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História Identidade - "...tipo de idiota..."


Escrita por: ISBB5H

Capítulo 16 - "...tipo de idiota..."


Fanfic / Fanfiction Identidade - "...tipo de idiota..."

Twitter: ISBB5H

 

Se a vida fosse um jogo, qual jogo ela seria?

Seria rígida e calculável como no Xadrez? Previsível como o Banco Imobiliário? Conflituosa como uma boa partida de War? O constante mistério de Detetive ou o balanço entre sorte e azar de um Par ou Ímpar?

Se a vida fosse mesmo um grande jogo, seria aquele cujo manual de instruções se perdera há muito. Suas regras mudariam de tempos em tempos, de pessoa para pessoa. Não existiria receita certa para vencê-lo, não haveria sequer a promessa de vitória.

Fato é, a forma como cada um de nós leva e enxerga o jogo da própria vida talvez seja o mais profundo e rico poço de possibilidades já cavado. E cavado para quê? Para que a cada partida nos convençamos um pouco mais de que o nosso tempo em Terra precisa ser contado em vitórias e derrotas.

– O que você quer? – A pergunta foi feita no instante em que Dinah se apoiou contra a alta grade do prédio abandonado e retirou os fones dos ouvidos, abaixando o capuz do moletom que usava. Era cedo, muito cedo, e o vento soprava pelos corredores assoviando baixo.

O garoto a sua frente tentou manter a postura. Era difícil estar frente a frente com a loira. Suas emoções se embaralharam e seus muros ameaçaram ruir. – Eu… – Tomou um pouco mais de fôlego. – Quero conversar com você. E com a Karla.  

– Ela não tem nada para conversar com você. Infernos, eu não tenho e estou me segurando para não te arrebentar nesse mesmo instante.

Encarando os próprios pés o garoto não evitou o comentário. – Você não é mais forte que eu. – Não quis olhá-la nos olhos e perceber a fúria que neles faiscava. Arrependeu-se do que dissera em menos de um segundo. – O que importa é que realmente preciso conversar com vocês, tudo bem? É importante. Eu não deixaria a oportunidade escapar Dinah.

– Como é que é? – Antes mesmo que o jovem pudesse registrar, as mãos da loira o agarravam pelo colarinho. Dinah de fato não era mais forte, mas o que ele faria afinal de contas? Não a enfrentaria em uma disputa física, mesmo para ele isso estava fora de cogitação. – Depois de toda essa merda pela qual está nos fazendo passar, você tem a audácia de agir como se precisássemos da sua colaboração? Como se estivesse prestes a nos fazer a merda de um grande favor?!

– Eu abaixaria a minha bola se estivesse em seus sapatos. Ou nos de Karla.

– Seu filho…

– O recado foi dado. Vocês têm o meu número. – Se afastou da garota arrancando as mãos fortes de sua roupa. – Ligue caso queiram resolver isso de uma vez por todas. Estão ficando sem opções e sabem bem disso.

Dinah sabia que por mais que a afirmação fosse imunda, era verdade. Desconhecia as intenções de Jeremy sobre essa tal conversa, mas boa coisa não deveria ser. Ele mesmo as colocou nessa encrenca em primeiro lugar. Deveria confiar e convencer Camila a escutarem o que quer que o maldito tivesse para lhes falar, ou seria essa apenas mais uma armadilha? – Droga… – Assoviou de volta para o vento.

Vencer pela melhor jogada ou melhor não fazer jogada alguma?

[…]

Mensagem para Camila: Bibliotecas são perturbadoramente silenciosas quando não está por perto. Você fala demais. Eu gosto disso, a propósito.

Mordeu o lábio inferior, respirou profundamente e enviou a mensagem. – Você está tentando ser adorável. – Normani cantarolou antes de jogar-se no colo da amiga. Seus olhos pareciam dois grandes e pulsantes corações.

– Saia de cima, Mani. – Lauren reclamou erguendo o caderno de desenhos que até então estava em seu colo. Estavam sentadas à mesa da biblioteca, não a sua e de Camila como gostava de se referir, mas dessa vez em outro bloco.

– Vocês são uma da outra. – A morena coçou a cabeça enquanto procurava entender. – Estão namorando?

– Eu não disse… – Cruzou os braços. – Nós não, não usamos essa palavra.

– Mas estão em um relacionamento.  – Lauren não tinha uma resposta para isso. – Como pode não ser um relacionamento, certo? Vocês enfim assumiram seus sentimentos, conversam todos os dias, vão a encontros, se beijam… Demais. – Normani piscou para envergonhar a amiga. – É uma relação, confie em mim.

– Eu não sei. – Confessou levemente assustada com a possibilidade. – Nunca tive uma antes.

– Não se preocupe com isso. É… – Mas foi impossível para Lauren manter-se focada na amiga no instante em que seu celular vibrou. Encarou o visor e sorriu. Era uma resposta de Karla para sua mensagem, mas seu conteúdo bastou para transformar seu sorriso em uma linha reta e dura, quase inexpressiva. – Laur? O que foi? – Entregou o aparelho para Normani e esperou. – Esses são os pés de Karla?

– Sim. – Respondeu de prontidão e apontou para a legenda que sucedia a imagem: “Pode me encontrar? Não demore.” – Onde a imagem foi tirada Mani? – Perguntou com impaciência.

– Awn, Lauren! Isso é tão romântico.

– Não, não é porque não sei que lugar é esse. Como posso encontrá-la? – As mãos pálidas se perderam por entre os fios grossos e escuros. – Isso não é nada romântico. É estúpido, porque agora eu quero encontrá-la. – Confessou a razão de sua ansiedade. – Sabe onde fica?

– Na verdade não, mas não deve ser tão complicado descobrir. Alguém deverá reconhecer essas flores. – Com velocidade impressionante todos os pertences da garota de olhos claros foram recolhidos e jogados dentro da mochila.  – Boa caçada! – E tudo o que Normani enxergou foi o dedo meio da amiga antes que ela desaparecesse de vista.

Mensagem para Camila: Ok, Cabello. Sem humor para brincadeiras. Onde você se meteu?

A resposta não chegou, é claro. – Camila idiota… – Lauren resmungava observando com atenção cada mínimo pedaço de terra que continha qualquer vestígio ou espécie de flor. – Com licença, pode me informar onde encontro essas flores? – As pessoas olhavam-na com estranheza e certo ar de irritação a cada vez que fazia essa pergunta. Odiava abordar estranhos daquela maneira, mas logo abaixo de suas armaduras e teimosia, em seu interior mais secreto, divertia-se com o jogo e com o esforço demandado para encontrar a pequena latina. A busca valia o esforço. O último fio de esperança ao qual se agarrou tinha a forma de Dinah, a garota que andava pelo refeitório distraidamente. – Dinah!

– Droga, Lauren! Que susto! – Se encararam com falsas expressões de raiva e sorriram quase ao mesmo tempo. É, se entendiam bem dessa maneira. – O que você quer?

– Camila. – A resposta mal explicada a fez corar. – Quero dizer, ela me enviou essa foto e pediu para encontrá-la. – A mais alta via e ouvia tudo com atenção. – Sabe me dizer onde ficam essa flores?

– Hum, não. Sinto muito, garota misteriosa. – A resposta aniquilando o frágil fio de esperança que ainda lhe restava. Quase quarenta minutos haviam se passado e honestamente, quanto mais Karla iria esperar? – Mas Lauren.

– O que?

– As brincadeiras de Camila não costumam ter graça alguma. – Estranhou o comentário. – Ela tenta e se acha extremamente engraçada por fazê-las, mas na maior parte do tempo é um grande desastre. Considere isso. – Concluiu e se afastou. Não havia maldade na fala de Dinah e sim uma generosa quantidade de pena e deboche, o que fez com que Lauren pensasse ainda mais em Karla. Era a mais pura verdade, a latina tinha a adorável mania de insistir em piadas terríveis ou que não faziam sentido algum. Suas brincadeiras de fato costumavam terminar em…

Antes mesmo que a frase tivesse sido formulada, imagens de um pequeno jardim invadiram sua mente, lembrando-a finalmente de tê-lo visto e onde. Apressou-se naquela direção e não se surpreendeu ao encontrar Camila sorrindo travessa enquanto segurava uma das pequenas flores entre os dedos. – Pensei que não fosse conseguir. – Provocou-a mordendo o lábio inferior para guardar a risada.

– Eu não jogo para perder, Camz.

– Sim, tem razão. E você acaba de ganhar. – Karla passou os braços por cima dos ombros de Lauren e aproximou os rostos. Derreteu-se em prazer ao sentir a força usada pela morena para segurá-la pela cintura. – Deixe-me entregar o seu prêmio. – Se beijaram não com pressa, mas com saudade. Sentiam vir da boca da outra toda a essência de que precisavam para sobreviver. O beijo já não tinha o sabor de novidade, mas queimava o desejo pelo familiar.

Minutos depois se separaram. – Por que aqui?

– Porque foi nesse lugar em que descobrimos que você tinha uma queda por mim. – A piada por trás disso era o fato das duas garotas estarem de pé sobre o mesmo jardim onde Camila assustara Lauren, na saída do terceiro bloco, fazendo-a cair. Contudo, a grande e verdadeira piada era o fato de Camila pensar que isso seria engraçado em primeiro lugar.

– Céus, Dinah tem razão. É tão triste.

– O que é triste?

– Você realmente se acha engraçada. – Zombou recebendo uma série de leves empurrões e um enorme bico emburrado encarando-a com dureza.  – É fofo.

– Eu sou engraçada, Jauregui.

– Sim, você é. Apenas não quando tentar ser. – Camila abriu a boca em espanto. – Sinto muito, Camz.

– Você é uma idiota. Assim como Dinah.

– É claro que sou uma idiota. Passei a última hora te perseguindo como uma tonta por todo o campus. Que outro tipo de ser humano se prestaria a isso, senão um do tipo idiota?

– Um ser humano do tipo… Apaixonado, talvez? – Os olhos claros piscaram devagar. – Eu procuraria por você. – Para a morena mais velha era ainda muito estranha a facilidade que Karla tinha em lhe controlar. Quem dominava, pontuava e comandava este jogo era Camila. Em sua cabeça, exclusivamente Camila. Suas palavras eram afiadas, com pontas capazes de cortar o grosso tecido que revestia a alma amedrontada de Lauren. Suas palavras eram rápidas e eficazes como balas disparadas contra o centro do peito pálido, prontas para penetrarem e instalarem um perigoso projétil prestes a explodir a qualquer momento. Camila ganhava aquela partida porque não jogava limpo, não, não, ela trapaceava.

Trapaceou nas vezes em que escondeu seus movimentos para que Lauren não os rejeitasse. Trapaceava quando não agia de maneira previsível. Terá trapaceado quando revelar ao mundo, e a dona dos belos olhos verdes, ter já roubado por definitivo o seu coração, assim, sem mais e nem menos. Furtado por furtar. Para com ele fazer o que bem entender. – Camz.

– Sim?

– Não o devolva. Guarde-o. – Pediu.

 – O que?

– O meu coração. – Deixou claro ao encarar aqueles olhos escuros que tanto adorava. – Não o quero de volta.

Karla saboreou cada palavra. – Quando foi exatamente que você o entregou?

– Não seja absurda, eu jamais entregaria o meu coração a alguém.

– Mas, Lo…

– Mas você o roubou. E tenho adorado cada segundo disso! É como…

– Como o que? – A latina perguntou com interesse e curiosidade.

– Como estar livre pela primeira vez, o que ao mesmo tempo soa tão estranho, pois me vejo cada vez mais e mais apegada a você, mas é como é. Como andar por aí com a sombra de um coração perfeito e saudável, pois sei que ele está em outro lugar sendo bem cuidado. Como se eu me tornasse mais forte diante dos outros, pois eles já não podem realmente me atingir. Em outras partes do corpo talvez, mas não aqui. – Trouxe uma das pequenas mãos até o lado esquerdo de seu peito. – E por isso não o quero de volta. Quero que guarde-o com cuidado.

– Jauregui. – Camila usou a mão livre para acariciar o rosto e os cabelos rebeldes da morena. – Nada me deixa mais feliz que saber que somos uma da outra.

– Excelente, pois eu não aceitaria dividi-la em hipótese alguma.

– E não terá que dividir. Com ninguém. – Selaram seus lábios. Antes que deixassem o jardim para caminhar pelo campus, Lauren capturou uma das flores para colocá-la acima da orelha de Camila e ambas sorriram satisfeitas com o gesto. – Tem planos para amanhã à noite?

As mãos entrelaçadas com firmeza. – Não. Plano algum.

– Ótimo, não faça nenhum. Dinah tem alguns primos visitando a cidade e eles nos convidaram para comer.

– Eles te convidaram, você quer dizer.

– “Cabello mais um”, se não me engano.

– Sou o seu “mais um”?

– Você é a minha “uma”, Lolo. Não sabe disso?

– Gosto quando deixa claro. – Trocaram mais alguns beijos antes que Karla se desse conta do horário avançado. – Tem mesmo que ir? Queria que ficasse… – A vergonha esquentou as bochechas pálidas. – Você é minha, não é? Posso pedir.

– Sinto muito, Lolo. Tenho ainda uma última aula antes de correr para casa e estudar como uma louca. – Lamentou-se. – Não seja assim tão linda e adorável quando não posso ficar e enchê-la de beijos.

– Prova?

– Sim, amanhã bem cedo. Mas nos veremos a noite, não é? Poderá ir?

– Claro, Camz.

– Ótimo. Leve Normani se quiser. – Quando a latina se foi, a maior se viu novamente consumida pela certeza garantida de não controlar aquele delicioso jogo em que se envolveram. Afinal, era sobre mais do que apenas jogar.

É sobre se jogar.

[…]

Batucou a ponta do lápis contra a mesa do refeitório. Era já o fim da manhã de um novo dia e Lauren tinha sérios problemas para concluir o desenho e outros tantos em forçar-se a manter a concentração. No instante em que o grafite reencontraria o papel, um copo foi posto a sua frente. O rastro de fumaça deixava o recipiente e o cheiro do café quente fez seu estômago ronronar em antecipação. Olhou para cima a tempo de acompanhar a mulher sentando-se do outro lado da mesa enquanto provava de sua própria bebida. – Preto. Sem açúcar. Beba.

– Acertou em cheio. – Nem ao menos se deu conta de que havia respondido alto o bastante para ser ouvida.

– Acho que sou boa em adivinhações. – Piscou. – Essa é a segunda vez que bebemos juntas, percebe? – Disse Allyson.

– Isso não é verdade. Bom, é… Mas não dessa forma.

– Relaxe, foi apenas uma observação. A única diferença é que naquele dia você estava acompanhada e hoje não está. – Embora o pequeno e irritante sorriso em seu rosto atribuísse tom desagradável aos comentários, Lauren simplesmente não conseguia decifrar as reais intenções de Allyson.

– Como pode ter tanta certeza? – Desafiou-a. – Camila pode apenas ter ido ao banheiro.

Ally sorveu um novo e longo gole do copo. – Oh, vocês ainda estão juntas?

– Que tipo de pergunta é essa? – Tarde demais, Lauren não havia gostado nada, nada do comentário.

– Do tipo normal? – Ally tentou. Não fez para provocá-la, mas por genuína e legítima curiosidade. – Me desculpe, é que eu a vi ontem à noite. – Mas sua frase morreu à meia garganta ao perceber o peso do estava prestes a dizer.

– Isso não… – Lauren tornou a resmungar seus pensamentos. – Ela foi para casa. Estudar.

– Oh, bem, ela pode ter ido. – Encorajou-a com um pouco mais de timidez. – Com um garoto.

Não era preciso ser um grande detetive para deduzir que a informação havia acabado com todo o bom humor da garota. O restante do dia e o princípio da noite gastos com produções quase cinematográficas que se repetiam em sua mente a cada novo minuto. Camila e um garoto. Camila e outra pessoa. Camila, sua Camila, com alguém que não era ela. Não que Lauren fosse extremamente ciumenta, mas desastrosamente insegura. Perigosamente inexperiente nesse que era para ela um novo jogo.

Mais tarde, Normani a encontrou na saída dos dormitórios. Aguardava ansiosamente pela amiga para que pudessem se juntar a Karla, Dinah e aos outros. Tagarelava sem se dar conta do estado de total desânimo que acometia a garota ao lado e dispostas dessa maneira chegaram ao bar. A loira mais alta chegara antes, na companhia de Karla, para receber os primos e em meio a tantas risadas e brincadeiras, não perceberam a chegada das calouras. – Elas estão ali. – Normani apontou. – Vamos? – Mas Lauren não se moveu. Ao contrário, apenas observava a agitação naquela mesa. A forma como um daqueles homens se inclinava na direção de sua garota. O belo sorriso e as bochechas coradas que ele recebia em retorno. – Laur? Aconteceu alguma coisa? Sente-se bem?

Era como estar em um carrossel que gira em alta velocidade. A princípio, as luzes que dançam ao seu redor, os rostos que passam como borrões e o vento forte e gelado são sensações divertidas, até o instante em que já não são, e a partir daí tudo o que você quer fazer é parar. Parar de girar. Ter a opção de desistir e se recolher em terra firme e estável outra vez. – Estou bem.

Normani se inclinou para que o cochicho saísse baixo. – Você não parece bem.

– Estou bem.

– Ok. – Respondeu sem se convencer. – Laur, pode continuar “bem” e aqui por mais dois segundos? Volto já.

Lauren não pôde dizer quantos segundos exatamente se passaram até que Normani retornasse, até porque,ela nunca voltou. Em seu lugar, Camila e seus olhos escuros e preocupados lhe encaravam. – Lolo. – As mãos pequenas e macias envolveram o rosto pálido, forçando os verdes brilhantes em uma única direção. – O que aconteceu?

– Você. – Sussurrou. – Você me aconteceu. – Despertou do torpor e disparou em direção à saída, ciente de que tinha uma confusa e assustada latina em sua cola.

– Lo, Lauren! – Karla a segurou pelo pulso quando do lado de fora do bar. – Espere. Eu não entendo, o que aconteceu?

– O meu coração, Camila. Onde você o colocou? 

Se a vida fosse mesmo um grande jogo, todas as apostas seriam altas. Ninguém concordaria sobre o tempo certo entre a sua jogada e a do outro. Muitos desistiriam no meio da partida e outros se recusariam a jogar.

Se a vida fosse mesmo um grande jogo, que tipo de idiota apostaria o próprio coração?



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