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História I Will Never Give Up On You - True time


Escrita por: Nanda_rodrigues

Capítulo 37 - True time


Depois do banho no lago, o casal Nian retornou para a casa principal da fazenda. Estava tarde e ambos estavam cansados, fazendo com que tanto ele quanto Nina tomassem apenas uma ducha e fossem se deitar. Claro que ao encostar a cabeça no travesseiro, Ian se lembrou que deveria ter tido a “tal conversa” com Nina, ao considerar que hoje completava quarenta dias de tentativa de reconciliação com Neens. Ele precisava falar com ela o quanto antes. Precisava esclarecer a relação dos dois. Não dava mais para continuar ao lado de Nina sem ter certeza de que ela realmente tinha voltado para seus braços. Ele precisava perguntar se quando ambos retornassem para sua cidade, ela voltaria correndo para os braços de Austin. Mas como perguntaria isso? Como iria ter certeza que sua vida voltou a ser como sete anos atrás?  Como reconstruir uma confiança que fora quebrada por ambos? Ian tinha que encarar que se encontrava em uma situação difícil e ficar adiando só piorava.Todos os dias ele tinha se empenhado ao máximo para tentar reconstruir essa confiança que tinha se quebrado. Naturalmente com o tempo, essa tarefa foi se aperfeiçoando.

[...]

Duas horas. Esse é o tempo que falta para que o sol amanheça. Se era cedo demais? Sem sombra de duvidas. Mas Ian não estava se importando, tinha passado a noite inteira praticamente acordado ansioso para que o dia nascesse e ele pudesse esclarecer tudo com Nina. Assim que discutisse a relação dos dois ele daria um jeito de retornar a cidade e ir atrás de sua amiga, já que o mesmo se encontrava preocupado com Nikki já que ela estava passando por uma barra com o filho sozinha.

Seu plano era que assim que chegasse em casa ele pegasse Stella e desse a desculpa de que iria procurar saber de Henry, quando na verdade iria atrás de Nikki para reconforta-la. Ele não era bobo e conhecia muito bem Nikki pra saber que ela estaria desolada, e que provavelmente não atendeu ligações de ninguém afim de tentar evitar as criticas e/ou acusações da avó de Henry. O que o preocupava no momento era a onde ela estaria metida?

Ele pegou o celular pela décima vez e tentou ligar mais uma vez para ela, mas novamente o mesmo só chamou e nada dela atender. Ian se sente mal por não estar perto de sua amiga nesse momento. A verdade que ele se sentia péssimo, pois nem ao menos saber qual era a gravidade da doença do menino ele sabia. Henry era muito amigo de Stella e a mesma era completamente apaixonada por ele, e isso estava afetando muito a pequena o que partia o coração de todos.

Cansado de tentar ligar para ela e a mesma não atender, ele se levanta da cama e sai do quarto. Ele desceu as escadas calmamente e percebeu um flash de luz vindo da cozinha. Estranhou, pois tinha certeza de que tinha apagado todas as luzes da casa antes de se deitar. Sem muito alarme, se dirigiu até a cozinha e, com aproximação notou que quem estava presente na cozinha era Hanson. Hanson tomava café e brincava com uma faca grande, o que fez Ian estranhar já que o mesmo estava muito concentrado.

-Sem sono? – questionou Hanson

-Mais ou menos. Digamos que a preocupação não me permite dormir. – Ian diz se sentando na mesa junto de Hanson.

-Algo com a Srta. Somerhalder? – pergunta Hanson  sorrindo irônico após pronunciar  sua pergunta

-Também. Tem café? – pergunta Ian tentando mudar de assunto

-Sim, pode deixar que eu pego pro senhor. – Hanson diz se levantando para pegar uma xícara de café para Ian.

-Obrigado – Ian agradece pegando a xícara da mão de Hanson – Sem sono também? – ele pergunta assim que o homem se senta novamente junto a ele.

-Pensamentos me tiram o sono – Hanson respondeu tentando ser amigável.

- Pensamentos ruins? – pergunta Ian curioso

-Posso te pedir um conselho? – Hanson pergunta ignorando a pergunta de Ian, e dando continuidade a sua linha de raciocínio.

-Claro, se eu puder estar ajudando... – diz Ian dando mais um gole no seu café, que ao seu gosto estava forte demais – Do que se trata?

Hanson levantou a faca contra a luz e detestou o fato ela estar tão limpa. De repente sua imaginação ganhou asas e seu corpo desejou que aquela faca ficasse suja, suja de sangue, e de preferência do sangue de Nina Somerhalder. Voltando a si, ele coloca a faca sobre a mesa e olha para Ian, que agora o encarava confuso.

-Uma mulher matou meu irmão uns tempos atrás, e eu to querendo me vingar dela. O que acha? – Hanson pergunta de forma fria e calculista.

Ian olhou para a faca e depois para o homem com grandes cicatrizes presentes em seu rosto. Ele teve que se esforçar muito para não encarar somente as cicatrizes, alternando seu olhar entre as cicatrizes e os olhos frios e fundos de Hanson.

-Você deseja mata-la? – perguntou Ian com cautela. Hanson ri da pergunta.

-Matar é uma palavra forte, e também não acho que seja a solução. Apenas quero tirar dela, algo que ela não merece ter. – diz ele em meio as risadas. “Principalmente quando se trata da sua querida Neens”, pensou ele.

Ian assentiu sentindo um breve alivio no peito por saber que Hanson não pensava em tirar a vida da tal mulher. Então olhando brevemente para a janela e notou que o sol estava nascendo, tomou consciência de que tinha que acabar logo com aquele assunto com Hanson.

-Vingança... Hum... Vingança nem sempre é uma solução Hanson, mas se isso vai te ajudar a superar sua perda e se livrar um pouco desse sentimento... Acho que o melhor a fazer é resolver isso com cautela, faça longe da policia, não se machuque e não tire a vida dela. Pense. Não seja extremo.

-Obrigado! Pode deixar que não tirarei a vida dela, seria muito fácil essa simples vingança. – diz Hanson mentindo em parte do que disse.

-Fico mais tranquilo... Se importa se eu... – Ian diz fazendo sinal para o seu quarto.

-Claro, claro. Fique a vontade. – diz Hanson

-Okay... Obrigado pelo café. – agradece Ian.

-Por nada. – diz Hanson

Ian se retirou da cozinha e caminhou em direção ao quarto, mas quando estava prestes a subir o primeiro degrau da escadaria que dava ao mesmo, acabou se lembrando de algo e retornou até a cozinha. Ao entrar novamente na mesma, deu de cara com Hanson brincando novamente com a faca, silenciosamente e quase inexpressível.

-Hanson? – Ian o chamou, porém não obteve resposta – Hanson? – ele tenta novamente, so que dessa vez um pouco mais rápido.

Desta vez sua voz fora alta o bastante para chamar a atenção do homem. Hanson o encarou com uma cara de quem diz: “ Estou te ouvindo”!

-Pode preparar o meu carro e o deixa-lo aqui na porta, por favor? Eu saio daqui duas horas, e como tenho coisas importantes para resolver na cidade não posso me atrasar. – explica Ian.

-Tudo bem. Cadê as chaves? – Hanson pergunta um tanto quanto animado, como se Ian tivesse lhe dado uma luz e uma decisão.

-Estão no chaveiro, atrás da porta. – diz Ian um tanto confuso com a mudança de humor do homem.

-Então deixe me fazer o meu serviço não é mesmo? – Hanson diz tomando todo seu café em um gole. Com dois tapinhas nas costas de Ian ele sai sorrindo da cozinha.

-Obrigado! – diz Ian ainda estranhando.

Retornando ao quarto que costumava ser de seus avós, Ian se depara com Nina dormindo tranquilamente. Decidiu que a deixaria dormindo mais um pouco, enquanto tomava uma ducha. Assim que acabou, tratou de se vestir e arrumar suas malas, deixando para fora somente uma combinação de roupa para sua esposa. Depois de tudo arrumado, sentou-se na cadeira que ficava na sacada do quarto, e tentou novamente ligar para Nikki. Em meio as chamadas, Ian pensou em desistir e ligar para a mãe dela, mas tomou consciência de que acabaria a importunando e ainda causaria uma impressão errada. Segundo as coisas que Nikki já havia lhe falado, sua mãe tinha o péssimo habito de transformar tudo o que via e ouvia, para ter o que julgar Nikki. O que era algo que realmente o irritava, pois ninguém (nem mesmo a mãe dela) conhecia Nikki verdadeiramente.

Não conseguindo falar com Nikki, ele larga o celular sobre a mesa e olha pra dentro do quarto vendo Nina que ainda dormia. Respirou fundo e decidiu que já era hora de acordar Nina para que eles tivessem a tão esperada e adiada conversa. Caminhando até a cama ele pensou em como a acordaria. Decidindo o que faria, ele retirou primeiramente a coberta de Nina fazendo em seguida uma série de cócegas no pé da esposa. Ele riu baixo da primeira reação dela, já que ela chutou sua mão. Desistiu de fazer cócegas no pé dela, porém estava se divertindo muito com aquilo. Então ele senta ao lado dela e começa a acariciar suas costas. Notou que Nina se encontrava de bruços e seus braços estavam enfiados de baixo do travesseiro, facilitando para ele que delicadamente deslizou seus dedos para a parte inferior do braço dela e começou a fazer uma série de cócegas. Nina rapidamente abriu os olhos e o fitou com raiva, enquanto ele ria da cara dela.

-Caralho Ian! Por que você nunca me deixa dormir em paz? – diz Nina bufando. Ian sorri singelo, ao ouvir a voz sonolenta de sua esposa, mesmo que nela esteja carregada de raiva.

-Porque eu amo te ver nervosinha. – responde Ian e ela bufa, se levantando.

-Então me acordou pra nada? Sério isso? Que ódio Ian! – Nina pergunta aborrecida.

-Vai mesmo ficar nervosinha? – diz Ian se levantando e ficando na frente dela.

-Depende... Me acordou pra nada? – insiste ela.

-Não! – ele responde rápido, desviando seu olhar do decote da Dobreva.

-Então posso reconsiderar. – diz ela fazendo um bico, no qual Ian não conseguiu resistir e o beijou vorazmente.

-Você é irresistível quando esta irritada, sabia? Fica tão linda! – diz ele a abraçando com uma mão e com a outra retira uma mexa de cabelo dela dos seus olhos. Tais palavras a fizeram sorrir.

-Você é um bobo mesmo. Pare de enrolar e desembuche... Por que me acordou? – ela diz e ele sorri pela forma que aquelas palavras foram ditas.

-Por dois motivos, precisamos ter “aquela conversa” e temos que retornar cedo para a cidade.- Ian diz com cautela, mas pequenas palavras causaram grande efeito em Nina. Ele quer conversar, pensou ela sentindo seu coração apertar.

Nina pousa suas mãos sobre o tórax de Ian e olha em seus olhos, tentando disfarçar o medo que aquelas palavras lhe causaram. Milhares de coisas começaram a passar na cabeça da Dobreva, algumas um tanto que impossíveis e sem noções. Respirou fundo e sentiu novamente seu coração se apertar. Será que ele pediria o divorcio? Não poderia ser, não depois de tudo que eles viveram nos últimos dias. Em instantes notou que aquilo seria a por coisa que ele poderia pedir pra ela, pois diferentemente de quarenta dias atrás o divorcio é a ultima coisa que ela quer agora. Ela não queria jamais ter de ficar longe de Ian, não mais. Somente ali, naquele dia, naquela hora, naquele momento ela pode ver o quão culpada era por ter deixado sua relação chegar aquele estado. Se ela tivesse se esforçado mais um pouco para ver o que ele estava fazendo por ela nesses últimos tempos, se tivesse sido menos egoísta e dado um pouco de atenção para ele... Ah, talvez eles não tivessem que ter agora essa conversa. Nikolina quis poder voltar no tempo, especificamente ontem, e dizer que não amava Austin, na verdade nunca amou apenas gostava da forma como ele a tratava. Ela quis chorar de desespero só de pensar que ele poderia pedir para se separar dela. Só de pensar nessa possibilidade a fez perceber o quanto tem valor o seu casamento.

-Okay... – diz Nina pausadamente – Vamos conversar. Sobre o que é mesmo?

-Neens... Olha, esses últimos dias tem sido maravilhosos. O fato de poder te ter em meus braços novamente é algo encantador, mas eu preciso saber, preciso ter certeza de que você quer continuar com isso tanto quanto eu. Eu preciso e quero saber se você quer deixar o passado no passado e seguir em frente comigo... – ele diz de forma direta e sincera. Nina o observou atentamente e respirou fundo. Sentou na cama e pensou em suas palavras.

-Você quer dizer...

-Quero dizer se você quer e é capaz de deixar Austin no passado, para seguir em frente comigo. – ele completou e a olhou serio.

-Você o odeia. – ela conclui com um tom amargo.

-Não! Por incrível que pareça eu não o odeio. No inicio eu jurava o odiar, mas percebi com o tempo que era só a minha raiva falando mais alto. A minha frustração era tão grande que eu acabei culpando alguém necessariamente não tinha culpa da nossa situação. Eu nem ao menos te odiei por me trair. O que é irônico, porque eu acabei me odiando por vocês dois. – ele falou com a mais pura sinceridade.

-Por que se odiou?

-Porque por minha culpa, você teve que me substituir. – Ian diz com os olhos baixos. Tais palavras esmagaram o coração de Nina.

Substituir? Não, Austin jamais substituiria Ian. Nina imaginou – se substituindo Ian por Austin e não conseguiu o ver no papel de seu marido. Ela até tentou substituí-lo, mas fora impossível considerando que Ian era único e só ele poderia exercer tal papel. Só então chocou ao perceber o quão era real aquilo. Ian sofreu por ela, ficou amargurado e ainda sim lutou pelo amor dela. Nina teve uma certeza ao pensar nisso, não existia ninguém que se comparasse a ele, pois ela sabia que se fosse Austin no lugar de Ian, com certeza ela já estaria divorciada e nas mãos de outro.

-Obrigada. – ela sussurra com lágrimas nos olhos.

-Como? – Ian pergunta confuso.

-Obrigada por tudo, por me amar tanto a ponto de lutar dessa forma por nos dois. – ela sussurra novamente – Obrigado por ser tudo o que é e por me dar todo o amor que eu preciso.

-Neens... Eu fiz tudo isso, como uma aposta. Não me agradeça por te amar tanto, mas eu quero que entenda algo. – ele respira fundo, pronto para falar sua decisão.

-Diga... – diz Nina tão apreensiva, aponto de mais um pouco segurar seu coração nas mãos.

-Eu não sou nenhum estúpido e te quero para a minha vida toda. Eu a escolhi, pois sabia que você era a mulher ideal para mim, aquela que eu iria amar mesmo depois de anos. Mas, Nina eu realmente espero que tudo o que aconteceu não venha se repetir, já que eu não cometerei o erro de deixar você me substituir novamente. – ele fala calmamente fitando os olhos castanhos da morena.

-E isso significa? – ela pergunta um tanto impaciente.

-Se acontecer de algum dia você querer ir embora, para ficar com o Austin ou qualquer um que seja, saiba que eu não irei hesitar em permitir. Mesmo que eu perceba que você ainda posso me amar. – ele diz de forma sincera, afinal ela precisava saber e entender isso.

-Quer dizer que não irá lutar mais por mim? – ela o questiona.

-Você vai me dar motivos para isso? – ele se aproximou dela segurando sua mão.

-Okay... Considere-me avisada. – ela sorri fraco com o coração ainda aflito.

-Eu te amo Nina, mas do que qualquer coisa. E é por isso que eu te faço essa pergunta: Você é inteiramente e completamente minha? 

.................................................................................................................................. Continua


Notas Finais


Será que ela vai se render completamente ao Ian? Façam suas apostas, até amanhã <3


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