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História Ice Queen - O Casamento do Século - Parte Um


Escrita por: LuSweetLu

Notas do Autor


Volteeeeeeeeeeeeeeeeeey, anjos! A última temporada de Moonlight começa agora.

❉ Plágio é crime!
❉ Essa temporada é somente postada no SS
❉ A sinopse é provisória
❉ Espero que vocês aproveitem cada capítulo de Ice Queen quanto eu vou aproveitar escrevendo!

Capítulo 1 - O Casamento do Século - Parte Um


Dois meses depois da festa misteriosa…

 

Peter estava sentado em sua cadeira de couro, com os pés sobre a mesa de madeira maciça do seu escritório. Ele estava sozinho e encarava as paredes, pensando sobre os acontecimentos dos últimos meses. Fora tudo tão rápido!

Christie, para sua alegria, aceitara o seu pedido de casamento no mesmo instante que ele o fez e os preparativos para a cerimônia começaram depressa. Chris passara grande parte do seu tempo com Hope organizando tudo, enquanto Peter apenas preferia ficar sozinho em seu escritório. Ele nem mesmo acreditava que aquilo estava acontecendo. Como era possível? Um vampiro sanguinário e impiedoso casando-se com uma jovem de 18 anos? Era, no mínimo, inusitado.

Uma batida na porta foi ouvida por Peter, despertando-o de seus pensamentos.

— Entre.

A porta se abriu e revelou um dos guardas pessoais do rei.

— Lady Natasha está aqui, Majestade.

Com aquela simples frase, um turbilhão de lembranças voltaram para a mente de Peter e aquele nome não parava de se repetir em seu cérebro. Milhares de perguntas inundaram os seus pensamentos e ele estava incrédulo pela notícia que ouvira do guarda.

— Natasha? — o rei indagou, com uma faísca de esperança de que não fosse quem ele estava pensando.

— Sim, Majestade — ele afirmou. — Lady Natasha, a duquesa.

Peter suspirou pesadamente, aceitando que ele teria que lidar com a morena de qualquer forma.

— Peça para ela esperar lá embaixo, sim?

O guarda abriu a boca para responder, mas não teve tempo. A mulher de cabelos castanhos avermelhados, corpo esbelto e boca marcada por um batom vermelho sangue entrou no escritório, sem esperar uma ordem de Peter.

— Irmãozinho! — ela disse, sorrindo falsamente. — Quanto tempo!

Ele sorriu da mesma forma que ela e fez sinal para que o guarda os deixasse.

A visão da irmã era, ele não podia negar, não somente uma surpresa, mas também um sinal de que algo muito errado estava para acontecer.

— Natasha — ele disse. — Quase noventa anos, não?

Ela sorriu, venenosa.

— Acho que sim.

Peter tirou os pés de cima da mesa e sentou-se normalmente. O rei fez um gesto para que ela sentasse à frente dele, mas ela negou.

— A que devo o ar da sua graça? — ele perguntou. —Já faz tanto tempo.

Natasha olhava-o penetrantemente e parecia que ela conseguia ver todos os seus pensamentos.

— Ora, maninho, hoje não é o dia do seu casamento? — ela disse, zombeteira e ele revirou os olhos. — Será que eu confundi as datas? Não seria hoje o dia em que meu irmão provará para todos os vampiros do mundo que ele não é mais o mesmo líder frio e cruel de antes? Você agora está… Como os humanos dizem? Apaixonado.

Peter não podia acreditar que ela tivesse se dado o trabalho de sair da sua fortaleza, que ela chamava de cassino, para perturbá-lo no dia de seu casamento.

— Foi só para isso que você veio? — ele indagou. — Eu já sei que você sempre achou que fosse ser uma melhor governante que eu. Mas adivinhe: eu sou o rei.

Imediatamente, ela perdeu o ar debochado que tinha e ficou séria. Seu olhar era mortal e ele podia sentir a raiva dentro dela.

— Você sabe de muita coisa, não é? — ela disse. — Imagino que saiba que a sua coroa corre riscos, Peter. E deve saber também que tem sorte de não terem havido revoltas. E tem mais conhecimento ainda sobre o fato de que eu não ficarei ao seu lado se o seu reinado cair. Portanto, não vá buscar ajuda em Monte Carlo, no meu clã ou no meu cassino.

— Eu sou o rei dos vampiros, querida — ele disse. — Busco ajuda onde eu quiser e ai de quem não me der.

Ela sorriu, perversa.

— Você pode ser o rei no mundo todo, mas em Monte Carlo, bebê, a única rainha sou eu — ela ameaçou, inclinando-se sobre a mesa.

Peter engoliu em seco, tentando conter a raiva que crescia dentro dele. Encontrar com Natasha sempre fora estressante e parecia que, com o passar dos anos, ela ficava ainda mais insuportável.

— Visto a animosidade nesse ambiente, imagino que você já esteja indo embora — ele disse, querendo vê-la longe de seu castelo o mais rápido possível.

Natasha ergueu uma das sobrancelhas e continuou segurando o sorriso maldoso.

— Imagina, querido irmão! — ela negou e ele revirou os olhos. — Não sei se você se lembra, mas eu e você crescemos juntos nesse castelo. Essa casa é minha também. Além disso, você é a minha família, maninho — ironizou. — Como eu poderia ir embora e perder o seu casamento? De maneira alguma.

O ar entre eles era pesado e o rancor era claro em seus olhos, mas o sentimento era escondido atrás de seus sorrisos brancos e falsos e tudo que Peter não queria era se irritar antes de seu casamento.

— Tudo bem — ele anuiu, contrariado. — Por que você não vai até o salão e conhece… Hope? Ela é a imperatriz dos lobos e é filha de Joseph. Você se daria muito bem com ela.

Não havia motivo para ele ter empurrado a sua irmã para Hope, mas ela foi a primeira pessoa que lhe veio à mente para tirar Natasha da sua frente.

— Acho que não… — a morena disse e andou vagarosa e elegantemente até a porta, abrindo-a. — Prefiro conversar com a nova rainha.

[…]

O salão do trono estava lotado de criaturas sobrenaturais. Ali estavam reunidas famílias milenares de lobos, vampiros, feiticeiros e até mesmo de­ fadas. Amigos de Peter que ele não via há quase um século também foram convidados para a festa.

A música, antes agitada e eletrônica, havia se transformado na marcha nupcial. Os convidados da cerimônia organizaram-se de maneira que formaram um corredor no centro do salão, que levava ao trono, onde Peter estava parado.

O rei dos vampiros estava sozinho sobre o altar, olhando para o enorme portal de entrada do salão, esperando ansiosamente por ver a sua princesa entrar. Suas mãos estavam suando e sua boca estava seca, ele estava muito nervoso e pensava que Christie já estava demorando demais. Milhares de pensamentos negativos e fatalistas invadiam a sua mente e ele tentava se desvencilhar das visões de um casamento fracassado.

E se ela se desse conta de que ele não era o que ela pensou que fosse? E se ela descobrisse que ainda gostava de David? E se ela pensasse que ele ainda era aquele rei cruel e frio de antes e não quisesse mais se casar? Eram tantas dúvidas!

Todos os convidados cochichavam entre eles e olhavam para Peter. Alguns deles sorriam, outros olhavam-no para checar se ele estava tão perturbado quanto deveria com a demora absurda de sua princesa. Cada segundo que o vampiro não via Christie entrar parecia uma eternidade.

[…]

O corredor do lado de fora do salão estava vazio, exceto por Christie e por Hope. A princesa estava vestida de branco, quase no mesmo tom de sua pele, e seus cabelos loiros ondulados caíam como uma cascata sobre o decote delicado decorado com pérolas negras. A maquiagem da princesa era simples, mas ela não abria mão de um batom bem escuro.

— Eu não sei se eu posso fazer isso — disse a princesa, parecendo estar mais branca e mais gelada do que de costume.

Hope olhou-a com compadecimento.

— Amiga, está todo mundo lá dentro, seu noivo está te esperando e eu tenho certeza que vocês são apaixonados o suficiente para ficarem juntos por muitos séculos — Hope disse. — O que há de errado?

Christie estava incerta.

— Eu… Eu não sei — ela respondeu. — Eu acho que sempre planejei em minha mente o momento do meu casamento. E, definitivamente, eu não imaginava casar aos dezoito anos com um cara que nunca morre, em um castelo na Romênia e sem os meus pais aqui.

Hope suspirou.

— Eu entendo, mas você também não imaginava se mudar para cá e não imaginava virar uma vampira e, ainda por cima, a princesa de um reino de criaturas sobrenaturais.

Christie olhou a amiga no fundo dos olhos e assentiu. Engoliu em seco e preparou-se mentalmente para entrar.

— Vamos fazer isso.

Hope riu.

— Vamos não — negou. — Você vai.

[…]

A marcha nupcial tocava e Peter estava quase saindo do altar para ver qual era o problema com Christie. No entanto, antes que ele pudesse tomar uma atitude impensada, a princesa entrou no salão e todos os convidados viraram-se para olhá-la passar.

Eles tiravam fotos e cochichavam entre si, mas todo o burburinho no salão era apenas como um som distante para Peter. Todo o ambiente estava desfocado e apenas Christie estava no centro. Linda! E sorria mais do que o vampiro pensou ser possível para a princesa.

Christie andou lentamente até o altar e, ao chegar, subiu no mesmo, erguendo a barra de seu vestido.

Peter e Christie se olharam como se tivessem nascido apenas para aquele momento. Seus corações batiam em um mesmo ritmo, suas almas se entrelaçavam junto das alianças. Naquele momento, Christie e Peter eram a mesma força e seguiam o mesmo caminho. O olhar de Peter sobre a vampira era intenso e ela olhava-o da mesma forma. A paixão era perceptível para qualquer um que estivesse observando.

Ao trocar das alianças, Peter não foi rápido como ela imaginou que seria. O vampiro capturou sua mão e puxou-a delicadamente para mais perto, beijando-a e fazendo os convidados aplaudirem e comemorarem.

— Vida longa à rainha Christie Wiesnerova! — eles gritavam em uníssono.

[…]

A festa tinha voltado a se animar. Christie já havia dançado no centro do salão junto de todas as outras damas, assim como Peter fizera com os cavalheiros. Todos estavam se divertindo muito ao som de músicas modernas que contrastavam perfeitamente com o ar gótico e antiquado do castelo. Era o ambiente preferido da rainha, o que mais se aproximava do mundo que ela viveria se ainda fosse humana.

Os corpos mortos e vivos dançavam no meio do salão, a luz estava desligada e somente um globo de luzes estroboscópicas iluminava o salão do trono. O bar também estava cheio de seres sobrenaturais bêbados e animados; era lá onde Peter estava, ao lado de Andrew.

Andrew era um marquês da corte vampírica que vinha ganhando grande destaque aos olhos do rei, pois eles estavam se tornando realmente amigos.

— Majestade, será que eu posso fazer uma confidência? — ele disse, ainda polido por estar falando com o rei.

— Ah! Por favor, evite as formalidades — Peter pediu. — Somente hoje, falemos apenas como amigos, sim?

Andrew anuiu, já estava alto com o whisky que bebia.

— Eu soube que você já teve uma pequena indiscrição com Lady Hope — ele disse.

Peter engoliu em seco, incomodado.

— Não é o melhor dia para falarmos sobre isso — ele repreendeu. — Eu nem mesmo quero falar sobre isso.

Andrew pareceu um pouco sem graça e pigarreou.

— Claro, me desculpe — ele disse. — Eu acho que já bebi demais. No entanto, eu só queria perguntar se você acha que… Acha que a Hope pode querer algo mais sério comigo.

Peter ergueu uma das sobrancelhas, surpreso com aquela pergunta. Então lembrou-se que Christie dissera que Hope estava saindo com um rapaz da corte. Ele só não sabia que era Andrew.

— Hã… Claro! — ele disse, ainda meio tonto com a declaração. — Hope não é do tipo que não quer compromisso.

[…]

A nova rainha dos vampiros estava parada no canto do salão, observando seus convidados se divertirem e dançarem ao som de uma das músicas que mais estava fazendo sucesso. Hope estava ao seu lado, pensando em como começaria o assunto sobre o qual vinha querendo falar há mais de duas semanas.

— Diga, Hope — Christie disse, surpreendendo Hope. — Eu te conheço, você está um pouco nervosa. O que foi?

— Eu… Você sabe, eu estou saindo com um vampiro da corte — ela começou e Chris assentiu. — Por falar nisso, você não contou para Peter, certo?

Christie engoliu em seco e decidiu que a sinceridade não seria bem-vinda naquele momento.

— Claro que não! — mentiu. — Prossiga.

— Então, eu estava… Eu estava pensando sobre ele e sobre o nosso relacionamento — ela disse. — Eu tenho medo de que ele só queira uma aventura com a imperatriz dos lobos e que depois vá sumir. Não quero criar falsas expectativas.

A loira não conseguiu evitar um sorriso.

— Você está apaixonada — constatou.

Hope riu nervosamente.

— Não, claro que não — a imperatriz disse, firme. — Acho que a nossa conversa acabou, certo? Podemos parar de falar sobre isso e esquecer que eu fiz essa confissão estúpida?

A rainha riu.

— Sim, Hope, podemos.


Notas Finais


E aí? Eu tive que dividir o primeiro capítulo em duas partes porque ia ficar muito grande :/


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