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História I Will Always Love You - ~ Capítulo 24 ~


Escrita por: AmyMackenzie

Notas do Autor


Meus amores, lhes apresento o maior capítulo que já fiz até hoje. Deu trabalho, mas estou satisfeita. Por favor comentem o que acharam.
Sem mais, boa leitura 😍😙

Capítulo 24 - ~ Capítulo 24 ~


Sua voz estava presa e suas mãos suadas. Ainda não tinha pronunciado nenhuma palavra sequer, mas sabia que se tentasse iria falhar. Não sabia nem mesmo o que sentir na frente daquele homem que outrora era o seu pequeno, tão amado. Levantou-se com dificuldade por conta do nervosismo e deu uns passos à frente

- D-Draco? M-Meu filho? - disse já sentindo a emoção tomar conta de sí.

- Sim mãe, sou eu - respondeu com igual emoção.

Sem esperar mais um segundo, um correu em direção ao outro, até que finalmente se encontraram em um abraço doce e cheio de saudade, amor e carinho. Naquele momento nada mais importava e Narcisa abraçava seu filho como se a qualquer momento o mundo fosse acabar, tamanha era a sua saudade. Draco retribuía da mesma forma, até que carregou sua mãe pela cintura e a girou sem parar em meio aos sorrisos e lágrimas que ela soltava simultaneamente, lembrando de quando ela fazia isso com ele, vendo que realmente seu filho havia crescido. Alguns segundos passam até que se soltam e sentam-se no sofá grande que havia naquele local.

- Ah, meu filho, eu só posso estar sonhando. Você não sabe a dor que senti e o vazio que você deixou. - disse acariciando o rosto de Draco - saiu daqui de casa um jovem e hoje você já está um homem lindo. Quanto eu perdi de você, meu amor? - perguntou retornando o choro.

Draco segurou as mãos de sua mãe e depositou um beijo carinhoso e delicado em cada uma delas.

- Precisamos conversar sobre tanto, mãe. Como foi que nos perdemos? Por que foi que nos perdemos? - perguntou sincero.

- Eu não sei, Draco. Grande parte disso é culpa minha, sabe?! Era difícil demais acreditar que eu desperdicei uma vida inteira ao lado de uma pessoa louca, obsessiva por poder, dinheiro e sangue. Então eu preferi me apegar à imagem de seu pai como o homem que me deu o meu bem mais precioso; o meu filho. A partir desse momento, comecei a tratá-lo com adoração, devoção. Tudo era pra ele e por ele, desde o modo como eu me vestia, sempre de preto porque era a cor que ele mais gostava, até as comidas que eu comia. Passei a ser submissa, acatar todas as ordens dele e quando eu o contrariava em algo, mesmo que pequeno, eu sofria as consequências de meus atos e foi aí que Bella entrou na história. Éramos irmãs, mas nem tão apegadas assim, só que na primeira Guerra Bruxa, quando você tinha acabado de nascer, muitos comensais ficaram hospedados em nossa casa juntamente com o Lord das Trevas. Sempre estavam fazendo algazarra e barulhos e você era só um bebê e ficava nervoso, chorava. Eu sempre pedia para que os convidados falassem, rissem e tramassem as coisas sem fazer barulho e por isso, Lucius sempre me batia. Até que sua tia começou a perceber os hematomas e disse a Lucius que ela o mataria com as próprias mãos se mais uma vez eu aparecesse com qualquer hematoma que fosse. Seu pai quis denunciar a ameaça ao Lord, mas ele disse que ele mesmo tinha vontade de matar Lucius com as mãos e por muito menos. Foi a partir desse momento que minha adoração voltou-se para a Bella. Imagina você meu filho, como se sentiria se dedicasse a sua vida toda a outras pessoas e saber que de uma hora para a outra, elas morreram? Elas foram embora, não existem mais, não vão mais voltar. Aí você vê a sua vida e nota que tudo que fez foi em vão. Eu fiquei em negação, meu filho. Esqueci de prestar atenção em você, que precisava de mim. Esqueci até de mim mesma e de viver um pouco, mas com sua ausência eu acordei meu filho. Quanta falta eu senti de você Draco! E-eu.... - disse em meio ao choro enquanto Draco novamente a envolvia em um abraço .

- Mãe eu é quem tenho que pedir desculpas por nunca ter me colocado em seu lugar, mas era difícil entender você. Você sempre havia sido uma mulher centrada e discreta e jamais havia perdido sua classe nem elegância, então em questão de dias você ficou completamente histérica. Gritava com os Elfos e comigo porque sempre queria ver a casa impecável, como se ele ainda estivesse vivo e conosco. Você sempre foi o que me deu forças para enfrentar todas aquelas ordens estúpidas e todo aquele inferno que vivíamos e eu não aguentei lhe ver daquele jeito, menos ainda saber que você recusava fazer o tratamento. Eu não queria admitir, mas estava assustado e com medo de perder você, a única pessoa que eu tinha. Por esse motivo eu propus que você fizesse o tratamento ou eu iria embora...

- E eu escolhi perder você - completou triste.

- Mas isso é passado, mãe. Hoje eu vi que não tem porquê eu ser sozinho no mundo tendo você. A mulher que eu mais amo em toda a minha vida.

- Você não sabe o quanto esperei por isso, meu filho. Eu sempre quis procurar você, mas tinha medo de ser rejeitada! Temos tanto a falar... começando por uma certa jovem bruxa..

- Mãe... - começou sem jeito - Eu não me sinto muito a vontade falando sobre Hermione Granger nesse momento. Ele é um momento nosso!

- meu filho, o coração de mãe não se engana. Eu sei que você veio aqui não só por saudades, mas também porque precisa de conselhos e precisa conversar com alguém. Você pode se abrir comigo, meu amor. Estou ao seu lado e dele não irei mais sair!

Então Draco começou a explicar tudo, desde o dia em que a viu novamente, até aquele dia, onde mais cedo de despediram...

~*~

Em uma realidade paralela à de Draco, havia uma castanha parada de pé, encarando um ruivo estático a sua frente. Deveria ter se passado uma eternidade desde que abriram a porta e o silêncio pairou naquele ambiente, pois todos sabiam do passado de Hermione e Rony, por esse motivo ninguém ousou mover um músculo sequer, até que um determinado moreno não aguentou de saudades da sua amiga e foi em sua direção apressado, tirando-a do transe.

- Mi, que saudades - disse Harry a abraçando - Eu iria te visitar hoje mesmo. Como você fez aquilo, Hermione? A mais inteligente de todos nós fez uma burrice dessas? Se você queria nos matar de preocupação, quase conseguiu. - concluiu ainda a abraçando

- Ai Harry, que saudades - começou retribuindo o Abraço - e não precisa mais me dar esse carão. Molly e Gina já fizeram isso - concluiu rindo.

- Mas vamos continuar falando sempre. Onde você estava com a cabeça senhorita? - agora foi Arthur que se manifestou - Você sabe que é como nossa filha! Não faça isso nunca mais. - disse agora a abraçando completamente sem jeito.

-E-eu t-também fiquei p-preocupado - pela primeira vez em anos ela ouviu a voz daquele ruivo novamente e isso a deixou estranha.

Encararam-se de uma forma estranha. Hermione não estava mais sorrindo e sua feição estava indecifrável, enquanto Ronald ficava mais vermelho que seus cabelos e de toda a sua família juntos.

- Bom, o almoço está servido - disse Molly para quebrar aquele clima - Parece que eu estava sentindo sua presença querida. Fiz aquele suflê de legumes que você tanto ama e de sobremesa um bolo trufado de frutas.

- Oh Merlin, que delícia! Estava morrendo de saudades de sua comida - disse a castanha finalmente desviando os olhos de Rony.

Todos seguiram até a mesa em um silêncio absoluto com o presente clima ali. Gina e Fred sentaram-se cada um de um lado de Hermione e Harry a frente da amiga. Pareciam estar tentando fazê-la esquecer a presença de Rony. Mais alguns minutos e o silêncio já era! Arthur começou a falar de seu novo cargo no ministério que consistia em investigar casos de magia na frente de trouxas. Com isso ele ia constantemente a Londres trouxa e se surpreendia com tudo o que via por lá. Gina falava com orgulho sobre seus treinos e os jogos. Fred falava sobre sua loja e Molly falava sobre as coisas de casa. Alguns minutos depois e Percy chega também e começa a falar sobre burocracia. Hermione apenas ria da situação, sentia-se em família novamente, aquela família louca e desajeitada. Seus olhos se encontraram com um par de olhos verdes que sorriu para ela e acenou com a cabeça para que fossem conversar. Ela terminou a sua sobremesa e levantou-se calmamente pedindo licença, sem nem ser notada.

Foi até a sala sendo seguida por seu amigo.

- Então Harry, o que queria me dizer ? - Ela perguntou curiosa.

- Bom, nós sabemos que você já lembra de tudo, Mi. Então se você está aqui vai conversar com ele. Quero dizer que vou dar a você todo o apoio que você merece independente dessa conversa, mas você sabe que Ron também é meu melhor amigo.

- Já sei, você quer que eu pegue leve com ele, não é? - perguntou enquanto via seu amigo ruborizar

- Na verdade, não era bem isso que eu iria pedir. Só... tente ouvi-lo. Rony se arrepende muito do que fez mas ele nem sempre sabe usar as palavras certas.

Hermione sorriu para seu amigo, cúmplice. Ela admirava em Harry esse lado de sempre querer ouvir a todos, essa forma de ser justo que ele tinha. Com um olhar doce e um sorriso, ela assentiu.

- Tudo bem, Harry. Eu prometo! Agora por favor, peça para ele vir até aqui.

- Claro.

Depois desse momento, o moreno voltou à mesa e ao passar por Rony, apertou seu ombro como forma de encorajamento e entendendo o recado, o ruivo levantou-se e seguiu em direção a sala. Quando finalmente Seus olhos se encontraram com os de Hermione, ela virou-se e abriu a porta seguindo para o quintal, ele a seguiu. Finalmente iriam ter aquela conversa. Quando já estava perto o suficiente, pegou sua varinha e disse:

- Abaffiato.

- Você pode ficar tranquilo, Ronald. Eu não irei gritar - disse irônica.

- Não é por isso que coloquei o feitiço . Não confio nos meus irmãos...

- Entendo.

- Acho que eu te devo desculpas.

- Sim, muitas. Mas eu me contento só com uma explicação bem dada.

- Eu não sei o que te explicar. O que exatamente devo te falar.

- Só quero que saiba que estou ouvindo e apesar de desapontada com você, não irei interromper.

- Bom Hermione... Sabe, você sempre foi a bruxa mais inteligente de nossa idade, sempre soube fazer feitiços e poções melhor do que ninguém. Harry era o eleito, o menino que sobreviveu. Lutou contra Voldemort várias vezes e saiu ileso. E eu, quem era? Quem eu fui? Não era notado e muito menos respeitado. Só fui lembrado porque Harry falou de mim ao ministro e só por essa razão hoje sou um auror. Quando as pessoas me encontravam na rua elas não falavam o meu nome.. Elas simplesmente me chamavam de "amigo do Harry Potter". Quando começamos a namorar, você foi meu único trunfo. Eu te amava sim, mas além disso finalmente alguém me notava como o cara que estava namorando você. Mas a gente sempre brigava por motivos bobos e tolos e sempre que eu chegava cansado no ministério para fugir de nossas brigas ela estava lá. Sorria para mim de uma forma que eu não entendia, me parabenizava a cada pessoa errada que eu mandava para Azkaban. Sempre ela. Até que nós tivemos a nossa primeira vez juntos e eu como o babaca que era, falei para um grupo de amigos nossos, eu estava me sentindo o cara, aquele que se finalmente havia conseguido você, poderia conseguir qualquer uma. Então ela passou a se insinuar pra mim, enquanto você deixou bem claro que não queria fazer nada comigo por um bom tempo, porque não havia achado certo termos nossa intimidade na casa dos meus pais enquanto ninguém estava. Dizia que queria casar comigo e que isso seria o certo. Eu estava confuso Hermione! Não queria me casar mesmo sendo apaixonado por você e ela parecia cada dia mais sexy. Eu acabei não resistindo e me sinto um idiota por isso... - concluiu

- E depois, o que aconteceu? Depois que eu sai da sua casa?

- Hermione você pode até não acreditar em mim, mas eu havia mentido para Pansy. Disse a ela que não estava mais namorando você e só por esse motivo ela aceitou ficar comigo. Depois que você nos pegou e gritou comigo, ela sentiu nojo de mim. Magoou-se comigo e disse que jamais me perdoaria por tê-la tratado como uma qualquer apenas para tirar "meu atraso"... Ela continua trabalhando para mim, mas fazem exatos três anos que ela nem me olha na cara e eu tenho vergonha por mim mesmo. Desde aquele dia eu vim nutrindo algo diferente por ela. Passei a reparar no seu sorriso, nos seus olhos e na sua dedicação. Após a Guerra a família dela entrou em decadência, pois eles também eram seguidores de Voldemort. O pai foi preso, os bens foram confiscados e o máximo que ela conseguiu foi ser secretária. Por esse motivo ela não pode largar o emprego, mas saiba que ela me despreza tanto quanto você. Só que eu sinto saudades dela! Eu sei que é loucura... Duas pessoas opostas, de famílias rivais, casas rivais, Grifinório e Sonserina... Talvez nunca dê certo, mas eu me apaixonei. Só que não posso estar com ela por culpa da minha idiotice com vocês duas.

- Eu não sei nem o que te dizer, Ronald - começou sincera - se ela realmente achou que você tinha terminado comigo isso muda tudo. Quanto ao que você sente por ela, lute. Você precisa lutar pelo seu amor, você precisa... - nesse momento ela se tocou que não estava falando para Rony, estava falando para si mesma. Sorriu boba lembrando de Draco e tudo o que sentia por ele.

- Hermione? - a voz de Rony a tirou do Torpor

- Ah ... Oi?

- eu não entendi nada. Você está louca ou o quê ? A uns segundos estava me odiando por isso e agora está mandando eu correr atrás da Pansy? - concluiu confuso

- Ronald, eu já te perdoei desde o momento que coloquei os pés aqui. Ainda não estou preparada para me tornar sua melhor amiga novamente, sair com você e Harry como antes ou essas coisas porque ainda tenho meu orgulho. O meu amor próprio! Mas se tem algo que eu não gosto é de ver alguém precisando de minha ajuda e eu não ajudar. Vai atrás da garota que você gosta e peça desculpas a ela da mesma forma que me pediu.

- Mas a minha família jamais vai aceitar...

- Pode deixar que com eles eu falo.

- Você faria isso por mim?

- Por você não, Ronald. Por mim mesma. Eu preciso virar essa página e só assim o meu coração vai estar pronto para amar novamente. Agora por favor, diga a sua mãe que vou para casa descansar, já que amanhã volto ao trabalho. Também diga que eu mandei um beijo a todos

- Mas Herm...

Antes que o ruivo completasse, a castanha já tinha sumido. Agora Hermione estava novamente em sua casa com o maior sorriso que poderia estar naquele momento. Sentia-se mais leve e pronta para amar novamente. Já estava decidido: ela terminaria de organizar a sua vida ainda naquela semana e depois iria conversar com Draco.


Notas Finais


E então? O que será que acontece agora ? 😱
Comentem crianças. Eu fico feliz com o comentário de vocês e isso me dá até mais vontade de postar capítulo novo.


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