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História If we were together... (Sonadow) - A Outra Face da Moeda


Escrita por: Adrena_Lina

Capítulo 11 - A Outra Face da Moeda


✰✰✰ 2 semanas depois ✰✰✰


Já havia escurecido e algumas estrelas já pintavam o céu vazio de nuvens. A lua estava parcialmente negra, com apenas uns fios de sua luz branca visível. Ao horizonte, o castelo se iluminava, se preparando para a alegria de um casamento por vir.


Shadow adentrou sua pequena cabana quase secreta. Estava esgotado e carregava com dificuldade uma enorme cauda de escorpião. Pelo tamanho desta, já era suficiente para pagar quaisquer dívidas que possuísse. Obviamente, aquilo pertencia a uma colossal mantícora e a caçada rendeu três dias e meio.


Jogou a cauda no chão e fez o mesmo consigo na cama. Ficou de bruços por um longo período e chegou quase a adormecer. Porém, por mais que uma exaustão física já seria o bastante para que um sono profundo tomasse seu corpo, seu emocional entristecido falava mais alto. O fato era que era véspera do casamento de seu amado ouriço azul. Ele devia, certamente, sentir-se feliz pelo seu amante, entretanto, também tinha consciência de que nem o próprio Sonic sentia animação para tal feito.


Shadow não era um ouriço muito compreensivo, todavia entendia o quanto Amy era irritante, mimada e interesseira. E que, além do mais, o relacionamento entre os dois basearia-se somente no dinheiro do rei. Afinal, quem não gostaria de ser rico?


E é aí que entra algo interessante. Por mais que, por dentro, queria sim ser podre de rico como as classes mais nobres do reino, a vontade do ouriço negro de ficar ao lado do azulado suprimia quase toda sua motivação.


Desde a última vez, ele o visitou umas duas vezes, sempre em busca da fofura do rosto adormecido de Sonic. Em nenhuma das vezes ele o acordou, portanto, o azulado nunca teve noção que fora vigiado por seu amado. E ele preferia assim, afinal, poderia ser visto como um pervertido.


Virando e ficando de barriga para cima, ele encarou o teto acima fixamente, de forma a deixar mais devaneios tomarem conta.


“Seus lábios…” ele refletiu ao lembrar da doce sensação de beijá-lo pela primeira vez. Seu rosto suave, sua expressão assustada e curiosa, sua respiração sincronizada. Pensava também em quando poderia ter aquelas sensações novamente. Seria uma dificuldade e tanto. Basicamente, o futuro casal recém casado não desgrudaria um do outro e este tipo de pensamento que deixava o ouriço completamente desconfortável.


De repente, o ranger da porta de madeira velha invadiu de forma bruta suas orelhas. Shadow teria ignorado isso, pensando que seria apenas o vento que a abriu acidentalmente, se não fosse os passos de salto alto que ecoaram logo em seguida.


- Parece que nos encontramos novamente… - a voz familiar o fez levantar em um movimento rápido e colocar-se em posição de encarar a invasora.


- Rouge? - seus olhos piscaram nervosamente após perceber a morcego a sua frente. Pensava que aquilo fosse uma alucinação, afinal, não haveria como ela encontrar sua cabana.


- Pois é… sentiu saudades? - embora Shadow a encarasse de forma a intimidá-la, Rouge não se mostrava nem um pouco preocupada.


- O que quer? - Shadow a questionou, olhando ao seu redor discretamente, procurando por uma arma próxima em seu quarto totalmente bagunçado. A natureza imprevisível da albina era algo a ser considerado, assim como uma briga mortal.


- Nada… só queria conversar… - Rouge respondeu, encolhendo seus ombros num movimento rápido, como se fosse tão óbvio quanto a preocupação do ouriço a sua frente. Aproximando-se, ela sentou na beirada da cama e literalmente ignorou o movimento claramente perceptível de Shadow, que puxou rapidamente uma espada para mais perto da cama. - Um passarinho me contou que você e o rei tiveram um caso peculiar de romance proibido. Ah! Parece até aqueles livros clássicos que quase ninguém lê. Claro que poucos sabem ler, mas você pegou né?


- E você tem alguma prova disso? - Shadow podia ser um tanto arrogante, contudo não era burro. Precisava saber quem era este “passarinho” que evidentemente indicava um espião ao meio do castelo de Sonic.


- Ah, eu tenho uma. Uma tão clara que poderia destruir com a adorada figura do rei. - ela deu uma breve risada maligna após completar a última frase, como se aquilo poderia ser apenas uma diversão para si.


- Desculpe, mas acho que está mentindo. - o ouriço duvidou, já sabendo que isso faria a morcego falar mais.


- E você acha que um chupão não seria uma prova tão concreta? - ela indagou de forma a demonstrar certa raiva por ser contrariada.


“Pera… Como ela sabe do chupão? Teria que ser alguém realmente próximo de Sonic, afinal, uma marca destas não poderia ser percebida de longe. Mas quem seria…?”


- Shadow… - Rouge respirou de forma longa no intuito de acalmar-se. - Sabe quanto tempo levei para bolar este plano? - enquanto suas palavras saiam de sua boca, Shadow tentava compreender e ligar todas as informações que tinha. - Foram anos. Três anos bolando um maldito plano que pudesse dar realmente certo. Um assassinato perfeito. Uma proposta perfeita. E agora um casamento que SERÁ perfeito. E eu não vou deixar que um maldito gato de rua arruíne tudo o que eu já concretizei até agora! - sua última frase saiu como um berro de pura fúria.


Shadow ficara ainda mais confuso. Tudo o que ela falara tinha uma forte ligação com a história de Sonic e aquilo era que o mais intrigava.


De repente, meia dúzia de capangas de Rouge entraram no pequeno cômodo. Eles se aproximaram de Shadow, com uma expressão nada agradável em suas faces. O ouriço tentou desferir um ataque em um dos homens e, embora conseguiu machucar seriamente um deles, o número era grande demais o que fez ele ser preso por uma imensa quantidade de mãos e braços musculosos. Todavia, isso não foi tudo.


“Mas o que…?” suas pupilas contraíram-se num medo involuntário a cena à sua frente.


Com um brilho negro, a morcego se banhou em uma forte luz que, ao encerrar-se, mostrou a outra face da moeda.


Amy Rose.


A ouriço rosa se aproximou da sensível orelha de Shadow, cochichando:


- Vai se arrepender de ter o conhecido… - e então, deu uma leve mordida provocativa na região, aproveitando o momento de vulnerabilidade do ouriço. Se afastando deste e pondo-se de costas a sua vítima, prosseguiu - Já sabem o que fazer com ele, garotos.


E então, ela dirigiu-se a saída, como se nada houvesse ocorrido. Embora ouvisse, com certa facilidade, gemidos de dor e sofrimento, ela não hesitava em “ativar” seu modo psicopata e estampar um falso sorriso em seu rosto. Logo, subiu na carruagem que a esperava do lado de fora, com destino ao seu futuro e definitivo lar.


To be continued...


Notas Finais


Bom, espero que tenham gostado, desculpe se ficou curto e até a próxima o/

Feliz 2017 🎉


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