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História I Wish You a Happy Death - Capítulo único


Escrita por: aceKnightZero

Notas do Autor


Oi! Essa é a minha primeira one-shot! Eu me esforcei bastante então espero que gostem! A fic não é totalmente igual a música em que tive idéia, a diferença é a perspectiva e um pouco a história, (Só revisei a música quando estava quase acabando a fic :v) espero realmente muito que gostem, aceito críticas tanto positivas e negativas para melhorar minhas histórias, mas por agora...
Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo único


Kaito

Eu não suporto mais isso, essa difícil vida após o apocalipse, não suporto ficar dias sem comer, mas por ela, passaria meses por fome. Sim, ela, Miku foi a única sobrevivente além de mim deste fim do mundo que eu tenho conhecimento, minha amada namorada Miku, a amo demais e por sorte de Deus ela continuou viva junto comigo, não sei o que faria se estivesse sobrevivendo sem ela.

Mesmo que conseguimos nos manter por meses, somos apenas dois adolescentes bobos que nem sabem o que significa a vida ainda, não comemos nada além das poucas coisas comestíveis que encontramos por aí, sempre dormindo nos poucos prédios que ainda se mantiam em pé pois, a maioria das casas, prédios e arranha-céus eram apenas escombros no chão, eu tentava de tudo para mantê-la bem, às vezes eu ficar sem comer apenas para ela não passar fome, ela é a minha razão de viver neste terrível mundo destruído por uma fútil guerra no qual vivemos agora.

Tentava ao máximo me manter animado ou normal, mas por dentro conseguia sentir que nós dois não iríamos ficar vivos por mais tempo, a comida acabava aos poucos, era relativamente impossível encontrar um animal, vivo ou morto, e toda comida boa que encontrávamos estava podre ou vencido. 

Sempre estávamos doentes e passávamos tempos assim, tinhamos medo de tomar algum remédio das fármacias destruídas e morredifícilaminhando quilômetros e quilômetros a pé por meses, talvez anos, não encontramos nenhum ser vivo além de árvores e plantas, nenhum humano ou animal, nada, apenas nós dois. Pensávamos arduamente em tentar deixar a humanidade viva, mas apenas nós dois não conseguirímos povoar um planeta que continha mais de 7 bilhões de habitantes, possivelmente agora é apenas dois, ou três, quatro, dez, mas aqui no Japão era apenas dois, tinha certeza disso. Depois de tempos de nós dois sofrermos, decidi que uma pessoa sobrevivendo sozinha era mais fácil do que duas, essa foi uma difícil decisão que estive pensando a tempos, e que, finalmente tenho coragem de dizer na frente dela.

— Miku.

— O que foi ?

  Ela me olha com aqueles incríveis olhos azuis, que a cada dia me deixava mais apaixonado. Paro de andar e olho para o chão, ela me olhava com dúvida, sinto uma gota de suor passar pelo meu rosto, aperto meus punhos e finalmente falo o que eu queria falar.

— Miku, me mate.

Ela me encarava agora, incrédula pelo meu pedido, e se aproxima lentamente até mim e segura meus dois ombros.

—Nunca farei isso, eu te amo.

Lágrimas surgem em meus olhos, não consigo mais me segurar e me solto, chorava alto e desesperado, Miku me abraça e tentava me acalmar, dizendo coisas boas e confortantes, me acalmo e finalmente paro de chorar, ela para de me abraçar e fica na minha frente, ainda segurando meus ombros.

— Que infantil da minha parte, — Eu dizia isso, limpando as lágrimas de meus olhos e soltando um pequeno sorriso. — um homem de 17 anos chorando como se fosse uma criança.

Mesmo que Miku fosse um ano mais nova que eu, ela era mais forte, e se estivesse com algum problema, ela o sofria em silêncio, essa coragem as vezes me preocupava. Ela sorri e coloca sua mão esquerda em minha bochecha, sua mão é macia e quente, ela aproxima nossos rostos e me beija, um beijo calmo e doce, nos separamos pela falta de ar, ela solta um grande sorriso para mim, e fala bastante animada.

— Estamos bem por agora, não precisamos nos preocupar.

E ela começa novamente a caminhar, me sentia mal por ter dito aquilo.

— Me desculpe...

— Não precisa se desculpar, — Ela levou seu olhar e mim e sorriu, sempre linda e sorridente. — esse lugar sempre está nos fazendo a ter estranhas decisões, até eu já pensei nisso mas... não.

Ela já pensou nisso? Eu nem ao menos consigo dar um simples beliscão nela, matá-la? Ou ela se suicidaria?

— Você teria coragem disso ?

— Do quê ?

— De... De me matar. 

— Eu já disse antes — Ela falava sem tirar seu olhar do caminho. — Nunca que eu conseguiria fazer algo deste tipo.

Me sintia triste, e a sigo com a cabeça baixa, me aproximo dela e a abraço por trás.

— Miku, por... por favor...

Sinto a tristeza e a pena que ela sentia por mim naquele momento, ela segura minhas mãos que estava em sua cintura.

— Não Kaito, não vou fazer isto.

A solto e continuo ali parado, sinto novamente aquela incomodas lágrimas em meu rosto. Ela continuava andando, e ao perceber que eu não a seguia, ela para e me olha, com tristeza.

— Mesmo que eu queira Kaito... — Eu dirigo meu olhar a ela, que estava realmente triste e desanimada, totalmente diferente de antes. — Eu não vou conseguir.

Jogo minha mochila no chão e me ajoelho, coloco minhas duas mãos no rosto e me apoio na perede, fico de cocóras, com as duas mãos sobre meu rosto, minhas lágrimas escorriam livres pelos meus dedos. Eu não queria mais aquela vida, mesmo que eu fosse tão jovem, não queria mais sofrer, queria descansar em paz...

Miku se senta ao meu lado e se encosta em meu ombro, sinto suas lágrimas molharem a manga de minha camiseta.

— Eu sei o que sente mas, não podemos fazer nada, esse foi nosso destino.

— Queria a vida do ano passado, ou retrasado, eu não sei ao menos em que data estamos, mas quando eramos apenas estudantes do colegial sonhando apenas com o futuro.

— Eu também.

Eu já tinha parado de chorar, eu sento direito ao lado dela e a observo, ela estava de olhos fechados enconstada em meu ombro.

— Estou com sono.

Passou-se alguns minutos e Miku dorme no meu ombro, olho para o céu, nublado com uma simples chuva caindo, aquela chuva deixava nossa atmosfera mais depressiva ainda. Me levanto e deito Miku no chão, já que ela não tinha coragem de fazer isto, eu iria ter que fazer sozinho. Me aproximo lentamente até minha mochila onde eu guardava uma faca, para caso encontrarmos perigo, pego o faca e a pocisiono em cima do meu peito, eu estava tremendo, afasto a faca e quando eu iria levá-la com força em meu coração, alguém me impede, Miku segurava minha mão com a faca a milímetros do meu coração, ela tinha uma expressão séria, ela suspira e retira a faca de minha mão.

— Eu... — Ela dizia com tristeza e quase chorava — Eu faço isso, porque eu te amo.

A abraço forte, seria nosso possível último abraço, coloco minha mão sobre seu rosto e a beijo, nosso último beijo, ficamos daquele jeito por minutos, parando apenas para poder respirar, assim que nos separamos, eu me ajoelho no chão, ainda triste, ela se senta ao meu lado e novamente me abraça.

— Eu te amo. — Ela sussurra em meu ouvido.

— Eu também — Sussurro de volta.

Ela coloca suas delicadas mãos sobre meu pescoço e aperta com força, doía muito, queria impedir aquilo mas eu queria aquilo, queria a morte. Enquanto Miku me enforcava, ela chorava desesperada, suas lágrimas quentes caíam sobre meu rosto.

— Nos encontramos no céu, Miku...

— E-eu... — Ela dizia ainda chorando muito, e soltando um sorriso, aquele lindo sorriso que eu nunca irei tirar da memória. — E-eu espero que s-sim.

Eu sentia minhas forças se esvaindo, eu deito no chão, fraco, a dor no meu pescoço aumentava mais ainda, Miku se senta sobre mim e aperta mais forte meu pescoço, não conseguia mais mecher um músculo direito, meu corpo pedia por ar, mais eu não queria parar agora, a paz está próxima.

E com uma voz rouca e gutural, eu digo a ela.

— Eu t-te amo, M-Miku.

— E-eu também.

Coloco minhas mãos sobre as dela, que apertavam mais e mais meu pescoço, eu estava feliz.

— Obrigado — Eu disse com um sorriso.

— Kaito...

— A-adeus...

Sintoseis lágrimas quentes caindo em meu rosto, aquela é a última coisa que eu senti, antes de minha hora chegar.

Miku

O que eu fiz? Eu não queria ter feito isso, assim que solto seu pescoço, sinto seu corpo ficando gelado, coloco minha cabeça sobre seu peito, seu coração não batia mais, começo a chorar com desespero, estava com a cabeça sobre seu corpo, o que eu tinha feito? Mesmo que ele tivesse pedido, eu não queria, eu... eu não posso ficar sozinha... tinha a certeza que ele tinha ido para o céu, e que, se eu fosse ao inferno, que era certeza, eles iriam perdoar meus pecados e assim, eu poderia  encontrá-lo no céu.

Eu teria que fazer isso, olho para o corpo sem vida do Kaito, a primeira e única pessoa que eu realmente amei, segurava para não chorar mais, me levanto e limpo meus olhos.

— Me desculpe...

Desviei meu olhar dele para aquela faca que eu joguei no chão. Me aproximei lentamente à faca e a pego com relutância. Eu... eu tinha que fazer isso... por ele... para encontrar ele. Coloco a lâmina daquela faca sobre meu pulso, com um pouco de raiva, o corto sem rancor, doía, e muito. Meu pulso sangrava, mas infelizmente não deu certo, solto um suspiro de dasânimo.

— Errei...

Me aproximo do corpo de Kaito e me sento no seu lado, segurando sua mão, solto um pequeno sorriso e mais lágrimas escorrem pelo meu rosto. Tentaria de novo, já não sentia dor nenhuma em meu pulso, respiro fundo e agora coloco a lâmina da faca sobre meu pescoço, eu conseguiria fazer isto? Sim, por ele. A última lágrima escorre pelo meu rosto. E assim, perfuro meu pescoço. Aquela agoniante dor surge, começo sentir minha força se acabando e meus braços e pernas fracos, me deito ao lado de Kaito e continuo segurando sua mão. Jogo aquela faca em algum lugar e sinto meu sangue se espalhando pelo chão, aquilo doía mais e mais.

— E-espero te encontrar Kaito. — Dizia com dificuldade, por causa de minha garganta estar perfurada, minha voz saía rouca. — Eu te a-amo.

E essa foi a última coisa que falei antes de fechar meus olhos eternamente, e perceber que nada doía mais. 
 


Notas Finais


Obrigado por lerem! Farei outras one-shots, algum dia!
Aqui está o link para a música : https://m.youtube.com/watch?v=8tcwN9h7F5Y
Falei que não estão muito parecidas, minha história é apenas inspirada, obrigado de novo por lerem!
Até a próxima!


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