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História I wish - Demônio entediado.


Escrita por: GHyun

Notas do Autor


Bem, pediram para eu adiantar capítulo e aproveitei meu bom humor do momento pra atualizar e deixar um aviso.

Well, tenho apenas mais um capítulo pronto porque não deu tempo de escrever mais antes das aulas voltarem.
Para quem não sabe, entrei na faculdade esse ano e, nesse semestre, os professores já chegaram com tudo. Então, o que estou pensando em fazer: irei atualizar novamente mês que vem, CASO eu acabar conseguindo escrever mais, eu vou postando; se não, só mais pra frente mesmo que irei atualizar depois do capítulo 4.
Se acontecer de eu postar one-shots como foi no semestre passado, é por causa de alguma inspiração louca do momento ou adaptação de algum texto que fiz nas aulas, como foi com “Tempo” e “Campo da liberdade”.
Podem ficar tranquilos que, se eu sumir, irei voltar nas férias (ou até antes), e não irei deletar a fic.
Quanto a responder os comentários, irei fazê-lo sempre que der, normalmente, então, se eu demorar alguns dias, me desculpem, mas tentarei ser o mais breve possível.
Agradeço aos favoritos e comentários que a história vem recebendo. <3

Bom, vamos parar de enrolar, né?
Espero que gostem do capítulo, desculpem qualquer erro que tenha passado despercebido, e boa leitura! <3

Capítulo 3 - Demônio entediado.


Fanfic / Fanfiction I wish - Demônio entediado.

Por mais que Kai tentasse se contentar com os prazeres do mundo humano, sabia que ainda precisava de prazeres sexuais para se satisfazer, mas havia descoberto que não seria tão fácil conseguir alguma coisa dentro do raio de um quilometro. Havia pedido, implorado, para Sehun satisfazer esse prazer, mas o humano se recusava completamente.

Kai já havia percebido que Sehun gostava de Lu Han, então, seguindo essa lógica, ele não deveria gostar de homens? Para o demônio estava mais do que claro que Sehun gostava de homens, então, qual era o problema? Não era bonito o bastante? Se Sehun respondesse que Kai era feio, seria uma grande afronta ao demônio; mas o rapaz se recusava a responder, preferia até mesmo ignorar.

Outra coisa que Kai já havia percebido nesse curto tempo que estava morando naquela casa, era que os humanos eram mais apegados a tecnologia do que com o próximo. Não que Sehun deixasse de dar atenção ao filho, era responsável com suas necessidades e protetor, mas, aos olhos do demônio, poderia ter bem mais interação entre eles. Sempre que Sehun terminava de dar atenção a Nam-gi, já estava com o celular em mãos; e a criança ia assistir seus desenhos na televisão ou no notebook.

Sendo o Príncipe da Luxúria, entendia que usufruir da tecnologia era um prazer humano, mas, deixar de dar atenção para um familiar para dar atenção ao aparelho, deixava de ser prazer, já era um vicio; e ele não demorou em perceber que isso era o mal daquele século.

— Já sei! — Kai disse, confiante, sentado no sofá enquanto assistia um episódio de Hora de Aventura com Nam-gi e Sehun, coisa que já não aguentava mais fazer nos últimos cinco dias.

— O que você sabe? — Sehun perguntou, sem interesse.

— Lembra que falei que um dos meus irmãos está nessa dimensão?

— Sim.

— Então, estive pensando que talvez ele saiba como posso ir embora! Eu só preciso saber onde ele está e perguntar.

— Parece um bom plano.

— Não é?

Sehun não queria acabar com a animação do demônio, mas não encontrou outra maneira de dizer.

— Seria bom se o seu irmão estivesse por perto, caso contrário, você não vai muito longe.

Kai fez uma cara de quem havia entendido o raciocínio e percebeu que seu plano, não tão bom assim, não daria certo.

— Estraga prazeres!

— Só sou realista.

— Não é, não!

— Então vai lá, senhor todo poderoso!

Kai se enfezou e desapareceu, não demorando mais que um minuto para ser atraído para aquela casa, causando uma gargalhando em Sehun. Tentou ir atrás do irmão mais algumas vezes até se cansar de ser puxado de volta.

— Cala a boca! — Kai mandou ao ver que Sehun faria algum comentário.

Enquanto jantavam, Sehun percebeu que o filho parecia pensativo e questionou se havia algo de errado, mas a criança disse que estava apenas pensando sobre a situação de Kai.

— Eu estava pensando... Nos desenhos, os personagens ficam ligados por alguma coisa e, no caso do Kai, ele não estaria ligado a algo?

— Sim, baby, ele está ligado a essa casa.

— Mas, papai, e se não for a casa?

Sehun e Kai se encaram por um momento.

— O que você quer dizer? — Kai perguntou à criança.

— Bem... Tem uma lenda chinesa que diz que um fio vermelho liga duas almas destinadas, então... vocês dois não estariam destinados?

Sehun afogou com o suco que bebia enquanto o filho falava e começou a tossir; já Kai, se segurou ao máximo para não rir, mas não conseguiu e começou a gargalhar. Gargalhou até começar a rir de nervosismo ao olhar para Sehun e ter certos pensamentos. O humano não era feio e Kai não era de ter um tipo. Oh era atencioso quando não estava mexendo no celular e parecia não ter medo do fato dele ser um demônio, o que lhe fazia questionar, por que Sehun não tinha medo? Realmente deveria perguntar ao humano em outro momento.

— Nam-gi! De onde tirou isso? Como conhece essa lenda?

— Tem no desenho InuYasha, papai.

— Nam-gi, nós não estamos destinados, ok? Você nem deve saber o que isso significa.

— Significa que duas pessoas se amam, não é?

— Realmente preciso limitar os seus desenhos.

— Eu não tenho culpa se sou inteligente!

A criança bateu as mãos na mesa e se retirou.

— Nam-gi! Nam-gi, volte aqui! Argh!

Kai deu um risinho, chamando a atenção de Sehun.

— Eu me pergunto para quem ele puxou. Ele se parece mais com você ou com a mãe?

Sehun fez cara de descrente e se retirou, mas antes informou que lavar a louça seria tarefa do demônio. Kai bufou e encarou a comida largada no prato do humano, e não pensou duas vezes em comê-la.

— Se Gula estivesse aqui, ficaria bravo com você, Sehun. — comentou sozinho, já que ninguém estava ali para lhe fazer companhia.

Kai aproveitou que os humanos estavam em seus quartos para vasculhar a casa a procura de alguma informação sobre a mãe de Nam-gi, mas, por mais que procurasse, não encontrou nem mesmo uma foto. Ao perceber que já estava tarde, concluiu que os humanos já estavam dormindo e foi para o sofá, onde dormia até ser acordado por Nam-gi ligando a televisão para assistir um desenho enquanto tomava o café da manhã antes de ir para a creche.

 

No dia seguinte, Kai tentou convencer Sehun a tentar a ideia que Nam-gi tinha dado na noite anterior, mas ele se recusou e saiu para levar a criança para a creche.

Enquanto esperava o humano voltar, Kai deitou-se no sofá para assistir televisão e acabou adormecendo. Depois de quase uma hora, acordou sentindo o desconforto no peito e, antes que pudesse entender o que estava errado, se viu deitado no chão de um supermercado. Ao olhar ao redor, viu Sehun o olhando, assustado, e logo entendeu que não estava ligado a casa e, sim, à Sehun.

— Podemos, por favor, ir procurar o meu irmão? — perguntou enquanto se levantava e percebeu que o humano ainda tentava entender o que ele estava fazendo ali. — O seu filho estava certo, estou ligado a você. Acho que alguém precisa pedir desculpas ao Nam-gi.

Sehun não falou nada, ainda estava tentando processar essa nova informação, e preferiu continuar a fazer as compras enquanto pensava. Kai, apesar de não ser um dos irmãos que tem a dádiva da paciência, estava descobrindo seu lado paciente. Enquanto esperava o humano terminar seus afazeres naquele lugar, ficou andando pelos corredores para ver os itens e viu o momento em que Sehun lia uma mensagem no celular e não parecia feliz. Kai estranhou, já que o humano sempre sorria ao ler as mensagens que recebia.

— Alguma coisa de errado? — perguntou ao se aproximar por trás de Sehun, o assustando.

— Não. — guardou o celular no bolso da calça. — Vamos embora.

— Posso levar isso? — mostrou uma barra de chocolate.

— Pode. Pega outra pra mim, por favor.

Enquanto Sehun levava a cesta com a compra, Kai foi pegar outra barra de chocolate e logo o alcançou. Percebeu que o humano estava escolhendo em qual caixa passar e, ao escolher um que seria atendido por uma mulher, adiantou o passo, mas parou quando outro cliente entrou na frente. Vendo que teria de ir ao caixa que estava evitando, suspirou e abaixou a cabeça ao se aproximar.

Kai não viu nada que pudesse fazer Sehun agir daquela maneira, tão coagido, e estranhou. Sehun pagou a compra sem pronunciar uma única palavra e, apressado, pegou as sacolas e saiu, deixando o demônio para trás. Ao perceber que estava sendo encarado pelo atendente, Kai se apressou em seguir Sehun.

— Tem certeza que não tem nada de errado?

— Tenho. — respondeu firme, apesar de seus olhos desmentirem com lágrimas.

— Se tiver alguma...

— Já falei que não tem nada de errado! — Sehun bravejou. — E não tem nada que você possa fazer! Vai pro inferno! Me deixe em paz!

Kai ficou surpreso com a atitude de Sehun e o observou se distanciar.

Ao chegarem em casa, Sehun largou a compra na mesa e se trancou no quarto pelas horas seguintes. Kai estranhou a atitude e tentou lembrar se algo tinha acontecido, mas não se lembrava de nada estranho, exceto a mensagem que Sehun havia recebido, mas não podia simplesmente pegar o celular do rapaz para verificar, além de que nem sabia como mexer nele.

Sehun só saiu do quarto perto do horário do almoço. Avisou a Kai que Lu Han levaria Nam-gi para casa dele depois da creche e mandou que se virasse com a comida antes de sair para trabalhar. Kai questionou se ele não iria comer, mas fora ignorado. Antes de ir arrumar o almoço para si, o demônio procurou o celular do humano, queria tentar descobrir o que havia acontecido, mas não o encontrou.

Kai esperava ser atraído para onde Sehun estava, mas, como dentro de uma hora nada aconteceu, deduziu que o trabalho do humano ficava por perto e, entediado por ficar sozinho na casa, foi procurá-lo. Como simplesmente não podia sair voando porque corria o grande risco de alguém vê-lo, teve de andar até encontrar Sehun, o que levou um bom tempo.

Encontrou o humano trabalhando em uma cafeteria com algumas mesinhas para o lado de fora e ficou observando-o de longe servir os clientes. Ao perceber que havia sido notado, aproximou-se aos poucos até ter sua total atenção.

— O que está fazendo aqui? — Sehun perguntou. — Nem estou tão longe de casa!

— Eu estava entediado e vim ver onde você estava.

— Agora que sabe, já pode voltar pra casa! Estou trabalhando!

Kai esperou que o rapaz atendesse um cliente em uma mesa para continuar a conversa.

— Olhe, sei que você não gosta de mim, tudo bem, eu entendo, mas... então, por que você não aceita em ir procurar o meu irmão comigo? Talvez ele possa ajudar e, se tudo der certo, você estará livre de mim e eu de você!

Sehun parou de andar no meio do caminho até o balcão e o encarou.

— Você não vai me dar sossego até eu ir, não é? — voltou a andar e entregou o pedido do cliente ao colega do outro lado do balcão.

— Não.

Sehun bufou e revirou os olhos.

— Você sabe onde ele está?

— Não.

— E como você pretende encontrá-lo se não sabe onde ele está?

— Ah... acho que você pode ajudar.

— Como? Nem sei quem é seu irmão.

— Nos meus momentos de solidão naquela casa — começou a falar enquanto o seguia. —, estive pensando, talvez aquele treco que vocês chamam de computador possa ser útil.

Sehun virou-se de uma vez, fazendo Kai levar um susto com seu jeito bravo.

— E como um computador pode ajudar a encontrar um demônio? — perguntou entredentes e baixo o suficiente para ninguém ouvir além de Kai.

— Ah... Você já ouviu falar de lugares estranhos, geralmente que... sei lá... coisas estranhas acontecem, ou mortes?

— Já.

— Ótimo! — animou-se, chamando a atenção de quem estava por perto, e se arrependeu disso ao ver o olhar de Sehun. — Desculpa. Então, agora que sei que tem um lugar assim, é só irmos lá encontrar meu irmão.

— Que? Não estou entendendo o seu raciocínio. Não sei se você sabe, mas eu não sou um demônio!

— Olha, geralmente nesses lugares têm presença de demônio. Não estou dizendo que é uma regra, mas a chance é grande. Então, só precisamos ir para esse lugar e encontraremos meu irmão!

— Você é retardado, não é?

— Hã? Não. Por quê?

Sehun respirou fundo e olhou em volta para ver se não tinha nenhum cliente novo.

— Esse lugar que você quer... existe vários dele! Com licença.

Sehun se distanciou para ir atender um cliente. Kai ficou parado no mesmo lugar, desanimado em saber que havia vários lugares do qual teria de procurar.

O demônio preferiu esperar que o trabalho do humano terminasse e voltassem para casa para continuarem a conversa. Sehun citou alguns lugares que se lembrava de ser estranho, mas como não sabia os detalhes, procurou na internet os lugares mais estranhos e macabros e não demorou mais de uma hora para encontrarem um bom lugar para começarem a procurar.

— Japão? — Sehun perguntou, confuso.

Estavam sentados à mesa, um ao lado do outro, e Kai estava com o braço apoiado no encosto da cadeira do humano.

— Sim! Tenho certeza de que ele está lá! Essa floresta é perfeita pra ele!

— Mas... essa floresta...

— O que foi? — o olhou sugestivo. — Está com medo?

— Não!

— Eu te protejo! — deu um sorrisinho.

— Cala a boca! Por que o seu irmão estaria num lugar desses?

— Porque ele gosta de sossego e esse lugar é perfeito!

— Estou começando a achar sua família estranha.

— Fique à vontade. — levantou-se e olhou para a tela do notebook. — Está decidido! Iremos para o Japão no final de semana!

Sehun respirou fundo, abaixou a tela do notebook e apoiou o queixo na mão ao olhar para o demônio.

— Por que estou sentindo que irei me meter em confusão?



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