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História Ideologia - Capítulo 2


Escrita por: FoxChan

Notas do Autor


Olá, pessoas!

Aqui está mais um capítulo... Logo posto o outro!

Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Ideologia - Capítulo 2

- Ela está morta e você falando mal dela...

- As pessoas tem mania de achar que ficar doente ou morrer as redime de seus pecados. Estar morta não apaga os erros que ela cometeu.

- Minha mãe não fez nada de errado.

- Claro, para você ela sempre será a verdade em pessoa, não posso te julgar, mas não defenda a mulher que me afastou de minha única filha. Isso nunca será uma ação certa.

- Única? Mas, e ele? – Madeleine apontou para o rapaz na cozinha.

- Benjamin é meu enteado. Filho da minha atual esposa. Quando a conheci, ele tinha seis anos, então venho sendo seu pai desde então.

- E o pai dele?

- Era militar, faleceu em combate.

- Ah! Bom, eu vim te procurar, porque vou precisar de ajuda. Será se você vai poder me ajudar?

- Claro, afinal você é minha filha.

-Eu preciso de um lugar para viver, não tenho dinheiro para manter o aluguel.

- Você pode morar aqui, temos um quarto a mais. Mas as coisas aqui são muito diferentes do que eram na sua casa. Você pode se assustar um pouco, e terá de frequentar uma escola.

- Escola? Mas minha mãe disse que é um lugar cheio de pecados.

            O homem olhou a filha com tristeza, notou que ela era como a mãe, religiosa e rígida. Começou a temer sua convivência com o enteado que era um homem muito moderno e liberal. Mas ela tinha que se acostumar com o mundo onde vivia, sair daquela bolha onde a mãe a criou.

- Escola é um lugar para se aprender tanto matérias como convivência humana, que você parece estar precisando. Se é ou não um lugar de pecado isso depende somente de você mesma.

- Como eu disse, não tenho opções.

- Exatamente. Minha esposa está viajando para visitar a mãe dela, na Califórnia e só volta em quinze dias. Vou te arrumar uma escola e Ben pode te ajudar um pouco com as coisas que não conhece, vou te apresentar ele. Eu tenho que ir trabalhar e ele logo vai para a universidade, mas ele pode te mostrar seu quarto e te explicar um pouco como essa casa funciona. Tem coisas pra buscar na sua cidade?

- Não, tudo que tenho está aqui.

- Ótimo. Vou te apresentar Benjamin. – o pai então se virou em direção a cozinha. – Ben, venha aqui um segundo.

- Claro – o rapaz respondeu e logo estava ali os olhando.

- Ben, essa é minha filha. Aquela que eu contei que nunca tinha visto.

- Ah! Muito prazer, eu sou Benjamin Khan – ele falou estendendo a grande mão para ela, que logo a pegou.

- O prazer é meu. Sou Madeleine Lewis.

            Benjamin sorriu para ela e então se voltou ao pai o olhando questionador.

- A mãe dela faleceu e ela vai ficar conosco. Tenho que trabalhar agora, será se poderia mostrar a ela o quarto de visitas e falar das regras da casa. A noite converso direito com vocês.

- Claro, pai. Eu mostro a ela.

- Obrigado. Madeleine, conversamos melhor quando eu voltar, ok?

- Claro... - Madeleine não tinha muitas opções. Não podia viver sozinha, e ali era a única casa que tinha para ficar, teria de se adaptar.

- Até mais. - Com isso o homem pegou sua pasta sobre o balcão perto da cozinha e se foi.

- Madeleine... Vem, vou te mostrar o quarto – o homem falou com um sorriso doce nos lábios.

            Madeleine assentiu retribuindo o sorriso e o seguiu. Achou o rapaz tão lindo, sentia uma sensação estranha no estomago e um nervosismo sem explicação, sabia que isso vinha do belo rapaz a sua frente. Ela só o seguiu pela casa, mas só conseguia olhar para ele. Reparando em seu pescoço de pela clara em contraste com os cabelos escuros amarrados atrás da cabeça. Vinha um perfume maravilhoso do homem a sua frente, que a fazia respirar mais profundamente para aproveitar o cheiro.

            Ele então parou em frente a uma porta que apontou a ela com um sorriso discreto.

- Aqui. Pode ficar com esse quarto. O banheiro é a porta logo à frente, a porta do fundo é o quarto do pai – ele falou.

- Entendi. Obrigada... mas o que o Marcus falou sobre regras da casa?

- Pode colocar suas coisas aí, então descemos e eu te falo antes de sair.

- Ah... Ok.

- Te espero lá em baixo.

            Com isso ele saiu e voltou pelo corredor, Madeleine se virou o olhando. Ele a fazia querer olha-lo para sempre, nunca tinha se sentido assim sobre alguém antes. Sentia um frio na barriga por estar ao lado dele, e queria ficar perto dele e olha-lo. O sorriso dele a encantava. O que isso queria dizer?

            Entrou no quarto e se surpreendeu ao ver uma cama de casal, era grande, nunca tinha dormido em uma. Tanto ela como a mãe dormiam em cama de solteiro, nunca tinha se perguntado porque, mas agora tinha ficado curiosa com isso. Colocou as poucas coisas que tinha sobre a cama e saindo voltou a descer para sala onde não viu ninguém. Ao chegar lá em baixo viu Benjamin na cozinha fazendo algo. Se aproximou lentamente e viu o rapaz colocando uma calda de chocolate muito cheirosa sobre um bolo, a boca de Madeleine salivou com aquilo. Ela só podia comer coisas assim em seu aniversário e era coisas como uma fatia, a mãe falava que comer coisas além de sua necessidade era gula.

            O rapaz tinha fones no ouvido e se balançava ao ritmo calmo do que devia ser uma música, provavelmente moderna. Madeleine ouvia essas músicas na rua, mas em casa era proibido, lá só músicas sobre Deus. Benjamin colocou a panela de lado e lambeu o dedo sujo com a calda marrom, e o gesto fez Madeleine sentir um frio na barriga forte e incomodo que ela não entendeu. Ele então pegou o bolo e se virou, só então vendo a garota ali. Ele sorriu para ela, e segurou o bolo com uma mão tirando os fones com a outra.

- Ei! Vou guardar o bolo ali na geladeira e você pode comer mais tarde. Fica muito bom com um copo de leite.

- Ah... Ok...

            Ele o guardou lá e voltou a panela onde passou a colher e começou a comer o resto do chocolate.

- Quer um pouco? Não é só porque eu fiz não, mas está muito bom...

- Não, obrigada – ela falou sem jeito, queria muito provar, parecia tão bom. Mas não podia, era pecado, Deus a castigaria.

            O rapaz vendo à vontade nos olhos da menina, pegou outra colher e pegando uma quantidade generosa ofereceu a ela.

- Tome. Experimente... vamos, vou me ofender se não o fizer.

            Bom, Deus não a condenaria por uma colher de chocolate, não é? Ela então sorriu e pegou a colher.

- Obrigada!

            Agradecendo ela levou a colher a boca e experimentou. Era maravilhoso, tinha o melhor gosto que já tinha sentido. Era doce e derretia na boca, poderia comer aquela panela cheia se tivesse. Ficou imaginando porque Deus a proibiria de comer algo tão bom. Por que Deus, que ama tantos seus filhos, ia querer tirar aquilo deles? Se era tão bom e não fazia mal nenhum? Era só comida. Benjamin estava comendo e parecia perfeitamente bem.

- Então, sobre as regras, é coisa simples. Você só tem que ajudar com a casa. Com o que souber... limpar, organizar, cozinhar... nunca saia sem dizer aonde vai. Se tiver horário para voltar não se atrase. Faça as obrigações antes de qualquer outra coisa, e a escola tem prioridade. Não é muita coisa, e tudo isso é questão de respeito aos moradores, o que é essencial numa convivência. Você me parece uma boa pessoa, não acho que vá ter problemas aqui.

- Ah! Bom, acho que posso lidar com isso...

- Bom. Eu tenho que ir. No meu quarto tem um computador se quiser usar tudo bem...

- Computador?

- É... Não conhece? – ele perguntou franzindo o cenho, realmente estranhando.

- Já vi, mas nunca mexi em um.

- Sério? Bom, eu tenho que ir. Pode comer o bolo se sentir fome. Quando eu voltar te ensino a mexer no computador.

            Ele seguiu para porta, pegou uma mochila que estava no sofá e a jogando nas costas saiu. Madeleine então ficou olhando para porta, não sabia o que fazer ali. Perdida resolveu ir dar uma olhada em suas coisas na mochila. Subiu para o quarto e se sentando na cama começou a mexer em suas coisas. Até encontrar uma foto de sua mãe. Era a única que tinha, eram as duas, simplesmente em pé uma ao lado da outra. Tinha sido tirada cinco anos atrás.

            Assim que bateu os olhos na foto, sentiu um aperto no peito. Sentia falta da mãe, ela representava a vida que Madeleine conhecia e agora tinha deixado para trás. Era tão mais fácil viver a vida que conhecia, tudo agora era novo e sem a mãe para guiá-la não sabia bem como seguir, o que podia ou não fazer, mesmo que com algumas coisas, ela confessava que não via sentido nas ações da mãe. Mas agora isso não importava, ela não tinha mais a mãe ali. Se deitou abraçada com a foto e quando deu por si chorava, daria qualquer coisa que tinha para ter a mãe de volta. Sem notar acabou por dormir.

            Acordou sobressaltada com alguém batendo na porta.

- Madeleine? Está aí? – ouviu a voz do pai a chamar.

- Sim, estou sim.

- Já tomou um banho?

- Não.

- Devia tomar um e então descer, o jantar está quase pronto.

            Jantar? Quanto tempo ela dormiu? Pelo jeito muito, estava cansada das viagens. Ouvido o pai falar de banho se lembrou que não tomava um a bastante tempo. Se levantou limpado o rosto ainda molhado e foi até bolsa pegando um vestido, bom ela só tinha vestidos, e uma roupa de baixo. Seguiu para a porta que Benjamin tinha dito ser o banheiro, mas assim que chegou lá viu na porta ao lado Benjamin, usando só uma calça jeans com o botão e parte do fecho abertos, falando no celular.

- Eu entendi, Mike. Você só podia ter me falado antes... não, eu não estou bravo. Mais tarde eu vou aí, vou jantar primeiro. É, ok... até mais.

            Madeleine se sentiu um pouco mal por ter ouvido e envergonhada pelo modo como o rapaz estava vestido. Entrou rápido no banheiro, mas o que a incomodou mesmo foi o fato de que ela tinha sentido vontade de toca-lo, de sentir a pele dele na sua e isso ela começou a temer, não devia sentir nada isso, isso era desejo carnal a mãe a tinha explicado que isso era errado ela nunca podia atender, mas era tão tentador. E tão simples, era só entrar no quarto e tocar.

            Tentando esquecer de tudo, se trocou e entrou no chuveiro para um banho demorado e relaxante, estava precisando. Depois de sair desceu para cozinha onde o pai estava sentado vendo Benjamin cozinhar. Foi até o pai e sentou ao lado dele.

- Como foi seu dia? – ele a perguntou.

- Acho que dormi o dia todo depois que fiquei sozinha.

            Logo o jantar estava servido e eles começaram a comer.

- Hoje é quinta e amanhã vou te inscrever para a escola mais próxima, você terá de fazer uma prova para verem em que ano você entra, então frequentará lá todos os dias. Não é longe você pode ir a pé. Amanhã te falo ao certo - ele explicou.

- Ok. - Foi tudo que ela disse, a convivência com as pessoas da escola a apavorava. Nunca tinha ido a uma escola, não sabia o que esperar.

            A comida era muito boa e Madeleine sentia vontade de comer muito além do que devia, a comida da mãe era sempre muito simples e sem gosto, mas essa estava divina. Poderia comer até não aguentar mais, mas não faria isso, era gula, era pecado. O jantar acabou logo.

- Pai, pode lavar as coisas? Vou na casa do Mike – falou Ben ao pai.

- Aconteceu alguma coisa? – Marcus quis saber do filho.

- Ele caiu hoje de manhã e quebrou um dedo, acredita? Ele só me contou agora a pouco – explicou o rapaz.

            Madeleine então entendeu a conversa, mas ainda ficou curiosa. Era normal ficar bravo com o amigo por ele só ter contado essas coisas tarde.

- Porque ele não te ligou cedo?

- Disse que não queria me preocupar, pois sabia que eu tinha prova hoje.

- Ele está certo, Ben. Te desconcentraria. Mas vai lá, eu lavo.

            Ben sorriu lindamente ao pai.

- Obrigado!

            Com isso na hora ele se levantou, foi para a porta pegou uma chave de carro e saiu. Madeleine só o olhou sair e nada disse, mas depois se ofereceu para lavar a coisas para o pai. Ao terminar se sentou com ele na sala onde ele via um telejornal, mas logo esse acabou.

- Pode ver o que quiser, eu vou ver TV no meu quarto. Durma antes de amanhecer. Boa noite – falou o pai sorrindo e se foi em direção a escada.

            Antes de amanhecer? Ver o que quiser? Ela tinha de dormir as nove da noite todos os dias e só podia ver TV com a mãe, mas agora podia ver o que quisesse.

            Ficou olhando cada canal ali, até achar um filme, gostava de filmes, mas só podia ver o que a mãe deixasse, agora podia ver qualquer um. Deixou em um filme qualquer. Era muito legal a estória do filme, quando estava no meio à porta se abriu e Benjamin estava de volta. Ele foi até a sala e se sentou perto dela com um suspiro e começou a ver o filme com ela.

            Mais para o final tinha umas cenas quentes entre um casal. Madeleine olhou para Ben e viu que ele achava aquilo supernormal, então ela se esforçou para isso também, mas sem poder evitar corou com aquilo, não queria ver, mas começou a temer parecer estranha se mostrasse que aquilo a incomodava.

- Para quem nem conhece um computador você parece bem à vontade com uma cena de sexo – Benjamin comentou a fazendo corar ainda mais.

            Sexo, essa palavra era completamente proibida na sua casa, mas ele a falou com tanta naturalidade. Madeleine sentiu o rosto queimar,

- Não estou à vontade – ela disse olhando para as próprias mãos.

            O rapaz então se virou a olhando e notou que ela tinha se encolhido tentando se proteger da TV e não olhava a TV, sem falar que estava tão vermelha que parecia que ia explodir.

- Desculpe. Achei que fosse mesmo natural pra você, pare de se martirizar por causa de uma cena de filme. Sexo é normal, não tem nada de complexo nisso, tire da sua cabeça essa imagem diabólica que você tem de sexo. É parte do ser humano, e você querendo ou não, é humana. Sentir desejo é normal, querer satisfaze-lo é mais ainda. Sentir prazer e satisfação não é o fim do mundo, só um modo de relaxar e deixar a vida mais agradável. Ninguém a condenará por isso. Ninguém... – Benjamin terminou e ia se levantar.

- Mas Deus... – Madeleine começou e Benjamin desistiu de levantar e a olhou, e ela se calou.

- Deus nada tem com a sua vida.

- Deus me deu a vida! – ela contrapôs.

- Pode ser, mas ele não a controla, você faz isso. As pessoas têm uma ideia muito limitada de Deus.

- Limitada? Deus é o todo poderoso...

- É? Então me diga. Deus mata pessoas?

- Não...

- Então ele não é todo poderoso.

            Isso fez Madeleine pensar por um segundo.

- Deus, criou o mundo e ele o observa e zela por ele o tempo todo.

- Vocês e suas religiões fazem de Deus uma criança má com uma lupa, escolhendo quem morre e quem vive. O que faz Deus achar que você merecia perder a mãe, mas o cara que estupra crianças continua com a dele?

            Madeleine estava começando a se sentir impotente, a mãe conseguiria defender seu Deus, mas ela não sabia responder porque mereceu perder a mãe... Nunca tinha cometido nenhum pecado por querer... Seguia a palavra de Deus como as regras de sua vida e mesmo assim fora castigada. Porque as pessoas ruins continuavam com suas vidas sem castigos?

- Eu...

- Deus não é um ser humano grande que vive nas nuvens. Deus é a força que rege a vida. Estamos aqui com nosso livre arbítrio e são nossas ações que nos levam ao nosso destino, não o dedo de Deus. Me diga, em todo esse tempo que viveu com sua mãe, quantas vezes ela foi ao médico?

            Madeleine abriu a boca e pensou. Uma. Não se lembrava de a mãe falar que ia ao médico nenhuma vez além daquela em que descobriu o câncer. Se lembrava da mãe a levar uma ou duas vezes ao médico, mas nunca ir ela mesma.

- Não me lembro...

- Todos devia ir ao médico ao menos uma vez ao ano fazer um checkup. Não fazer isso te faz sujeito a doenças. Sem recursos e persistência nenhuma oração é forte o suficiente. Se lembre, pare de comparar Deus com uma criança má, ele é muito mais que isso.

            Dizendo isso ele se levantou e se foi deixando Madeleine com o resto do filme. Madeleine estava com a boca aberta. O que ele disse ia contra tudo que ela tinha aprendido a vida toda, mas se era assim, por que fazia tanto sentido? Por quê? As palavras do belo rapaz tinham abalado toda uma vida de fé cega. Se Deus era o criador da terra e amava os humanos, por que ele os punia por suas escolhas? Escolhas que ele mesmo os tinha dado? O Deus que ela tinha em mente agora começava a parecer um cético se divertindo ao escolher quem morre e quem vive, com base em quem o adora mais ou não. Não era assim que Deus tinha que parecer, Deus tinha que estar a cima de tudo isso.

            Madeleine se sentia confusa e culpada, por começar a duvidar das coisas que sua mãe a tinha ensinado. Foi para a cama confusa e sonhou com um homem de longa barba branca que sorria ao apontar para as pessoas que morriam. Acordou tarde e assustada. Não havia ninguém em casa. Achou o bolo na geladeira e comeu um pedaço maior do que devia, se sentia triste e confusa e o bolo parecia aliviar isso. Na hora do almoço o pai veio e a levou a escola onde ela já faria a prova. O resultado saia na hora.

            Madeleine terminou a prova com medo, pois muitas coisas ali, não conhecia. Ela e o pai esperaram a diretora que foi até eles.

- Como foi? – Marcus perguntou curioso e apreensivo.

- Estranho – a mulher baixa e gordinha respondeu.

- Como? – voltou a questionar o homem.

- Bom, ela foi muito bem em português, história, geografia e artes. Mas matemática e ciências ela foi bem mal, principalmente ciências.

            Madeleine baixou a cabeça envergonhada com isso, mas Marcus fez expressão de compreensão.

- Não me espanta. Ela foi criada e educada por uma mulher muito religiosa, é de se esperar que ela não ensinasse muito ciências a ela. E ela sempre foi ruim em matemática, lembro de ajuda-la na escola, quando ainda namorávamos. O que me sugere? – o pai quis saber da diretora.

- Bom... Acho que com esses resultados posso libera-la das matérias que ela foi bem. Então a colocaria no especial de física, química, biologia e matemática. E ela teria de fazer uma língua. Pode escolher entre espanhol, francês e alemão.

- Ok. Pode inscreve-la no especial. Que língua prefere? – o pai perguntou a ela, que ouvia calada ali.

            Ela então se lembrou da avó, mãe de seu pai, e a dificuldade que teve de falar com ela.

- O senhor fala espanhol, não fala? – ela quis saber do pai.

- Sim, falo. Sua avó é mexicana, cresci com o espanhol.

- Então eu quero espanhol, quero aprender.

            O pai sorriu para a menina, feliz com a decisão dela. Mas ela não precisava se limitar.

- Se quiser escolher outra vá em frente. Eu te ensino espanhol.

- Sério?

- Sério...

- Ok, então escolho francês. Assim aprendo duas línguas.

- Muito bem, boa escolha. Pode treinar com Ben, ele fez francês.

- Legal!

            A diretora olhava pai e filha conversarem com um sorriso.

- Então francês? – a mulher quis confirmar.

- Isso – concordou Madeleine.

- Vou fazer seu horário e ver qual será seu armário e você já leva. Só um minuto.

            A mulher saiu entrando em uma porta logo a frente.

- Não vai mais trabalhar hoje? – a menina perguntou ao pai.

- Não, hoje tirei a tarde de folga para arrumar a escola para você.

            Madeleine só sorriu para o pai e eles ficaram ali até que diretora voltou com uma folha que entregou a Madeleine.

- Segunda já pode começar. Boa sorte.

- Obrigada...

            Os dois saíram da escola no carro em direção a casa. Eles estavam em silencio, mas Madeleine estava inquieta desde o dia anterior.

- Pai, o que o senhor acha de Deus?

- Deus? Como assim?

- É que ontem eu estava conversando com Benjamin...

- Conversou com Benjamin sobre religião?

- Na verdade, sobre Deus. E ele me deixou bem confusa. Então me diz, o que o senhor pensa sobre Deus?

            O homem suspirou, não era bem um assunto que queria conversar com ela, tinha mais de uma razão para achar que a menina era tão mente fechado quanto a mãe.


Notas Finais


E aí? O que acharam? Espero que estejam gostado...

Até mais o/


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