele me olha sério – se você gosta dele e ele de você por que não ficam juntos? – fala parecendo a melhor ideia de todas.

 

– Não fala besteira hyung, você sabe que não é assim, talvez, eu ame ele, mas e quando ele descobrir a verdade? Será que ainda vai me amar? Preciso saber o quanto me ama antes disso tudo vim a tona, por isso, preciso que prove seu amor por mim.

 

– Se você acha melhor, tudo bem então – ele sempre me confortava, independe-te do que dissesse – Vou está sempre aqui, do seu lado.

 

– Você é o melhor hyung, Min Yoongi – falo sorrindo.

 

 

 

Se essa história vier a tonar não sei como agir. Não sei como ele agirá. Espero que me perdoe.