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História SwanQueen: My Way Back to You - We Bleed The Same


Escrita por: maziaz

Notas do Autor


favoritem e comentem, gente! <3

Capítulo 6 - We Bleed The Same


Fanfic / Fanfiction SwanQueen: My Way Back to You - We Bleed The Same

 

Regina Mills

 

Tudo o que conseguia pensar era no encontro dos dois. Não poderia ser nada bom.

Esperava o momento certo para falar com Emma sobre isso, embora as coisas não estivessem das melhores entre a gente. Desde a nossa última conversa ela parecia...magoada. Mas eu não a culpava. Talvez não tivesse sido a melhor opção permanecer em silêncio, mas tudo estava tão confuso. E eu sentia tanto medo.

 

Recebi outro telefonema naquele dia.

 

-Alô? -perguntei, não reconhecendo o número.

 

-Regina? - respondeu a voz na outra linha. -Sou eu, Ruby. Me encontre na biblioteca da cidade. Tem algo que você precisa ver.

 

Seu tom era preocupado, então sem demora, me envolvi em uma fumaça roxa e apareci na biblioteca.

Lá se encontravam a própria Ruby e uma Belle carregada de livros. Suas caras estampadas em desespero.

 

-Regina. -disse a loba quando apareci de repente. -Isso foi rápido.

 

-O que está acontecendo? -perguntei, já impaciente.

 

Ruby apontou para a parede.

 

-Veja por si mesma.

 

Me virei, morta de curiosidade. Uma boa parte da parede da biblioteca, sem livros, sem estantes ou quadros, acolhia um enorme desenho feito em sangue. Me concentrei, tentando reconhecer a imagem: uma mulher, com a cabeça baixa, segurando firmemente uma grande taça que exaltava luz de dentro.

 

-Vimos hoje de manhã, quando Belle foi abrir a biblioteca. Você tem ideia do que significa? -continuou Ruby.

 

-Não -disse rigidamente. -A quanto tempo isso está aqui? -me virei para ambas, querendo respostas.

 

-Você não notou...? -sua sobrancelha levantada. -O sangue ainda está molhado.

 

O que?! Levei a mão até as paredes, relando um dos dedos no contorno do desenho. Quando tirei, um vermelho escuro descia pela minha mão.

 

-Estou reunindo todos os livros que podem contar alguma informação. -disse Belle -Quem sabe consigo achar alguma coisa.

 

Peguei um pano e limpei minha mão, pensando nos meus próximos passos.

 

-Acho que conheço alguém que saiba.

 

Disse enfim, saindo com os pés firmes no asfalto da cidade.

 

Quando cheguei, não bati e nem anunciei minha chegada. Empurrei a porta, que bateu na parede, provocando um alto barulho. Minha paciência já tinha se esgotado.

 

-Suponho que já esteja sabendo.

 

Me virei para ele, que se encontrava espantado com minha chegada brutal, mas ao mesmo tempo se deliciava, estampando um sorriso irônico no rosto.

 

-Uma pena, senhorita Prefeita. Achei que Cora tivesse te criado melhor.

 

Cheguei perto o suficiente para fechar minhas duas mãos em seu pescoço.

 

-O desenho, na parede. Ambos temos conhecimento de que você sabe tudo o que acontece e o que não, e tenho certeza que também sabe o que significa. -disse, nervosa, aguardando sua resposta.

 

-De fato, sim. Eu sei o que significa. -deu um sorriso, brincando com a situação -mas me diga, porque me incomodaria em te contar?

 

-Porque se não, uma bola de fogo estará prestes a voar em sua direção.

 

Deu uma risada.

 

-Cuidado com suas ameaças, Regina. Sabe bem as consequências para quem se dirige a mim dessa maneira.

 

Um ódio fervia dentro de mim, uma escuridão completamente fácil de libertar.

Suspirei, me evacuando e contando até dez.

 

Seus olhos vibrados notaram meu comportamento.

 

-Uma tal Senhora das Trevas me visitou essa manhã. -continuou ele, brincando com minha cabeça.

 

-O que Emma tem a ver com tudo isso?! -perguntei com áspides, incomodada apenas pelo fato de ele ter mencionado seu nome na conversa.

 

-Mas oh! Ela tem tudo a ver. -abriu um sorriso falso, sabendo o quanto me afetava. -Creio que a escuridão nessa cidade está longe de acabar.

 

Seu comentário me deixou ainda mais preocupada. O que essa imagem significava? Emma estava em perigo? Tinha feito algo? Só queria saber o que estava acontecendo.

Saí de lá correndo, entrando no carro ás pressas.

Fui até as docas, pois sabia que esse silêncio precisava acabar. Precisava de respostas.

Dirigi um curto caminho, chegando até bem próximo do porto.

Um vento frio incomodava tudo ao redor.

 

Tirei minhas luvas, e me aproximei do banco do lugar.

 

-EMMA! TEMOS QUE CONVERSAR! -gritei, sabendo que me ouviria, e que apareceria.

 

Um vulto se manifestou atrás de mim, silenciosamente. Porém, eu já sabia de quem se tratava. Me virei, já me preparando para encarar novamente o rosto da DarkOne.

 

-Sra. Prefeita. -disse apenas.

 

Seu cabelo estava preso no coque de sempre, porém alguns fios se soltavam por conta do vento. Um forte batom vermelho formava contraste com sua roupa escura.

 

-Por favor, Emma. Já passamos por suficiente para me chamar assim.

 

Sua cara permanecia rígida.

 

-Enfim, -continuei constrangida, me forçando a concentrar no assunto pelo qual viera. -Aconteceu algo. Algo a ver com você. Essa...imagem...apareceu hoje cedo na biblioteca.

 

-Que imagem? -sua sobrancelha se levantou, expressando sua curiosidade.

 

-Uma mulher, segurando uma taça.

 

Ela engoliu em frio, arregalando os olhos e se virando para o lado.

 

-Ah! Então você sabe o que é! -analisei seu rosto, pressionando para que dissesse.

 

-Não faço ideia do que esteja falando.

 

Conseguia ver o medo estampado em seu rosto. Não sabia do que tudo aquilo se tratava, mas era aparente que a amedrontava como nada antes. No fundo, só desejava que ela conversasse comigo. Que fosse capaz de me assegurar isso também.

 

-Emma... -tentei levar minha mão a dela, porém ela retirou a própria. -Você pode confiar em mim. Olhe, eu...não sei do que isso se trata, mas...eu te conheço, Emma, e eu...

 

-Você o que, Prefeita? -me interrompeu. -O que precisa tanto assim me dizer?! -explodiu, me encarando com olhos cerrados.

 

Um aperto invadiu meu peito. Não esperava aquilo. Esse confrontamento que simplesmente surgiu, confundiu todos os meus pensamentos. As palavras não saiam da minha boca, mesmo com tanta coisa para dizer para ela.

Após alguns segundos, sem receber minha resposta, ela se virou e começou a andar, se afastando de mim, como se novamente já tivesse recebido sua resposta.

O que raios você está fazendo, Regina? -pensei alto.

 

Não ia deixar isso acontecer de novo. Me recusa a ficar em silêncio mais uma vez e vê-la ir embora. Precisava reagir.

 

-Emma, espera! -gritei, desejando que ela voltasse. Minha barriga formigava com o medo de que ela continuaria a andar, me ignorando completamente.

 

A DarkOne escutou, e parou, no mesmo lugar em que estava, porém sem se virar para mim. Esperei para ver se teria alguma reação, e quando percebi que não ia acontecer, deixei tudo sair.

 

-Eu estou com medo! É isso que precisa ouvir?! -continuei, sabendo que ela escutava cada palavra. -Estou com medo e não sei o que fazer para resolver tudo isso!

 

Pensei que ela fosse continuar a andar e acabar desaparecendo por meio a cidade, mas ela não o fez. Emma se virou, olhando para mim pela distância, e conforme ia se aproximando, consegui ver que lágrimas rolavam pelo seu rosto também. Sua boca parecia retorcida, como se segurasse para falar algo que não conseguia. Quando já estávamos perto demais, tudo se esvaziou.

 

-Do que você tem tanto medo? -perguntou, sem gritos, apenas com sinceridade. Conseguia ver em sua voz como estava cansada de toda essa situação, uma situação que nenhuma de nós duas entendíamos direito. Ela só precisava ouvir a verdade.

 

Tomei coragem.

 

-Nós sangramos o mesmo, Emma! -disse, agora soltando tudo dentro de mim -Todas as perdas, todos os abandonos, toda a solidão. Acredite quando eu digo que entendo, porque eu já estive onde você está hoje! -passei as mãos pelo meu cabelo, tentando respirar e falar ao mesmo tempo -mas no final, a Rainha Má foi uma parte de quem eu sou! Não posso fugir disso ou ignorar, porque talvez...talvez eu não seja merecedora de amor nenhum!

 

Todo o meu passado revirou pela minha cabeça como um filme. A morte de Daniel, os abusos de minha mãe e da dor de precisar casar com um homem que não amava. Sabia que a vida de Emma não tinha sido fácil, e eu me culpava profundamente por isso. Se não tivesse lançado a maldição, ela teria seus pais, e provavelmente não seria a DarkOne.

 

-Regina... -sua voz saía quase num sussurro, querendo me acalmar, como alguém que finalmente entendia tudo.

 

-Mas você é, Emma! -eu olhava fielmente em seus olhos, minhas palavras saindo com a mais pura sinceridade do mundo -As Trevas não são o que te representa e eu sei disso porque eu conheço você! Há muito tempo atrás, você me provou que existe a possibilidade de felicidade. Você só precisa lutar! E eu preciso que você lute. -agora minha voz já desaparecia e falava baixo, quase sem forças, com tudo explodindo dentro de mim. -Preciso que lute por si mesma, porque não posso te perder também.

 

Ela não disse mais nada, mas sabia que tinha entendido o que estava falando, porque de alguma forma, conseguia sentir que ela sentia o mesmo. Conseguia ver as lágrimas em seus olhos também, enquanto enxugava as minhas.

 

Emma então se aproximou, com seus olhos focados nos meus, perto o suficiente para nossas respirações se misturarem. O tempo parou ali, e eu aproveitei para encarar cada detalhe seu, com milhares de pensamentos e ao mesmo tempo sem nenhum. Um silêncio se afogava naquele momento, lágrimas compartilhadas e um desejo reprimido tomando conta de tudo. Seus olhos percorriam o meu, até inclinar sua cabeça, olhando para meus lábios. Sua boca se abriu como se ela tivesse algo a dizer, mas logo repensou e em uma tentativa arriscada, quase tocou meu rosto com as mãos. Toda aquela tensão estava me matando, e Emma ainda estava ali, frente a frente a mim. Sabia o que queria que ela fizesse, e eu sabia o que queria fazer. Após alguns segundos, voltou a me olhar nos olhos. Um olhar ansioso, porém machucado. Com medo. Quando desviou finalmente seus olhos da minha boca, sua sobrancelha formava uma expressão de insatisfação. Talvez consigo mesma.

 

Sussurrou então em meu ouvido:

 

-Não posso ser egoísta com você. Não com você.

 

E se embrulhou na neblina escura que simbolizava sua magia, indo para longe de mim, novamente. Toda a tensão se quebrou, e eu simplesmente fiquei ali, de pé, tentando recuperar todo o ar que conseguia para que meus pulmões voltassem a funcionar. Não podia acreditar. Tudo estava tão perto. E agora, me encontrava sozinha de novo.

 


Notas Finais


;D


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