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História Identidade Trocada - Desaparecido


Escrita por: yehunnie

Notas do Autor


Desculpinha a demora, como tinha falado no gato curioso, ia tentar atualizar o mais rápido possível, porém o capítulo seria curtinho. Então, boa leitura <3

Capítulo 11 - Desaparecido


Minseok não sabia como agir.

E talvez aquela não tivesse sido a sua melhor ideia, mas parecia ter ajudado um pouco.

O choro não estava mais alto, e mesmo com o peso do mais novo em seu colo, ele abraçou o corpo que chorava contra o seu pescoço, enquanto segurava o próprio choro... Era surreal toda aquela situação, mas ele tinha no fundo a esperança que a reação fosse diferente. Na totalidade de pessoas da família Wu, tinha restado apenas três pessoas naquela casa perplexas e surpresas com tudo aquilo... Eram muitas informações a serem assimiladas.  

Foi tudo muito rápido, Minseok sabia que não deveria ir embora naquele dia, tinha algo que martelava em sua cabeça para não deixar Chen sozinho naquela casa. E não deu outra, escondido embaixo da janela dos Wu, o Kim escutou toda a conversa, inclusive quando chegaram mais pessoas.

Ele escutou os berros e o choro alto, escutou os pedidos de perdão e imaginou as tentativas de abraço, inclusive as recusas.

Chen se sentia traído após viver anos com uma longa mentira contada.

Uma história omitida.

A sua história.

E quando pensou que estava acabando, escutou Yi Fan chegando em casa acompanhado.

Yi Fan descobriu a verdade junto a Kim Jongdae.

 

Minseok apertou Chen em seu colo, ele parecia ter se transformado em uma criança perdida dos pais na rua, completamente perdido e desejando ser encontrado. O seu choro já não fazia mais barulho, mas continuava molhando a sua camisa, enquanto o corpo tremia. O Kim acariciou os fios do mais novo, enquanto seu outro braço o apertava em um abraço.

Não tinha muito o que fazer naquele momento.

_____________

Kim Junmyeon socou o seu travesseiro com força.

Ele não conseguia descrever como estava se sentindo, era uma mistura de raiva com mágoa, além do sentimento de traição. Seu melhor amigo tinha o enganado, e o ser que mais detestava em seu colégio era quem estava todos os dias ao seu lado, talvez, ele não sabia quando ou com quem estava conversando. Seus segredos e manias tinham sido compartilhados com um estranho, que no fundo o conhecia tão bem quanto seu melhor amigo.

                Kim Jongdae, aquele que ria de si junto aos amigos durante o início do fundamental. Ele ria pelos seus óculos grossos, pelo seu peso e até mesmo pela sua inteligência. E após o Kim mais velho ter mudado de colégio após o constante bullying... Quando eles se reencontraram nos últimos anos do fundamental, Jongdae tinha ignorado a sua existência, no fundo aquilo o aliviou.

As lágrimas escorriam em seu rosto e ele não sabia quem xingaria, se era Kim Jongdae ou Wu Chen, não sabia para quem destinaria o seu ódio, se seria somente para o Kim ou se o Wu estaria a partir de então incluso na ‘listinha negra’ de pessoas que não suportava.

E aquilo doía, mais do que imaginava.

Kim Junmyeon estava apaixonado por uma ilusão de uma pessoa, e não por uma pessoa em especial.

Ele não sabia quem habitava seu coração...

Seria Kim Jongdae ou Wu Chen?

Mas de uma coisa ele tinha certeza: não queria nenhum dos dois próximos de si.

Nunca mais.

A sua mãe bateu na porta e entrou de macinho, rapidamente, o mais novo limpou os resquícios de lágrimas, não queria ter que explicar o que tinha acontecido e o que estava acontecendo consigo.

Ela não perguntou nada, ainda encostada no batente da porta, o chocolate quente que sua genitora tinha deixado na cabeceira de sua cama já estava frio, e mesmo que o filho afirmasse que não precisava de companhia, ela se sentou na cama e o puxou para um abraço acariciando seus fios negros. E foi naquele momento que Junmyeon desabou ainda mais.

E ele contou tudo a mãe.

Não existia ninguém mais no mundo que ele poderia confiar mais, era ela quem foi a primeira a saber quando beijou pela primeira vez e mesmo quando afirmou que seus olhos se focavam mais nos corpos masculinos, ela não o julgou. Sua mãe lhe deu amor e carinho, mesmo quando Junmyeon não tinha coragem.

 

_____________

Jongdae encarava os Wu perplexo.

Tinha visto Chen saindo correndo da casa e sequer conseguiu reagir quando escutou o motivo dele sair daquela maneira perturbado. Seus olhos vagavam entre os dois chineses a sua frente, e em algum momento não conseguia mais escutar o que era lhe dito. Seus pais... Os Kim não possuíam o mesmo sangue que si, aqueles que chamou de pai e mãe durante toda a vida, não eram de fato seus pais.

Ele não sabia o que dizer, como reagir.

– Desculpe, Jongdae – A senhora que dizia ser sua mãe começou a falar. – Não queríamos falar isso desta maneira, mas o Chen descobriu...

– Essa é a história mais louca que já ouvi falar... – Yifan comentou, ele estava em pé andando de um lado para o outro tentando se acalmar. – Vocês tem certeza disso?

– Só podemos ter cem por cento de certeza com um teste de DNA. – O Senhor Wu falou, seus olhos se focaram em Jongdae. – Precisamos falar com os...

Ele não sabia como falar... Pais do Jongdae? Mas ele tinha certeza que ele era o verdadeiro pai daquele garoto a sua frente... Ele poderia dizer que sentia que Jongdae era seu filho, da mesma maneira que Chen e Yifan eram. E mesmo que um teste provasse o contrário, ele já gostava daquela criança como um dos seus filhos.

O mais novo confirmou com a cabeça, não conseguia falar... Como iria falar com a sua mãe sobre isso? Sua irmã? Ele tinha uma vida formada com aquela família, e o futuro lhe dava medo, e agradeceu aos Wu por lhe dar espaço naquele momento.

– Precisamos procurar o Chen. – Foi a vez da Senhora Wu se pronunciar, após repousar o telefone e escutar o celular do mais novo Wu tocando no andar de cima da casa.

                Os pais concordavam que seu filho precisava de um momento para respirar e refletir sozinho sobre o que lhe foi confessado, mas já tinha se passado horas e a lua já estava no topo do céu. Já tinha passado da hora dele voltar...

_____________

Junmyeon sentiu o cafuné que recebia cessar quando o telefone tocou. Ela saiu da sua cama com delicadeza, ele limpou o rosto e tentou se manter forte... Sabia que ela voltaria, queria pelo menos se mostrar um pouco melhor.

Ele sabia que a sua dor, causava dor nela.

Quando ela voltou com o telefone sem fio e um sorriso triste, ele sabia que deveria atender aquela ligação. E droga, ele não conseguia ir contra o certo a se fazer naquele momento... Era como se sua consciência ficasse eternamente pesada por negar aquela ligação, e mesmo com a voz meio rouca pelo choro ele escutou Yifan do outro lado da linha explicando que Chen tinha desaparecido...

Aconteceu algo aqui em casa e ele saiu correndo, desde então não temos notícias dele... – Yifan relatou do outro lado da linha.

– Ele deve estar com o Jongdae... – Respondeu simplicista. Estava com raiva dos dois, e poderia imagina-los conspirando juntos sobre si. – Ele deve saber onde o Chen está.

Não... O Jongdae está aqui.

– Por que? – A pergunta saiu mais natural que desejava. A sua curiosidade de saber o que o outro estava fazendo na casa dos Wu o deixava nervoso.

Não posso falar isso por telefone. – A voz do chinês estava bem baixinha e Junmyeon se questionou se estava ouvindo direito. – Os pais do Jongdae estão chegando em breve aqui... Você tem certeza que não sabe onde ele está?

Pelo telefone, o coreano negou.

Seu corpo parecia estar fraquejando... Chen tinha sumido e Jongdae precisava que seus pais fossem até lá, algo tinha acontecido de sério e mesmo com toda a raiva que preenchia seu coração, o seu senso de responsabilidade falava mais alto e quando pediu para que a sua mãe o levasse até a casa dos Wu já tarde da noite, ela apenas perguntou se ele tinha certeza disso.

E mesmo sem certeza, Junmyeon confirmou que precisava ir lá.

_____________

Chen tinha acalmado um pouco, e mesmo meio relutante tinha deitado na cama de Minseok.

Seus olhos permaneciam fechados, enquanto seu corpo abraçava fortemente um travesseiro como uma forma de proteção, Chen queria se sentir protegido.

– Você quer falar? – Minseok perguntou enquanto se sentava ao lado do outro. Mesmo com os olhos fechados, ele sabia que Chen não iria dormir aquela noite.

– Eu não odeio o Jongdae, caso esteja pensando isso. – Sussurrou.

– Não estou pensando isso... Eu só quero saber o que está passando na sua mente agora.

– Era uma situação enquanto estávamos investigando, outra situação é vive-la.

Os olhos de Chen abriram brevemente e o mais velho percebeu como ele estava cheio de lágrimas novamente, e ele desejava que o outro pudesse descansar um pouco, nem que fosse por alguns segundos. O Wu precisava se desligar dos seus pensamentos...

– Tente dormir um pouco. – Pediu o mais velho. 

– Não vou conseguir...

– Eu sei... Mas tente... Estarei aqui com você a noite toda. 

_____________

Jongdae estava no meio da briga entre os dois casais, escutava os gritos e até mesmo o choro por parte de sua mãe, a que tinha o criado, quando a história foi novamente contada.

Quando eles decidiram que iam sair a procura de Chen, Minseok enviou uma mensagem de texto para Yifan falando que o mais novo Wu estava em sua casa e isso tranquilizou os demais, ele iria dormir na casa do amigo. E enquanto isso, os pais de Jongdae foram até o lar dos Wu. O jogador de basquete não aguentou aquela discussão e decidiu sair para correr, ele também precisava do seu tempo.

Sua cabeça estava explodindo em dor, seus olhos estavam focados na mesinha de centro na sala enquanto sentia aquele que chamava de pai discutir com o Wu que argumentava.

Eram muitas coincidências.

Jongdae e Chen nasceram no mesmo dia.

No mesmo hospital.

Chen era gêmeo, e tinha perdido o seu irmão durante o parto.

Eles possuíam o mesmo tipo sanguíneo, B positivo.

A discussão parou momentaneamente quando a campainha tocou.

A Senhora Wu abriu a porta e observou Junmyeon na porta, com a sua mãe logo atrás como uma segurança, quando Jongdae encarou o outro Kim lhe observando, sentiu seu peito se apertar.

Quando Junmyeon encarou Jongdae sentado naquele sofá, soube que era ele.

Ele sabia que aquele era Jongdae.

E sabia que era Jongdae quem ele amava.

Não dava para explicar como tudo tinha se encaixado e como ele apenas soube. Conhecia aquele brilho nos olhos, conhecia aquela expressão que tentava não demonstrar nada, mas mostrava toda a dor que estava carregando.

Mesmo sem o convite para entrar, Junmyeon entrou na casa. Naquele momento não teve medo de uma possível recusa, era como se toda sua raiva tivesse desaparecido vendo aquele sofrimento estampado no rosto do mais novo. E para a surpresa do próprio Jongdae, Junmyeon o abraçou, bem forte como ele precisava.

Era tudo que o mais novo precisava para finalmente desmoronar.

As lágrimas quentes e o choro finalmente conseguiu expressar tudo que estava sentido naquele momento.

– Eu estou aqui, Jongdae... – Junmyeon murmurou baixinho. – Estou aqui... Vai ficar tudo bem. 


Notas Finais


Novamente, desculpa a demora!
O que vocês acharam? Junmen é um bom menino hmm; Tadinho do nosso Jongdae :O Hoje teve pouco Chen, tadinho, também foi um choque, próximo prometo que terá mais Chen ^^

Estou no: https://twitter.com/yehunnie | http://curiouscat.me/yehunnie


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