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História Idas e Vindas - Pretending


Escrita por: gabischreave

Notas do Autor


Bom dia meus amores!
Por favor leiam as notas finais!

Capítulo 45 - Pretending


Fanfic / Fanfiction Idas e Vindas - Pretending

America

− Acorde, sua dorminhoca. – Escuto a voz de Maxon ao longe e sinto um arrepio pelo corpo. Ele estava beijando meu pescoço.

− Não Maxon, agora não, estou cansada.

− Eu sei, eu fiz isso com você. – Pude sentir o tom malicioso na sua voz. – Mas agora precisamos realmente voltar. – Me forcei a abrir os olhos. Ele tinha passado por cima de mim e agora estava na minha frente. Encarrei aqueles olhos e notei seu cabelo bagunçado caindo pela testa. Não é justo alguém ser tão lindo assim, sem fazer nenhum esforço.

− É tão bom acordar e ver que você não é um sonho. – Ele sorriu calmamente.

− Todos os dias você vai ter essa confirmação a partir de agora. – Ele me deu um selinho e levantou, puxando as cobertas. 

− Não Maxon! – Protestei e me cobri com o travesseiro.

– Vem tomar um banho!

− Acho melhor fazermos isso separados, ou não vamos tomar banho. – Ele estava de cueca. Ainda bem.

− Eu sei, mas ainda preferia. Porém como você já está com dificuldades pra levantar, acho melhor te deixar em paz. – Ele disse caminhando até o banheiro e joguei um travesseiro em direção a ele que fechou a porta antes, rindo.

Levantei e vesti um roupão, apanhando e dobrando as nossas roupas para amenizar a bagunça pelo quarto. Fiz a cama e fui até a cozinha. Havíamos comprado algumas coisas ontem. Bebi um copo de leite. Maxon apareceu e tomou o copo da minha mão bebendo um gole.

− Nós vamos atrás dos nossos pais? – Perguntei.

− Assim que chegarmos.

− Você lembra o que eu falei sobre o que o meu pai disse? Pra irmos na onda deles e fingir que acreditamos no que eles querem?

− Sim. Faremos isso! Até que o seu pai consiga as provas pra denunciá-los. – Ele tinha uma pontada de dor na voz.

− Isso é difícil pra mim também, Maxon. É a minha mãe...  – Eu disse abraçando-o. Ele apenas assentiu e me deu um beijo na testa. Quando conversamos ontem e contei tudo o que o meu pai me disse, eu não falei sobre a parte de que eles também arquitetaram a morte da mãe dele. Não tive coragem de ver Maxon triste por isso depois de estarmos tão felizes juntos. O que ele ficou sabendo já foi capaz de abalá-lo um pouco.

− Vou tomar banho agora. − Eu disse e o soltei voltando para o quarto.

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Chegamos a mansão dos Schreave perto da hora do almoço. A casa estava estranhamente silenciosa.

– Não deve ter ninguém. May e Gerad no colégio, seu pai trabalhando... Mas minha mãe e Marlee deveriam estar aqui.

– Daqui a pouco eles devem chegar pro almoço. Vamos subir por enquanto. – Maxon disse pegando minha mão e me levando até as escadas.

– Vamos. Tem umas coisas que quero pegar no meu quarto. – Subimos e fomos até lá, no quarto que eu dormia quando morava aqui. 

Antes de entrarmos, parei no corredor em frente à porta e olhei em frente para o quarto de Maxon.

– Você acha que a Kriss pode estar aqui? – Perguntei pra ele.

– Não sei, mas eu espero de verdade que não. – Entrei no meu quarto. No período em que estive achando que Maxon era meu irmão eu evitava vir aqui, mas sentia saudade. Evitava principalmente porque sabia que ia lembrar de alguns momentos nossos. Agora mesmo, o fim de semana em que nossos pais viajaram e ele dormiu comigo aqui invadiu minha mente.  Abri um sorriso.

– Está rindo de que? – Ele perguntou.

– Lembrando de alguns momentos nossos, bem aqui nesse quarto... – Ele me abraçou por trás e me deu um beijo no pescoço. Me virei e deu um selinho nele indo até o criado mudo. Eu queria encontrar um livro que tinha deixado aqui. Maxon sentou na cama enquanto eu revirava as gavetas. Acabei encontrando algumas fotos.

– O que é isso? – Perguntei pegando as imagens e indo sentar perto dele.

– Ah, isso... – Ele disse e pareceu um pouco sem graça. Eu fui olhando cada foto e ficando maravilhada. Eram fotos minhas. Algumas de quando eu fiz o ensaio do comercial de shampoo e outras da viagem do Rio de Janeiro, onde Maxon também estava comigo em algumas.

– Sabe, eu fiquei usando o seu quarto. Desde quando a Kriss tentou me seduzir e eu disse que nunca dormiria com ela, eu fiquei aqui todas as noites. As fotos são o que eu usava como tortura quando estava com muita saudade, o que significa que eu as olhava toda vez que entrava aqui. – Ele explicou e o sorriso bobo que eu tinha nos lábios sumiu quando me aproximei para uni-los aos dele.

– Você vai... me achar muito chata... se eu ficar... dizendo o tempo inteiro... que eu te amo? – Eu disse pausadamente enquanto dava beijinhos no seu rosto e o empurrei para trás deitando-o na cama e ficando por cima dele, largando as fotos no colchão.

– Claro que não, principalmente se toda vez que você disser isso eu ganhar um beijo. – Ele sorriu e segurou meu rosto me beijando com vontade. Sua língua rapidamente pedindo passagem, aflita. Quando eu estava com dificuldade para respirar e já estava sentindo Maxon excitado em baixo de mim, achei melhor parar. Soltei seus lábios e me virei deitando na cama. Respiramos ofegantes. Fechei os olhos por um segundo.

– Sabe, você vai ter que compartilhar essas fotos comigo. Também quero lembranças nossas.

– Agora essas fotos vão ficar na nossa casa juntos...

– Vamos mesmo fazer isso? Morar juntos assim...

– Claro! Você está proibida de desistir! – Ele disse se mexendo e ficando sobre mim.

– Ah, é? Sob ameaça de que?

– Quer saber mesmo, America? – Ele pegou meus braços e os segurou em cima da minha cabeça. – Eu posso ser bem cruel se você ousar ficar longe de mim... – Eu achei que ele ia beijar meu pescoço e colo mas Maxon aproximou o rosto e passou o nariz pela minha pele me fazendo arrepiar antes de estar me prendendo apenas com uma mão enquanto a outra me fazia cócegas. Comecei a rir descontroladamente e implorar que ele parasse, quando de repente, alguém pigarreou. Olhamos para a porta e Marlee estava lá. Ela ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços se apoiando no batente.

– Eu entendo os dois meses de abstinência, mas nos poupem e pelo menos fechem a porta! – Ela disse enquanto nós ríamos mais. Maxon saiu de cima de mim sentando na cama e pegou um travesseiro o colocando estrategicamente no colo para esconder sua ereção.

– Marlee! – Eu disse e ela veio ao meu encontro, Levantei para lhe dar um abraço.

– E aí, priminha! – Maxon disse enquanto ganhava um beijo no rosto.

– Você provavelmente quer matar a priminha por ter interrompido alguma coisa aqui. – Eu já estava corada e fiquei com ainda mais vergonha, mas agradeci por termos sido flagrados por ela, e não por nenhuma outra pessoa.

– Não sabíamos que você estava em casa, estava silencioso quando chegamos. – Ela se jogou entre nós na cama e eu e Maxon deitamos de novo também.

– Eu estou chegando agora também, ouvi vocês rindo quando passei no corredor e vim ver se não estava louca. Fiquei tão feliz e aliviada todo esse mal entendido resolvido!!!

– Imagine o que nós estamos sentindo... – Eu disse e olhei para Maxon sorrindo.

– Hmmm, o amor... – Ela riu.

– Vem cá... É por nossa causa mesmo que você tá tão feliz e sorridente assim? – Maxon peguntou.

– Também...

– Onde você estava, Marlee Tames? – Eu perguntei.

– Dormi na casa do Carter.

– Hmmmm. – Eu e Maxon falamos em uníssono e foi a vez dela ficar vermelha.

– O que? Não posso passar a noite com o meu noivo?

– Claro que pode! Eu fico tão feliz por vocês!

– Não dá pra acreditar que o Carter já considerou casar com você... – Maxon disse olhando pra mim.

– Exatamente por isso. Quando eu olho pro que tentamos ser e pro que ele e Marlee tem hoje, vejo que nunca funcionaria mesmo. Ele já tinha alguém esperando por ele.

– E você também, a propósito. – Maxon disse.

– E no fim, estamos todos apaixonados e felizes, com as pessoas certas. – Marlee disse sorrindo. – Sabe o que eu acho? – Ela disse empolgada e levantou depressa sentando na cama e virando para nós.

– O que?

– Merecemos uma comemoração! Vamos sair nós 4 juntos! – Ela disse explodindo de entusiasmo.

– Claro! Eu adorei! – Eu disse me animando também.

– Topo! Hoje à noite mesmo! – Maxon disse.

– Vou ligar pro Carter e avisar! E vocês dois, boa sorte agora... Clarkson e Magda acabaram de chegar. – Ela disse levantando e olhou pela janela. Eu ouvi mesmo o barulho do carro.

– Melhor descermos. Precisamos conversar com eles urgentemente. – Maxon disse.

– Você sabe da Kriss, Marlee? – Perguntei.

– Não, Meri. Eu saí ontem no início da noite e cheguei agora. Não vi se ela tinha ido embora. – Eu e Maxon nos entre olhamos.

– Tudo bem. – Ele levantou e me puxou.

– Eu vou estar no meu quarto. Confirmo por mensagem a nossa saída mais tarde.

– Ok. – Eu disse enquanto ela saia do quarto.

– Chegou o momento. – Maxon disse olhando para mim. – Vem, vai dar tudo certo. – Deu um beijo na minha testa e descemos juntos em silêncio. Quando estávamos no meio das escadas, Minha mãe e o pai dele entraram na sala.

– Minha filha! – Eu parei e apertei a mão de Maxon. Fiquei um momento um pouco estática e as palavras do meu pai sobre as maldades dessa mulher me atingiram como um soco. Respirei fundo. Eu precisava entrar no jogo dela. Querendo ou não, é por uma decisão dela que ficamos sabendo a verdade. Parece que se arrepende das besteiras que fez.

– Mãe... – Continuamos descendo e ela se aproximou sem jeito para me dar um abraço.

– Precisamos conversar. – Maxon disse secamente. Ele encarava o pai.

– Vamos pro escritório, lá teremos mais privacidade. – Clarkson disse. Caminhamos todos para lá em um silêncio constrangedor. Eu e Maxon sentamos no sofá e ele e minha mãe em cadeiras de frente para nós.

– Imagino que Shalom tenha procurado vocês. – Minha mãe começou cautelosamente.

– Procurou. Já sabemos que o exame de DNA tinha um erro e que nós não somos irmãos. – Eu disse.

– Acredito que Kriss já tenha falado que eu pedi a anulação do casamento. – Maxon disse.

– Falou. Ela explicou o que aconteceu aqui ontem e foi embora furiosa. Você tem mesmo como provar a história da traição pra que isso não prejudique o contrato entre as empresas? – Clarkson perguntou.

– Tenho. Meu advogado acabou conseguindo gravar uma confissão de Kriss e Aspen. – Maxon lhe respondeu. – Essa conversa é apenas para deixar claro como as coisas vão ser agora. Chega de vocês dois manipulando nossas vidas. Essa história de casamento acabou. Eu e America nos amamos e teremos um filho. Vamos morar juntos a partir de agora e vocês dois terão que simplesmente aceitar isso. – Ele prosseguiu, firme.

– Sinto muito pelo sofrimento que esse mal entendido gerou. Estamos processando a clínica que errou o resultado do exame. – Minha mãe disse, cínica. – Vocês podem ficar tranquilos que não fazemos nenhuma objeção a ficarem juntos, principalmente agora que America está grávida. Entendam que só fomos contra antes pelas circunstâncias. Casamento de Maxon com Kriss e claro, o que achávamos ser um impedimento natural, que foi acharmos que vocês eram irmãos.

– Claro. – Maxon disse. Não sei se o tom de ironia foi intencional. – Então estamos entendidos. Vamos procurar um lugar para morar juntos imediatamente.

– Temos pelo menos três apartamentos nessa cidade, Maxon. Escolha um. – Clarkson disse.

– Eu não quero que isso venha de você. Não me leve a mal, mas realmente não precisamos que sejam bonzinhos agora. – Maxon disse e o pai bufou. Minha mãe tocou seu braço o acalmando silenciosamente.

– Deixe-os, querido. Eles querem viver cada parte disso. Procurar um lugar com a cara deles e se sustentarem sozinhos. São dois adultos. – Ela disse.

– Exatamente. – Maxon disse olhando duramente.

– Bom, acho que já esclarecemos as coisas. – Eu levantei. – Eu vou embora.

– Nós vamos. – Maxon acrescentou levantando também.

– Fiquem para almoçar conosco, seus irmãos vão querer te ver America.

– Pode ser. – Falei segurando firme a mão de Maxon que não pareceu gostar muito da ideia, mas assim que sairmos dessa sala vou convencê-lo. Se é para fingir que está tudo bem, vamos fazer direito. 


Notas Finais


Nem acredito que tô conseguindo postar hoje, terminei o cap essa madrugada. Não tá fácil conciliar as coisas por aqui, então por isso talvez eu atrase um pouquinho o próximo (era pra sair sábado, mas acho que só domingo ou segunda). Sinto muito por isso, mas eu não vou abandonar aqui, não se preocupem!

Estamos quase com 150 favoritos, e eu queria agradecer muito! <3 E também sinto que vocês merecem uma comemoração, então eu queria fazer uma coisa legal. Algumas leitoras já me pediram pra fazer maratonas, mas eu nunca tenho tempo, então pensei em deixar de atualizar a fanfic por uns dias (uma semana), para ter tempo de preparar a MARATONA, e voltar postando 5 capítulos em um dia só. O QUE VOCÊS ACHAM? Gostariam disso? Me falem nos comentários, venham conversar comigo que tô com saudade!
Um beijão <3


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