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História I want you to want me - Segunda temporada - Boa viagem...


Escrita por: ZVenusAngelicZ

Notas do Autor


Perdoem a demora infinita...
Boa leitura ;)

Capítulo 20 - Boa viagem...


POV SNAPE

 

 

- Oi Sibila, lembra do meu pai? - David diz sorrindo falsamente - Faz um tempinho que ele não dá as caras,  mas a senhora deve lembrar dele... desculpe não termos marcado hora, mas sabia que estaria aqui ao invés de irmos procurá - la em casa.

- Severo... - Ela me encara fixamente por trás de seus óculos redondos - ... já aguardava vê - lo por aqui... entrem!

Entramos timidamente em seu escritório colorido, com várias bugigangas e objetos de origem cigana. Procuro disfarçadamente algum vestígio de Hogwarts, talvez alguns livros que eu facilmente reconheceria, ingredientes para poções, um mísero caldeirão... nada. Apenas sua bola de cristal, mas isso não nos garantia sua real eficiência em previsões e profecias, somente com a recitação da profecia de Potter finalmente confirmamos.

- Querem um pouco de chá?  Vou fazer para vocês.

- O que a senhora quis dizer com "já aguardava vê - lo por aqui "? A senhora adivinhou mesmo? 

- David, você sabe fazer um chá ótimo,  por favor, faça para nós,  se a senhora não se importar, é claro... - me virei para ela que estava à caminho da cozinha.

- Ah, claro que não! Fique a vontade,  querido. 

- Mas pai... - David murmura.

- David... - Digo sério para ele que obedece prontamente porém reclamando baixinho.

- É, Severo. Não existe sossego para quem resiste às trevas... - Ela sorri recostando - se na cadeira como se já estivesse conformada com tal afirmação.

- Tem que existir - Retruco desesperado.

- Talvez com a morte - Ela joga as mãos para o alto balançando a cabeça.

- Você sabe o que está acontecendo, não sabe?

- Sei... - Ela sussurra.

- Por quê você não perdeu a memória?

- Não se trata de memória, se trata de realidade. Porém tive uma visão que você viria falar comigo. Tenho certeza que te ajudarei, como eu não sei...

- Não sabe?! - Reviro os olhos massageando as têmporas.

- Não é assim que funciona, querido - Ela ri - tenho a impressão que te conheço... - Ela aponta o dedo para meu rosto o observando.

- Voltemos para o foco do assunto,  por favor... - Digo impaciente.

- Escute! - Suas feições se tornaram estranhas exatamente como na noite em que cometi o pior erro da minha vida. Ela parece ser possuída por algo enquanto me encara - O que parece um sonho nem sempre é um sonho... obstáculos impensáveis o perseguirão... mas para toda maldição há uma luz... de onde menos se imagina, surge a solução... de onde menos se acredita, se acha a salvação!

- A encaro absorto em pensamentos tentando decifrar esse enigma em forma de profecia.

Ela pigarreia retornando a si.

- Onde estávamos?

- Já terminamos... - Suspiro pensando por que as coisas sempre têm de ser tão difíceis.

Olho em volta ainda pensando na profecia quando encontro os olhos do David arregalados e a bandeja de chá se estilhaça no chão.

 

 

 

- Mas que merda era aquela? O que está acontecendo?!

- Já te disse o que era, mas você não acreditou.

- Ah! Claro! Me parece completamente normal dizer que somos tipo... bruxos, para justificar seu crime! Fingir que não bate bem da cabeça é uma boa saída! - Ele exclama pegando novamente aquele maldito aparelho de trouxas desocupados e digitando enquanto andamos em direção ao carro. Num surto de raiva tomo o celular de sua mão, o abro arrancando a bateria e a jogando no parquinho do outro lado da rua.

- QUÊ?! - Ele corre desesperado para buscar a bateria enquanto sigo para o carro. Borgin virou minha família contra mim e ainda tornou meu filho um viciado em Internet sem interesse por nada além disso. Sento no carro pensando no que Dumbledore faria no meu lugar... sinceramente não faço ideia. Ele era imprevisível.

- Me leva para casa - Ele bate violentamente a porta quando retorna batendo propositadamente os pés sujos de areia no chão do carro.

 Não retruco e sigo para a casa deles. Agora acabou a chance de saber qual o cruzeiro que eles vão para chegar na América do Sul e de lá seguirem para a Amazônia.

Quando chegamos, ele desce batendo a porta e colocando o capuz de seu casaco para não olhar para os lados e entra em casa ignorando Brenda que abriu a porta ao ouvir o som do carro. Ela olha confusa para mim e vem ao meu encontro.

- O que houve?

- Digamos que eu danifiquei o celular dele...

- Então fez o que eu queria fazer a tempos - Ela ri.

- Não vou recuperar a boa relação com ele tão cedo... ainda mais com vocês viajando pra longe logo logo... - Digo jogando para ver se ela se penaliza e me convida para a viagem.

- Garanto que amanhã ele estará de bem com você... - Ela sorri dando batidinhas em meu ombro. Parece que não funcionou. Sua mão me confortando é tudo que eu preciso hoje... mas logo esse contato cessa.

- Eileen está tão animada com a viagem, só a parte da vacina que ela não gosta... - Ela ri - ... David também faz questão de assustá - la.

- Com quem ele fala tanto nesse celular? Ele não deveria estar estudando?

- As aulas já encerraram, esqueceu que estamos no final do ano?

Na verdade, nesta realidade já é final do ano. É completamente insano. É uma espécie de fenda no tempo.

- Ele está namorando. O nome dela é Tina Dursley.

- Já imaginava - Suspiro rindo me esquecendo que somente eu me recordo do mundo bruxo.

- Eu não. Ele começou tão cedo... - Ela suspira - ...quando eu tinha quatorze anos só namorava meus livros.

Não deixa de ser uma verdade. Ela só não se lembra os assuntos dos livros, a maioria poções. E não se lembra que trocávamos olhares tímidos durante meu período de estudante em Hogwarts. Como vou desfazer esse maldito feitiço? Aquela profecia não ajudou muito...

- Você realmente era muito estudiosa... - Sorrio para ela que me olha com curiosidade - ... você me defendeu de uns inimigos uma vez...

- Nossa, como eu fiz isso?

- Eu também não sei... - Minto prevendo seu olhar temeroso se eu contasse sobre a existência de magia - ...você foi muito corajosa, você sempre foi muito corajosa.

- Nossa, eu sempre me lembro de eu ser bastante tímida e ser totalmente o contrário de corajosa...

Suspiro sem ter a frase certa para dizer.

- Obrigada por trazê - lo... - Ela corta o silêncio presente - ... prometo que vou falar com ele. 

- Boa viagem para vocês - Digo cabisbaixo, sem rumo agora.

Ela entra para dentro da casa e permaneço parado ali, tentando colocar os pensamentos em ordem.

Ouço uma leve cantoria se aproximar e olho para descobrir quem é. É a Sibila.

- Parece triste, Severo.

- Essa é minha cara normalmente.

- Sua cara é normalmente emburrada e arrogante um pouco, não triste.

- Estou revivendo uma maldição que me persegue: a solidão.

- Então, se eu fosse você, não esperaria a solidão me pegar, eu estaria sempre perto de quem eu amo... - Ela dá batidinhas em meu ombro antes de seguir para sua casa.

- Boa viagem, Severo.

- Boa viagem? Ah... sim. Boa viagem... - Sorrio malicioso.


Notas Finais


Até o próximo capítulo! ^-^


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