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História If - Awake


Escrita por: Kunicorn77

Notas do Autor


Bemmmmm cá está o capítulo desta semana genteeeee!!!! Sei que chegou msm no final da semana mas ao menos chegou kkk
GENTE ESTAMOS NAS 535 VISUALIZAÇÕES!!! TIPOOOO WHATTTT!?!?!?!??!
Adoro-vos pessoas que gostam de ler a minha história!!!
🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄

Capítulo 35 - Awake


 

4 de março, 9h34

 

POV Violet

 

-Deixaste-me ir Violet... Eras a minha melhor amiga e deixaste-me ir embora. Eu morri porque não me impediste. - a loira olhava-me e a desilusão nos seus olhos era nítida.

As roupas molhadas colavam-se cada vez mais ao meu corpo, senti a pele arrepiar e pequenos cortes formaram-se ao ouvir as suas palavras, o sangue misturou-se com a água da chuva e escorria por mim abaixo.

-Rydel, eu só queria que tu fosses feliz...- as lágrimas romperam dos meus olhos castanhos.

-Vais deixá-lo ir também? - os olhos esverdeados de Rydel focaram-se atrás de mim.

Virei-me rapidamente para ver Ross olhar para mim ao longe, os cabelos secos assim como a roupa, a chuva torrencial parecia atingir-me apenas a mim embora se tornasse cada vez mais forte. 

-Vi...- os lábios do loiro abriram-se de leve ao chamar-me.

O som ensurdecedor do tiro preencheu os meus tímpanos e Ross caiu no chão, o sangue fugia-lhe do corpo rapidamente e os olhos fecharam-se.

-NÃO! ROSS! - tentei ir até ele, mas o meu corpo estava preso.

Os olhos verdes e a pele pálida de Brian apareceram da sombra atrás do corpo inerte de Ross, o ruivo voltou a erguer a arma e olhou-me nos olhos profundamente antes de disparar.

-Violet! - a voz soou alta sobrepondo-se a tudo.

Acordei sobressaltada, o suor escorria-me pelo rosto em conjunto com as lágrimas e não conseguia respirar. Senti duas mãos pousarem no meu corpo fazendo-me aperceber do que se tinha passado, mas a pergunta continuava a atormentar-me.

-O Ross? Onde está o Ross? - senti o coração bater mais forte ao pronunciar o seu nome.

-Tem calma querida, foi só um sonho, ok? Tu estás bem. - a voz doce da minha mãe tentava acalmar-me.

-Mãe onde está o Ross?!- exaltei-me de novo agarrando os lençóis com força.

-Ele está bem, está nas aulas.

Todo o meu corpo deixou largar a tensão que se acumulara antes, os músculos relaxados encostaram-se à cama e fechei os olhos para respirar fundo. Voltei a abri-los segundos depois e fitei as paredes brancas à minha volta, apenas naquele momento me apercebi do som incessante da máquina ao meu lado e como aquele "bip" era irritante. Percorri o meu corpo vendo uma ligadura no pé direito, assim como outra no ombro esquerdo, levantei as pernas, um pequeno desconforto fez-se sentir no pé ligado, mas nada que não se aguentasse.

A mulher ao meu lado continuava com as mãos pousadas em mim, agarrei-as com as minhas e pude finalmente reparar nela, os cabelos que normalmente estariam perfeitamente desarranjados em caracóis subtilmente definidos, encontravam-se baços e num coque mal feito, as olheiras eram visíveis e a sua íris castanha era coberta por um subtom avermelhado, sinal de que havia estado a chorar.

-Eu estou bem, mãe. - esboçou um sorriso e os seus braços agarraram o meu tronco de leve.

-Ainda bem. Ahm...lembraste do que aconteceu?

-Sim, acho que sim. Basicamente levei um tiro certo? Ou melhor...dois. - olhei para o meu pé tristemente.

-Exato, mas não te preocupes não foi nada de grave, tiveste sorte..., mas perdeste muito sangue e desmaiaste. Trouxeram-te de imediato para aqui e passaste por uma cirurgia para te tirarem as balas do corpo e fazer a transfusão do sangue. Como estavas muito fraca demoraste um pouco mais a acordar, mas o que interessa é que estás bem.

-Espera que dia é hoje?

-4 de março, sexta-feira.

-Isso quer dizer que já se passaram dois dias? Espera, mas tu estavas na Dinamarca, quando é que chegaste? - olhei-a ainda um pouco confusa.

-Cheguei ontem de madrugada, foi o voo mais rápido que consegui arranjar, quando cheguei já tinhas sido operada, a Megan e o Ross estavam aqui, mas eu mandei-os para casa para descansarem.

-Bom dia Mrs. Clearwater, como se sente? - o homem de bata branca entrou no quarto acompanhado de uma enfermeira que se dirigiu a mim.

-Bem. Confusa, mas bem. - sorri.

-Que bom, bem vou precisar de lhe fazer umas perguntas de rotina e depois de tomar o pequeno-almoço começamos com os exames. Não é nada de especial, servem apenas de controlo para termos a certeza que está tudo bem.

-Está bem.

-Bem, agora se não se importa, gostaria de pedir à sua mãe que se retirasse.

-Eu? Mas porquê? - ela olhava-o um pouco confusa.

-Bem, Mrs. Clearwater devia descansar um pouco e talvez aproveitar para avisar aos amigos da sua filha que ela já acordou, imagino que eles devem estar preocupados.

-Ok, ahm Violet ficas bem?

-Sim mãe, podes ir.

 

 

13h16

 

POV Ross

 

- O que vais fazer agora? - Jack perguntou enquanto saíamos da sala.

- Vou para casa almoçar, o que esperavas que fizesse? - sorri-lhe sarcasticamente.

- Ok, de qualquer maneira, dás-me boleia?

-Sim cla...- fui interrompido por um grito ao fundo do corredor.

-Rapazes! - Megan vinha a correr ter connosco enquanto gritava sorridente.

-Calma Megan, que se passou? Espera deixa-me adivinhar...- fingi pensar alguns segundos - Descobriste que os One Direction vão voltar?

- Não idiota! Mil vezes melhor que isso, e para que conste eu não gosto dos One Direction. - cruzou os braços irritada.

-Hmm o Justin Bieber vai fazer uma tour? - Jack entrou na conversa metendo-se com a namorada.

- A Violet acordou. - Megan disse finalmente.

Os meus olhos arregalaram-se ao ouvir aquelas palavras, não sabia o que dizer. É claro que eu estava feliz, queria dizer que ela estava bem, mas ao mesmo tempo era um aperto no coração visto que não a podia ver. Ainda não estava pronto para falar com ela.

- Ross! Estamos a falar contigo! - Jack começou a abanar freneticamente a sua mão à minha frente fazendo-me voltar à realidade.

-O quê? Desculpem...

-Levas-nos lá? - Megan perguntou.

-Lá? Lá onde?

- Ross acorda! Ao hospital! Queremos ver a Violet.

-Agora? - disse ainda um bocado confuso.

-Sim agora, Lynch que se passa contigo, estás mais lento que um caracol. - foi a vez de Jack de comentar o meu estado.

-Pessoal! - ouvi uma voz feminina aproximar-se e de seguida uma longa cabeleira ruiva - Desculpem, mas não pude deixar de ouvir a vossa conversa, vão visitar a Violet?

-Sim Fran, vamos. Queres vir connosco? - a morena disse puxando Fran antes de ela conseguir responder e fez sinal para irmos também.

Megan e a ruiva foram em direção ao carro enquanto eu e Jack fomos um pouco mais atrás. Pude sentir os olhos do meu amigo pousados sobre mim e pelo canto do olho vi o seu rosto preocupado.

-Não te percebo. Há dois dias atrás estavas disposto a arriscar a tua vida por ela, agora sabes que ela acordou, que está bem e nem a queres ver.

- Jack é complicado...

-Vocês é que são complicados.

-Ela mentiu-me. Pediu-me que fosse sempre sincero com ela, que recorresse à ajuda dela e nem um dia depois faz-me isto, é suposto eu ignorar isso?

-Ela salvou-te a vida. - Jack parou para olhar para mim.

-Se ela não me tivesse mentido, não tinha que me ter salvado a vida e não tinha que estar na porcaria daquele hospital. - cerrei os punhos devolvendo-lhe o olhar.

-E não achas que ela vai perguntar por ti?

-E tu dizes-lhe que eu não pude ir. É por isso que és o meu melhor amigo.

- Eu digo, mas não podes evitá-la para sempre e aliás não consegues. - ele sorriu convencido.

-Porque é que dizes isso?

-Porque tu amas aquela rapariga.

Desviei o olhar sem lhe dar resposta, chegamos finalmente ao carro onde elas já estavam à nossa espera. Entramos e arranquei em direção ao hospital.

[•••]

Megan e Fran falavam animadamente no banco de trás enquanto Jack passou o caminho todo a tentar decifrar os meus pensamentos.

Se calhar eu estava a ser estúpido, e de certo modo Jack tinha razão, mesmo sabendo que ela me tinha mentido não hesitei em tentar salvá-la, assim como ela me salvou a mim. Mas uma parte de mim não conseguia, por muito que eu gostasse dela e talvez a amasse, ela tinha quebrado a minha confiança. Como é que era suposto eu estar com alguém e não saber se podia confiar nessa pessoa?

Estacionei o carro e eles saíram todos a correr, deixei-me estar dentro do veículo preto e encostei a minha cabeça para trás, o melhor seria nem entrar, era da maneira que não ficava tentado a vê-la.

 

POV Violet

 

-Obrigada Violet. O teu depoimento vai ser importante para sabermos como devemos proceder. - a mulher fechou o bloco de notas depois de apontar tudo o que eu disse - Diz-me só mais uma coisa, tu disseste que ele te tentou tocar...

- Sim. Mas tal como eu lhe disse não me chegou a fazer nada, eu empurrei-o, ele bateu-me, mas não me obrigou a.… ter sexo com ele. - sussurrei a última parte.

- Eu sei que é complicado falar sobre o assunto, mas podias estar com medo de dizer o que aconteceu, por isso é que insisti. - Mrs. Jones levantou-se e ajeitou o casaco.

- Mrs. Jones? Eu sei que está com o Mr. Simms a tratar do caso, mas o que vai acontecer ao Brian?

- Antes de mais, ele já foi sujeito a uma ordem de afastamento, não vais ter que te preocupar mais com ele visto que ele está impedido de se aproximar de ti. Em relação ao resto, tendo em conta o estado dele vamos ter que falar com os psicólogos e só depois é que se pode tomar uma decisão sobre o que fazer a seguir.

-Obrigada. - disse baixo e esbocei um sorriso fraco.

-Descansa, bem precisas.

A mulher morena abriu a porta branca e logo a seguir um monte de pessoas entrou no quarto a correr.

-Violet! Ainda bem que acordaste, não imaginas a minha felicidade quando a tua mãe me ligou, conta-me tudo o que é que ele te fez? O que é que aconteceu? Como é que levaste dois tiros? Como é que ele te encontrou? - Megan agarrou-me nas mãos enquanto me enchia de perguntas.

-Ao menos deixa a rapariga respirar Megan. - Jack aproximou-se tirando Megan de cima de mim -Estás bem Violet?

-Estou, obrigada. 

- Já nos podes contar o que aconteceu? Por favor? - Megan voltou a perguntar e Fran colocou-se ao seu lado para também poder ouvir.

- Na quarta, eu tive que sair a meio da aula de Inglês, não me estava a sentir muito bem. Fui à casa de banho e quando saí o Brian estava na porta à minha espera. Resumidamente ele levou-me até à sala das máquinas e torturou-me, quando o alarme disparou ele estava à espera de que o Ross viesse à minha procura, por isso é que disparou da primeira vez. - apontei para o meu pé - Para chamar a atenção, para o Ross saber onde eu estava. Como já ouviste dizer o Brian tentou matar o Ross, eu empurrei-o e foi assim que fiquei com isto. - apontei para a ligadura no ombro.

-Violet...O Brian, ele não tem desculpa pelo que fez... eu lamento. - A ruiva aproximou-se de mim e consegui ver as lágrimas brotar dos seus olhos verdes.

- Fran... já passou, o que interessa é que estamos todos bem.

-Boa tarde a todos. - vi os olhos castanhos espreitarem pela porta.

-Boa tarde Mrs. Clearwater! - disseram em uníssono.

- Eu imagino que queiram estar com a Violet, mas ela agora precisa de descansar.

-Nós voltamos mais tarde ok? - Megan sussurrou-me ao ouvido e depositou um beijo na minha bochecha.

-Venham eu levo-vos a casa, a vossa boleia parece estar ocupada. - a minha mãe disse deixando-me um pouco confusa, ignorei e despedi-me deles.

 

14h56

 

POV Ross

 

Ouvi alguém bater no vidro do carro, olhei pelo canto do olho para ver quem era e de seguida destranquei as portas, deixando a mulher alta e morena entrar. Ela sentou-se no banco do pendura ao meu lado e fitou o parque de estacionamento.

- Já os levei a casa. Não imaginas a felicidade na cara da Megan.

-Obrigado. - sorri em forma de agradecimento, antes de ser surpreendido por ela.

- Eu compreendo-te Ross, mas acho que o que estás a fazer não é bom nem para ti, nem para ela.

-Mrs. Clearwater, eu gosto muito da sua filha ..., mas não consigo deixar de pensar que de certo modo isto foi culpa minha.

-Porquê?

-Não estive atento, e porque ela não confiou em mim, porque ela ainda não confia plenamente em mim.

-Estás a pôr em causa o que ela sente por ti, a sério? - ela disse e sorriu em forma de gozo.

- Ela nunca foi muito boa a expressar os seus sentimentos, devia ser uma coisa fácil de se fazer não acha? Quando se gosta realmente de alguém.

- Ela adora-te, eu conheço muito bem a minha filha e tu és uma das pessoas mais importantes na vida dela, mas acontece que ela saiu ao pai e é muito teimosa. As pessoas teimosas não gostam de se render aos sentimentos porque têm medo de se magoar, mas não quer dizer que não sintam.

- E como é que é suposto eu saber se os sentimentos dela são verdadeiros?

- Ela estava a sonhar contigo, quando acordou depois da cirurgia, estava a gritar o teu nome e a chorar, e quando finalmente eu consegui que ela desperta-se não se acalmou até saber onde estavas.

- Eu... não sabia. - baixei a cabeça.

- Ela está a dormir se quiseres ir vê-la agora, não te preocupes eu não lhe digo que estiveste aqui. Isso fica ao teu critério.

Mrs. Clearwater sorriu-me uma última vez e saiu do meu carro entrando logo no seu. Esperei que arrancasse antes de sair também, tranquei o BMW preto e fui em direção à entrada do hospital.

[•••]

- Violet Clearwater ahm...é familiar? - a senhora de olhos azuis olhou para mim ajeitando os óculos.

-Amigo. A mãe dela disse que deixou uma lista com os nomes das pessoas que a podiam vir visitar, chamo-me Ross, Ross Lynch. - ela voltou a olhar para mim e começou a procurar o nome no computador.

- Terceiro andar, quarto 312. Fica no corredor da direita.

A mulher sorriu-me amavelmente e eu retribuí-lhe curvando de leve os lábios. Fui até ao elevador e pressionei no número 3.

Mas porque é que havia estas musiquinhas de elevador irritantes? Quer dizer fazia a viagem um pouco mais agradável, mas mesmo assim, podiam ter melhor gosto.

As portas abriram-se à minha frente, virei à direita e comecei à procura do quarto 312, não foi muito difícil visto que era dos primeiros. Fitei a porta por alguns segundos e finalmente ganhei coragem para a abrir.

Lá estava ela, Violet Clearwater, um enigma de pessoa, parecia que por muito bem que eu achasse que a conhecesse, nunca se iria tornar completamente transparente. Pensando bem era estranho, a aproximação "repentina" que tivemos, ela sempre fora a minha melhor amiga, mas nunca alguma vez pensei que agora tivesse outro tipo de sentimentos por ela. O nosso "reencontro", quando começamos a falar outra vez, tudo começou por causa daquele trabalho e por causa daquela festa em casa do Jack, talvez no início fosse aquilo que ela mesma havia dito, uma mera atração física, o problema é quando essa atração se torna tão forte que cria ligações e que mesmo que se tente cortá-las não se consegue porque nos envolvemos demais.

-Envolvi-me demais contigo Clearwater, mesmo que queira não te consigo largar ..., mas posso tentar afastar-me um pouco. Não sei se vais ser capaz de compreender, mas eu preciso disto e tu também, há meses que tento que gostes de mim, mas mais importante que voltes a confiar em mim e tu mesmo assim não foste capaz. E eu não posso confiar em alguém que não confia em mim, agradeço-te por me teres salvo a vida, não duvides disso..., mas não consigo deixar de pensar que se tivesses pedido ajuda em vez de guardares tudo só para ti, como se fosses capaz de levar o mundo às costas, não estarias aí.

Seria estúpido falar para ela enquanto estava a dormir? Talvez..., mas eu tinha que lhe dizer isto, mesmo que ela não se fosse lembrar.

Aproximei-me dela e coloquei uma mão no seu rosto gelado acariciando-o, uma vontade enorme de beijá-la fez-se sentir, mas não podia. Afastei-me dela e fechei a porta do quarto atrás de mim.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aproximei-me dela e coloquei uma mão no seu rosto gelado acariciando-o, uma vontade enorme de beijá-la fez-se sentir, mas não podia. Afastei-me dela e fechei a porta do quarto atrás de mim.


Notas Finais


E foi isto peps!!! Espero que tenham gostado!!!!!
Comentem o que acharam e não se esqueçam de favoritar!!!!

Ps: Quem é a vossa personagem favorita da história?

🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄🦄


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