História Ice Goddess - Fisioterapia, dor e frustração.

Poucas horas após a conversa com Fuiry a doutora Cho começou com a fisioterapia como eu já estava conseguindo mover minha boca para falar ela começou pela cabeça. Eu fazia constantes movimentos abrindo e fechando a boca e me esforçava para virar o rosto. Depois de almoçar uma sopa bem leve que caiu como chumbo no meu estômago uma fonoaudióloga apareceu na sala e me fez repetir uma serie de sons e me mandava fazer movimentos com a língua encostando-a num palito.
Por quase uma semana essa foi minha rotina, a cada dia que passava eu melhorava mais porém a doutora insistia as vezes que estavamos indo rápido de mais e parava com ou tratamento me mandava repetir algum que já estava mais que provado que eu estava fazendo perfeitamente bem, eu estava me irritando com aquilo era ridículo o quanto ela me tratava como alguém frágil sendo que eu estava mais que disposta até mesmo a pular fazes do tratamento e tentar andar o mais rápido possível para sair de lá e ir pra longe onde o maldito não pudesse me pegar de maneira alguma usando meus amigos como isca pra tal. Naquele dia em especial Cho resolvel me dar uma folga e eu não tinha nada pra fazer a não ser tentar montar os bloquinhos de criança que Cho me deu e ficar olhando para a televisão, eu estava entendiada simplesmente colocando um bloco encima do outro quando ouço baterem na porta.
_Entra!-falo com a voz ainda rouca.
A porta se abre e vejo uma mulher morena,olhos castanhos e cabelos lisos.
_Oi!Sou Jane Foster! Acho que você não me conhece mas eu sei de coisas sobre você e talvez você tenha as respostas que eu preciso!- olhei para a mulher como se ela fosse louca.
_Ok!-disse meio desconfiada, ela entra fechando a porta e pega uma cadeira se sentando na minha frente.
_Vou ser direta!Acho que você sabe que Thor esteve na Terra e eu gostaria de saber como ou quando ele vai voltar.
_Eu não sei!- falei curta e grossa.
_Como assim não sabe? Você é Asgardiana tem que saber como...
_GAROTA! Se você não percebeu isso aqui é um hospital eu estava em coma até semana passada e só fiquei sabendo que meu irmão esteve aqui por causa de um noticiário então sossega o facho porque eu não sei de nada- terminei a frase quase sem voz alguma por ter gritado, peguei um copo de agua que estava do lado da cama com um pouco de dificuldade e bebi.
_Desculpe!É que você é do mundo dele e Thor foi embora mal se despediu por causa de um problema com o irmão, eu só... Pensei que você pudesse me ajudar a vê-lo novamente.
Olhei bem pra cara da tal Foster e ela estava com cara de quem tinha uma paixão frustrada pelo meu irmão, dei uma risada fraca mas que a assustou.
_Por que esta rindo?
_Você me olha como se eu pudesse chamar Heindam e Thor fosse passar pela bifrost e declarar seu amor.-ri mais uma vez- Se meu irmão te ama eu não sei pois não vi vocês dois juntos mas acredite eu não posso chamar Heindam! Eu cai aqui na Terra por acidente a 5000 anos, eles provavelmente acham que eu estou morta e mesmo que ainda tenham esperanças eles jamais olharam pra Midgard-olhei fundo nos olhos dela- Esse reino foi praticamente esquecido pelos Asgardianos acho que foi por isso que Odim mandou Thor pra cá! Um lugar onde quase ninguém o conhece e que o dariam por louco se dissesse quem é, estou curiosa pra saber o que meu irmão fez pra receber tamanho castigo.- finalizo bebendo mais água.
_Sinto muito por isso!
_Não sinta!Já me conformei de que vou morrer aqui!- mais cedo do que o esperado.
_Então...é...Não vou mais te atrapalhar!-ela se levanta da cadeira e vai até a porta- Melhoras pra você!
Meneei a cabeça em sua direção e ela saiu me deixando "brincar" com meus legos, mas menos de meia hora depois ouço batidas na porta, quase arranco meus cabelos de raiva pois se que não será a doutora dizendo"vamos continuar com a terapia" ela não bate na porta então digo pro infeliz atrás dela abrir e nem me dou ao trabalho de olhar quem é.
_Minha deusa ta entediada?-Will sempre aparecendo nas horas certas aceno que sim fazendo uma careta- Não vai mais consegui com a doutora uma permissão pra te dar uma geral, afinal depois de quase um ano na cama  você precisa de um banho decente UR-GEN-TE!
Ele entra com uma pequena mala e a abre mostrando mil e uma coisas,pega uma bolsa media e vá até o banheiro ficando por lá cerca de dez minutos e volta tiras as peças do meu colo, assim como o medidor de pressão e as cobertas me pega no colo e me leva ate o banheiro onde por azar havia uma parede espelho e eu pude ver o quanto estava horrível.
_Caralho!
_Eu falei que você precisa de uma geral!
Will me poe sentada no vaso e desliga a torneira da banheira que já estava cheia de sais, ele vem me despir e volta a atenção para a banheira verificando a temperatura e espalhando os sais. Nesse tempo pude me olhar melhor no espelho: Meus pulsos e tornozelos tinham riscos pouco mais escuros que a minha pele; meu cabelo estava um ninho de gato; meu rosto estava muito abatido, magro(assim como o restante do corpo) e com olheiras profundas; mas o que mais me deu nojo de olhar foram as varias marcas de mordidas no meu pescoço que tinham cicatrizes profundas e pouco mais escuras que minha pele mas que por ser tão branca ficavam muito destacadas. Desviei o olhar me forçando para não por meu almoço pra fora tamanho enjôo que tive.
_Hey! Olha pra mim!-faço de ma vontade- Isso vai sumir! Pode demorar alguns anos mais vai. Logo, logo você vai se esquecer disso tudo.- ele diz beijando minha testa e me pegando no colo, a agua estava morna e isso ja era o suficiente para relaxar meu corpo cuja temperatura é cinco graus abaixo do que a de um humano normal.
Me deitei da forma mais confortável possível e relaxei. Will ficou sentado no chão de forma a poder massagear meus pés me permitindo ficar absorta por alguns minutos, depois ele vem e molha meus cabelos para lava-los passa o shampoo e enxagua, ele volta dessa vez com um creme para o rosto passando-o delicadamente principalmente nas minhas olheiras. Pega um condicionador e passa em meus cabelos deixando-os presos enquanto esfrega meu corpo com delicadeza mas mesmo assim sinto arrepios horríveis quando ele lava minhas cicatrizes.
Ao terminar ele retira o condicionador dos meus cabelos e o creme do meu rosto, esvazia a banheira e liga o chuveiro me mantendo abaixo do mesmo para retirar devidamente os produtos do meu corpo, desliga e começa a me secar. Ao acabar ele me poe roupas frescas um pouco diferentes das do hospital mas nada de mais apenas uma camiseta branca e um short cinza claro, ele pega uma cadeira no quarto e me poe sentada de frente para o espelho enquanto desembaraça e corta as pontas dos meus cabelos para depois seca-los. E como toque final(caso contrário não seria o Will) ele faz minhas unhas passando apenas uma base trasparente nelas, serviço completo ele me leva de volta para o quarto e passamos o restante do dia conversando principalmente das fofocas que Will ama.
No dia seguinte a doutora aparece e começa novamente com os exercícios do dia anterior.
_Você saber que o Fuiry vai brigar com você ne?
_Como?-ela pergunta confusa.
_Ele me deu ordens de estar fora dessa cama em no máximo um mês mas você esta insistindo nesses exercícios que já estou fazendo mais que bem! Eu quero sair dessa cama como ele mandou mas você não deixa!
_Isso é mentira Fuiry jamais exigiria algo assim!
_De alguém normal não, mas a Ice é um caso a parte ela tem totais condições de fazer isso!- ele diz parado na porta nos assustando- Quero ver o quanto você já progrediu e dependendo de como for hoje mesmo você começa a tentar andar!
Dito e feito, meus movimentos da cintura pra cima eram bons então ela começou a me fazer forçar os pés(com Fuiry observando tudo) e vou estar mentindo muito se disse que não rsta sendo difícil muito menos que não esta doendo. Todas as vezes que eu começo a forçar meu pé além de fazer força até começar a suar assim que meu pé se move minimamente meus músculos e tendões repuxão causando uma dor terrível, então Cho desistiu e começou ela mesma a exercitar meus pés fazendo movimentos circulares, esticando, dobrando e as vezes movia minhas pernas junto o que provocava uma dor constante e as vezes exagerada.
 Mais uma vez ela me pedia para mover meu pé e de novo o mesmo resultado:Dor. Aquilo era de longe a coisa mais ridículamente frustrante e humilhante que eu já fiz na minha vida:não conseguir mover minhas pernas era o cúmulo do absurdo logo eu, que nunca nem se quer senti uma câimbra. Depois de pouco mais de uma hora nessa luta Cho decide que foi o suficiente para um dia e que amanha ficaremos mais tempo nesses mesmos exercícios e que assim que conseguir mover meus pés sozinha eu irei começar a tentar andar. Só espero que isso aconteça logo pois não aguento mais ficar nesse quarto de hospital.