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História I will always love you - This is terrible


Escrita por: LadyRomanogers

Notas do Autor


Não vou mentir, eu tô muito feliz com o fato de eu ter conseguido escrever mais um capítulo ainda hoje.
Esse capítulo era pra ser o maior de todos, mas, conforme eu ia escrevendo, a história acabou tomando um outro rumo e boa parte do que eu estava planejando escrever teve de ficar para a segunda temporada.
Tecnicamente, este é o último capítulo dessa temporada - faltando apenas a última parte do bônus do Clint. Vou tentar escrevê-lo e postá-lo antes da meia noite. Se eu conseguir vou ficar estupidamente feliz.
Boa leitura!

Tradução do título: Isso é terrível.

Capítulo 39 - This is terrible


POV Steve

 

Dizem que quando se está pra morrer, você vê a vida diante de seus olhos. Eu não acredito nisso. Eu acredito que, toda vez que nos vemos em uma situação extrema, que achamos que vamos morrer ou que alguém que amamos está para morrer, nós revivemos essas memórias, de novo e de novo. Também acho que somos capazes de reviver essas memórias sempre que quisermos, principalmente quando fechamos os olhos.

Não tenho ideia de quanto tempo passei revivendo minha vida, mas sei que, quando me vi fora dessas memórias, preferia que eu tivesse voltado a elas. Era como se eu tivesse acabado de sair do gelo novamente. Eu podia ouvir e sentir tudo ao meu redor, mas era incapaz de reconhecer. Eu me lembrava da última coisa que vivi, e esperava que isso fosse apenas um sonho. Que pudesse ser mudado. Mas eu sou mais esperto que isso. Sei que é impossível mudar o passado e sei que não posso concertar todos os meus erros. Mesmo que eu o deseje muito.

Enquanto estava caindo, a única pessoa em quem eu conseguia pensar era Natasha. Assim como Peggy, eu a amava. Assim como Peggy, eu queria poder ficar com ela. Assim como Peggy, eu não poderia ter um final feliz com ela. Assim como Peggy, eu estava prestes a perdê-la.

Eu nunca soube toda a história da Natasha, mas tenho que admitir que, pelo pouco que sei, já a considero uma vencedora e, acima de tudo, uma heroína. Sei que ela não dorme bem à noite, sendo sempre assombrada pelos demônios de seu passado. Sei também que ela se considera um monstro, mesmo não sendo. Sei que ela não merece que achem que ela é fraca por ser mulher. Sei que ela já perdeu muita gente e sei que não quero que ela perca mais uma.

Por mais que a escuridão fosse convidativa, eu travava uma luta comigo mesmo para voltar para a luz. Para voltar para ela. Para poder ouvir sua voz mais uma vez. Para ver seu lindo rosto mais uma vez. Para sentir seu cheiro mais uma vez. Eu lutava não por mim, mas por ela.

Acho que eu venci a luta, pois comecei a ouvir uma música que não ouvia há muito tempo. Abro meus olhos, mas, imediatamente, sou obrigado a fechá-los novamente e abri-los aos poucos para que se acostumem com a luminosidade. Quando o fazem, olho ao meu redor e me deparo com Sam, em uma cadeira, lendo jornal.

-À sua esquerda. – eu digo fracamente e ele se vira para mim, sorrindo e balançando a cabeça.

-Três dias em coma e essa é a primeira coisa que você diz? – ele me pergunta, ainda rindo.

-Três dias? – eu me espanto. – Ainda não é o maior tempo em que eu dormi. – brinco – O que aconteceu?

-Nós vencemos a luta. – ele responde. – Te encontramos na margem do lago, todo machucado e com uma concussão. Stark deu a ideia de trazer todos, inclusive o pessoal do Playground pra cá.

-Onde exatamente estamos?

-Na Torre Stark. – tento me levantar. – Eu não faria isso se fosse você. Mesmo com o super soro você não deveria se levantar por mais uns dias. – resolvo que é melhor obedecer.

-O que aconteceu com os outros?

-Estão todos bem. Nada que alguns dias na enfermaria não curassem. – percebo a cara dele.

-Mas...

-Mas a ruiva já é um caso à parte. – no mesmo momento tento me levantar novamente. – De novo, não se levante. – ele suspira – O desgraçado do Pierce colocou um aparelho em cada um dos membros do Conselho e matou todos eles. Ele ameaçou matar a Nat usando o mesmo aparelho, mas ela deu um jeito de fazer com que o mesmo desse um curto circuito, o que, embora tenha minimizado o dano, ainda fez com que ela corresse risco de vida. Honestamente? O único motivo de ela não estar morta agora é o fato de o soro da viúva negra, assim como o do super soldado, dar regeneração e maior imunidade para ela. – vendo o meu olhar, ele rapidamente continua – Stark a levou logo para receber atendimento médico, o que garantiu que ela não tivesse sequelas muito graves, mas, embora ela tenha acordado do semi-coma em que ela estava, o aparelho causou uma hemorragia interna, o que fez com que ela perdesse muito sangue. – pela cara dele, ele parecia temer alguma coisa.

-O que você não está me contando Sam? – sem resposta. – Sam?

-O aparelho também causou a quebra de duas costelas dela e um pulmão perfurado. – Nat já tinha passado por isso. Não era tão ruim para ela – O pulmão foi inundado por sangue e isso acabou afetando a circulação de oxigênio no corpo dela, o que acabou afetando o cérebro dela como consequência. Mais especificamente, a parte das memórias.

-Então ela não se lembra de nada?

-Mais ou menos. – ele suspira e me olha temeroso – A KGB mexeu muito com a cabeça dela antes. Ela não consegue se lembrar de nada da época da SHIELD, dos Vingadores, ou mesmo da KGB. Pelo que a Cho me disse, as únicas coisas das quais ela consegue se lembrar são das torturas e dos experimentos que ela sofreu, além das pessoas que ela foi obrigada a matar no caminho para se tornar a Viúva Negra. – fecho os olhos. Isso não podia estar acontecendo. Ela não podia estar tão mal assim. – Sinto muito Steve.  Mas, quando você encontra-la, ela pode não ser a mesma Natasha que você conhece.

-Pode me deixar sozinho, por favor, Sam. – eu peço, já sentindo lágrimas nos meus olhos.

-Claro.- ele se levanta e me deixa sozinho na sala.

 

POV Tony

 

-Há três dias, você, juntamente a alguns dos seus amiguinhos Vingadores e um cara com asas, invadiu a base Triskelion da SHIELD e derrubou uma grande ameaça. – dizia um dos membros da ONU. Sim, eu tinha sido obrigado a participar de uma reunião com esses idiotas - Porém, quando a Viúva Negra liberou os arquivos sobre a Hydra, ela também liberou os arquivos de cada um dos vingadores. Então, senhor Stark, nos dê um bom motivo para não prender cada um de vocês.

-Vou te dar o melhor motivo que posso pensar: se vocês nos prenderem, quem irá proteger o mundo de gente como a Hydra ou contra alienígenas? Até onde eu sei nem mesmo o exército conseguiria dar conta dos Chitauris.

-Foi culpa da SHIELD os Chitauris estarem aqui pra começo de conversa.

-Eu admito: a SHIELD errou ao mexer com o Tesseract. Eu errei ao fabricar armas e não perceber que elas estavam sendo vendidas para terroristas. Vocês erraram ao colocar Alexander Pierce para presidir a SHIELD. Todos nós erramos. Isso é normal. Somos seres humanos. Nós aprendemos com nossos erros. Embora tudo isso aconteça, não se enganem. O mundo morreu em New York. Este é um novo mundo. Ameaças surgirão todos os dias e, gostem vocês ou não, vocês não estão preparados para ir contra elas. Nós criamos esse mundo louco? Sim. Mas ao mesmo tempo em que somos culpados por ele, nós também somos os melhores capazes de protegê-lo. Por isso, vocês não vão me prender. Por isso não vão render qualquer um de nós. Nem vocês seriam tão loucos. – eu me levanto e, sabendo que eu dei um belo tapa na cara desses idiotas (como sempre), me retiro, sendo cegado pelos flashes no processo.

Algum tempo depois, eu finalmente retorno para a Torre, me deparando com Bruce Banner sentado no sofá da entrada.

-Doutor Banner. – ele se levanta ao ouvir minha voz e rapidamente me cumprimenta. – Que bom que veio.

-Bom te ver Tony. – ele responde e seguimos para o elevador. – Pena que a situação não é tão boa. – adentramos o mesmo – Não me disse a real situação da senhorita Romanoff pelo telefone. Como ela está?

-Vou resumir: ela só se lembra da parte da vida dela que faz com que ela não consiga ter uma boa noite de sono.

-Isso é terrível.

-Pois é. – a porta do elevador se abre e seguimos para fora dele.

-E quanto aos outros três assuntos?

-Quanto ao primeiro, acho que agora não é o melhor momento para um pedido de casamento. Quanto ao segundo, nem sinal do Cabeça de Passarinho. Quanto ao terceiro, acho que já está na hora de reunirmos os Vingadores.

 

POV Narradora

 

A noite caíra sobre a Torre e quase todos estavam adormecidos, porém Seve não conseguia dormir. Ele não aguentaria a agonia de ficar sem vê-la.

Mesmo sem poder, ele se levanta da cama. Ignorando todas as dores que sentia, ele começa a caminhar por toda a Ala Médica do local, até começar a ouvir gritos. Ao reconhecê-los, ele começa a segui-los, até que chega a um corredor com uma única porta. Ele ignora o fato de o local se assemelhar de um modo absurdo a um filme de terror e começou a caminhar em direção à porta. Ele a abre e se depara com uma sala semelhante à de cirurgia do hospital em que Fury “morrera”. A sala dava em uma janela de vidro em que, do outro lado, se situava Natasha.

Steve, ao ver a ruiva, leva as mãos à boca e começa a deixar algumas lágrimas caírem. Ela estava em uma camisa de força, com o cabelo todo bagunçado e o rosto todo arranhado. Como que para deixar a situação ainda pior, as paredes, incluindo o vidro que os separava, estavam coberto com marcas e mão feitas com sangue. O sangue dela.

Sam estava certo. Natasha Romanoff não era mais a mesma pessoa que ele conhecera naquele aero porta-aviões. Ela não era mais a mesma pessoa cheia de vida e pronta pra uma luta por quem ele se apaixonara. Mas ele iria ajudá-la a voltar a ser essa pessoa.


Notas Finais


Vocês acharam que tudo isso que aconteceu com a Nat ficou um pouco drástico demais? Se ficou, culpem a RB-fics, porque eu escrever um capítulo assim foi em homenagem às histórias dela e culpa dela que me ensinou um jeito mais complicado ainda de escrever histórias.
Enfim, vejo vocês no bônus e depois, só na próxima temporada!
Kisses!


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