História If I am your Nobody, you are my Somebody. - Chapter 7: Finally together

Chapter 7: Finally together

Sora POV

Entramos na casa nova, e nos deparamos com um espaço muito maior do que a casa aparentava ter do lado de fora, se parecendo mais com uma mansão do que com uma simples casa de praia em um arquipélago de ilhas. Todos nós ficamos de queixo caído, até mesmo o Riku que não se impressiona fácil.

- Ela é... - tentei falar, ainda sem voz pela surpresa.

- ... maior por dentro. - completou Roxas para mim. Ato esse que, não sei porque, me fez ficar um pouquinho vermelho, num tom quase imperceptível, exceto para Riku e Roxas, que me conheciam bem o suficiente para saber se eu estava ou não corado, mesmo que só um pouco.

- O que vocês estão esperando?! - gritou Kairi, tirando todos nós do transe da surpresa.

- M-mas e o sorvete? - disse Naminé.

- Que sorvete, que nada. - respondeu Kairi - Casa nova, minha gente! Vamos olhar ao redor!

Todos acentimos e nos dividimos em duplas: Kairi foi com a Naminé, Riku foi com o Lea, e eu fui com o Roxas. Cada dupla foi para um lado da casa para explorar. Eu e Roxas resolvemos ver o andar térreo primeiro.

Começamos pelo salão de entrada em que estávamos. Era um salão enorme e circular, com uma escada que levava ao primeiro andar, janelas dos dois lados da porta, e arcos dos dois lados da sala que levavam à outros comodos, além de duas portas, uma de cada lado da escada, que mais tarde descobrimos serem armários.

Entramos pela porta à direita e fomos parar em uma sala de jantar simples, porém muito espaçosa. Não havia muito o que se ver lá além de uma lareira, um quadro em cima da mesma, e uma grande janela na mesma direção das do salão de entrada. Seguimos por uma porta voltada na direção oposta à entrada da casa que havia na sala e fomos parar na cozinha. Era uma cozinha gigantesca com tudo o que tem direito. Tinha vários armários, um fogão de oito bocas com um forno enorme de tamanho ajustável, um balcãozinho com algumas cadeiras, janelas que davam para os fundos da casa e uma porta que levava ao mesmo, duas geladeiras, e uma porta na mesma direção da qual entramos, porém na outra extremidade do cômodo.

Passamos por essa porta e nos deparamos com uma sala de estar enorme, com várias poltronas e bancos, uma janela e um sofá enormes, lareira, um carpete muito macio por todo o cômodo, um piano, uma mesa de centro com algumas estatuetas, alguns quadros nas paredes, uma televisão de tela plana em 4k, e uma porta que levava de volta ao salão de entrada.

Ao ver o piano, Roxas correu direto para ele, se sentou no banquinho e se posicionou.

- Não sabia que você tocava, Roxas. - falei, sorrindo e me aproximando dele.

- Ainda tem muitas coisas que você não sabe sobre mim, Sora. - respondeu, retribuindo o sorriso. Quando ele estava prestes a começar a tocar, ouvimos as meninas gritando no andar de cima. Ele se levantou com pressa e fomos para as escadas, mas antes ele voltou e foi em direção à cozinha.

- Aonde é que você está indo, garoto?! - perguntei. Ele voltou com um sorvete na mão e outro na boca - Você voltou só por isso?!

- Já que estamos indo até as meninas, eu já vou levar o sorvete da Naminé, ué. - disse, pegando o sorvete de sua boca com a mão livre - Vamos ver o que deu nessas duas matracas. - disse, colocando o sorvete de volta na boca, voltando a subir e me puxando pela mão.

Fomos até o segundo andar e seguimos por um corredor até chegarmos onde as garotas estavam. Riku e Lea já estavam lá. Kairi e Naminé estavam de mãos dadas e saltitando, parecendo duas crianças.

- O que aconteceu?! - perguntei preocupado - Ouvimos o grito.

- Basicamente? - Riku começou - Kairi achou o quarto dela e de Naminé.

- Só isso? - disse Roxas, tirando seu sorvete da boca e entregando o de Naminé a ela - Aliás, aqui o seu sorvete.

- Oh. Obrigada. - agradeceu Naminé, pegando seu sorvete - E como assim "só isso"? - fez aspas com as mãos - Você tem que ver o tamanho desse quarto.

- Para de exagero. - me aproximei da porta - Ele nem deve ser tão grande ass... Uou!!! - Roxas se aproximou para olhar também.

- É. Uou. - disse Lea - Nós também pensamos isso quando vimos.

O quarto era enorme, igual a todos os comodos da casa até agora. Tinha duas camas de casal com criados mudos ao lado de ambas, papel de parede listrado verticalmente em tons de rosa, uma suite, um guarda-roupa muito grande, uma televisão igual a da sala, duas escrivaninhas e duas penteadeiras, além de prateleiras dos dois lados da porta, ambas repletas de livros e alguns porta-retratos com fotos nossas.

- Imagina como é que é o nosso quarto, Roxas! - falei animado, o puxando para fora do quarto, o segurando pelos ombros e o sacudindo. Agora eu era quem saltitava igual uma criança.

- C-calma, Sora, p-pelo amor de D-Deus! - ele disse, meio tonto pelas sacudidas. - V-vocês tem que a-aturar ele assim t-todos os dias? - perguntou a Kairi e Riku quando parei de balança-lo.

- Sim. - responderam em uníssono, fazendo Lea rir da situação.

- Chega disso. Vem, Roxas, vamos procurar nosso quarto. - falei, e agora eu era quem o puxava pelo braço.

- P-posso pelo menos terminar o sorvete?

- Você toma ele pelo caminho. Vamos.

Virei o corredor, ainda o puxando. Mesmo que fossemos poucos naquela casa (provavelmente Lea passaria a morar junto de nós, assim como Roxas e Naminé), lá tinha vários quartos e salas. Enquanto procurávamos pelo nosso quarto, passamos por cinco quartos de hóspedes, três banheiros, uma sala de jogos, uma biblioteca, uma sala de descanso, uma enfermaria e uma sala de cinema, todos muito grandes e, pelo visto, a prova de som também. Não que tivesse o tamanho de uma sala de cinema. Era só uma sala com várias poltronas com porta-copos, um projetor e uma tela enorme.

Andamos por três corredores tentando encontrar nosso quarto. Roxas já havia terminado seu sorvete. Estávamos ficando cansados de olhar em tantos quartos quando finalmente resolvemos parar e nos sentar em um dos pequenos sofás que haviam pelos corredores.

- Nossa... - falei cansado - Essa casa é enorme. O mestre Yen Sid pensou mesmo em tudo, não é?

- Bom, se você desmaiar, pelo menos a gente já sabe onde é a enfermaria. - disse Roxas, me fazendo rir e rindo junto comigo.

Ficamos alguns minutos descansando e em silencio quando resolvemos voltar a procurar. Não demorou muito até que ele me chamasse novamente.

- Sora, eu acho que é esse aqui. - ele falou e apontou para dentro de um quarto.

Me aproximei para ver. Não era muito diferente do quarto das meninas, mas mesmo assim eu achei incrível. As paredes eram revestidas por um papel de parede igual o das meninas, exceto pelo fato de que as cores eram branco, azul claro, preto e azul escuro, respectivamente. Em cima de uma das camas tinha um símbolo de coroa, me representando, e em cima de outra uma estrela de quatro pontas, representando Roxas, e ao invés de penteadeiras haviam cômodas com porta-retratos e estatuetas.

- Nossa! - exclamei - Eu adorei!!!

- Eu também. - ele falou e jogou o palito de seu sorvete em um cesto de lixo que tinha perto da porta - Sabe... acho que não vai ser tão difícil me acostumar com essa nova vida.

- Que bom que acha isso. - bocejei.

- Acho melhor irmos dormir. Está ficando tarde. - ele falou, bocejando em seguida.

- Ahh, mas eu queria conversar com você mais um pouco. - disse, me aproximando dele - Quer dizer, nós finalmente estamos juntos depois de tanto tempo, e... - fui interrompido por um passo em falso que dei, o que acabou fazendo com que eu tropeçasse.

- Sora!!! - ele gritou, segurando o meu braço e me puxando, mas ele acabou por cair de costas e me levando junto, fazendo com que eu caísse por cima dele e ficassemos com os rostos bem próximos, encostando nossos narizes. Fiquei muito corado com a situação em que estávamos e tratei de sair de cima dele. Por alguma razão, eu senti o meu coração acelerar - S-Sora... V-você está b-bem? - ele perguntou, também corado.

- S-sim... - respondi - D-desculpe por isso. Eu... eu tropecei e...

- Não precisa se desculpar. - disse rápido, cortando minha fala - A culpa foi minha. E-eu não devia ter puxado com tanta força. Me perdoe.

- Bem... Eu acho melhor nós só... só irmos dormir, não é mesmo? - falei.

- É. Acho que é o melhor, mesmo. - concordou, indo para sua cama.

- Boa noite, Roxas. - falei, me deitando e me cobrindo em seguida.

- Boa noite... S-Sora...

Demorei um pouco para dormir aquela noite. Fiquei pensando, por que será que meu coração acelerou tanto aquela hora? Será que eu... Não, não é possível. Acho que seria melhor eu dormir, mesmo.