História Ib, e o Horripilante mundo de Guertena - Capitulo 10- Destino

Estávamos ali, duas garotas invasoras se preparando para ver as coisas mais assombrossas e sobrenaturais acontecerem, ou simplesmente, (Esta era a opção mais plausível) iriamos olhar livros mofados e sentir cheiro de poeira. 

Gumi abriu a porta que rangia como meus ossos, senti um tremor no corpo. 

Gumi: Então… Pode entrar! 

Eu: Por que eu deveria entrar primeiro?!

Gumi: Porque sim!

Eu: Mas isso não faz sentido!

Nem adiantou dizer nada, ela ja me empurrava para dentro da biblioteca. Quando meus pés não tocavam mas a madeira, e sim um carpete azul no chão, meu sangue gelou.
Realmente, aquele lugar era enorme! Estava escuro, mas era possível ver prateleiras enormes cobertas de livros.

Gumi: Puta merda! Esse lugar é bizarro...

Eu: Vai ficar mais bizarro na semana de provas..

Tentei rir mas não consegui, estava ofegante pelo simples nervoso.
A única coisa na qual pensava era o que iria acontecer se víssemos realmente algo, mas… e se nada mudar, se tudo continuasse naquela normalidade... Talvez fosse isso o que eu quisesse não é? Uma vida normal, uma vida normal..

Gumi:  Caraaaa! Olha esse Pc! Super velho (risos)

Eu: Você me assustou…

Gumi: Vou dar uma olhada do meu Face! 

Eu: Não é hora disso Gumi… Olha o relógio! Já são 2:57! 

Gumi: Então se prepara cremosa! Teu Destino tá ai.

Ela disse "Destino" arregalando os olhos, mas estes não descrudavam da tela.

Realmente, estou aqui, esperando, meu possivel destino… acho que, talvez, eu não queira que as coisas fiquem normais, as coisas normais me assustam, pois nunca vivi de forma natural, desde de meus nove anos…
Estava ali porque gostaria de ver o sobrenatural acontecer,  mas poderia também estar fazendo tudo isso, por Garry…

O relógio anunciou as 3h00, o seu badalar tenso e longo me fez arrepiar.

Gumi: Bang bang bang amor! Três horas! 

Eu: Sim… três horas, algo deveria acontecer

Gumi: Bom… pelo o que me contou, Garry só disse para você estar na biblioteca.

Eu: E nada acontece. Acho que deveríamos voltar e….

Naquele momento, ouvimos algo caindo.

Gumi: Merda! Vo morre! Vo morre! Vo morre!

Eu: Gumi calma! Vem!

Estava procurando algo no chão,  eu já não andava, mas corria, tudo aquilo estava realmente me deixando eufórica, possivelmente animada.

Tudo era escuro, acendi a lanterna do meu celular e apontei para meus pés, só via o carpete azul.

Gumi: Ib calma! Me espera!

Eu à ouvia mas não queria parar, me senti muito perto de algo agora.
Minha lanterna era fraca, forçava minha visão.
Corria muito, quando pensava em parar, só continuava. Depois de passar por muitas prateleiras, eu vi! 

Parei, Gumi bateu com força em minhas costas e nós caímos.

Gumi: Ai! Nossa ib! Pra que correr desse jeito?

Eu: Gumi…

Gumi: Eu to ajudando e você me larga sozinha…

Eu: GUMI!

Gumi: O QUE?!

Apontei para o livro aberto.

Gumi: Isso parece bom.

Eu: Acho que podemos criar esperanças, é o único livro no chão neste lugar. 

Gumi: Acho que a bibliotecária daqui trabalha muito bem…

Peguei o livro sem permitir que a página se desmarca-se,era pesado e possuía muitas páginas.  Me encostei em um prateleira, Gumi chegou mais perto e começamos a ler. A página marcada era 55

"Weiss Guertena era um pintor e escultor incrível, tivera suas obras espalhadas por todo o mundo,entre ela vemos "A mulher de vermelho", "Indivíduo", "Profundezas" e várias outras. 
Este pintor ilustre, nasceu em 1765, e ao longo de sua vida desenvolveu várias técnicas expostas em seu quadros, infelizmente, este se suicidou em um ataque de loucura em 1825"

Gumi: Tá... O que isso quer dizer? Tem algum sentido pra você Ib?

Eu: Ah.. Eu.. eu não sei... espera…

Reli a página inteira.

Eu: Weiss Guertena... Weiss.. Guert… GUERTENA!
 
Gumi: Ok Ib, isso eu também li mas…

Eu: Não eu... eu o conheço!

Gumi: Você o conhece? - Ela me olhava com estranheza. 

Eu: Não... Não pessoalmente, eu conheço esse nome!

Gumi: Você faz artes, já deve ter ouvido mesmo.

Eu: Não, não em aulas, acho que foi em um museu… Profundezas...

Tudo estava fazendo sentido, não um sentido visível, mas algo que caminhava para uma verdade, para algo natural…

Gumi: ib…

Eu:Sim?

Ela olhava para uma luz um tanto próxima de nós. 

Gumi: Merda! - Ela sussurrava - Nos acharam!

Eu: Acho que não, a luz não se mexe…

Gumi:  Droga… vamos embora!

Eu:  Não! Vamos!

Eu levantei e corri.

Gumi: Aonde vai?

Para onde o meu destino me chamar!