História I Wanted - Não me deixa por favor!

Um ano…

Um ano que você se foi.

Eu ainda não entendo o motivo sabe.

Eu não era suficiente?

Meu amor por você não bastava?

___________

Me sento na mesa daquele café que sempre íamos. Aqui é meu lugar preferido desde que você se foi. Me lembro das vezes que ficávamos observando a paisagem. Bom, viraram apenas lembranças.

-Oi Pac- Cellbit senta na mesa.

-Oi- digo desanimado.

-Ainda está mal?

-É que hoje faz um ano que ele se foi…- suspiro.

-Posso te dar um conselho?- me olha tristemente.

-Pode.

-Você tem que seguir em frente- eu o olho indignado.

-Você tem noção do que está me falando?

-Tenho sim- pausa- Mas não adianta continuar esperando ele voltar. Você sabe que isso não vai acontecer!

-Cellbit/

-Me escuta… não é para o seu mal- suspirou- Você o esperou por um ano! Já chega de tanto sofrimento.

-Eu amo ele, Cellbit.

-Eu sei que ama. Nunca duvidei disso- se levantou- Eu só não quero meu amigo triste, enquanto a pessoa que o deixou pode estar se divertindo por aí- olhou para a paisagem- Me escuta pelo menos uma vez, Pac- virou as costas e saiu andando, me deixando lá.

Talvez ele esteja certo, eu devo desistir do Mike, mas algo em mim não deixa isso acontecer, não quer que isso ocorra.

É Cellbit está certo. Está na hora deu seguir em frente.

"NÃO POSSO TE ESPERAR A VIDA TODA, LINNYKER!" grito na minha própria mente.

Vai doer muito ter que esquece-lo, mas eu preciso fazer isso… não aguento mais espera-lo aparecer pra mim.

Nesse momento eu estava indo para minha casa. Não estava prestando atenção no que estava na minha frente, apenas olhava para o chão. Quando fui ver trombei com alguém.

-Me desculpa- digo, olhando para a pessoa. É uma garota, seus cabelos são loiros, pele branca e olhos azuis.

-Tudo bem- sorriu- Meu nome é Clara.

-Prazer, sou Tarik- retribui o sorriso.

-Quer andar sem rumo por aí comigo?- pergunta. Pensei em negar, mas antes lembrei das palavras de Cellbit "Você o esperou por um ano".

-Claro.

Ficamos caminhando pela cidade. Nesse tempo fomos nos conhecendo. Ela tem 17 anos, gosta de animes, estuda na mesma escola que eu estudei(Autora: Ele tem 21, ok? ^^), gosta de jogar Minecraft. Essa garota é simplesmente perfeita.

-Agora preciso ir- diz ela se despedindo com um beijo em meu rosto e saiu correndo.

Volto em direção ao caminho da minha casa. Quando chego, me jogo no sofá, pensando nela.

"É, parece que vou seguir em frente dessa vez" sorri meio abobado.

5 Meses depois

Nesses últimos meses eu e Clara, ficamos muito próximos. Ela é uma garota muito interessante.

-Já se apaixonou antes?- pergunta. Agora estavamos sentados no banco de uma praça qualquer.

-Sim… eu considerava o amor da minha vida.

-E o que aconteceu?

-Esse alguém foi embora sem mais e nem menos. Nem me deu explicações.

-Eu sinto muito- diz- Sente algo por ela ainda?

-Pra ser sincero, eu ainda sinto- percebo que ela me olhou com tristeza.

-E se alguém conseguisse fazer com que você esquecesse essa pessoa?

-Acho meio improvável alguém conseguir- dou um sorriso irônico.

-Posso pelo menos tentar?- ela pergunta e sem me deixar responder, se aproxima e me beija. Sua boca tinha gosto de cereja, é tão bom.

-Como assim tentar?- pergunto quando nos separamos.

-Me deixa te fazer feliz- pega na minha mão- Me da uma chance?

Não respondo ela. Apenas a beijo novamente, dessa vez um beijo mais agitado.

3 meses depois

Eu e Clara começamos a namorar. Nosso relacionamento estava indo tão bem, ela me faz tão feliz com toda sua fofura.

-Meu amor, vou ir a faculdade- me deu um beijo de despedida e sai de casa.

Me sento no sofá, suspirando aliviado que ela foi. Não é como se eu não gostasse dela, mas as vezes cansa sabe? E não é o mesmo sentimento que eu tive antes dela.

Ouço alguém bater na porta. Me levanto, vou em direção a ela, abrindo-a. Não havia ninguém, apenas um papel no chão. Pego-o e ele diz "Me encontre na praça central, hoje às 16:30".

"Deve ser o Cellbit" fecho a porta.

Subo as escadas e entro no banheiro. Tomo um banho e depois me troco. Olho as horas e já são 16:20. Sai de casa e fui em direção a essa praça.

Quando cheguei lá não havia ninguém. Olho para o céu e está nublado.

"Explicado" penso que é por esse motivo que não tem ninguém aqui.

Olho para um dos bancos e lá havia outro papel. Pego-o e leio. Dizia "Me desculpa por ter te deixado". Ok, que brincadeira é essa do Cellbit?

Ouço um barulho de mensagem chegando em meu celular. Eu o pego e vejo que é de um número desconhecido. "Você disse que sempre iria me amar".

-CELLBIT PARA COM ESSA BRINCADEIRA!- grito. Outra mensagem chegou.

"Não sou o Cellbit"

-Haha- dei uma risada irônica- E quem seria?- mais uma.

"Excluiu até meu número de seus contatos? Não lembra do seu Mikhael?"

Fico encarando a mensagem. Não podia ser ele! Não pode ser ele!

-Ele foi embora e me deixou ta? Não brinque com meus sentimentos!- apitou novamente.

"Não te abandonei, querido Pac"

Lágrimas começaram a se formar em meus olhos. Eu não queria lembrar ele, e também não queria que fosse ele… ou queria?

-Se é mesmo você, por que não aparece?- pergunto. Vejo outra mensagem.

"Olhe pra trás"

Me viro rapidamente. Acabo tendo a visão de um cara alto, usava uma blusa de frio preta, seus olhos são castanhos, usava óculos e o capuz da blusa impossibilitava ver seu cabelo. Era o Mike, mas eu não quero acredita, não quero que seja ele.

-Não me reconhece, Pac?

-Eu devia? Você não pode ser o Mike. Sei que não é!- uma lágrima escorreu pelo meu rosto- ELE NÃO VAI VOLTAR! ELE ME DEIXOU PRA SEMPRE.

-Eu precisava ir embora, Tarik- diz.

-Por que? Queria me ver sofrer? Chorar todas as noites por não ter você ao meu lado?- o olho com raiva- Fiquei um ano sofrendo por você, um ano sem sorrir verdadeiramente! É isso que queria?- abaixo a cabeça- Enquanto eu só queria você aqui.

-Você entenderia se soubesse meus motivos.

-Então me diga seus motivos!- ele tira o capuz da cabeça. Fico surpreendido por ver que ali não havia cabelo.

-Eu fui embora para não te preocupar, pra não te ver sofrer tanto. Lembra quando eu tive que ir ao médico por dores? Eles me disseram que eu estava com câncer e estava muito avançado- mais lágrimas saíram de meus olhos- Eu não queria te ver chorar quando soubesse, não queria lhe machucar.

-Devia ter me contado, Mike- tento tirar as lágrimas que caiam, mas não adiantou- Eu ficaria ao seu lado.

-Eu sei que ficaria, mas não queria ver você sofrendo junto comigo- ele se aproxima- Fico feliz que conseguiu seguir em frente. Ela vai te fazer mais feliz do que eu fiz- deu um sorriso e virou as costas- Eu sempre vou te amar, ok?

Começou a andar. A cada passo sentia meu mundo mais longe de mim, cada passo meu coração doía mais. Eu não poderia deixar ele ir novamente, não podia ver o amor da minha vida indo embora.

-MIKE!- grito e ele vira pra trás me olhando- EU NÃO VOU TE DEIXAR IR- corri até ele, o abraçando- Não de novo- sussurro- Eu não vou deixar que me abandone. Já basta o tempo que te esperei!

-Mas você já está feliz com outra pessoa- diz também me abraçando. Sinto gotas de chuva caindo.

-Eu não a amo como amo você! Ela não me faz sorrir como você faz, os lábios dela não tem o gosto viciante que tem os seus. O abraço dela não é tão quente e confortante. Por favor não me deixe de novo! Não me deixa por favor- ele afasta meu rosto para poder me olhar.

-Não vou te deixar, meu amor- se aproximou aos poucos, selando nossos lábios.

De repente todas as coisas que já vivemos juntos voltou. Cada sorriso, cada beijo e carícia. Todos os "Eu te amo" passaram pela minha cabeça. Lembrei do dia em que tivemos nossa primeira vez e como ele foi cuidadoso. Nada a nossa volta importava, nem mesmo o resfriado que poderíamos pegar com essa chuva.

-Eu te amo, Pac- me abraçou.

-Não sabe a saudade que senti de ouvir isso- apertei ele- Também te amo! Te amo muito!

Sabe eu não entendo muito bem esse negócio de amor, mas eu sei que tudo que eu queria está aqui agora e sei que ela não vai mais me deixar… Não vou permitir isso.

Fim.