História I'll Always Love You, My Hybrid - 16

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Admito que eu estava bem distraído, afinal sou pai e nem ao menos conheço o meu filho. Eu e KyungMi conversamos e agora estava tudo resolvido, estava tudo na paz. A caminho de conhecer minha criança, o nervosismo corria em minhas veias e à ansiedade se transformara em suor. KyungMi disse que ele era lindo, bem parecido comigo e era bem quietinho. Não havia como descobrir se era um de nós ou se era humano, quando bebê é impossível de se identificar. Ao decorrer do tempo isso estaria esclarecido e o que quer que ele fosse, continuaria sendo o mesmo, continuaria sendo meu filho. Jung Hae Suk. Seu nome era tão lindo que não saia de minha cabeça.

Ao chegar na casa da irmã de KyungMi, Jae ChungHee, ouvi um choro. Meus olhos lagrimejaram e o coração batendo forte, era meu filho que chorava. Entrei na casa, pronto para abraçá-lo, mas me detive ao ver Clark perto de meu filho. Corri em sua direção e o afastei - um tanto brusco. KyungMi me acalmou, dizendo que falaríamos de tudo depois, então eu apenas foquei em meu filho. Me viro de costas para o líder a minha frente e encontro um bebê em seu berço, chorando pedindo colo. Agora eu já chorava.

- Diga "oi" para o papai, meu filho. - Minha mulher sorri, me abraçando, com lágrimas em seus olhos.

Aquele realmente era o momento mais feliz de toda minha vida. Pensei que não podia melhorar, já que minha família estava bem e com saúde, mas ao ver aqueles pequenos olhinhos me encarando, pedindo meu colo... Realmente, era o melhor momento de minha vida. O melhor momento de qualquer vida, um pai conhecer seu filho. Eu disse para KyungMi que alugaríamos um local para morar, nós três, e assim fizemos. Por incrível que pareça, sairíamos da casa de Jin e agora já planejamos o apartamento.

Ela me explicou a história de sua irmã com o Clark, um tanto tensa eu diria. Se conheceram por acaso e é por conta de Clark que ela é uma das líderes. No fim, Clark ajudou-a, por incrível que pareça, havia um lado dele que não conhecíamos, o lado paterno. Ele e ChungHee tinham uma linda menina, no qual eu era tio e nem sabia. Meu relacionamento com KyungMi finalmente tomou eixos, e agora eu estava prestes a pedi-la em noivado. 

A felicidade era tremenda, nem dava para acreditar que estava tudo ocorrendo bem, até JungKook aprimorou suas habilidades, confesso que não sei como fez isso, mas aprimorou muito bem. Era inexplicável a tamanha felicidade de todos nós, só que, no nosso mundo, uma paz acolhedora sempre é seguida de uma guerra devastadora. Com certeza isso já foi dito a vocês.

Estávamos ainda dormindo na casa de Jin, o apartamento não estava pronto. Acordo com o sol em meu rosto e meu filho chorando. Um dos jeitos de acalma-lo era cantarolar músicas, ele se acalmava com a nossa voz. Logo, ele rapidamente volta a dormir e, tentando não acordar KyungMi, me deito novamente e adormeço.

Uma voz doce e calma surge em meus ouvidos, indo até o fundo de minha mente. Meu sonho estava tão profundo. Ela dizia algo, mas eu não identificava uma mísera palavra. Aquilo foi me deixando tonto e, a partir daí, eu não vejo, não ouço, não sinto e não me lembro de mais nada. Abro meus olhos, uma luz forte em meu rosto, percebo que é o sol. Simplesmente tento me levantar, mas sou incapaz disso, já que estou amarrado em uma cama. "HaeSuk!", é o que penso.

- O-O que...

- Se poupe, Jung Hoseok. - Ouço a voz de Ayla. Ela se aproxima de mim. - Não tente nada, um mero humano está contra duas bruxas e uma híbrida e, ouso dizer que contra seu pai também.

- Q-Quem disse que eu sou um "mero humano"? - Faço uma pausa. - Pare de falar asneiras, Ayla. - Falava com certa dificuldade. - O que está acont...

- Você desacordado é bem melhor. - Essa é a última coisa que ouço antes de apagar completamente, de novo.

Acordo novamente horas depois e percebo que o quarto em que estava fervia. Aquela quentura lembrou a chegada triunfal que meu pai gosta de dar. É aí que eu penso: "meu pai... Ayla disse algo sobre meu pai...". Simplesmente vejo que não estou mais em meu quarto, e sim em um cômodo cheio de brilhos, joias e riquezas. Pouca iluminação, exatamente como é a casa dos donos... "A casa dos donos... Pai!", eu penso de imediato. 

- Como ousou esconder algo assim de mim? - A voz de meu pai estava séria e grave. - Como ousou esconder que eu sou avô? - Ele aumentou a voz.

Senti uma leveza em meu corpo e percebo que não estou mais amarrado, me coloco de pé, fitando meu pai a minha frente. Ele estava falando o que eu estava pensa...

- Um filho, Hoseok? Filho? - Ele interrompeu meu pensamento.

- C-Como...

- Não se importe com isso, apenas quero saber o que aqueles seus amigos estão fazendo pra você ter sido capaz de engravidar uma das líderes!

- O que eles tem haver com isso?

- Jung Hoseok, você é pai. Sua mulher é uma híbrida e uma das líderes. Você é um vampiro, Jung Hoseok!

- Qual o problema?

- Além de serem de clãs diferentes, todos pensam que você é um humano, ou se esqueceu disso?

- Nunca poderia me esquecer... Você forçou-me a esconder isso. - Estava sentindo que aquilo estava sendo uma discussão.

- Não quero mais você com esse meninos ou perto daquela garota. Apenas vou permitir o seu filho, pois eu sei como é poder não ver um filho. - Isso me fez lembrar de tudo que meu pai passou: minha história de bebê era bem parecida com a história de meu filho. Meu pai foi obrigado a se distanciar de minha mãe humana, justamente por ser um vampiro. Ele realmente sabe como é ficar longe de um filho, e, agora eu também sei.

- O que eles tem haver com isso? Não pode proibir-me de vê-los!

- Posso e eu já fiz isso. Eles são uma má influência para você. - Ele fez uma pausa para respirar. - Você já se meteu em guerras por conta deles e não pode se defender!

- Não podia me defender por conta de seu maldito segredo! Aquele acordo foi criado por você!

- Basta! Não ouse levantar a voz para mim, Jung Hoseok. Essa história está encerrada. - Ele simplesmente some.

Não, aquela história não estaria encerrada tão cedo. Espero dar o tempo certo, já com um plano bolado de fugir, quando vejo que dá, fujo pela janela daquela fortaleza e me dirijo ao portão, onde havia mais soldados do que eu pensava. "Eu sou um vampiro, eu sempre esqueço disso!". Em questão de segundos eu estava fora daquele lugar, indo ao meu máximo para a casa de Jin, sempre olhando para trás, com um certo medo do que aquela fuga poderia gerar.

Passa-se um filme em minha mente. Um filme de toda a minha vida, e percebo que tomei nos eixos quando JungKook apareceu. Aconteceu tanto coisa que eu jamais poderia imaginar e, naquele momento, a única coisa que queria era a minha paz acolhedora de volta, a minha segurança, a minha felicidade.

Chego na casa de Jin quase sem ar algum e adentro. Não precisei de mais, pois todos estavam reunidos na sala, ficando espantados com a minha aparição:

- G-Guerra... - É a única coisa que consigo dizer.

Agora, a guerra seria por minha causa. E eu não iria ficar de fora.