História If we were Just Married - Você só precisa de...

Sakura olhava para a palma da mão de Sasuke sem qualquer reação, suas habilidades cognitivas tinham entrado em pane, mas um ruído no meio de todo aquele silêncio lhe despertou do transe. A boca dele havia se movido, não tinha conseguido compreender logo de cara, mas ao poucos seu cérebro foi lhe dando a informação necessária.

- Vem comigo, Uchiha Sakura.

Ela ficou parada diante daquilo, era golpe baixo chamá-la por aquele sobrenome, sentia dentro de si todo o tremor de quem desde o início sabia a resposta que queria dar, mas lutava contra isso por não conseguir entender como ela mesma seria capaz de largar tudo por ele mesmo depois de tantos anos! Pensou em tudo o que tinha ali e se agarrou aquilo para negar o que já sabia. Ela seria uma idiota? As pessoas apaixonadas são assim! Não adianta buscar por lógica nas atitudes que tomam, pois apenas estão movidas por esse sentimento incontrolável de amor. Não era questão de não perdoar Sasuke, ele vinha demonstrando com todas as suas atitudes que realmente estava diferente e empenhado em fazer aquilo dar certo. Caramba! Só as palavras que vinha usando já seriam surreais demais se lhe dissessem que um dia sairiam da boca dele para ela tempos atrás… O gestos, desde o mais simples em só tocá-la com sua mão verdadeira, pousar essa mesma mão em sua cabeça para puxá-la para um abraço ou dar um peteleco em sua testa com um sorriso de canto, tudo isso conseguia ser mais valioso até mesmo do que os beijos que trocavam. Claro, beijar era muito mais prazeroso e atrativo, mas movido por uma vontade carnal, essas outras coisas mostravam o amor real que ele sentia por ela.

O que ele dizia querer fazer não era um absurdo, era a vida dele, era a forma como ele estava tocando as coisas desde que se deu conta que o que queria antes não estava certo. Não era nenhum absurdo se for levado em consideração que se trata de Sasuke. Ainda assim, queria poder se acomodar com ele e viver o conto de fadas que sempre teve em sua cabeça. Sentia raiva de tudo sempre ser do jeito dele! As coisas não poderiam ser normais? Pelo visto alimentou demais essa esperança.

- Por que tanto tempo calada? - Ele não havia se movido, o anel ainda brilhava em sua mão - Você sabe a resposta.

Convencido! Aquilo dava ainda mais raiva!

Pra onde havia ido o discurso de esquecer e seguir em frente? Era tão fraca! Fraca pra ele!

- Pare de resistir - Sua fala lhe irritava ainda mais por ele ter razão e saber disso. Era uma mera garotinha óbvia demais. - Você me ama.

- Cala a boca! - Gritou enraivecida.

Ele sorriu de canto. Fechou e recuou a mão que exibia sua proposta, no mesmo instante Sakura sentiu o coração falhar, ele estava desistindo? Meu Deus! Por que estava tão preocupada? Aquela sensação de leve arrependimento que começava a bater… Idiota, idiota! Por que sentia essas coisas? Por que não conseguia ser forte e não ser tão aberta?!

- Parece que não tem jeito - Os ombros dele se movimentaram quando respirou fundo, estava sério olhando para o chão. Desatou sua capa dando alguns passos para o lado e jogou-a sobre o sofá com o olhar franzido de Sakura sobre si.

- O que está fazendo?

- Eu não posso fazer isso - Bufou um sorriso mesmo estando de costas. Virou para ela e mesmo sem seu consentimento veio em sua direção e trouxe-a para seu peito - Não vou à lugar algum.

- O que?! - Ela levantou a cabeça para olhá-lo.

- Eu não posso...

- Não é o seu propósito de vida? - Sakura falou com tom irônico demais até para ela, aquilo não era brincadeira.

- Sim, mas as coisas estão totalmente diferentes agora. - Seu pomo de Adão se moveu - Esses meses que tenho estado aqui… Eu estive lutando contra esse propósito porque o que eu realmente quero é ficar com você. Eu me tornei o que eu mais temia. Resolvi tentar e te fazer ir comigo, mas eu não aguento mais isso, eu me rendo. - Bufou outro riso, um pouco mais forte - Eu perdi de novo. - Essa fala somente ele entenderia o valor. - Esquece o que eu disse antes, eu não vou… - Sasuke lambeu os lábios e deu as costas indo em direção a cozinha.

- Seu…

Parou virando apenas a cabeça curioso em direção a ela.

- Seu grande filho da puta! Isso é uma espécie de jogo?

- O que? - Virou-se totalmente confuso.

- Isso, que acabou de me dizer é para me convencer a ir não é?

- Não - Franziu o cenho olhando para a garota de mãos na cintura tentando manter uma atitude agressiva enquanto seus olhos estavam cheios de lágrimas. - Estou falando sério eu realmente desisto.

- Então não vai?

- Não.

- Vai ficar por minha causa?

- Sim.

- Tá vendo?! É um jogo! quer jogar a culpa pra mim pra me fazer mudar de ideia!

- Eu já disse que não! Estou ficando porque eu não consigo ficar sem você droga! - Sakura parou assustada antes de seguir com a fala. Sasuke a encarava irritado - Você ainda não entendeu o suficiente? Eu te amo! - Ele falava completamente enraivecido - Eu não tô brincando nem fazendo merda de jogo nenhum! Eu não consigo ir! Eu não consigo te ver fazendo essa cara lutando contra o sim que está aí, mas que você tem toda a razão em responder não! Eu não aguento o tanto de razão que você tem em não querer ir! Apesar de tudo o que penso sobre como as coisas devem funcionar para mim e tudo o que eu quero fazer nada disso faz sentido se você for pra ficar infeliz ou pior ainda… Não ir! ESQUECE ISSO! - Sasuke se virou para ir beber água, mas logo teve que voltar-se para ela novamente, pois sentiu o avanço dela sobre si. Ela lhe estapeava, dessa vez com força além da outra vez. Estava doendo mesmo.- O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?! - Sasuke gritou ativando seus olhos, fez um braço esquerdo com seu Sunanoo e segurou ambos os braços da garota adicionando até mesmo chakra para conseguir contê-la e mesmo assim ela ainda se debatia - Sakura! SAKURA! PARA!

- Idiota! IDIOTAAAA!

- FICOU LOUCA O QUE VOCÊ TEM?! - Chacoalhou-a, ela parou de se debater chorando alto demais, as vezes puxava o ar sem conseguir falar. O oxigênio doía ao entrar por sua boca já que seu nariz estava muito entupido e rasgava seus pulmões como se ela estivesse prestes a não conseguir mais fazer a troca gasosa. Os músculos de seu pescoço doíam por alguma espécie de força que fazia em seu rosto numa careta horrenda de um choro desesperado.

- BAKA! - Puxou o ar enchendo seu peito dolorido e soltou-o emitindo mais som de choro - VOCÊ SEMPRE SOUBE NÃO É?! A MINHA RESPOSTA!

- Eu sei, mas você não quer… - Falava mais calmo.

- EU QUERO! O PIOR É QUE EU QUERO E… N-NÃO CONSIGO… EU QUE NÃO CONSIGO… SASUKE… EU… EU NASCI PRA VOCÊ!

Os olhos dele se arregalavam gradativamente.

- E-eu… Acho que fui feita pra estar com você! Como eu vivia antes ou mesmo que eu fique agora… Seria uma mentira… Se você ficar comigo eu ficaria “feliz”, mas eu não consigo… Eu não posso, eu preciso que você faça isso! E eu preciso ir com você… Eu não posso negar isso!

- Sakura…

- EU SOU UMA IDIOTA! - Sasuke soltou seu braço e puxou-a pela nuca para que encosta-se o rosto em seu peito. A garota se agarrou a ele abafando o som de seu choro em sua camisa, seu corpo hora ou outra vibrava com força devido aos soluços e ele lhe apertava ainda com dois braços como se pudesse se fundir a ela.

- Você vai ser minha esposa? - Falou com o queixo sobre a cabeça dela olhando para algum ponto da sala. Ainda chorando ela movimentou a cabeça dizendo que sim. Um sorriso brotou nos lábios de Sasuke que conseguiu apertá-la ainda mais contra ele. - Iremos juntos?

- Eu já disse que sim idiota! - Ela gritou abafado contra seu peito e ele riu, mas logo teve a risada impedida pelo soco que levou no lado de seu corpo. Doeu de verdade. Afastou-se colocando a mão no lugar, mas não conseguia conter a explosão de felicidade que havia em seu peito. Não era um teatro que estava fazendo, realmente havia desistido, mas aquela era a melhor coisa que podia acontecer. Fazia uma careta com “as mãos” ali mostrando os dentes enquanto ela ainda soluçava e limpava os olhos com o dorso das mãos.

- Tem certeza disso? - Ainda com uma careta arriscou perguntar mais uma vez.

O jeito de Sakura demonstrar sua decisão estava um tanto fora de controle, pois ela logo assumiu uma posição raivosa para gritar, mas ele foi mais rápido em ocupá-la com sua boca.

Na hora Sakura parou de se movimentar tão bruscamente, Sasuke acomodou a mão em sua nuca encaixando-a com perfeição na base de sua cabeça fazendo-a projetar-se para cima para beijá-lo melhor. Ele envolvia seu lábio superior com delicadeza, lambendo com carinho as lágrimas salgadas de seu choro de rendição. Em um momento ela afastou sua boca com a testa colada a dele fazendo um não com a cabeça sem abrir os olhos.

- Uchiha Sakura.

- Isso é golpe baixo.

- Eu sei - Disse envolvendo a cintura dela. Sakura trouxe-o para mais perto para que pudesse envolver seu pescoço com seus braços e aprofundar ainda mais o beijo que já deixava de ser tão carinhoso para mais desejoso.

Sasuke foi guiando-a de costas dando passos lentos em direção ao quarto de Sakura. Ela sabia para onde ele estava indo e deixou-se ir, era o que queria, era o que precisava. Ansiava por ele! Desejava tê-lo e ser dele de novo! Aquela chama acendeu dentro dela que demonstrou chupando seus lábios com mais firmeza dando os sinais certos para que Sasuke andasse mais rápido e a deitasse na cama com seu corpo masculino por cima.

As mãos dele passeavam por seu corpo massageando seu lado, a mão roxa fruto de seu chakra estava um pouco mais intensa e provocava leves choques no corpo de Sakura provocados pela energia que passava por ela emanando de seu corpo.

Ofegante afastou-se um pouco, Sakura não contente com a breve separação ergueu-se para ajudá-lo a tirar aquela camisa mais rápido, assim que ela passou por sua cabeça ela envolveu seu rosto com suas mãos para voltar a sentir seu gosto através dos beijos apaixonados que trocavam sem mais interrupções,  mas Sasuke parou novamente para puxar a barra de sua blusa para cima até jogá-la no chão e deitar-se sobre ela mais uma vez.

Virou para beijar seu pescoço sem modéstia para ouvi-la gemer de boca aberta com os arrepios que se espalhavam por seu corpo e desceu a boca passeando por seu colo até chegar a seu sutiã e puxá-los pelas alças laterais para baixo até que exibissem seus seios rosados para que ele logo os chupasse sem ideia de pudor ou mesmo do que estava fazendo, apenas queria prová-la de todas as formas possíveis. Sentia necessidade dela e obedecia cada instinto que lhe acometia, cada ideia de como poderia sentir mais dela. Ao mesmo tempo que chupava apertava ambos os seios para projetá-los ainda mais para a frente enquanto Sakura esticava o pescoço para trás totalmente entregue a ele, as mãos dela acarinhavam suas costas fazendo pressão como se pudesse arrancar pedaços de carne dali. Ele respirava forte, emitindo leves grunhidos ao sentir a necessidade de tê-la crescer gradativamente, a ponta de sua língua tocava em seus mamilos provando do prazer que Sakura sentia seguindo para um beijo carinhoso naquela região como se fosse sua boca.

Ergueu-se para encará-la e beijá-la mais uma vez, seu corpo foi para o lado dela amaciando cada ponto de sua carne apertando-a por completo com sua mão direita, todos os cantos os quais só ele poderia ter acesso, cada toque tinha a companhia da mão de Sakura sobre a dele aprovando sua movimentação. Seus dedos chegaram até o cós da calça da garota que ele tratou de puxar levantando-se da cama e ficando em pé para vê-la exposta esperando por ele. Sasuke subiu novamente engatinhando ao mesmo tempo apertando as coxas de Sakura e beijando sua barriga e… surpreendendo-a beijou sua intimidade ainda coberta pela calcinha.

Sakura reagiu tremendo todo seu corpo, aquilo chamou a atenção de Sasuke que voltou a deitar ao lado dela beijando-a com vontade, mas distraindo-a desceu a mão para aquele ponto onde só com o toque de seus dedos uma onda de tremor era provocada por todo o corpo da garota. Seus olhos verdes o encaravam parecendo confusos, aquele tipo de toque era diferente, era instigador, fazia todas as suas terminações nervosas pedirem por mais quererem que ele tocasse um pouco mais e explorasse ainda mais para que elas sentissem a onda de choque novamente. Constatando isso, Sasuke deslizou o dedo um pouco para baixo de leve.

- ssss - Ela silvou colocando a mão em seu pulso instintivamente sem tirá-lo de lá.

Voltou ao ponto inicial de seu dedo apenas deslizando-o para cima, dessa vez fazendo um pouco mais de pressão.

- Ah… - Ela o encarava confusa, mal entendia como algo tão simples poderia lhe deixar tão acesa.

Sasuke passou a deslizar para cima e para baixo continuamente fazendo um pouco de pressão, sem permitir que ela fechasse as pernas, pois a medida que ele aumentava o ritmo todo o corpo da garota passou a ter reações mais fortes. A mão dela já estava ao seu lado apertando o lençol enquanto seus olhos não conseguiam mais se abrir. Rapidamente aquela calcinha foi descartada e o contato dos dedos de Sasuke com sua vagina se tornou direto, já havia lubrificação ali, por isso a movimentação de seus dedos era prazeroza demais para ser verdade. Ele aumentou ainda mais o ritmo, fazendo Sakura se contorcer completamente já indo de encontro a sua mão pedindo mais ao mesmo tempo que gemia desenfreada. Conseguiu abrir os olhos e ver o quanto ele lhe observava com aqueles olhos vermelho e em um caleidoscópio de tons de roxo. Sentiu-se um pouco envergonhada, mas era impossível ficar mais corada do que já estava.

- AH! ah! ah! ah! - Incontrolavelmente rebolava em sua mão, não aguentava mais! Precisava dele! Sentia seu interior pronto para recebê-lo! Por isso, colocou a mão sobre o membro de Sasuke que não carecia de nenhum tipo de estimulante, pois estava completamente duro sob a calça que ainda usava.

Ao sentir o toque dela, parou o que fazia nela para se livrar das calças que ainda usava, mas já incomodavam demais, precisava por seu pênis para fora dali, mas para dentro dela. Mas, para sua surpresa Sakura estava ainda mais fora de controle do que ele.

Com ele ainda deitado ao de lado para ela, Sakura mesmo de costas tratou de pegar seu pênis e levá-lo em direção a sua entrada. Surpreso Sasuke rapidamente ajudou naquela tarefa.

- Aaah! - Ela gemeu agudo quando ele entrou. Sasuke beijou seu pescoço após afastar um pouco dos fios de cabelo que estavam ali e pousou a mão sobre a barriga lisa da garota.

Céus!

Enfiou-se nela lentamente vendo a reação dela, recuou devagar ainda lembrando da cara de dor da última vez e introduziu-se novamente. Sakura puxava o ar com força com cada movimentação daquela, mas a careta que fazia não dava nenhum sinal sequer de desconforto e sim de mais necessidade. Começou a assumir um ritmo gostoso estocando-a continuamente, Sakura ajeitou-se mesmo de costas para beijar sua boca envolvendo seu pescoço com seu braço direito deliciando-se das ondas de choque que percorriam seu corpo oriundas das entradas e saídas de Sasuke de dentro dela. Aquele roçar já não era o suficiente, ela precisava de cada vez mais, por isso passou a mover o quadril de contra ao dele clamando por mais.

Sasuke grunhiu saindo de dentro dela puxando-a para si enquanto deitava na cama, agarrou a coxa dela para que passasse para seu outro lado enquanto recebia beijos da garota. Tratou de encaixar-se dentro dela e passou a dar o que ela queria metendo rapidamente.

- Aaaaaaaah! - Sakura chacoalhava por inteiro em cima dele, seus seios balançavam numa dança erótica que lhe deixava ainda mais alucinado, ainda foi capaz de aumentar ainda mais a velocidade. O som do choque de seus sexos tomava o quarto. Sakura cedeu sobre ele de boca aberta gemendo sem parar enquanto sentia seu pênis entrar e sair dela naquela posição totalmente aberta em que estava para ele. Seu corpo todo foi tensionando e reagindo de todas as formas possíveis, seu coração batia rápido demais, o calor foi subindo e sua vagina foi se apertando até lhe provocar uma onda de prazer que contraiu-se ao redor de Sasuke ao mesmo tempo que seu corpo amoleceu um pouco sobre ele.

Sasuke parou já um pouco suado catando as madeixas cor de rosa que caiam sobre seu rosto para prendê-las com suas mãos para trás do rosto da garota que estava com a testa encostada na dele de olhos fechados. Ela respirava de boca aberta, ofegante. Sasuke voltou a entrar e sair dela bem devagar quase que como em um rebolado também respirando fundo, sua mão verdadeira apertava o glúteo de Sakura pressionando-o de encontro ao seu membro ao mesmo tempo que ia e vinha olhando para a face dela. Sakura abriu os olhos, parecia sequer acreditar no que havia acabado de sentir, assumiu uma expressão de admiração pelo homem de sua vida que parecia um deus agora. Seu rosto agora parecia revelar detalhes que ela nunca tinha notado antes. Como era lindo!

Não aguentando mais aquele ritmo, a mão de chakra que segurava os cabelo da garota lhe trouxe para seu peito fazendo-a se deitar sobre abraçando seu corpo e seu quadril voltou a mover-se de encontro ao dela rapidamente entrando e saindo com velocidade de dentro de vagina molhada totalmente preparada para aquilo, pedindo por aquilo. Era assim que queria não é?!

- AH! - Sasuke gritou brevemente metendo nela rapidamente fazendo todo o corpo dela voltar a chacoalhar, assim como, o som de seus gemidos ritmados por toda aquela movimentação. Sakura ergueu-se sobre seus braços jogando a cabeça para trás ainda sentindo toda aquela explosão dentro de si, batendo contra ela e lhe encharcando de vontade de ainda mais vontade! NÃO ERA POSSÍVEL QUE AQUILO PODERIA SER TÃO INSANAMENTE BOM! Em algum momento temia que ele fosse diminuir o ritmo, mas ele continuava daquela forma, parecia incansável… Aquela sensação estava voltando, aquilo estava crescendo…

- Por favor! Não para! - Conseguiu dizer de olhos fechados sentindo agora ambas as mãos dele em sua bunda impulsionando-a de encontro ele. O som do choque de ambos aumentou, Sasuk grunhia sem se dar conta disso de dentes trincados com o suor escorrendo pelo seu corpo. Queria ver novamente queria ver ela se entregar! Queria ver o corpo desfalecer tomado pelo prazer que só ele poderia lhe proporcionar!

Não demorou muito Sakura abriu a boca gemendo sôfrega ao mesmo tempo que esmagava os ombros dele com suas mãos até cair em seu peito mais uma vez vítima de um orgasmo intenso.

Sasuke jogou-a para o lado beijando e colocou-se sobre ela beijando sua boca, sugando seus lábios já sem razão nenhuma, sem nenhum tipo de discernimento. Chupou seu pescoço, apertou seu corpo sentindo seu pênis pulsar precisando voltar para seu lugar que era dentro dela. Sem delicadeza abriu suas pernas colocou-se ali novamente, estava começando a sentir sua musculatura vacilar. Estava acostumado com horas de batalha e sangue, mas aquilo era diferente.

- Ah… Ah… Ah… Ah… - Ela gemia com os braços pra cima sendo admirada por ele meio de joelhos entrando e saindo dela, os seios dela iam para cima e para baixo assim como todo o seu corpo e seu cabelo que começava a formas nós ao ser esfregado contra o colchão. - Ah… Ah… Ah… Ah… - Sakura não conseguia ficar muito tempo de olhos abertos, via a cara de concentração de Sasuke nela, sentia vergonha, mas o impulso de se cobrir ou qualquer outra coisa do gênero não existia. - Ah… Ah… Ah! Ah! ah! Ah!.... - Ela mordeu os lábios não queria gritar quando ele voltou a entrar e sair rápido demais, ele não cansava? Meu Deus! Como ele conseguia ser tão… - Aaaaaaaah! - Acabou soltando o gemido que segurava. As mãos dele envolviam sua cintura fina trazendo-a para ele. A própria Sakura passou a se impulsionar sentindo que poderia ter aquela sensação mais uma vez, mas para isso precisaria de muito mais muuuito mais e não queria perder aquela oportunidade. - Sasuke! aaaah! Droga! - Ela apertava os lençóis mexendo-se sem uma seu tronco sem uma direção exata, mas logo voltava a ir de encontro ele tentando por mais força, tentando conseguir mais.

- Eu… - Ele ia dizer algo, mas não conseguiu. Apertou os olhos rangendo os dentes sentindo aquilo vir, seu sangue corria na velocidade da luz por suas veias, bombeando aquela vontade incontrolável, parecia competir uma corrida com os impulsos elétricos desordenados que seu cérebro mandava e talvez por isso provocaram um curto circuito. - Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! - Abriu a boca saindo de dentro dela masturbando-se ao mesmo tempo que um líquido quente era despejado sobre a barriga de Sakura, respingando um pouco até mesmo sobre seus seios, até parar e ele cair ao seu lado com o peito subindo e descendo loucamente.

Engoliu em seco jogando os cabelos para trás olhando para o teto, depois virou a cabeça para ela que parecia extasiada demais olhando para cima na mesma sincronia de respiração que ele. Sakura sentiu seu olhar sobre si e fitou-o corada, mas com expressão surpresa. Abriu a boca como se fosse dizer algo, mas recuou. Sasuke fez que não com a cabeça e seus olhos voltaram ao tom de negro habituais, seu braço extra sumiu e logo uma necessidade de dormir começou a lhe tomar. Sakura veio para perto dele e deitou passando a perna sobre seu corpo nu, tentando esquecer que ambos estavam e fechou os olhos ainda ofegante como ele. Ficaram em silêncio assim e devagar acabaram dormindo.

...

O som do silêncio pode ser perturbador, um castigo muito mais torturante do que uma enxurrada de palavras que você esperaria que fossem ditas, mas ao invés só recebe um par de olhares inexpressivos acompanhados de braços cruzados imóveis. Mas, silêncio não tem som! Ele em si não, mas te permite ouvir coisas que antes passavam despercebidas te proporcionando paz ou agonia total. Como a das contínuas gotas da torneira parcialmente mal fechada que teimava em pingar sobre os pratos já colocados lá após o jantar em família. Sim, em família, agora Sasuke era da família.

Sakura não arriscava olhar para o lado para ver como ele estaria, pois sabia que o olhar de sua mãe estava sobre ele e bem sabia que ele era o tipo de cara que conseguia manter uma face impassível como ninguém. Ele deveria estar conseguindo manter toda a firmeza que ela achava que não estava conseguindo com tanta precisão. O olhar de seu pai estava sobre ela sem nenhuma tentativa de disfarçar a desaprovação. Era ciente do quanto seus pais não gostavam nada do sentimento desenfreado que tinha por Sasuke, mas de certa forma eles esperaram, assim como, ela que as coisas se resolveriam depois que foi absolvido de suas acusações. Ainda tinha isso, apesar de oficialmente Sasuke ser considerado um herói de guerra, por baixo do panos ele ainda era o ex-criminoso que poderia fazer uma nova maldade a qualquer momento. Mas, ele apenas sumiu novamente e a decepção de Sakura foi visível demais para que eles ignorassem. Afinal, era a filha deles, as falas de Sasuke poderiam ser “compreensíveis” como fosse, ainda assim, era do sofrimento da filha deles que se tratava.

E obviamente eram contra a decisão que ela estava tomando naquele momento.

- Você tem certeza disso? - A voz forte de sua mãe deixou o corpo da rosada todo em alerta por causa do breve susto que levou. Sakura olhou para a mãe ainda na mesma posição e com o mesmo tipo de olhar.

- Sim - Respondeu com uma firmeza que nem sabia que tinha. Pelo visto, era como ele tinha dito, ela sabia a resposta desde o início, apenas não queria admitir.

Mebuki soltou o ar deixando os ombros caírem ao mesmo tempo que desfazia os braços cruzados para olhar para o pai dela que ainda fitava a filha sério. - Quando vão se casar? - Kizashi disse quando abriu a boca. Não era “vocês vão se casar?”, era “Quando”, em sua fala o ultimato estava claro. Sakura ainda estava um pouco amedrontada com clima a mesa, mas não deixou de notar que eles meio que haviam aceitado sua partida. Aceitado, é diferente de concordar. Ele perguntava diretamente a Sasuke. Ela pode finalmente olhar para ele e como esperado ele estava olhando com a seriedade que já lhe era natural.

- O mais breve possível - Respondeu sucinto.

Sakura ergueu a mão direita timidamente, por dentro achava a atitude desnecessária, mas queria mostrar que Sasuke também era um cara sério e não estava simplesmente levando ela dali. Os olhares de seus pais foram até sua mão sem apenas por terem sua atenção chamada pelo gesto, seu pai apenas voltou a olhar para Sasuke, mas Mebuki não conteve muito bem a erguida de sobrancelha ao ver o anel de ouro no dedo da filha. É difícil até para a mais durona das mulheres lidar com indiferença com um anel de ouro como aquele.

Seu pai costumava ser bem mais amável e gente boa, mas naquela situação, em se tratando do afastamento de Sakura dali, acompanhada de uma pessoa que ele desaprovava e sem data para voltar ele estava com uma atitude diferente. Ele e Sasuke se encaravam sem parar e seu futuro genro não era o tipo de rapaz que estaria se borrando de medo por falar com o pai de sua futura noiva, até porque quebrá-lo ao meio seria das tarefas a mais fácil. Esse tipo de presunção que imaginava que Sasuke tinha lhe irritava ainda mais. Aquele desgraçado estava querendo levar a SUA menininha de uma hora para outra!

- Quem você pensa que é pra decidir as coisas assim, de repente? - A testa de Kizashi franziu sentindo seu interior explodir. Sakura entendia muito bem o que o pai estava falando, era o que ela tinha pensado também. Sasuke ficou em silêncio, não era como se pudesse dizer para o pai de Sakura que ele sabia muito bem que o lugar da filha dele era ao seu lado. - Eu te fiz uma pergunta.

- Essas coisas não são “de repente”, tudo tem sido assim para mim há muito tempo.

- E o que Sakura tem a ver com isso?

- Papai…

- Eu estou falando com ele. - Kizashi cortou sem nem olhar para Sakura. - As coisas serem assim para você não significam que tem que ser assim para ela. Sakura construiu muita coisa com a sua distância e não me agrada nada vê-la jogar tudo fora por sua causa.

- Não estou jogando nada fora - O tom de voz imponente não permitiu que seu pai lhe cortasse mais uma vez - Tudo o que eu construí está muito bem gravado em minha mente, eu continuarei sendo o que sou e mais, estou dando esse passo não para destruir tudo até agora, pelo contrário, estou construindo algo novo. - Parou encarando seu pai, mas suavizou a expressão - Estarei construindo uma família papai, a minha… - Olhou de lado para Sasuke - A nossa… - Voltou a olhar seus pais com carinho deixando claro que aquilo incluía eles. - Eu amo o Sasuke - Completou sentindo seu interior vibrar por falar algo assim na frente de seus pais, mas manteve-se firme.

A expressão de seu pai estava totalmente abalada, até mesmo sua mãe já apertava os lábios para que nem uma gota de lágrima escorresse.

- E você não vai dizer nada? - Mexeu com Sasuke ainda tentando manter a pose de pai mau.

- Eu amo a Sakura.

O fungado da mãe de Sakura soou após aquela declaração imediata, estava totalmente amolecida - Então, temos um casamento para preparar. Não é querido?

- Parece que não tem jeito - Kizashi cruzou os braços novamente tentando manter a pose, mas sua expressão já havia sido quebrada. Sakura sorriu largo e deu a volta na mesa para abraçar seus pais por trás ao mesmo tempo com as bochechas encostadas umas nas outras. Olhou para a frente vendo Sasuke observar aquele momento familiar.

- Traga uma garrafa de Saquê - Kizashi ordenou limpando a garganta, ele realmente queria parecer durão na frente de Sasuke - Irei beber com esse rapaz.

- Seu genro - Mebuki corrigiu.

- É. - Apenas concordou tentando não dar a mínima.

- Eu vou pegar um caderno para começarmos a pensar em tudo, os próximos meses serão muito atarefados! - Mebuki levantou-se da mesa enquanto Sakura pegava uma garrafa no armário. A rosada olhou de soslaio para Sasuke.

- Mamãe, na verdade, pretendemos ir em uma semana.

- O que?

- Pretendemos apenas casar e ir embora. - Sakura disse segurando a garrafa na mão como se estivesse queimando.

- Sem cerimônia?! - Kizashi endureceu.

- S-sim…

- Negativo! - Dessa vez Mebuki quem estava revoltada - Vai ter cerimônia de casamento sim!

- Mamãe, não podemos esperar meses…

- Você está grávida?! - O pai levantou já olhando raivoso para Sasuke impassível sentado, ai aquele jeito impenetrável era irritante demais.

- NÃO! - Sakura corrigiu - Apenas precisamos viajar logo!

- Mas não vão sair daqui sem uma cerimônia de casamento digna!

- Tem certeza que não está grávida?!

- TENHO!

- Vocês não fizeram… - O pai gesticulou desengonçado com a mão.

- Pai!

- Kizashi!

Sakura colocou a mão na cara vendo que aquilo estava saindo do controle, olhou para Sasuke e o viu sorrindo. Ele estava sorrindo para aquela discussão familiar tão boba, pais preocupados com o futuro da filha querendo seguir a tradição de forma correta. Ao fundo seus pais discutiam sobre ser correto ou não perguntar algo como aquilo, sua mãe defendendo que seu pai não tinha nada a ver com isso e ele dizendo que prezava pela honra de sua filha e tinha todo o direito de saber.

- Eu NÃO estou grávida ok?! - Voltou a conversa - Olha, vamos fazer então algo simples, o quanto antes para que possamos ir. Ok?

Os dois pararam olhando para ela.

- Certo, então temos MUITA coisa pra fazer! - A mãe seguiu o caminho que trilhava antes para iniciar as anotações do que seria necessário. Sakura parou indecisa se ia ou se ficava, mas após checar que tudo ficaria bem com seu… Ora… Ora… Noivo, seguiu atrás de sua mãe.

Kizashi sentou encarando Sasuke de lado tentando parecer o cara mais mau da face da terra.

- Vamos ver o quanto você aguenta - Disse servindo-o com saquê.

De início aquela ideia de cerimônia de casamento, apesar de antes povoar e muito seus sonhos, fez Sakura se sentir cansada só de pensar. Não pensava mais em nada dessa forma, já que seu relacionamento estava longe do convencional faz tempo, mas ao sentar com sua mãe e ela começar a listar tudo o que seria necessário, mesmo que para uma pequena festa, tudo já voltava a lhe parecer muito atraente. Cores, flores, tecidos e pequenos detalhes delicados que fariam tudo parecer bem bonito, ainda assim, seria bem cansativo, por isso é claro que precisava distribuir algumas atividades para os amigos. Devido a rapidez que as coisas estavam acontecendo, eles teriam que saber por mensagem.

“Sasuke e eu vamos nos casar.
Preciso de ajuda para organizar
tudo. Vai ser meio… Rápido.
Amanhã falarei com vocês pra
Organizarmos tudo juntos.
Bjo”

Escreveu e enviou e nem se surpreendeu quando a primeira mensagem era de Ino

“COMO ASSIM VAI CASAR?!”

E a outra também.

“E FALA COM TODA

SIMPLICIDADE!”

 

“FINALMENTE! AEEEEEEEE” - Essa era de Naruto.

 

“Quando vai ser?!”

Ino teve um piripaque quando Sakura disse que seria imediatamente, ficou quase tão surtada quanto sua mãe estava. Importante frisar que ela não esperava tanta empolgação assim de Mebuki.

- Já estou indo - Sasuke apareceu diante das duas despedindo-se.

- Como sempre o noivo não move uma palha! - Mebuki alfinetou.

- Precisam de ajuda em alguma coisa? - Perguntou sem se comover com a reação da sogra.

- Você ao menos tem algum dinheiro rapaz? Ou teremos que bancar tudo sozinhos? - Respondeu com desdém, na verdade não esperava que ele tivesse algo. Lá no fundo sentiu-se mal por dizer algo assim, ele era sozinho afinal.

- Providenciarei algo amanhã, façam como acharem melhor - Sasuke olhou para Sakura - Tudo bem?

- Vai ser tudo simples! - Sakura já pulou nervosa pensando que ele poderia se incomodar com o dinheiro que poderia ser gasto.

- Você que sabe - Aquilo realmente não interessava em nada para ele. - Estou indo - Ele acenou com a cabeça, estava tímido para fazer qualquer demonstração de afeto na frente de outras pessoas.

- Você está bem? - Sakura o parou antes de ir - Não bebeu demais?

- Eu não bebo - Respondeu. Sakura olhou por trás dele na cozinha onde seu pai estava deitado sobre a mesa dormindo pesado extremamente bêbado.

- Você usou genjutsu! - Bateu no braço dele já querendo rir - Embebedou meu pai!

Sasuke sorriu de canto e despedindo-se saiu dali.

...

Logo no primeiro dia dos preparativos a gritaria no apartamento de Sakura não podia ser contida, até mesmo Hinata estava louca com a informação do casamento que ela já esperava há muito tempo que fosse contada. Foi alvo de gritaria das outras por não ter contado também, então, explicou que Sasuke havia aparecido a noite uma vez pedindo um anel emprestado e falado sobre o que pretendia fazer para a surpresa até mesmo de Sakura. Todas olharam para o anel no dedo dela que já pensava em devolver sentindo-se um pouco constrangida quando Hinata disse que não era aquele, que o dela já havia sido devolvido e aquele era totalmente novo. Sasuke o havia comprado sozinho.

Ino ficou louca da vida quando soube que ela tinha recusado de primeira e respondeu que não se tratava da mesma situação quando apontaram que ela também havia recusado o pedido de Sai.

- E a resposta ainda é não, tem muita coisa pra gente viver antes de algo assim. É diferente da Sakura!

Sakura mal via Sasuke nos últimos dias sendo levada de um lado para o outro para que escolhesse entre tantas coisas, mesmo que de modo geral tudo fosse sair bem simples. Cada detalhe de qualquer coisa não passava despercebido pelo olhar perspicaz de  suas “assessoras”. Ino se encarregou totalmente de planejar a decoração simples e chic, segundo ela, perfeita para o momento, mas apesar de sem perceber ser ela quem decidia cada tecido ou flor colocada, levava Sakura para todos os cantos mostrando tudo e ignorando totalmente o que a rosada dizia. De início Sakura franzia o cenho observando aquilo, mas com o tempo foi observando que o gosto de Ino era, de fato, bem melhor que o seu. Sofreu um pequeno choque se sentindo levemente inútil em seu próprio casamento, mas logo se animou novamente, aquilo era divertido não importa de que ângulo você olhasse. Deixou a amiga livre para tomar as decisões, mas quando algo batia forte demais com ela queria não deixava passar sua vontade de forma alguma. Pelo menos isso ou aquilo tinha que ser do seu jeito e que se danasse o bico que Ino fazia nesses momentos.

Hinata se encarregou de fazer um bom jantar para todos, além de ir com Sakura e as outras até uma confeitaria para escolherem e encomendarem um bolo legal. A noiva achou que daria muito trabalho, mas eram tão poucos convidados que Hinata riu por estar acostumada a cozinhar para o batalhão que tinha em casa chamado Naruto.

- Sei que você ficou especialista, mas não faça rámen, por favor - As outras riram de TenTen - Sério - Ela disse erguendo as sobrancelhas fazendo as outras rirem ainda mais.

TenTen por sinal ficou de providenciar alguma música, coisa que ninguém havia se atentado para que as coisas não ficassem muito paradas durante a cerimônia e quem sabe pudessem se divertir pelo menos um pouquinho mesmo que se tratasse do casamento do Sasuke. Também disse que trataria de levar algumas bebidas para ver se até ele mesmo se soltava um pouco e surpreendia a todos.

Mebuki ainda insistia em convidar mais um ou só mais um e só mais aquele, com apoio de seu pai, mas nisso Sakura manteve pulso firme. Não ia mentir, sempre sonhou sim com algo pomposo, digno de princesa, mas achava uma possibilidade desnecessária agora. Cada vez que os preparativos aumentavam e via os detalhes surgirem das mãos de Ino ou ficava com a boca cheia de água dos pratos que Hinata pensava em fazer, sentia mais necessidade de sair dali com ele. Estava adorando tudo aquilo, mas era tudo para que ficassem enfim sós, todas essas pessoas, toda essa movimentação para que pudessem ser dois, uma família. Um novo núcleo formado, onde um pequeno mundinho se resumiria somente a eles…

O dia chegou e Sasuke estava parado no segundo andar da casa em que morava, era cedo e tudo já estava agitado demais. Esfregou a mão no rosto sentado em sua cama, levantou indo até a janela, já haviam algumas mesas espalhadas pelo local, cadeiras, entre outras armações que serviriam para a realização da cerimônia que ainda seriam decoradas. Ino estava empenhada em coordenar que tudo fosse colocado corretamente no local sem saber que estava sendo observada pelo noivo e proprietário sem camisa com uma séria dúvida se deveria matá-la ou não já que acordara por causa de seus gritos. Quando desviou o olhar viu Hinata nervosa vendo Naruto e Kiba carregando grandes panelas até sumirem pela entrada da casa, o som abafado deles lá embaixo chegou até Sasuke, mais pareciam cavalos do que pessoas. Sasuke fungou cansado só de olhar e pegou sua camisa, vestiu-a e foi em direção ao andar de baixo.

- Sasuke!

- Naruto se concentre no que está segurando! Ponha em um lugar seguro logo! - Hinata rodeava o marido agoniada. - Bom dia Sasuke-kun, iremos usar sua cozinha hoje está bem? - Ela não estava realmente esperando uma resposta, pois nem olhou para ele.

- Sakura? - Sasuke perguntou.

- Ah! Estará vindo para cá em breve! - Dessa vez ela se virou para sorrir. - A festa é pequena, mas ainda existem alguns ajustes e ela insistiu em ajudar, parece que está bastante nervosa e achou um jeito de se distrair ajudando.

Realmente Sasuke não conseguia lembrar de Hinata tão falante quantos nos últimos tempos.

- Teme! - Naruto veio até ele após soltar a panela - Nervoso?

- Não.

- Claro que está! - Kiba veio cheio de intimidade colocando a mão em seu ombro sorridente, ao ver o rosto de Sasuke se virar para ele lentamente indagando o que ele pensava que estava fazendo recuou a mão sorrindo sem graça.

- No que eu posso ajudar?

- Vão ajudar a Ino! - Hinata falou alto - Naruto fique aqui e me ajude!

- Sim senhora! - Brincou indo até ela rapidamente.

Sasuke lançou apenas um olhar a Kiba e os dois saíram.

- Ótimo! Você dois! - Mal chegaram e Ino já apontava ordens - Não temos tempo! Carreguem aqueles caixotes para onde eu não possa vê-los! Já!

Aos poucos aquilo tudo foi tomando forma, algumas cadeiras foram colocadas enfileiradas. Um pouco mais distante dali poucas mesas foram cobertas por toalhas de mesa. Ino fez eles ajeitarem a tenda onde seria o centro das atenções para o casamento e ela mesma tratou de andar de um lado para o outro cuidando de cada arranjo integrante da decoração. Ela estava à beira de um ataque de nervos. Mebuki chegou em algum momento após o almoço dizendo que o tempo estava passando e que estava ali para checar que tudo estava bem antes que Sakura viesse. A decoração estava bem adiantada e todos muito empenhados em ver tudo aquilo acontecer. A presença de Sasuke, o noivo, era um mero detalhe. Obedeceu os comandos que lhe foram passados da forma como pudesse fazer melhor até que ouviu um grito vindo de dentro da casa. Correu para lá, junto com outras pessoas, mas antes que pudesse chegar lá viu Hinata saindo apressada com uma panela grande na mão cheia de comida.

- Eu errei! Eu errei, me desculpem!

- Hinata o que está acontecendo? - Ino brotou ao seu lado curiosa.

- Eu quis experimentar colocar um tempero diferente e… Ah meu Deus está horrível! eu estraguei tudo! Preciso começar tudo de novo! Ainda dá tempo! Eu fiz ontem pra não ser necessário muito hoje, mas ainda dá eu preciso me apressar! - Os olhos dela estavam à beira de um choro dos grandes. Todos se amontoaram ao redor dela preocupados.

- Minna?

A voz de Sakura fez todos se virarem para trás, ela estava junto a sua mãe curiosa olhando para eles com um “saco” daqueles que protegem roupas no braço e alguns bobs na cabeça.

- Ai! Sakura-chan! Me desculpe! - Se sentia mortalmente culpada - Eu preciso me apressar - Saiu andando agoniada.

- Hinata eu te ajudo! - Naruto foi atrás, mas não conseguiu impedir que ela tropeçasse no tapete que ino havia colocado sobre as pedras da rua do distrito Uchiha e tudo caísse por cima de Sakura e sua roupa. Ao ver o que havia acabado de acontecer Hinata caiu desmaiada para trás, sorte que sobre Naruto logo atrás de si.

- Caramba! - Ergueu a vista para a rosada - Sakura-chan! Veja se ela está bem! - Estava excessivamente preocupado.

- A Hinata sempre desmaia Naruto você que era lerdo demais pra notar isso acontecer… - TenTen disse revirando os olhos.

- Agora é diferente! Ela está grávida!

- O QUE?! - Todos gritaram.

Sakura soltou o que tinha na mão sem dar a mínima  para o vestido.

- Deita ela no chão! Rápido! - Examinou-a rapidamente do jeito que estava, não era bom que a pressão da garota variasse assim. Caramba! Estava… grávida!

Apesar do susto, tudo ficou bem, mas fez Naruto prometer que a levaria para o hospital assim que possível para terem certeza.

Sorte que o vestido de Sakura ficou a salvo, graças a proteção sobre ele, mas respingos caíram em seu cabelo e ela foi levada para dentro mal podendo trocar um “oi” com Sasuke que olhava tudo aquilo. Mebuki fez Ino ir com Sakura e ela tratou de dar um jeito em arrumar algo para que comessem depois. TenTen resolveu que iria dar um jeito nas partes da decoração que foram afetadas e tudo sairia bem. Não é?

Não.

Mebuki trouxe o senhor do Ichiraku, o único que aceitou transferir seu restaurante para que funcionasse ali naquele dia, o problema foi que os clientes foram informados e por isso também passaram a se estabelecer por ali muito interessados em assistir o casamento. Quando Ino veio olhar, a customização de TenTen estava horrível e o local ainda cheirava um pouco a comida. Hinata chorava em um canto tentando ser consolada por Naruto sem coragem de olhar Sakura e deu a hora em que Sasuke deveria se arrumar.

Saiu dali sentindo a tampa de sua cabeça quente devido a tanta confusão, mas tinha que cumprir sua parte.

Quando a água caia em seus ombros sempre era elevado a certo grau de meditação. Pensava em milhões de coisas, geralmente bem ruins, preocupações tremendas de vida ou morte, responsabilidades, deveres, obrigações, propósitos. Mas, naquele momento não pensou em nada. Fazia muito tempo que conseguia isso, esvaziar a mente. Não sentia seus ombros tensionados, apesar de saber que logo partiria com Sakura para enfrentar problemas imensos, isso era uma mero detalhe. Tinha a sensação de que a partir agora tudo ficaria bem, na verdade, parecia que tudo já estava bem. Sentia-se quase completo… Essa constatação lhe fez franzir o cenho.

Saiu, enxugou-se, vestiu suas roupas, ajeitou-se dentro do terno. Penteou o cabelo para trás mesmo sabendo que ele voltaria a se desordenar como sempre e saiu. Tudo estava bem mais calmo do lado de fora. TenTen estava em uma canto permitindo que alguma música que dava ideia de que algo aconteceria ali e… Quem eram aquelas pessoas? Haviam algumas sentadas nas mesas muito curiosas olhando para ele quando chegou. O tio do Ichiraku falava alto sorrindo hora ou outra vindo servir alguém.

Hinata agora arrumada, estava com cara de choro sentada na cadeia mais atrás o possível, mesmo que houvessem muitas vazias na frente. Naruto estava ao lado dela com o braço atrás, viu Sasuke e pediu que ele se aproximasse.

- Sasuke, fala com a Hinata por favor…

- O que foi? - Ela não conseguia nem levantar a cabeça

- Ela acha que arruinou tudo.

- Você está bem? - Ela apenas movimentou a cabeça dizendo que sim - Sakura disse que você não deve ficar assim. - Elas apenas soluçou um pouco, Naruto não conseguia nem sorrir de tão preocupado. Sasuke agachou ao lado dela, ao seu redor os poucos reais convidados apareciam arrumados - Não vê que está tudo certo? - Ela ergueu o olhar, estava tudo bem na medida do possível.

- Eu não consegui ajudar como deveria - Lamentou.

- Ajudou mais do que você pensa. - Levantou-se olhando para Naruto e sorriu de canto - Pai? Por que não me disse antes?

- É o momento de vocês - Conseguiu erguer um pouco o canto da boca e até mostrar os dentes ao falar daquilo. - Pai… Somos uma família completa agora. Para isso você tem que ficar bem! - Pousou a mão na barriga da esposa atraindo o olhar dela para si - Como acha que ele vai ficar?

- Ou ela!

- Ou ela! - Concordou. - Precisa crescer forte para ganhar do filho do Sasuke, não é teme?

A expressão de Sasuke suavizou, mas nada disse.

…

Sonhar…

Qual o seu sonho?

Talvez essa seja uma das primeiras coisas que você deva pensar com cuidado quando chega a uma certa idade. Não é mais como o que ser quando crescer, se trata de definir o que você é. Ter um sonho faz as pessoas fazerem coisas que elas não seriam capazes se fosse para outras coisas, ter algo que você almeja alcançar de todo o seu coração, delineará suas escolhas e te levará até lá.

O que você quer?

O que faz o seu coração bater mais forte?

O que pode fazer com que você se sinta completo?

Cada passo que você deu, cada caminho pelo qual você entrou te levou para mais perto desse sonho?

Sakura andava devagar, um passo de cada, mas não conseguia tirar os olhos dele.

Do que você mais gosta? Do que você não gosta? Quais são seus sonhos para o futuro?

Sasuke acompanhou o caminhar dela, havia muito mais gente do que acharam que poderia haver, mas só era possível ver ela. Usava um vestido branco de tecido fluido sem mangas, uma faixa ao redor de sua cintura lhe dava curvas e apenas um arranjo de flores adornava sua cabeça. Seus olhos verdes estavam vidrados e ele devolvia com a mesma seriedade aquele olhar intenso.

É importante ver com clareza que sonho você tem, se você acabar enxergando da forma errada você pode andar por caminhos escuros demais e machucar aquelas pessoas que ama.

Mas, nunca é tarde para se arrepender.

De qualquer forma, no fundo sempre soube qual deveria ser seu verdadeiro objetivo.

“Reconstruir meu clã...”

Nunca se sentiu tão perto da plenitude.

Anos e anos de treinamento, jutsus, força, chakra, batalhas, dor, lágrimas, sofrimento, sangue e mortes. Anos os quais viveu amedrontado, mesmo que parecesse forte, sempre se achava fraco e longe demais de conseguir o que queria, de alcançar o sonho. Quebrou a cara, viu o mundo quase ter sua total destruição e quase perdeu a oportunidade de estar ali. Em pé, diante dela. É ridículo, pode ser que seja, é simples demais, é idiota demais, mas às vezes você pode apenas ver que as coisas são assim. Poder? Isso não é nada se não serve para proteger alguém que você ama. Vingança? Nunca lhe fará feliz. Amor?...

Todos olharam para cima quando um estrondo quebrou o momento solene. Kakashi falava, mas nenhum dos dois estava dando a mínima para o que ele dizia.

- Ai não. - Ino bateu com a mão na cara.

Logo uma fina chuva começou cair, logo toda a preparação começou a ficar molhada, logo os pingos ficaram mais grossos, logo o vento começou a passar com mais força, logo tudo começou a sair do lugar, até mesmo as pessoas, logo toda a arrumação tinha sido desnecessária.

Sakura começou a rir, parada, encharcada de frente para Sasuke, mais ninguém estava por ali. Não tinha como, não adiantava imaginar nada, não adiantava criar um conto de fadas imenso, quando no fim, só o que você precisa…

Sasuke abriu um sorriso, não de canto, um sorriso com dentes e tudo. Estava de costas para todos que correram para se abrigar na casa. Só ela podia ver aquele formato em seu rosto, ele riu um pouco e tocou em sua testa provocando um pouco de dor.

- Ai! - Ela colocou a mão na testa.

- Vamos embora.

- Sim, Anata.