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História Il Cacciatore di Arcobaleni - Campo


Escrita por: gyack

Notas do Autor


pensei nessa gostosura e resolvi escrever :p

Capítulo 1 - Campo


Fanfic / Fanfiction Il Cacciatore di Arcobaleni - Campo

O Caçador de Arco-Íris

 

                Xu Minghao, ao se tornar maior, passou a desacreditar nas velhas histórias que ouvia quando criança. Claro que ele ainda imaginava como seria se elas fossem reais, mas definia-as como impossíveis se serem reais. Porém, mesmo que achasse impossível, sempre havia um lugar muito parecido com os cenários dos velhos livros de contos de fada que lera na infância.

                Trabalhava como historiador e geólogo, sempre buscando novas pistas para desvendar os mistérios do passado. Não era um trabalho fácil, só recebia seu salário se conseguisse descobrir algo ou desvendar algum mistério. A única vez que ganhou um ótimo salário fora quando achou um esqueleto de uma ave que fora extinta há muitos anos. Mesmo sendo jovem, Minghao sempre queria arriscar sua vida para estudar novas coisas – como quando visitara o Erta Ale, na Etiópia. Sempre animado e disposto com seu trabalho, Minghao nunca recusava oportunidades de conhecer o mundo.

                Naquele dia, Minghao e mais cinco colegas de trabalho estavam viajando para a Irlanda estudar a mitologia céltica. Minghae estava tão ansioso que até comprara um livro sobre o tema numa livraria que tinha no aeroporto. Ao menos teria que saber algo para não sair tão complicado – não que não gostasse de coisas difíceis. Havia ficado separado dos colegas no avião, o que dava à ele total liberdade de abrir aquele livro e começar a viajar em um mundo diferente. Entretanto, ele não imaginou que várias coisas dos velhos livros infantis que lera fossem ser reais. Queria ter vivido a época em que a mitologia céltica estava predominando a Irlanda. Pelo o que leu, aquela mitologia tinha coisas fantásticas e se sentiu mais ansioso para estudá-la mais afundo.

                Assim que chegaram foram recebidos por pessoas que os guiariam por todas as áreas que lhe dessem conhecimento. Minghao ia na frente, fazendo várias perguntas e sendo respondido com toda paciência – embora achasse que os guias não estavam de bom humor. Entraram em um jeep e foram direto para um hotel especial para historiadores e geólogos. Não só Minghao ficara encantado com a beleza do lugar, seus colegas também ficaram. Tanto que tiraram várias fotos de vários ângulos do local em que estavam.

                Predominante verde – e Minghao finalmente havia entendido porque a Irlanda era chamada de Ilha Esmeralda – e completamente relaxante, o lugar era perfeito para quem sonhava em ver como era o mundo antes das industrializações. Árvores de vários tipos, arbustos e alguns rios que davam para ver de longe. Fora um lindo céu azul com poucas nuvens que, segundo os guias, estava fazendo falta nos últimos meses. Minghao pôde entender ao se lembrar do encontro de massas de ar naquela parte da Europa. Era realmente raro os dias em que o sol aparecia daquela forma.

                - Minghao? Nós vamos entrar. Você vai ficar aí?

                - Podem ir, eu vou ficar mais um pouco aqui fora.

                - Não se esqueça de se identificar.

                Seus colegas eram Jisoo, Jeonghan, Hansol, Wonwoo e Junhui. Jisoo, Hansol e Wonwoo eram os geólogos que estavam indo naquela “jornada” para estudar as estruturas dos lugares em que iam visitar para uma palestra escolar. Jeonghan, Junhui e Minghao eram os historiadores que iriam estudar a cultura celta para fins didáticos em escolas públicas de todo o mundo. Com isso, teriam de prestar bem atenção nas aulas naturais para que não escrevessem nada de errado. Era, acima de tudo, um trabalho muito importante – quem sabe Minghao se tornasse alguém na vida.

                Querendo se aprofundar mais no local, verificou se todas as suas identificações estavam em sua bolsa de ombro e começou a andar pelo local – sempre fotografando a cada cem metros que andava para se lembrar do caminho de volta. Nem se importava com seus amigos se preocuparem, eles sabiam que poderia ser maluco, mas não irresponsável e desistir de seu trabalho para passear por aí.

                Ao começo do pôr do sol, Minghao se via numa distância consideravelmente grande do hotel, mas isso não o impediu de avançar um pouco mais. O lugar era muito bonito e queria ter a oportunidade de relaxar um pouco antes de começar seu trabalho e depois ter que ir embora. Sempre fazia isso em toda viagem, por que não faria naquela? Sentou-se numa pedra e ficou observando o céu ficar alaranjado enquanto bebia um pouco de água. Não se preocupou por conta de um fino rio que passava alguns metros à sua frente, ou seja, caso sua água acabasse ele poderia encher de volta – parecia estranho para algumas pessoas, mas sabia que naqueles rios não havia poluição ou intervenção humana.

                Cansado de tanto andar, Minghao acabou cochilando encostado numa árvore qualquer ali perto, acordando quando já era de noite – ainda havia alguns vestígios de laranja por conta da latitude. Porém, não era o mesmo lugar de antes. Minghao sabia por causa das fotos que tirara durante o caminho.

                E o pior de tudo é que estava numa grande pilastra isolada do resto das terras e com algumas nuvens em volta. Tentou não se desesperar de início, tentando entender o que se passava. Não era possível que alguém tivesse o sequestrado, aliás, lembrava-se muito bem de onde havia parado. E o pior de tudo é que aquele lugar parecia ser pura fantasia. Não por conta das nuvens em volta, achava aquilo algo natural de acontecer – embora na realidade não fosse –, mas sim por conta da cachoeira que ia para quilômetros abaixo de onde estava e uma casinha de madeira do outro lado. Aquilo lhe deu um pequeno alívio de primeira, mas se segunda lhe veio o pensamento de que o possível morador poderia ignorá-lo ou simplesmente estar morto. Não que o lugar fosse pequeno, era grande e bem espaçoso, com macieiras, laranjeiras e alguns arbustos com morangos e melancias.

                Decidiu arriscar.

                Bateu na porta mofada e esperou ser atendido, mas nada. Bateu de novo, esperou e nada. Achou que fosse morrer ali e já imaginava seus amigos lhe procurando por todos os lados. Chegou a verificar seu celular, mas não havia qualquer sinal que pudesse lhe dar conexão com todos.

                Sentou-se em frente a casinha, soltando um longo suspiro. Estava ficando difícil pensar em uma saída.

                Foi então que avistou um encapuzado com uma luneta sentado numa cadeira de plástico ao lado da casinha – como não havia visto aquele ser antes?

                - Com licença, eu não sei o que está acontecendo, mas por algum motivo eu vim parar aqui – disse, esperando ter uma resposta.

                Não houve resposta.

                Aquela pessoa não estava morta. Respirava normalmente e de vez em quanto engolia saliva.

                Minghao estava completamente perdido.

                Foram no total dez dias que passara ali.

                No primeiro dia, aquela pessoa lhe ignorou.

                No segundo, deu um suspiro de quem estava cansado e chateado.

                No terceiro, lhe fitou rapidamente através da luneta e voltou a posição original.

                No quarto, estalou os dedos.

                No quinto, soltou um pequeno murmúrio no qual Minghao não havia entendido e nem se dera o trabalho de perguntar.

                No sexto, arregalou os olhos e soltou um leve sorriso por conta de algumas nuvens pesadas que se formaram no horizonte não muito distante.

                No sétimo, voltou para dentro da casinha e só saiu no oitavo, carregando alguns equipamentos que pareciam pertencer à mitologia céltica – o que animou um pouco o chinês – e outras coisas de quem estudava astronomia.

                E então, no nono dia, a pessoa quebrou um galho fino, mas resistente, de uma árvore e começou a desenhar várias linhas curvas e confusas no meio do campo. Minghao pensou que tivesse relação com o que estivesse observando por dias – ou por meses e anos – e finalmente tivesse achado. Contudo, quando terminou, a pessoa parou exatamente do outro lado e levantou a cabeça. Minghao, confuso, não entendeu nada e, quando se deu conta de que estava sendo olhado, pôs o pé em cima da área rabiscada, vendo a pessoa fazer sinal negativo com a cabeça. Tentou de novo, pisando numa linha, recebendo outra resposta negativa. Por fim, colocou o pé por inteiro na área livre do desenho, recebendo resposta positiva.

                Ainda confuso, Minghao apenas seguiu o que seu coração mandava, pisando nas áreas em que seu pé cabia bem, ou seja, que não se encostassem à linha, o que lhe causou uma pequena tontura no meio da atividade por ter que ficar girando o tempo todo. Talvez aquela pessoa já tivesse em mente o que deveria fazer para saírem daquele lugar – ou só estava de saco cheio de Minghao.

                Quando viu, estava de frente para aquela pessoa, ficando agoniado por não poder ver seu rosto. Abriu a boca para falar algo, mas, antes que pudesse pronunciar qualquer fonema, a pessoa fez sinal negativo com a cabeça. Minghao estava ficando nervoso e sentia vontade de estrangular aquele ser, mas preferiu respirar fundo. E então, o braço direito e coberto pela manta preta levantou pela metade e a mão pálida apontou para o rosto de Minghao e depois para baixo. Minghao franziu o cenho, mas obedeceu. Em seguida, com a mão voltada para a posição normal, a pessoa apontou para a mão do historiador e depois pra cima. Minghao obedeceu novamente, sentindo tocar na face da pessoa.

                Era um homem. Jovem. A única parte estranha era a parte escamosa nas laterais da testa até o maxilar. Fechando os olhos, levantou a cabeça, não sentindo aquele homem fazer qualquer sinal. Sentiu-se livre, então, para abrir os olhos, dando-se de cara com uma criatura mística – pelo menos era o que parecia ser. Lembrou-se de dragões ao ver que a parte escamosa do rosto do rapaz se tratava de pequenos cristais azuis que destacavam a cor 00 (branco) da pele e os olhos que eram igualmente azuis. A capa preta havia sumido, deixando Minghao ter uma visão mais ampla daquela criatura. Assim como o rosto, algumas partes do ombro, peito e abdômen tinham aqueles pequenos cristais.

                O pior? A criatura era idêntica à seu “amigo” Junhui – Minghao tinha um crush no amigo.

                Depois de alguns minutos se encarando, o rapaz bufou e voltou para a posição do primeiro dia, deixando Minghao agoniado. Precisava ir embora e fazer seu trabalho, mas achava que nunca mais iria sair dali.

                Começou a ficar tonto de novo, não sabendo se era por conta do relevo ou porque havia girado demais naquela atividade. Talvez os dois.

                Por fim, no décimo dia, Minghao acordou debaixo de um grande arco-íris. Ao olhar pros lados, não encontrou aquele rapaz, cujo passara a chamar de Segundo Junhui já que não sabia o nome do mesmo. Verificou sua bolsa e viu que todos os seus pertences estavam no mesmo lugar. Direcionando os olhos para o centro do campo, o chinês viu Segundo Junhui com todos os materiais do dia anterior, mas desta vez parecia estar rezando ou evocando alguma coisa. Quando parou para perceber, o chão começou a brilhar, mas não de forma que deixasse seus olhos irritados, e o arco-íris estava sendo puxado para dentro de um grande livro localizado no centro de um desenho em frente à criatura. Franziu o cenho ao ver toda aquela cena e, quando tudo acabou, Segundo Junhui relaxou o corpo e sorriu vitorioso ao olhar para o livro. O símbolo havia sumido, assim como toda aquela fantasia parecia estar acabando. O ambiente estava ficando cinza e sombrio.

                O chinês pegou suas coisas e, de saco cheio, resolveu tirar satisfações com Segundo Junhui.

                - Dá pra me explicar o que está acontecendo? Eu estou há dez dias tentando voltar pra onde eu estava antes de acordar e vir parar aqui!

                A criatura se levantou, olhando de sobrancelhas arqueadas para um historiador zangado e emburrado de braços cruzados.

                - Não vai me responder?

                Segundo Junhui havia arqueado mais as sobrancelhas.

                Minghao bufou.

                Eram os piores dias da vida dele.

                O outro se aproximou e os dois sentiram a terra começar a tremer. Segundo Junhui se aproximou mais, sorrindo, mas desta vez verdadeiramente e lindamente, deixando Minghao com o rosto corado.

                - Quem é você? – Minghao perguntou.

                Segundo Junhui não respondeu e, no meio do início de um pequeno caos, ele juntou os lábios num selar singelo, deixando Minghão mais corado ainda.

                - Il Cacciatore di Arcobaleni – ele respondeu com a voz suave após o ato.

                E depois disso, ficou tudo escuro.

 

 

 

                Minghao acordara no mesmo lugar em que estava antes de sair em sua pequena aventura. Estava de noite, claro, do mesmo jeito que estava no início do primeiro dia de seu estresse fantasia. Mas não acordara sozinho, alguém o balançava impacientemente.

                - Minghao? Minghao! Acorda, o lugar de a gente dormir é no hotel.

                Era Junhui.

                Minghao segurou o grito quando viu a face do “amigo” perto da sua. Ainda tinha a sensação dos lábios do Segundo Junhui nos seus.

                - Ei, eu posso ser feio, mas nem tanto! – Junhui reclamou.

                Minghao buscou uma explicação.

                - É que... Bem, tinha um cara e... Ele se parecia com...

                O dedo indicador de Junhui parou nos lábios do historiador, um pequeno sorriso se formando em seu rosto.

                - Shhh... Não conta pra ninguém – ele disse com o rosto ainda mais próximo.

                Minghao corou e, ao perceber o sorriso cúmplice do “amigo”, arregalou os olhos. Então o Segundo Junhui era seu “amigo” Junhui? Várias equações surgiram em sua mente, mas não tentou resolvê-las, pois sabia que aquele mistério não teria como ser desvendado. Talvez somente aquele.

                - Vai ficar aí? – Junhui perguntou impaciente, já longe do historiador.

                Levantou-se rapidamente, andando até ficar próximo o bastante para que Junhui virasse de costas e continuasse indo em direção ao hotel.

 

 

 

                Il Cacciatore di Arcobaleni (O Caçador de Arco-Íris) é um homem, fruto de dois deuses, que fora expulso de sua mitologia após não querer ser o próximo a ter o trono de seu pai. Sendo assim, ele foi jogado em um planeta qualquer, numa galáxia qualquer e, após se apaixonar por um meio círculo torto de sete cores, passou a armar um jeito de conseguir colecionar as cores dentro de um livro, no qual denominou de Meraviglia (Maravilha) por ser o registro das coisas mais belas que fossem ser caçadas – no caso, os arco-íris. Vendo que nem sempre podia chegar na hora em que ocorria aquele evento natural tão bonito, ele viu que precisava estar sempre observando o universo onde quer que estivesse. Para isso, ele precisou de apenas algumas coisas: uma luneta, um relógio e uma bússola. Com a pequena magia herdada de sua mãe, Il Cacciatore di Arcobaleni, sempre que não podia chegar à tempo, trazia o arco-íris para perto de si e por fim o selava em Meraviglia. Porém, com o passar do tempo, sua magia ficou tão poderosa que a superfície em sua volta, quando usava a magia, acabava sendo atingida e sendo destruída após ter seu arco-íris. Entretanto, como odiava ficar sozinho, sempre “sequestrava” alguém para lhe fazer companhia até o dia em que conseguisse selar um novo arco-íris. Depois de tudo, agradece ao ser e o coloca de volta em seu devido lugar.

 

 

Il Cacciatore di Arcobaleni, fim.


Notas Finais


lembraram de Como Treinar o Seu Dragão, né? sim, me inspirei nessa cena

"mas donus, a fanfic se passa na irlanda e você colocou o título em italiano"

procurem o nome no youtube e aproveitem pra relaxar XD


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