História SwanQueen: My Way Back to You - Worst Nightmare

 Regina Mills

Era impossível como apenas eu conseguia seguir horários. Esse menino sempre se atrasava!

Caminhei até a escada gritando o mais alto que pude:

-Henry! Seu café já está pronto!

Um furacão em forma de adolescente desceu as escadas, sem os sapatos, correndo para a mesa. O cabelo, despenteado. A mochila, sem sinal. Praticamente engoliu o pão, tomando apenas dois goles do café.

-Se comer mais rápido que isso, vai ficar com dor de barriga. -o aconselhei, lhe estregando os tênis limpos.

-Obrigado, -calçou rapidamente, mexeu no cabelo e beijou minha bochecha -mas preciso ir. Te amo, mãe.

-Também te amo -sorri, percebendo que não conseguia ficar brava com ele. -Tenha um bom dia.

 O abracei e ajeitei a gola de sua blusa, antes toda amassada e torta, finalmente o libertando para poder ir. Essas manhãs, rápidas e turbulentas, aqueciam meu coração de alguma forma, por sentir que meu filho ainda precisava de mim. Agora com ele crescido, praticamente adulto, não tinha muito o que fazer, e sentia saudades de separar sua roupa todo dia antes da escola. Ter ele aqui comigo era tudo o que eu precisava, no final das contas.

Depois que Henry saiu, troquei de roupa, e ajeitei a casa rapidamente com magia. Lembrei do telefonema que recebi mais cedo de Zelena, dizendo que precisava de minha ajuda, e embora não fosse a coisa mais emocionante programada de minha lista, sentia que devia isso a ela.

Após algumas caminhadas, entrei no Granny's, cumprimentei Ruby, balançando a cabeça. Quando virei para as mesas, me deparei com a imagem de Zelena balançando sua bebê de forma nervosa. Seus cabelos não estavam tão arrumados, e embora sendo uma bruxa de muitos anos, parecia exausta.

-Olá, Zelena -disse quando cheguei perto, a informando que já estava ali.

-Graças a Deus você chegou. -apontou para a cadeira onde deveria me sentar, porém sem tirar os olhos da pequena Robin nem por um minuto.

-Então, para que precisa de minha ajuda? -olhei em volta, tentando encontrar algum dragão para matar, ou qualquer coisa para explodir. -Algo aconteceu?

Zelena então parou de balança-la, levantou a cabeça e me olhou.

-Eu não consigo fazer isso. -disse, desesperada.

-Isso o que? -perguntei confusa.

-Isso! Tudo isso! -respondeu olhando para Robin. -Magia? É fácil. Voar em uma vassoura? Também. Mas criar um bebê, não sei se consigo.

Ri aliviada quando entendi do que tudo isso se tratava.

-Ei -segurei sua mão -você vai ser uma ótima mãe! Espere e verá, tudo se ajeita no final.

-Regina...não quero virar uma mãe igual a minha. Igual a nossa. -conseguia ver em seus olhos que falava a verdade -Quero fazer o certo por ela.

-E você vai. -suspirei -Não acho que já conversei sobre isso antes mas...eu estava apavorada, quando você sabe, adotei Henry. -me permiti relembrar esses medos do passado -Tinha esse constante medo, pensando a todo minuto que ele nunca iria me amar, que conseguiria ver quem eu realmente era. Mas, eu precisei engolir esse medo, para que pudesse fazer o necessário para ele. Em um ponto, já não me importava com todas as dificuldades que teria que passar, porque ele era meu filho, e só isso bastava para mim.

Conseguia sentir as lágrimas escapando. Porém não eram lágrimas de tristeza, e sim de gratidão. Henry significa absolutamente o mundo para mim, e sempre foi tudo o que eu tive. No final, nós dois conseguimos passar por tudo isso, juntos, como uma família.

Limpei o rosto, agora com um pouco de vergonha pelo ato dramático.

Dei um sorriso e concluí:

-E veja como ele se saiu bem!

Zelena tinha escutado por todo o período em silêncio, e quando percebeu que já tinha acabado, soltou um suspiro e voltou a olhar para Robin.

-É, acho que você tem razão.

Tomamos café juntas, depois que se encontrava mais calma, e a prometi que estaria lá para ajuda-la com o que precisasse. Me senti bem por ter sido aberta dessa forma com minha irmã, pelo menos uma vez. Quando acabamos, me despedi e caminhei um pouco pelas ruas de StoryBrooke. Todos pareciam os mesmos, o que me deixava feliz por nem tudo ter mudado.

Andando mais para frente, me deparei com algo que me deixou intrigada, mudando de uma só vez todos os sentimentos dentro de mim. Emma, dentro da loja de Rumple, em uma postura rígida, suas mãos para trás, conversando por muito tempo, definitivamente sobre algo importante. Não sabia do que se tratava, mas com toda a certeza, iria descobrir.

Emma Swan

Entrei na loja de Rumplestiltskin, que imediatamente se virou para mim, antes mesmo do sino tocar.

Aquele lugar sempre possuiu um ambiente ruim.

-Pois bem, DarkOne. Em que posso te ajudar? -perguntou ele, entrelaçando as mãos e sorrindo de maneira esquisita.

-Preciso de um nome -respondi, já preocupada com a resposta.

-Bom, então você veio ao lugar certo, querida. -deu uma risada, chegando mais perto, tentava decifrar meu olhar. -Eu sei tudo sobre nomes! Conte-me mais, Emma Swan.

-Essa noite, tive um sonho. Ou melhor dizendo, um aviso. -disse, desviando o olhar do seu.

-E o que acontecia nesse sonho? -conseguia sentir em suas palavras a curiosidade o matando, embora desconfiasse que ele já sabia o motivo de minha vinda.

-Uma mulher, com a pele brilhante e braços marcados, apareceu para mim. -a ideia de relembrar a experiência não me agradava. -Sussurrava meu nome.

Rumplestiltskin então se afastou do balcão, com os olhos arregalados. Tentou disfarçar o impacto, abrindo logo outro sorrido, porém sua reação deixava claro que sabia do que eu estava falando, mais do que eu imaginava. Em segundos, engoliu em frio e recuperou sua postura severa e indiferente.

-Creio que conheço essa mulher -falou enquanto arrumava a manga da blusa, disfarçando seu incomodo.

-Quem é ela? E o que ela quer? -minhas mãos se machucavam por conta da pressão que fazia ao fecha-lás. Uma ansiedade do desconhecido tomava conta de mim.

-Seu nome é Nimue, -disse me encarando profundamente -e ela será seu pior pesadelo.