História I wish I hadn't met you, appa - Date?

- Chloe? Acorda, nós vamos almoçar fora. Quer ir com a gente?

- Hmm?

- Nós vamos almoçar fora, quer ir junto?

- Não acredito que você me acordou Jin.

- Desculpa... Eu só não queria deixar você sozinha em casa.

- Já que me acordou vamos né, tomar no cu. - Ele respira fundo, como se estivesse tentando não ligar para o palavrão. Será que eu devo ser mais respeitosa com eles?

- Saímos daqui a meia hora. - Ele levanta da cama, sorri para mim e sai.

- Ai não. Era só o que me faltava.

Levanto da cama e vou a caminho do banheiro quando meu celular toca.

- Minha cabeça vai explodir, aish. Eu nem estou de ressaca! - Pego o celular, são 11:40.

~ Ligação on~

- O que?

- Bom dia flor do dia.

- Não acredito, Max. Me ligou pra que?

- Quanto amor pra dar! Quer almoçar em algum lugar e depois sair?

- Claro, passo aí na sua casa daqui a 40 minutos pra te buscar.

- OK.

~ Ligação off ~

(N/A então galera, pensem essa parte como aquelas partes de super escolha do jogo Life is strange, como quando ela escolhe sair do guarda roupa pra confrontar com o padrasto da Chloe ou ficar escondida ckabcknakfka.

• Ir almoçar com a Max

• Ir almoçar com os meninos

Mas como tenho medo de flopar eu vou simplesmente escolher por mim mesma, obrigada de nada.)

Preciso avisar a eles que não vou mais.

Abro a porta e vejo alguém descendo as escadas, Taehyung.

- Taetae. - VOU ZOAR ELE, SIM OU CLARO? Ele se vira devagar com muita vergonha - Pode avisar para os meninos que ouve uma mudança de planos e que eu não vou mais. Vocês podem sair. - Dei uma piscadinha. Deixo ele para trás, com os olhos arregalados e entro no quarto.

Por que eu fiz isso? Eu devo ter algum grau forte de bipolaridade ou simplesmente o sono me torna outra pessoa. Eu praticamente me joguei pra cima do Taehyung mesmo ele sendo o que eu mais odeio depois do Namjoon.

Aish, eu tenho demência.

{...}

Banho tomado.

Sinto falta da minha raiz roxa/marrom que aquela mulher cagou.

Coloco as minhas velhas roupas. Calça jeans, camisa de caveira, camisa xadrez e coturno. Estava com saudade dessa roupa, fico com aquele uniforme quase o tempo inteiro. Batem na porta.

- Não vai mesmo com a gente? - Hoseok grita do lado de fora. - Posso entrar.

- Pode. - Ele coloca a cabeça pra dentro e observa a minha bagunça. - Não vou, podem sair a vontade.

- Aonde vai?

- Vou sair.

- Com quem? - Ele sorri desconfiado.

- Não te interessa! Pode ir agora, eu já estou saindo.

- Tô de olho, hein. - Ele sai rindo. Eu pego meu celular e coloco a touca.

Saio e eles ainda estão brincando na frente da porta. Meu Deus, cadê a maturidade dessas antas acéfalas?

- Tchau Chloe. - Eles acenam enquanto passo pela porta.

- Tchau. - Ignoro o carro parado em frente a casa e simplesmente sigo meu caminho para a casa dela.

Vou para a casa de Maxine calmamente. É estranho o quanto eles não se importam comigo a ponto de nem perguntar aonde eu vou. Gosto disso, ter essa liberdade sem ter que fugir é bom e eles nunca viveram com alguém como... eu. Uma menor de idade(ressaltando o "a"). Mas eu gostaria de um pouco mais de preocupação, não vou negar.

No final, eu acho que mereço.

Chego na esquina e ela ainda não está lá.

Vou para frente da casa dela ou fico aqui?

Chego na frente da porta e aperto a campainha.

- Oi Chloe. - Ai graças a GDragon que ela atendeu, não queria ter que conversar com um dos familiares dela.

- Vamos? - Digo colocando as mãos nos bolsos na calça.

- Aham. - E então ela tranca a porta e nós começamos a caminhar.

- Aonde vamos?

- Na lanchonete onde minha mãe trabalha. - (N/A Vou inverter os papéis e fazer a mãe da Chloe no jogo ser a mãe da Max aqui, ok?)

- Sua mãe trabalha numa lanchonete?

- Aham, chamada Two Whales.

- Você quer que eu conheça a sua mãe? - Digo coçando a nuca.

- Qual é o problema? - Ela me encara.

- N-nenhum. - Gaguejei, merda.

- Não acredito que você está nervosa. - Ela coloca as mãos nos meus ombros e me chacoalha.

- Eu não estou nervosa, ta me estranhando? - Tiro as mãos dela de mim.

- Ah tá, vou fingir que acredito.

- Ei! - Dou um soquinho no braço dela. Ela da uma gargalhada.

- Espero que ele não esteja lá. - Ela sussurra mas eu consigo ouvir.

- Quem?

- O que? - Ela evita olhar nos meus olhos e se faz de desentendida.

- Quem você não quer esteja lá?

- O meu melhor amigo... - Ela fala meio sem jeito

- Seu... Melhor amigo? - Epa epa epa.

- É, o Warren. Ele não é da Coreia. - Não estou com ciúmes, não estou com ciúmes não estou com ciúmes... Não gostei desse Warren.

- E por que você não quer que ele esteja lá?

- É... Chegamos! - Quando percebo já estamos na frente do estabelecimento. Ela pega minha mão e eu fico tensa, ela me puxa para dentro e sentamos numa mesa próxima da janela. - Gostou?

- É bem legal. - Digo olhando em volta. Não é muito elaborada, na realidade é bem parecida com as lanchonetes antigas dos EUA. Realmente parece não pertencer a parte classe alta da cidade. Gosto disso. Olho novamente para frente e ela me está me observando e sorrindo. Borboletas criaram vida na minha barriga e minhas orelhas ficaram quentes mas eu ainda assim sorrio de volta. Ela percebe o que estava fazendo e desvia o olhar, corando.

- Max? O que está fazendo aqui? - A mãe dela se aproxima com um bloquinho para anotar pedidos, um vestido azul claro e um avental branco. Os cabelos pretos e com uns fios brancos estão presos com um lápis. E ela aparenta ter 45 anos, mais ou menos.

- Eu trouxe a minha amiga pra almoçar aqui. - Ela diz apontando pra mim.

- Prazer senhora Choi (N/A o mais parecido com Caulfield que eu achei.)

- Pode me chamar de Joohyun (N/A mais parecido com Joyce que eu achei/2). - Muito prazer...

- Chloe. Kim Chloe.

- Você não é daqui querida?

- N-não, na verdade fui criada nos Estados Unidos, por isso tenho o nome de lá. - Ela assente e sorri para mim, calorosa. Ela não estranhou meu jeito, mas Maxine com certeza percebeu que eu fiquei tensa e educada de uma hora para a outra só pelo jeito que ela me olha.

- Não sabia que tinha feito amigas novas na escola Maxine. - Max fica com as orelhas vermelhas e quase gagueja na hora de responder.

- É... Eu esqueci de te contar, desculpa omma.

- O que gostariam de pedir? - Estou realmente surpresa que ela não me julgou de nenhuma maneira.

- Tem hambúrguer hoje?

- Hoje sim, vai querer o de sempre? Com café?

- Por favor, omma.

- E você querida?

- O mesmo. - Ela anota tudo no bloquinho.

- Trago num minuto meninas. - Ela pisca e sai.

- Nem foi tão ruim, viu? - Ela ri e quando olha pra mim ri mais ainda. - Tá tudo bem? Você tá meio pálida.

- Cala a boca. - Eu sorrio para ela.

- Não precisa ficar nervosa. - Ela segura a minha mão que está em cima da mesa. - Ela gostou de você. Sabe eu...

- MadMax!

- Warren? - Ela solta a minha mão e olha para trás, um garoto de cabelos marrons meio cacheados, olhos levemente puxados e camiseta de filme de ficção científica vem em nossa direção.

Ela se levanta e vai abraçar ele. Meu sangue ferve contra a minha vontade.

- Finalmente voltou de viagem! - Ela diz se separando dele. Ele olha pra mim e seu sorriso vacila.

- Fico fora por duas semanas e você já me troca? Que amiga mais falsa.

- É... Essa é a Chloe. Chloe esse é o Warren. - Ela olha para minha expressão e me lança um olhar preocupado. Estou com cara de pitbull?

- E ai! - Não respondo, somente balanço a cabeça, como cumprimentava meus... Amigos, quando morava nos EUA.

- É... Quer se sentar? - NÃAAAAAAO.

- Claro, quero matar a saudade da minha baixinha um pouco. - Ele passa o braço pelo ombro dele e os dois se sentam no banco oposto, são aqueles acentos compridos e sem separação, então eles sentam muito perto, enquanto eu fico do outro lado, sozinha. Filho da puta esse Warren. - Como foram essas semanas na escola sem mim?

- Só não foram mais solitárias porque conheci a Chloe.

- Nossa, sou trocado tão facilmente. Fiquei chateado. - Ele coloca a mão no peito e se finge de ofendido. Por favor não estrague meu dia. Por favor não estrague meu dia... Eu deveria ter ido com os meninos?

- Que nada, eu senti sua falta. - Ela fala abraçando ele de lado. Nojooooo. - A Chloe se mudou pra cá semana passada então eu não queria deixar ela sozinha. - Não me importo de ficar sozinha, pode ficar com seu namoradinho.

- Ela não fala?

- Eu falo sim, só não vi necessidade de falar até agora. - Não vou ser simpática, nem espere.

- Warren? Já voltou querido? - A senhora Choi chega com nossos pedidos e automaticamente cumprimenta Warren.

- Voltei ontem, noona. - Ele da um sorriso simpático me lembrando de Taehyung. Ela deixa meu lanche é o lanche da Max, desarruma o cabelo de Warren e sai.

Eles continuam conversando sobre o filme novo que lançou e sobre a viagem do retardado. Eu já não aguentava mais, só estava bebericando o café. Até que o telefone dele toca e ele simplesmente beija a bochecha da Max e sai sem mais nem menos.

Assim que ela acompanha ele com o olhar até a porta acenando ela vira e me encontra com a maior cara de cu que eu consegui fazer.

- Desculpa. - Ela senta do meu lado e segurameu rosto com as duas mãos - Desculpa, desculpa, desculpa. - Ela se aproxima para me beijar na bochecha.

- Sai. - Bato na mão dela. - Volta lá pro seu lugar, volta.

- Me perdoa? Eu não queria que ele estivesse aqui para não atrapalhar a gente. Desculpa te deixar de lado agora, vou recompensar depois ok? - Ela faz aegyo. POR QUE EU NÃO CONSIGO FICAR BRAVA COM ELA? NÃO É PRA DESFAZER A CARA DE RAIVA CHLOE. AISH.

- Tudo bem, Max.

- Jura?

- Aham, só termina o seu lanche e vamos para outro lugar. - Ela me da um sorriso aliviado e morde seu lanche. Eu não havia mordido o meu até agora então dou uma mordida bem grande.

Termino o meu em poucos minutos e ela não está nem na metade. Enquanto chupo o molho dos meus dedos ela me observa de olhos arregalados.

- O que? - Digo com a boca cheia.

- Ahn... É que eu.... É.... Você come muito rápido. - Mastigo e ela continua me analisando, PARA THE MONIA. QUERO ME JOGAR NUM BURACO NO CHÃO MEU DEUS.

- Desculpa.

- Sua boca... está toda suja. - Ela passa o guardanapo na minha boca, ela se inclina muito, ficando bem próxima do meu rosto a ponto de sentir sua respiração e seu cheiro de baunilha. Ai meu GDragon.

- P-pode terminar de comer.

Ela termina, nos despedimos da mãe dela. Vou pegar minha carteira no bolso para dar o dinheiro mas Joohyun me interrompe.

- Fica por conta da casa querida, está tudo bem.

- Tem certeza senhora Joohyun?

- Claro querida, podem ir. Está tudo certo.

- Obrigada. - Me inclino levemente, como os idiotas fazem com Sejin e Max da um beijinho no rosto da mãe. Vamos para fora e começamos a andar.

- Quero te mostrar um lugar.

- Ok. - E assim vamos calmamente andando. Em algum momento ela segura minha mão mas isso não me deixa desconfortável como aconteceria com outras pessoas então deixo a mão macia dela sobre a minha enquanto caminhamos para o lugar misterioso dela.

Logo chegamos aos trilhos do trem... Existe essa coisa aqui? Achei que eles não tinham trilhos de trem na Coreia. Pera, eles não são a capital do transporte ou algo assim? São trilhos de carga mas ainda são de transporte, certo?

Nem sei mais também, desisto de entender essa cidade. Aish.

- Esse é o meu lugar favorito, nem o Warren sabe dele na verdade.

- Nossa... É bem legal aqui, não sabia que tinham esse tipo de coisa aqui. Digo, aqui em Seul.

- Pois é, eu gostei bastante quando achei... Na verdade uma antiga amiga minha me mostrou. - Seu olhar fica melancólico. - Mas aí ela sumiu... Nunca mais voltou e nem me mandou noticias. Não deixei de vir aqui e nunca mostrei pra ninguém... Ninguém mais foi confiável o bastante pra mim a esse ponto.

- O que me fez confiável o bastante? - Perguntei olhando para nossas mãos ainda juntas. - E por que o Warren não foi confiável o bastante também?

- Ah, sei lá. Com você foi diferente, diferente até do que com a minha outra amiga. O Warren... é diferente com o Warren, é complicado. - Nos sentamos na beira dos trilhos, uma pra cada lado para podermos nos olhar de frente.

- Tudo bem. - Digo dando um sorriso sem mostrar os dentes fazendo ela ficar corada. Ela cora muito fácil, meu Gdragon.

- Quer ouvir música?

- Pode colocar o que você quiser. - Ela coloca uma música de kpop bem lenta e se deita, fechando os olhos. Pego meu celular e não resisto a tirar uma foto dela, tão serena ouvindo a música.

- Minha vez de te mostrar um lugar. - Digo me levantando. Se passaram algumas horas de diversas musicas de kpop e conversas aleatórias. Mas já que ela me mostrou isso, vou mostrar meu novo lugar favorito para ela também. Ela se levanta mas vira o pé no trilho.

- Aaai. - Ela volta a se sentar no chão com a mão no tornozelo. - Ótimo, agora não consigo andar. Aish. - Pensa Chloe, pensa. Já sei...

- Vem aqui. - Digo pegando ela no colo e colocando em minhas costas, como um coala.

- O que?

- Eu te levo até você melhorar. - Ela coloca os braços timidamente em volta do meu pescoço e ajeito ela em minhas costas, colocando a mão na coxa dela. Calma Chloe, ela está com o pé machucado.

- Obrigada. - Ela sussurra no meu ouvido, apoiando a cabeça no meu ombro. Aaaai que arrepio, minha CL. Não quero mais. Chloe, ELA ESTÁ COM O PÉ MACHUCADO. Respiro fundo.

- De boa.

- Ei, se apoia na parede, já volto. - Coloco ela no chão e entro na lojinha, dou a volta e coloco algumas coisas na roupa, compro um refrigerante com uma moeda e volto. Fiquei tentada a roubar uma latinha de cerveja? Fiquei, mas não vou fazer isso em respeito a ela. - Sobe rápido. Vem vem vem. - Ela se joga nas minhas costas rindo. - Shhhhhhh.

Entramos no bairro em que fica meu prédio e sinto ela ficar tensa.

- Ei, relaxa. Você está comigo, ninguém nem vai prestar atenção em você. - Sussurro perto da sua cabeça que está apoiada em meu ombro. Sinto seu olhar em meu rosto enquanto olho pra frente colocando uma expressão séria no rosto.

Assim passo pelas pessoas que já estou acostumada a ver e ninguém parece se importar que estou carregando ela nas minhas costas. Já consegui tanto respeito assim em tão pouco tempo? E se essas pessoas souberem de quem sou filha... Eles me atacariam?

Viro a esquina e avisto o prédio e logo um mendigo tentando olhar pra dentro. Max não se atreve a se mexer e continua tensa.

- Ei. - Grito e ele se vira assustado. - Tem dono, não tá vendo não? Cai fora!

- D-desculpe.

- Sai. - Falo um pouco mais alto e ele sai dali em passos rápidos. Entro no prédio pelo buraco na porta. - Seu pé está melhor? - Pergunto para Max sem olhar para ela, sei que ela está me olhando.

- Sim, já pode me colocar no chão.

- Com calma. - Ela vai escorregando das minhas costas e consegue ficar de pé, mesmo com uma leve dor no pé, supus pela expressão que ela fez ao apoiar o peso do corpo no tornozelo machucado. As partes do meu corpo que a pele dela encostou estão formigando, principalmente o pescoço onde ela encostou o rosto. Ai meu Jesus. - Tudo bem?

- Que lugar é esse?

- Meu lugar favorito. - Falei entrando na sala dos espelhos e com ela me seguindo. - Você me mostrou o seu, nada mais justo que eu mostrar o meu também.

- Gostei. - Ela olha em volta e se senta nos tatames sujos em que danço. Me sento de frente para ela e tiro os salgadinhos e barras de chocolate dos bolsos e da camiseta. - Você roubou isso?

- O que é a vida sem um pouco de risco? (N/A Saudades Sirius Black :'() - Pisco para ela e ela cora, abrindo um sorriso. - Pra que gastar dinheiro com isso se podemos roubar né? - Ela não desmancha o sorriso, só ri e balança a cabeça negativamente.

- Coloca música você agora.

- Posso colocar música em inglês?

- Claro, não costumo ouvir mas gosto de algumas. - Colocaram crédito no meu celular? Ok então, não vou reclamar. Abro o Spotify e coloco na playlist de música pop de uns anos atrás, tipo de 2015/ 2016. Que são os que valem a pena. Logo começa a ficar Closer, mas eu ouvi tanto essa música que mudo. Então começa a tocar Castle on the hill do Ed Sheeran. Perfeito.

- Não é exatamente novo, já fazem alguns anos que essas músicas lançaram. Mas pelo seu gosto no kpop, você vai gostar dessas.

- Ok. - Ela fala olhando para as comidas que deixei entre nós.

- O que foi? Pode pegar a comida, não é só porque eu roubei que você não pode pegar. - Pego um saquinho de um salgadinho bom que provei nessa semana e abro, pegando um e colocando na boca dela. - Viu, o mesmo gosto.

- Você não tem medo que entrem aqui e façam alguma coisa?

- Esse lugar é meu, ninguém vai entrar.

- Como você tem tanta certeza?

- Em lugares como esses, não importa o país, as pessoas respeitam marcas de posse. Eu "marquei" esse prédio com a minha marca de posse, então eles sabem que é de alguém e não entrar pois não querem arrumar encrenca. Quando você vê pancadaria por aí normalmente é esse o motivo. Eu sei me defender e defender meu espaço.

- Isso é legal. - Ela olha em volta, para os espelhos. - O que exatamente você faz aqui? - Ela legal uma barra de chocolate e da uma mordida, me olhando.

- É... Qual é a graça de revelar todos os segredos agora? Você saberá mais pra frente.

- Não acredito que vai me deixar curiosa. - Ela fala se levantando e vindo em minha direção.

- Eu vou sim. - Falo rindo e ela pula em mim, me fazendo deitar com ela em cima. Ela estapeia fracamente o meu braço enquanto rimos. - Nossa que dor hein. - Dou um sorriso. E ela para e fica encarando meu rosto. Levanto a cabeça e dou um beijo no nariz dela, sentindo seu cheiro de baunilha. Por que exatamente fiz isso? Eu devo ter um caso sério de demência porque não é possível. Suas bochechas ficam eu rubras e ela sai de cima de mim. Fico rindo da sua vergonha enquanto ela volta para seu lugar, colocando uma quantidade grande de salgadinho na boca. Suas bochechas vermelhas e agora gordinhas por causa do salgadinho são incrivelmente fofas, meu GDragon me ajuda.

- Ainda não te perdoei por me deixar curiosa. - Ela bebe um gole do refrigerante.

- Desculpa, vou te contar na próxima.

- Eu pago o sorvete. - Ela me puxa sorveteria adentro.

- Tudo bem. - Paramos na frente do caixa e ela solta a minha mão.

Ela compra um sorvete de baunilha para ela e um de chocolate para mim.

- Eu amo baunilha, meu Deus. - Ela fala dando uma.... Lambida no sorvete. Calma Chloe, respira fundo. Dou risada da sua cara e continuamos o caminho em direção a casa dela mas passando por dentro de um parque que tinha no caminho. Tomamos sorvete em silêncio, aproveitando as árvores e acima de tudo as nossas mãos unidas e nossos dedos entrelaçados.

Chegamos na rua da casa dela e já acabamos ambos os sorvetes(eu obviamente terminei o meu bem antes). Levo ela até a porta e ele se vira pra mim.

- Tá sujo. - Ela leva a mão até meu lábio inferior e tira o chocolate com o dedo. PARA DE FICAR TÃO PRÓXIMA, SE VOCÊ FICAR MAIS UM SEGUNDO COM ESSE CHEIRO DE BAUNILHA PERTO DE MIM EU NÃO ME RESPONSABILIZO PELOS MEUS ATOS. Ela ri e eu percebo que meu rosto está quente, merda eu estou corada.

Ela passa os braços pela minha cintura e esconde a cabeça na curva do meu pescoço. Um abraço? Há quanto tempo não recebo um abraço assim? Passo os braços pelos ombros dela e ficamos assim um tempo.

- Até amanhã?

- Sim, nos vemos na escola. - Ela sai do abraço e me lança um sorriso sem mostrar os dentes, retribuo o sorriso e quando está prestes a fechar a porta ela volta.

- Isso foi um encontro? - Ela pergunta, colocando o rosto bem próximo de novo.

- Só se você quiser. - Digo e ela sorri, fechando a porta definitivamente.

Vou andando pela rua meio flutuando. São quase 19PM. Nem percebo o sorriso abobalhado que está no meu rosto. EU NÃO ESTOU APAIXONADA, CARALHO.

Desmancho o sorriso assim que vejo que os carros estão na garagem, eles estão aqui. Não estraguem o resto do meu dia, pelo amor de Hyuna.

Entro em casa e eles estão por aí... Gravando coisas, conversando, assistindo TV, gritando e pulando por aí. Até que todos percebem minha presença e param.

- Você tá feliz. - Taehyung diz me encarando.

- O que? - Estou confusa, como assim?

- Com quem você ficou a tarde toda pra chegar assim tão felizinha?

- Com ninguém, por que vocês acham que eu estou feliz?

- A gente sabe que você está.

- Vão tomar no cu também. - Digo não evitando rir da cara de todos. Até Namjoon está me olhando com uma cara de cu misturado com curiosidade. - Vocês tem demência. - Vou para meu quarto e tiros os sapatos, ficando somente de meia. Coloco uma calça de moletom e uma camiseta cinza lisa. Volto lá para baixo e me jogo na poltrona.

- TO COM FOME. - Para de gritar the MONIO, vulgo Taehyung.

- Hobi, me ajuda a fazer o jantar? - Jin fala se levantando do sofá, onde estava sentado junto com Namjoon. Me pergunto seriamente se Namjoon é hetero mesmo ou se é só o Jin que é apaixonado por ele sem o mesmo perceber

- Claro. - Hoseok leva a câmera que estava gravando a lutinha Vkook e vai para a cozinha com Jin. Logo, Yoongi, Taehyung, Jungkook e Jimin vem na minha direção e se empilham comigo no sofazinho, como meninas fofocando sobre o garoto novo garoto popular na escola.

- O que exatamente vocês estão fazendo?

- Esperando você contar pra gente o que você fez hoje. - Taehyung, eu ainda vou dar um soco nesse seu rostinho.

- Eu saí com uma pessoa.

- Pessoa é? - Jungkook, você ainda vai se foder na minha mão.

- Sim, a minha amiga.

- Hmmmmmmmm. - Eles fazem um coro, todos me olhando com cara de tipo "ah tá, nós sabemos o que você foi fazer"

- Que foi? Vocês tem demência? - Digo sorrindo.

- Uma amiga ou um "amigo"? - Jimin faz aspas com seus dedos gordinhos. Sinto o olhar de Namjoon, do outro sofá sobre nós

- Ixi filho, tá me estranhando? Não sou esse tipo de pessoa não. - Mal vocês sabem... - Eu só estava me enturmando já que me mudei semana passada. - Dou ênfase no "semana passada". - E além do mais, e se fosse um "amigo"? Vocês não tem nada a ver com a minha vida amorosa.

- Iiiiiiih mandou a hipótese. - Yoongi gosta de colocar lenha na fogueira né?

- Se entregou, hein. - Como Jimin consegue fechar a cara fofa e colocar uma cara de safado no rosto em segundos? Caralho.

- Vão se fod...

- O jantar está pronto meninos e Chloe. - Jin chega e coloca o jantar na mesa junto com Hope. - Como é nosso primeiro final de semana juntos, fiz coisas bem tradicionais pra Chloe experimentar.

- Tá... - Me sentei no mesmo lugar que estava na sexta quando comemos pizza. Vejo três... Pratos de comida em cima da mesa, cheios de molhos e aparentemente muito bons. Olho pra Jin, que entende minha pergunta silenciosa. Hoseok continua com a câmera na mão gravando o lado da mesa que eu estou.

- Aquele primeiro é Bulgogi* o segundo é bibimbap** e o último é Lámen***. - Esse último parece muito uma coisa que eu comia lá no Brasil. Como que era o nome?

- Parece miojo.

- O que parece o que?

- Esse último, Lámen. Parece uma coisa que eu comia muito lá no Brasil e eles popularmente chamam de miojo, ou macarrão instantâneo. - Morei no Brasil com 8 anos. Só por um ano mas foi suficiente.

- Mio... - Hoseok tenta pronunciar mas não dá muito certo.

- Mi-o-jo.

- Ah, então você provavelmente vai gostar de lámen.

- Ela não precisa gostar, ela só precisa comer. - Namjoon se pronuncia pela primeira vez desde de manhã. Recebo olhares tristes mas somente reviro os olhos. Pego primeiro o "lámen" que é cheio de condimentos e outras coisas.

- Eu preciso usar palitinho.

- Hashi e sim você precisa aprender a usar.

- Aish, eu sei usar hashi, eu só não quero.

- Usa logo, pare de reclamar. - Namjoon se serve primeiro enquanto é observado pelos garotos, surpresos com a sua brutalidade repentina. Foda-se sua brutalidade querido Namjoon.

- Por qual eu devo começar?

- O bibimbap do Hoseok é bom. - Yoongi elogiando? Tudo bom contigo?

- Okay, let's go. - Digo em inglês. Saudades de falar inglês... Pego com os hashis o bibimseilaoque e coloco na boca. - Caralho isso é muito bom. - Digo de boca cheia e quase me engasgo, causando risadas, quer dizer, gargalhadas já que JIMIN ESTÁ QUASE JOGADO NO CHÃO. - Meu Deus eu quero mais. - Digo de olhos arregalados assim que eu engulo.

- Calma aí, você precisa provar os outros. - Jin diz, rindo.

Vou para o quarto bem tarde quando todos cansam e alguns dormem nos sofás e outros sobem para os quartos. Namjoon sai da casa quando Yoongi me da um mata leão e eu jogo ele no sofá. Ele está com ciúmes?

Por que sinto que esse será o último dia feliz que terei em algum tempo?