História I Will Protect You- Imagine Park Jimin - Capítulo 22- Então vamos brincar.

Capítulo 22- Então vamos brincar...

Abro meus olhos e observo o local ainda deitado... E não estou em casa com ____... Levanto-me de uma vez e sinto uma forte dor de cabeça, coloco minha mão sobre a mesma para ver se passa a dor. Volto a ficar em pé só que dessa vez vou subindo devagar, rodo meu corpo observando o lugar e percebo que estou em uma praça? Esta tudo escuro só algumas luzes iluminando a rua e a praça, no centro dela tem um relógio digital mostrando que são 03h46min com 05°c e informando que estou em...

- Busan? Eu estou em Busan! – Não me contive e gritei bem alto, porem logo tampei minha boca ao lembra que estou em plena madrugada sozinho. – Certo mais que lugar é esse? Faz tanto tempo...

Comecei a andar pelas ruas mal iluminadas até encontrar uma pensão com vaga, estou começando bem... – A porta estava fechada então bati três vezes, nada, bati mais três vezes então apareceu uma garota agasalhada com uma carranca em vez de uma cara normal... Estou mentindo dizendo que não me assustei.

- Pois não? – Pelo seu tom de voz parecia estressada.

- Eu vi que aqui tem vaga... Poderia ficar com ela?

A moça esfregou a mão em seu rosto tentando se desperta.

- Entre... – Me deu passagem. – Não esta com frio? Acho que esta uns três graus e está só de camiseta.

Enxerida...

- Estou bem assim... Quanto é a estadia? – Perguntei assim que ela foi para trás do balcão.

Então lembrei... Não tenho dinheiro, como não lembrei esse tempo todo? Tateio meus bolsos tentando procurar algo e acabo achando, sinto minha mão pegar em uma carteira rezo internamente para que na mesma tenha dinheiro.

- Moço, moço? – Balança as mãos em minha frente.

- Perdão... O que falou?

- Se for passa a noite só será 5000 won, se for o mês será 10000.

Abro a carteira e me assusto com a quantia de dinheiro que encontro e não é pouco...

- U-Um mês... – Retiro a nota e entrego para moça.

- Amanhã arrumamos sua documentação aqui... Seu quarto fica no primeiro andar numero sete. – Me entrega a chave.

- Obrigada, boa noite. – Saiu.

Subo a pequena escada e procuro meu quarto e quando acho não penso duas vezes em abrir, sua decoração era bem simples e o quarto pequeno mais tinha uma cama de casal isso é bom, e quando vejo a cama automaticamente bocejo, caiu de costas na mesma e respiro fundo. Retiro novamente a carteira do meu bolso e observo a quantia de dinheiro nela.

- Com isso não precisaria me preocupar com emprego por um bom tempo... – Suspiro. – Obrigada chefinho por me dar mais essa chance, quando amanhecer vou logo procura um emprego.

Saiu da cama e fico de joelhos na frente da mesma entrelaçando meus dedos e começo a fazer minhas orações pedindo proteção para mim mesmo e para minha protegida, pois mesmo longe ainda estou a guiando, eu acho. Coloco a carteira na mesa ao lado e volto a me deitar, fecho os olhos e me vem na cabeça ela... Que no momento ainda deve estar à cordada, talvez conversando com seu namorado.

- Aish Jimin! Para de pensar essas coisas! Ela tem um namorado e estar feliz! Mais... Por que meu coração está tão pesado?

Com meus pensamentos em ____ consigo dormi, depois de vinte e oito anos tinha esquecido como era essa sensação... E é incrível, deitar em uma cama com cobertores quentinhos fechar os olhos e, dormi, se meus sonhos fossem bons agradeceria mais ainda, só tive pesadelos e isso não me deu uma boa noite.

Quando acordo meus olhos vão em direção ao relógio em cima da porta e dou um pulo da cama ao ver.

- Merda, merda, merda, nove e quarenta. – Procuro freneticamente nas gavetas daquela cômoda uma toalha e consigo achar então vou correndo para o banheiro que estava livre.

Estava apressado mais o que tem eu tomar banho com calma? Todas as vezes que tomei na banheira de ____ não sentia a água, e essa água quente caindo sobre meu corpo me relaxando ainda mais eu tinha sensação de nostalgia e era muito bom. Como eu ainda não tinha comprado escova ou creme dental peguei um creme que estava na pia e enxaguei minha boca, nojento mais o único jeito, saí com minha roupa ao meu lado do corpo e a toalha em minha cintura, abro a porta do banheiro e encontro a moça de ontem com os olhos arregalados olhando para mim, ignoro e volto para o quarto.

- Dez e dez... Vou procurar um emprego e de quebra vou comprar algumas coisas para mim que realmente estou necessitado.

Visto a mesma roupa e desço com o cabelo bagunçado mesmo para tomar café, e lá novamente encontra a garota só que de toalha a penas. Aproximei-me do caixa onde tinha uma mulher sorridente.

- Olá querido foi você que ocupou o quarto sete?

- Foi sim, prazer Jimin. – Estendi a mão.

- Jae-Hwa, seja muito bem vindo! – Puxou minha mão e me abraçou.

- Hahah... Obrigada e on... – Fui interrompido por um grito.

- Min-Jee! Vai vestir uma roupa! Perdoe minha filha ela não tem modos. – Pronunciou a senhora mais calma.

- Ela tem quantos anos?

- Dezessete... Mais a mentalidade é de treze... – Suspirou. – Bom, o que vai querer rapaz?

- Hm, só um café. – A respondi olhando o cardápio.

- O café é de graça... Espere um instante.

- Senhora Jae, você sabe que ônibus posso pegar para ir pro centro da cidade?

- O numero 113 querido. – Me entregou o café.

- Vou sair rapidinho, quando voltar eu resolvo minha documentação da pensão ok? – Beberico o café.

- Você já pagou isso é mais importante, agora tome seu café com calma. – sorrio gentilmente.

Após terminar o café sai para parada mais próxima e passei pelas mesmas ruas quando estava de madrugada e está tudo muito diferente... Estava mais alegre, pessoas agasalhadas, crianças brincando na praça e eu o diferentão que está de camiseta e uma calça moletom em um frio de dez graus. O ônibus que a Jae falou para pegar demorou um pouco mais consegui entrar em um.

Desci do ônibus e a primeira coisa que iria fazer seria tentar procurar um emprego, depois comprar umas roupas para mim, sinto que vou morrer congelado a qualquer estante com essas roupas. Ando bastante pelas ruas até encontra uma academia que precisa de professor de dança, então entro na mesma.

- Bom dia, posso ajudar? – Perguntou uma mulher atrás do balcão.

- Sobre... O professor de dança... – Respondo me aproximando.

- Seu currículo, certificação que é um profissional na área, identidade e carteira de trabalho. – Falou digitando no computador à sua frente.

- Então... – Coço a nuca. – Talvez... Eu não tenha todos esses documentos...

- Como não? Então... Desculpa. – Se viro para mim e sorrio.

- Eu cheguei hoje de madrugada não deu para arrumar essas coisas ainda... E eu perdi minha certificação na viajem, pois era professor de uma academia também. – Essa parte não está mentindo, eu realmente era um professor de dança.

- Aish... Você tem carteira de trabalho e identidade ou perdeu também? – Ficou seria.

- Isso eu tenho. – Retiro os documentos da carteira e a entrego. – Eu tive que fazer a segunda via dos dois...

- Que novinho... – Rio olhando minha identidade. – Como você não tem a certificação temos que fazer um teste com você.

- Como?

- Essa é a melhor academia da cidade e precisamos de um profissional e não... Um amador. – Olhou meu corpo e mordeu o lábio. – Então temos que ter certeza que é bom.

- Só nos dois? – Franzi o cenho.

- Algum problema?

- Não, não... Faço qualquer coisa para conseguir esse emprego. – Acho que cometi um erro falando isso.

- Me siga.

A academia era um pouco grande, pois tinha mais um andar, e nesse andar que ficava a sala de dança um pouco grande? Talvez, acho que muitas pessoas usam essa sala.

- Posso colocar qualquer musica? – Sorriu provocando.

- Já dancei de tudo. – Mais uma verdade. Subi no palco e esperei a musica toca.

Respirei fundo e fiz alguns exercícios antes que a musica começasse, ela contou a três e a musica começou a soar pela sala silenciosa... Lose It, já tinha visto ____ dançar varias vezes ela, fecho os olhos e sigo exatamente os passos de ____, e essa musica era muito viciante ao ponto de me soltar de verdade...  Ultima vez que dancei foi quando tive o acidente de carro e nunca mais... A musica continua a tocar e eu a dançar a coreografia da minha protegida, porque tudo tem que me lembrar ela? Pessoas, lugares... Musica. A sala voltou a ficar silenciosa só se ouvia minha respiração pesada, volto a abrir meus olhos e vejo aquela mulher com o celular a sua frente provável me filmando, mais dane-se.

- E então? – Falava ainda com a respiração pesada e minhas mãos na minha cintura.

- A-Ah... – Guardou o celular na maior cara de pau. – Sabe, sou a dona dessa academia.

- Não sabia, mais o que quero realmente saber é se consegui o emprego. – Mordi o lábio.

Vi a mulher rir nervosa e passou as mãos no cabelo.

- Pode começar segunda? – Estendeu a mão.

- Com todo prazer! – Estendi de volta.

- Meu nome é Young-Soo, seja bem vindo Jimin. Vou assinar sua carteira segunda também.

- Obrigada mesmo.

Descemos e conversamos um pouco mais, Young disse que tem essa academia por cinco anos o que é bem interessante e que por causa disso vários caras queriam lhe passar a perna mais ela que passou, essa mulher além de bonita é esperta.

Saí daquele local e fui direto para uma loja de roupas, comprei o que tinha pra comprar e voltei para pensão de taxi, pois de ônibus não ia da muito certo. Quando cheguei arrumei minha documentação, tomei um banho quente ou sentira que morreria, troquei aquela roupa de dias e me deitei tentando dormi mais, novamente meus pensamentos estavam voltados em ____ não deixaram muito...

(1 ano e 6 meses depois...)

- O que achou? – Yon me virou para olhar-me no espelho.

- Uau! Ficou incrível! Por isso que só confio em você para mexer no meu cabelo. – Falo passando a mão no mesmo.

- Você combinou bastante de loiro Jimin.

- Eu combino com qualquer coisa Yon. Toma. – Entrego o pagamento pelo seu trabalho. – Agora vou indo ou vou me atrasar para o trabalho.

- Obriga, até a próxima.

Saí do salão já com vários olhares sobre mim, não é muito comum em Busan ver mulheres descolorindo o cabelo, ainda mais homens, mais estou pouco me danando pra tudo isso. Coloco meu óculos e entro no carro dirigindo em direção à academia, ao chegar em meu destino estaciono o carro e me olho uma ultima vez no retrovisor bagunçando um pouco os cabelos. Entro na academia e novamente olhares só que mais é de mulheres curiosas subi para minha sala e minhas “alunas” já estavam a minha espera ao entrar todas formaram um perfeito “O” com a boca.

- Professor novo? – Uma delas sussurrou para outra audível.

- Não sou o mesmo de sempre. – Respondi subindo no palco. – Vamos nos exercitar?!

Hoje a aula foi mais estressante que as outras anteriores, essas mulheres estavam muito excitadas e eu detesto isso, sempre é uma hora e meia de segunda a sexta manhã e tarde, não tenho o que reclamar amo dançar e ganho bastante por isso, estou trabalhando com algo que gosto. Terminou a ultima aula e esperei todas saírem para organizar minhas coisas.

- Jimin oppa...

Reviro meus olhos ainda de costas ao ouvir aquela voz fina e irritante.

- Oi Shin-Hye. – Cumprimentei ainda de costa para a mesma não ver minha cara de desgosto.

- Você ficou lindo com essa cor de cabelo.

- Então eu era feio antes disso? – Á encarei com o sorriso sacana.

 - Você sempre foi lindo, só ficou mais. – Se jogou em meus braços segurando meus ombros.

- Estou querendo ir pra casa. – Empurrei-a de vagar.

- Posso dormi com você hoje? – Sorrio gentiu.

- Acho melhor não.

- Porque oppa? – Fez bico querendo ser fofa, só querendo mesmo.

Fingi pensar olhando para o teto, passando o polegar em meus lábios.

- Os viszinhos sempre reclamam quando levo você para dormi comigo. – Me aproximei de seu rosto. – Você, não sabe gemer baixo.

- Eu prometo gemer baixinho... – Que fogo garota!

Apertei suas bochechas fazendo Shin fazer bico.

- Você só vai gemer baixo quando colocar uma mordaça nessa boca. – Soltei suas bochechas bruscamente.

- Faça isso! – Segurou minhas mãos dando o maior sorriso que já vi... Desde... Desde quando uma pessoa gosta de ser maltratada por outra?

Tombei minha cabeça pro lado e sorri malicioso.

- Então vamos brincar.