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História I Will Survive - Capítulo 28


Escrita por: Iphegenia

Notas do Autor


Muito obrigada a todo mundo que favoritou e continua acompanhando a fic.

Boa leitura!

Capítulo 28 - Capítulo 28


A escola de hipismo era afastada o suficiente do centro da cidade para que Regina chegasse até a rodovia sem dificuldade. Fazia o trajeto sem prestar atenção, como se estivesse em uma espécie de piloto automático. Seus pensamentos estavam desordenados, dividindo-se entre as três pessoas de sua vida. Quando passou por uma placa que estabelecia o limite de velocidade, conferiu o ponteiro do automóvel, ela estava muito mais veloz do que era permitido. Bateu a mão com força contra o volante e afundou ainda mais o pé no acelerador. Não importava quantas multas recebesse, desde que chegasse em Storybrooke rápido o suficiente para ajudar a mulher que amava.

Com o fim da primeira hora de viagem, Regina buscou pelo celular no bolso da calça. Discou o número de James e o colocou no viva-voz.

- Regina? – A voz de James soou alta representando toda a preocupação e confusão que sentia. – Regina, onde você está?

- Conseguiu pegar a Júlia na creche?

- Consegui. Estamos na minha casa.

- Me deixe falar com ela.

- Regina, onde você está? O que aconteceu?

- Me deixe falar com ela, James!

A rainha pode ouvir o amigo bufar e chamar pela menina. Os segundos que levaram para que a voz manhosa da pequena fosse ouvida passou por Regina como se fossem longos minutos.

- Mamãe?

- Oi, minha princesa. – O coração de Regina se apertou com a tristeza que notou na voz da filha. – Como você está?

- Cadê você, mamãe?

- Eu tenho que resolver uma coisa com Emma, mas eu não demoro, tudo bem? Você pode dormir hoje com os seus padrinhos?

- Posso. Mas eu quero você.

Regina ouviu quando o nariz pequeno na filha fungou e pode visualizar perfeitamente a lágrima que, provavelmente, escorria pela bochecha fofa. Talvez ela devesse ter passado na creche para conversar com a filha, talvez deveria estar levando-a junto, mas talvez Emma estivesse com a vida em risco e cada minuto, cada segundo, poderia ser decisivo. Além disso, se havia algum perigo em Storybrooke, então ela queria Júlia o mais longe possível.

- Eu sei, meu amor. Eu também quero estar com você, mas eu realmente preciso fazer algo. Promete que vai ficar bem e que vai se comportar?

- ­Prometo. Mas você volta?

- O mais rápido possível, querida. Eu te amo!

- Eu também te amo!

Sem dar chance para que James recuperasse o aparelho da mão de Júlia, Regina encerrou a chamada e jogou o celular no banco de passageiro. Conferiu a velocidade em que estava e apertou as mãos no volante, enrijecendo a postura e acelerando um pouco mais. As árvores que acompanhavam a rodovia não eram mais do que borrões verdes sendo deixados para trás. O som do celular tocando atingiu seus ouvidos e, involuntariamente, um suspiro escapou de suas narinas. Tentou ignorar o toque, concentrando-se na direção, mas, ela deveria saber, James é insistente. Desviou os olhos para conferir o visor e deslizou o dedo para recusar a chamada e silenciar o aparelho, quando encarou novamente a estrada, estava demasiado próximo de outro automóvel. No último momento, Regina freou e girou o volante escapando da colisão. Ouviu a buzina estridente pressionada pelo outro motorista e os gritos ofensivos enquanto ele distanciava-se dela.

Ainda parada com o carro cortando a pista, Regina inspirou profundamente, buscando um ritmo calmo de respiração. Quando os batimentos de seu coração diminuíram e o susto já não era mais palpável, a rainha soltou as mãos do volante e apertou uma contra a outra antes de passar pelo corpo, certificando-se de que estava tudo bem, mesmo ciente de que não havia como ter se machucado e sem sentir qualquer tipo de dor.

- Okay, Regina. Você precisa se acalmar. Se quer ajudar Emma, tem que estar viva para isso.

A morena estacionou no acostamento, conferiu no retrovisor se haviam outros carros naquele sentido e, quando nada avistou, voltou a se concentrar no ritmo de sua respiração. Notou que o celular não estava mais sobre o banco e que o porta-luvas se abriu durante toda a situação. Com força razoável, o fechou e deitou-se sobre o assento do passageiro, passando a mão por baixo dele, procurando o celular. Quando não o encontrou, endireitou a postura e suspirou frustrada. Concentrar-se em sua respiração já não era o suficiente para manter a calma. Abriu novamente o porta-luvas e capturou um pen drive com músicas que guardava ali.

Com a melodia apaziguando-a, Regina girou a chave e seguiu a estrada em uma velocidade razoável. Batucando as mãos no volante, ela só voltou a pesar o pé sobre o acelerador quando entrou no trevo para Storybrooke, para onde sabia que ninguém mais seguiria, portanto, a rodovia era toda sua. Quando entrou na cidade seguiu direto para o loft e encontrou um aglomerado de pessoas parado diante dele. Abandonou o carro mal estacionado e correu até lá.

- David! – A voz da rainha paralisou a todos, que apenas a olharam com desânimo. -  O que está acontecendo aqui?

- Regina? – Charming espremeu os olhos para a morena. – O que você está fazendo aqui?

- Henry me ligou. Descobriram alguma coisa? – Regina empurrou todos que estavam no seu caminho até chegar a seu filho e o embalar em um abraço, enquanto mantinha os olhos no príncipe a espera de uma resposta.

- Não. Estávamos saindo para procurar por ela mais uma vez.

- Okay. Eu vou junto.

Píer, floresta, ruelas, localidades abandonadas, ponte, estábulo. Pessoas se dividiram e procuraram por todos os lugares imagináveis da pequena cidade mágica. Emma não estava em lugar algum. Recusando-se a parar para descansar, Regina caminhou pelas margens do rio, seguindo as pedras úmidas e escorregadias. O dia havia corrido e o sol já estava se despedindo novamente, logo estaria escuro e as chances de encontrar Emma diminuíam. Ela apenas não conseguia aceitar a ideia de que a salvadora estava desaparecida há dois dias e que permaneceria assim por mais aquela noite.

Ajoelhou-se sobre uma pedra que cortava a correnteza do rio, com água entrando por suas botas, e fechou os olhos sentindo o vento frio bater contra seu rosto.

- Vamos, meu amor, me diga onde você está.

Regina sentiu uma mão tocar o seu ombro e por um momento seu peito encheu-se de esperança, por meio segundo acreditou que poderia ser Emma encontrando-a; a força do amor que estava sentindo, salvando-a.

- Regina, vamos voltar.

A rainha abriu os olhos e girou o tronco para encarar David, seus olhos castanhos faiscando raivosos, decepcionados, angustiados, cansados e tantos outros sentimentos que se misturavam tirando-lhe a força.

- Precisamos encontrá-la.

- Precisamos pensar, precisamos ter um plano. Apenas andar por aí não está ajudando em nada. Não nos levará até ela.

Regina queria gritar, queria lançar sua magia sobre o príncipe e prendê-lo no topo da árvore por um único pé, queria socar o seu rosto até que ele entendesse que não poderiam simplesmente deixar de buscar por Emma um segundo sequer, mas então ele era o pai dela, quem a amava incondicionalmente, que também estava sofrendo e que estava apenas tentando fazer o melhor que podia. Sem dizer qualquer coisa, Regina levantou-se e seguiu o homem até o loft. Quando entraram, olhos esperançosos de Snow e Henry foram lançados sobre eles, para logo caírem no chão com a esperança desvaindo. Regina podia ver por trás dos grandes olhos do filho, as lágrimas que ele lutava para conter.

- Belle está trazendo todos os livros que encontrou que falam sobre fadas. Talvez nos ajude em algo. – Snow afundou o rosto no peito do marido, que acarinhou seus cabelos. – Vamos encontrá-la, não vamos?

- Vamos, Snow. Você sabe, isso é o que essa família faz de melhor. Nós nos encontramos.

Regina queria acreditar que tudo ficaria bem como o príncipe fazia, queria ter a certeza de que merecia isso, mas ela estava acostumada com grandes tragédias, com a vida jogando contra sua felicidade. Tirou os olhos do casal e encarou o filho, que estava sentado no sofá abraçando os joelhos e o olhar perdido no chão.

- Vem, vou te colocar para dormir.

Henry levantou-se com o corpo mole e subiu as escadas sendo seguido pela mãe. Ao deitar-se na cama com o corpo encolhido, Henry abraçou o travesseiro enquanto seus pés com meias batiam um contra o outro. A morena deitou-se atrás do filho e o abraçou reconhecendo aquele gesto, era o que ele fazia quando não era mais que um bebê e esforçava-se para segurar o choro.

- Eu não vou desistir que encontrá-la, querido. Eu prometo.

Regina permaneceu abraçada ao filho até que finalmente ouviu sua respiração pesada e o deixou adormecido para voltar para a sala. Encontrou Rumple e Belle sentados no sofá com livros em mãos, passando página por página sem qualquer empolgação. David cochilava em uma poltrona enquanto Snow lia na outra. Regina pegou um dos livros da pilha que Belle havia levado e deixado sobre a mesa e sentou-se no sofá ao lado do Senhor das Trevas. Permaneceram assim por mais algumas horas até que Belle bateu as mãos contra os joelhos, agitada.

- Acho que encontrei alguma coisa. – A bibliotecária levantou-se e caminhou de um lado para o outro até que todos estivessem lhe dando atenção. – Aquelas fadas são uma tríade. São totalmente dependentes uma da outra, inclusive para viver. A morte de uma leva à morte das outras. – Belle olhou para cada um esperando que fosse o suficiente para que entendesse onde ela queria chegar, mas tudo que via eram olhares confusos em sua direção. – Isso explica o fato de Rumple encontrar um pedaço de asa na loja. As duas que restaram estão apodrecendo até que morram.

- Elas podem estar tentando usar a varinha e Emma para quebrar o vínculo? Para que sobrevivam? – Rumple levantou-se e foi até a esposa, conferindo com os próprios olhos o que o livro falava.

- Não é possível. É mais provável que estejam tentando ressuscitar a fada.

- Mas então chegamos ao limite da magia. Morto é morto! – Regina fechou o próprio livro e o jogou sobre a mesa.

- Não se pode ir contra a morte, mas se pode fazer um acordo com ela. – Rumple caminhou até a mesa e jogou livro por livro para fora dela até encontrar um pequeno com a capa roxa, já gasta. Passou a ponta dos dedos pelo sumário e correu as páginas até fixar olhos em determinada e fazer uma leitura silenciosa. Sem fechar o livro, levantou os olhos e encarou Regina. – Uma vida por outra.

- Você está dizendo que...

- Elas vão trocar a vida de Emma pela da fada. – Belle cortou a pergunta de Snow entregando-lhe ambos os livros, tanto o que ela usou como o que o marido leu. – Nós precisamos encontrar Emma o mais rápido possível.

David levantou-se puxando Snow pela mão, que soltou os livros e agarrou o arco e flecha pendurando-o nas costas. Charming prendeu a arma de um lado da cintura e a espada do outro. Regina os observou prepararem-se sem esboçar qualquer reação, como se aquele fosse um filme ou algo com o qual ela nada tinha a ver. Apesar de compreender a gravidade, simplesmente não fazia sentido, para ela, sair novamente pela cidade, procurando por algo que não encontrariam. Já havia ficado claro que as fadas eram boas em se esconder, que Emma não havia deixado qualquer pista. Não é como se estivesse desistindo, ela nunca desistiria de Swan, era apenas a aceitação de que encontrar a loira era algo fora de seu alcance.

Os momentos que viveu com Emma passaram a frente de seus olhos como um filme favorito do qual lembrava-se perfeitamente do enredo, do tempo de cada fala, de palavra por palavra. O momento em que se reencontraram em Boston quando recuperou suas memórias; o pôr do sol visto do mar; o sarau; a primeira fotografia, com o rosto sujo de molho; a aula de hipismo; o Natal; a primeira vez que fizeram amor; a dança no encerramento do ano. Enquanto as imagens se reproduziam em sua mente, lágrimas corriam livres pela bochecha real.

E, então, o que poderia estar acontecendo com a loira começa a ser fantasiado por ela. Cenas que ela desejava que não fossem reais, dor que Emma nem ninguém merecia sentir. Correntes. Hematomas. Tapas. Fadas. Varinha... “É isso”. A realização chegou para Regina em meio ao desespero.

- Nós estamos procurando errado. – A rainha levantou-se secando as lágrimas com a manga do casaco. – Estamos procurando por Emma quando deveríamos estar procurando pela varinha, já que ela é o que, provavelmente, está escondendo-as. Rumple, eu vou até o meu cofre, me encontre na floresta em alguns minutos.

 

***

 

Regina caminhava de um lado para o outro acendendo e apagando uma bola de fogo na mão enquanto aguardava por Rumple. Passou a outra mão pelos bolsos buscando pelo celular, mas bufou recordando-se de que ele ainda deveria estar sob o banco no carro.

- Você demorou. – Regina girou o tronco para a direção em que ouvia som de passos, deparando-se com o Senhor das Trevas acompanhado de Snow e David.

- Não é como se você tivesse me dado alguma referência.

- Não me lembro de dizer para trazer companhia.

- Se você tem alguma ideia de como encontrar Emma, então nós vamos. – Charming parou ao lado de Regina fixando seus olhos nos orbes castanhos. Regina arfou para a semelhança do homem com a filha e uma súbita vontade de abraçá-lo, de sentir qualquer coisa parecida com Emma, de sentir a segurança que ele demonstrava. – E então?

- Bem... – Regina suspirou afastando-se para que tivesse todos os três em seu campo de visão. – Conheço alguém que talvez consiga localizar a varinha. – Antes que qualquer pergunta pudesse ser feita, Regina tirou um chocalho do bolso do casaco. – Sylvanus. 

- Quem é...

- Um feiticeiro com habilidades que envolvem a floresta. – Rumple respondeu antes que David pudesse completar a pergunta.

- Como ele pode nos ajudar?

- A varinha é feita de madeira e agrega poderes dos quatro elementos, coisas sobre as quais Sylvanus tem poder.

- Ele é de confiança?

Regina desviou os olhos dos de Snow e encarou Rumple. O Senhor das Trevas mantinha a expressão impassível, mas Regina sabia que algo se passava dentro dele. Houve um tempo em que os três, Senhor das Trevas, Rainha Má e o Herdeiro da Floresta eram inseparáveis, compartilhando uma estranha amizade, onde, da forma mais torta que poderia, eram a família um do outro. Antes de se perderem, antes que vingança, ódio e rejeição os separasse. Há décadas eles não se encontravam, os três juntos, e o receio dos sentimentos que poderiam ser despertados nos dois homens fez Regina vacilar com o chocalho em mãos, mas novamente cenas de tortura que envolviam Emma invadiram sua cabeça e sem esperar mais um segundo sequer, ela o tocou.

O som do chocalho ecoou pela floresta, sendo levado pelo vento a todos os cantos e trazido de volta. Levou segundos para que uma fumaça cinza surgisse pequena diante deles, e crescendo lentamente, com grande esforço. Os quatro afastaram-se dando espaço para o homem que se formava diante de seus olhos. Quando a fumaça se dissipou, o feiticeiro passou os dedos pelos fios loiros, alinhando-os, alisou rugas invisíveis em suas vestes e encarou Regina com uma pequena curva em seus lábios.

- Pensei que demoraria mais para me chamar, majestade.

- Eu preciso de você.

- Suspeito que sim. – Sylvanus saltou os olhos de Regina para Rumple. Tal qual como aconteceu na primeira vez que reencontrou a rainha em Storybrooke, encararam-se em silêncio, tomando um momento para o reconhecimento, em um diálogo sem palavras, mas significativo. O homem voltou sua atenção para Regina e estendeu uma mão, tocando sua bochecha. – Uma lágrima passou por aqui. – Desceu a mão pelo rosto até o ombro e o apertou. – Como posso ser útil, majestade?

- Preciso que encontre uma coisa para mim.

Após o relato de Regina, os quatro observaram Sylvanus afastar-se e se abaixar tocando a terra com a ponta dos. A terra estremeceu e a força do vento cresceu contra eles. Viram o feiticeiro sumir em seu redemoinho de fumaça cinza e tudo se estabilizar. Ficaram estáticos, olhos atentos, em silêncio. Um, dois, três minutos se passaram e nada, o homem não reapareceu. Com um grunhido raivoso, Regina formou uma grande bola de fogo em sua mão e a lançou na direção de uma das árvores.

- Controle-se, eu encontrei.

A rainha sentiu o hálito em sua nuca e girou sobre os pés assustada, com outra bola de fogo em suas mãos.

- Céus! – Regina bateu uma mão contra a outra apagando o fogo e agarrou os ombros do homem. – Você encontrou Emma?

- Não. Eu encontrei a varinha. Se a garota está junto eu não sei dizer. – Sylvanus contornou o corpo de Regina até parar ao lado oposto, de frente para o trio que apenas observava a interação. – Você tem uma equipe curiosa, majestade. Uma ladra, um pastor e um covarde.

- Cuidado. Vocês podem ter reatado, mas eu não pouparia a sua vida por isso. – Rumple cuspiu as palavras na direção do ex-amigo.

- Você nunca foi forte o suficiente para lutar contra mim, Rumpelstiltskin.

- Podemos nos concentrar em Emma? Onde está a varinha?

Snow colocou-se entre Rumple e o feiticeiro, encarando os olhos azulados. Ela sentia uma energia diferente vinda daquele homem, qualquer um poderia, mas o olhar de tal maneira, tão próximo, era muito além do esperado. Os olhos, perfeitos em um primeiro momento, eram foscos; embora azuis, eram sombrios, como portais que levavam para mundos temerários. A princesa sentiu um arrepio subir por sua espinha e seus olhos encheram-se d’água à medida em que mergulhava nos orbes vazios do homem que a ignorava.

- Não fale com ele. Eu falo. – Regina, gentilmente, empurrou Snow na direção de David, que amparou a esposa secando as lágrimas que lhe escorreram. Voltando sua atenção para Sylvanus, a rainha inspirou antes de perguntar. – Pode me dizer onde ela está?

- Posso te levar até lá. – O feiticeiro ofereceu a mão para Regina, que a aceitou imediatamente. – Ele vem?

- Sim. – Regina estendeu a mão para Rumple, chamando-o. Relutante, o Senhor das Trevas se uniu a eles. – David, leve-a para casa e cuide de Henry. Eu vou fazer de tudo para encontrar a sua filha.

Regina teve a sensação de que o príncipe estava pronto para rebater, mas já era tarde demais. O mesmo redemoinho cinza a envolveu e, junto dos outros dois, desapareceu dali. Viajar com Sylvanus era mais desgastante do que só ou com qualquer outra pessoa com quem já tenha feito isso. O feiticeiro tinha muitos acessos, muitos portais; ser sua passageira era como entrar em um labirinto que sugava sua energia. A rainha sentiu-se tonta, como se o mundo girasse rápido demais em sentido anti-horário, seu estômago revirou e quando, finalmente, chegaram ao destino, o pouco de alimento que havia consumido no dia anterior caiu junto à bílis sobre suas botas.

- É um longo tempo desde que fizemos isso pela última vez. – Regina apoiou-se nos joelhos e encarou o homem perfeitamente alinhado à sua frente, sem um único fio de cabelo fora do lugar. Por outro lado, Rumple não estava em situação tão melhor que a dela, apoiando-se em um galho frágil de árvore. – Então, a varinha está aqui?

- Bem debaixo dos nossos pés.

- Como é? – Rumple tossiu para recuperar a voz que saiu engasgada e ofereceu a mão para Regina se reerguer.

- Abaixo de nós?

- Permita-me, majestade.

Sylvanus passou um braço pelas costas de Regina agarrando sua cintura com força e, com o braço livre, o ergueu até acima da própria cabeça antes de descê-lo com velocidade e força, fazendo o chão tremer e se abrir sob os seus pés. Enquanto Sylvanus descia com Regina sob um montante de terra que levitava, Rumple despencou gemendo a dor da pancada quando seu corpo atingiu o chão.

- Seria gentil avisar. – O Senhor das Trevas se viu sendo ignorado e arrastou-se até a parede, apoiando-se para levantar. – Então existem cavernas em Storybrooke?!

- Provavelmente é uma das câmaras ligadas ao cativeiro de Maleficent, mas eu pensei que a entrada estivesse interceptada.

Regina soltou-se de Sylvanus e passou as pontas dos dedos pela parede, sentindo a energia que irradiava. Definitivamente haviam criaturas mágicas ali. Com sorte, uma delas seria Emma. 


Notas Finais


Aiaiai... Será que o trio vai conseguir salvar Emma???
Espero que tenham gostado do capítulo e estejam tão ansiosos para o próximo como eu.

Teremos apenas mais dois capítulos de fic :(

Beijooos!!!


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