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História Ilha da Liberdade - Nosso Encontro


Escrita por: MisutoShimizu

Notas do Autor


Então, se tiver muitos erros de ortografia por favor me digam >=<
Eu revisei algumas vezes, mas alguns sempre passam despercebidos. Eu até tinha pedido pra uma amiga dar uma olhada, entretanto duas semanas se passaram e nada ¬w¬ então eu desisti....
Vou dizer que eu corri com a estória já que inicialmente era pra ser um oneshot só pra descontrair mesmo, mas quando eu vi tinham 21 960 palavras ai dividi em dois capítulos. 'H'
Então se acharem muito corrido, me desculpem. =u='
Eu peguei a palavra vastaya de league porque eu achei que se encaixava bem na aparência que botei para o Levi, principalmente com o lançamento da Xayah e do Rakan, e porque eu não achei uma outra palavra legal para identificar o que seria a raça do Levi.
Bem, espero que se divirtam e boa leitura.
Btw, essa capa eu fiz no total improviso!

Capítulo 1 - Nosso Encontro


Fanfic / Fanfiction Ilha da Liberdade - Nosso Encontro

Os raios de sol incomodavam meus olhos me obrigando a despertar de meu sono. Faziam quantos dias que estava ali? Não consigo me recordar.... Desde que cai do navio no meio daquela tempestade, de modo que eu poderia dizer ridículo, fui levado pela correnteza e cheguei nessa ilha deserta. Como eu pude esquecer de amarrar o meu cinto de segurança e quando fui me levantar para urinar acabei me perdendo, nem ao menos sei como cheguei ao convés e com o balanço.... Bem melhor achar meios de sobreviver e esperar que estejam a minha procura, já que com aquelas ondas e aquelas rochas atravessar sem morrer é impossível. Já deveria me considerar sortudo por conseguir ter chegado na margem inconsciente e ter acabado apenas com um galo na cabeça.

 

E sem os meus remédios posso entrar em heat a qualquer momento, ao menos não tem ninguém aqui. Isso é bom, mas ao mesmo tempo horrível já que se houvesse uma civilização a chance que eu pudesse voltar para casa seria maior... eu estou fodido.

Depois de pescar, falhar miseravelmente em fazer uma fogueira e ter que comer meu peixe cru, fui olhar os arredores da grande ilha. A mata era densa e irregular, parecia que eu gastava o dobro de minha energia para andar naquele lugar —com certeza se eu estivesse em um mundo de DnD eu não seria nem um Hunter ou um Druida— meus pés doíam e eu tinha que constantemente parar para descansar. 

 Continuei caminhando até chegar na beira de um rio, decidi seguir suas margens já que, qualquer coisa, ele iria ou desaguar no mar ou em um lago, assim teria água relativamente potável -não que eu não goste de coco- fora que poderia me alimentar dos peixes que nadavam nele. Quando fui me aproximando da montanha que pelo visto ficava ao centro da ilha percebi que de vez em outra eu encontrava penas enormes e de diversas cores a pairar no chão, o que me deixou bastante animado já que a qualquer momento eu poderia encontrar vários pássaros, ou seja, alguma coisa diferente de peixe! Carne! 

 

O sol estava um tanto, como posso dizer, insuportável, por sorte eu sempre andava com o canivete que meu pai me deu no meu aniversário de 18 anos, isso facilitou meu trabalho em cortar algum galhos e folhas de palmeiras que haviam na região mais perto do litoral para fazer mais um de meus vários abrigos, afinal, as vezes caminhava muito para dentro da floresta e ficar indo e voltando todo dia para minha primeira “base secreta”, como eu gostava de chamar, era incomodo. Acho que ser hiperativo, como meu pai dizia que eu era, não ajudava. Okay, eu admito que eu causava muitos problemas para mim e para o meu velho, já que mesmo nas épocas em que estava próximo para que entrasse em heat eu meio que não aguentava ficar em casa e fugia, não sou um ômega que gosta de ficar trancado no quarto em meu ninho durante tanto tempo. O problema é que o meu “heat” é um tanto especial e tem um cheiro de que além de ser extremamente afrodisíaco para alfas pode as vezes afetar betas, tirando o fato de ser bem irregular, então imagine isso no meio de uma grande avenida? Kkkkk. Chamaram a polícia e meu pai teve que pagar uma multa.

 Depois de terminar a base secreta número 5 procurei nos arredores, mas nada dos supostos pássaros, supus então que eles podiam estar em algum lugar subindo a montanha, já que havia muitas penas presas em algumas pedras, mas como estava quase a escurecer e eu demoro muito para fazer uma fogueira decidi ir na minha caçada no dia seguinte, tendo que me contentar a comer peixe, de novo. Ao menos os do mar eram salgados...

 

—Espero que tudo ocorra bem amanhã...  — Suspirei enquanto me enrolava nas folhagens da minha cama improvisada. As noites não eram tão frias como em Shiganshina, minha cidade natal. Era uma pequena cidade rural, não era grande, mas muito confortável, meu pai era médico local de lá, mas como eu entrei numa faculdade de gastronomia ele veio comigo, deixando minha mãe lá, que cuidava de um pequeno hotel que existia lá e minha irmã velha, que já estava formada em administração, e ficou para continuar a ajudar minha mãe com os negócios da família.

 

Maldita hora que ganhei naquele sorteio. Eu deveria ter desconfiado que ganhar uma viagem com um acompanhante até Rose de navio com tudo pago para uma pessoa azarada que nem eu era muito estranho. A cidade que era para eu estar me divertindo como se não houvesse amanhã era um grande centro turístico de Paradis, essa cidade apesar dela não se localizar em uma das ilhas que nos cercam era uma cidade litorânea, por isso minha viagem consistia em fazer um tour pelas ilhas próximas até finalmente parar em Sina e passar 4 noites lá. Coitado do Armin, ele deve estar se culpando até agora.

Armin era um conhecido meu da minha faculdade, ele fazia arquitetura e era um mini Niemayer, mas vivia cansado, e como ele tinha acabado de brigar com o Jean, o namorado dele, decidi que convidá-lo para essa viagem, já que seria muito bom para ele descansar um pouco.

 

—Desculpa, Armin. Eu vou achar um jeito de voltar.... Eu prometo.

 

*******

 

 

—FUDEU, FUDEU, FUDEU, FUDEU, FUDEU!- Gritava enquanto tentava me segurar em um tronco de árvore em que suas raízes estavam fincadas nas grandes rochas da montanha de modo não muito seguro. Como eu vim parar aqui?! AH SIM! EU QUERIA ATRAVESSAR ESSA MERDA SEM CHECAR SE ERA REALMENTE SEGURO! CARALHO EU SOU MUITO IDIOTA!

Calma Eren! Não importa se você já nem vê mais as árvores lá de baixo! Eu sei que você já subiu tanto que o chão parece ter sumido! Mas pense na carne de frango! Falta tão pouco! E olha, o número de penas está só aumentando! 

Antes que eu desse por mim a minhas mãos fraquejaram e não consegui me segurar. Sentia o vento gelado contra o meu corpo enquanto eu cada vez mais me aproximava do chão. Aah.... Faltava tão pouco.... Eu queria ao menos comer carne uma última vez.

 Fechei meus olhos quando percebi que meu corpo fora segurado fortemente por alguma coisa. Abri meus olhos e vi um homem de cabelos negros em um corte, que eu diria que parece um idol de K-pop, e olhos acinzentados com um olhar curioso para cima de mim, atrás dele eu conseguia ver duas grandes asas negras movimentando-se elegantemente no céu. Eu morri? Tem um anjo me segurando?

 — Ei, pirralho, por que você não usa suas asas? E o que é isso nos seus pés? — Sua voz me tirou do meu transe e eu não entendi suas perguntas, não conseguia nem ao menos formular nenhuma frase na minha cabeça. — Perdestes tua língua também, pirralho?

 Quando finalmente, ou não, olhei para baixo vi que estávamos em pleno ar.

 —Essa não! Va- vamos cair! So-so- socorro! — Me remexia nos braços daquele homem. As vezes sentia que batia na cara do anjo que me segurava.

  — Oi! Pare de se balançar! Assim que vamos cair seu idiota! Cuidado idio~!
 

******

 

Abri meus olhos de novo sentindo uma dor de cabeça enorme, poderia se assemelhar a que eu senti quando eu acordei na ilha. Percebi que eu estava em uma cama cheia de travesseiros, apesar do quarto estar escuro e com pouca luminosidade proveniente de algumas velas que via de relance percebi que minhas roupas foram trocadas por uma espécie de conjunto de tecidos finos brancos e esverdeados, no meu torso só havia um casaco fino completamente aberto no meio, deixando o local completamente exposto, em meu peito pousavam alguns colares dourados e pulseiras em meus pulsos, na minha cintura havia uma grande faixa verde azulada acompanhada de uma calça extremamente folgada branca, pera.... Cadê minha cueca?!

 

—Finalmente acordou? — Uma voz profunda e impactante surgiu do outro lado do cômodo. Era aquele mesmo anjo, sentado em uma grande poltrona vermelha e dourada que me encarava, em suas mãos pousava uma taça de algum liquido avermelhado ,que eu logo botei em minha cabeça que se tratava de vinho, e este era constantemente levado aos seus lábios. Agora que eu olhava bem, suas pernas eram como se fossem de águias, mas as asas que eu vi um tempo atrás não estavam mais lá.  — Ainda não consegue falar, pirralho? Ou estais com tanto medo que já está mijando nas calças?

— Que... Quem é você? Onde eu estou? — Consegui dizer algo que faz sentido!

— Meu nome é Levi Ackerman. Sou o cara que te salvou de ter seus miolos espatifados no chão. A segunda resposta é meio óbvia, mas tu estás em meu quarto. Tive que te trazer aqui depois da cabeçada que destes numa pedra enquanto estavas a “dançar” desesperado nos meus braços, fora que você estava fedendo, então te dei um banho. Um agradecimento seria bom, e talvez saber o nome do pirralho que eu salvei.

 — E... Eren... Eren Jeager. — Disse sentindo minha voz falhar. —O- Obrigado.

 —Minha vez de fazer perguntas. O que um humano está fazendo aqui? — Humano? 

— Eu estava em um navio, mas ele foi pego em uma tempestade e eu cai dele... — Virei a cabeça envergonhado depois de lembrar da razão idiota por ter caído. — Quando acordei estava aqui.

 — Entendo. — Ele fechou os olhos e suspirou, parecendo que estava analisando a situação. — Bem, sinto dizer, mas não sei uma forma de tu voltar, já que tecnicamente nenhum humano poderia nem sequer conseguir entrar aqui.

 —Hãn?! Como assim?

 —Vai ser cansativo explicar tudo, mas digamos que há muito tempo atrás minha espécie e a sua travavam uma grande guerra. Tivemos várias baixas quando vocês humanos aprenderam a usar o que chamamos de magia, então o líder da época fez um ritual que fez com que todos os humanos esquecessem da magia e fez com que uma enorme barreira surgisse nessa ilha fazendo com que...

 —Espera! Se o que você é verdade então como eu...! — Meu sangue gelou quando eu vi algo passar perto da minha bochecha seguido por uma pequena dor. Ao virar vi uma pena que estava presa na parede atrás de mim, botei a mão na minha bochecha e havia uma pequena quantidade de sangue. Ele jogou uma adaga que parece uma pena em mim?!

 — Teus pais não lhe ensinaram a não interromper quando os outros falam?

 —Sim.... Me.... Me desculpe... — Eu esqueci da minha posição aqui.... Se o que ele disse é verdade então a raça dele vê os seres humanos como inimigos... Ele pode me matar a qualquer momento.

 — Continuando. Por causa dessa barreira nenhum humano pode entrar por aqui, mas você está aqui, então estou te perguntando. — Ele se levantou andando até estar na minha frente. Quando chegou perto segurou meu rosto e aproximando seu rosto do meu sem nos encostarmos. —Como você pode estar aqui?

 — Eu não sei.... Eu acordei nas margens da praia... — Muito perto! Sinto meu rosto pegando fogo!

 — Escute... — Antes que ele pudesse falar alguma coisa alguém parecia bater na porta do quarto incisivamente repetindo um nome que acho ser do homem a minha frente várias vezes, parecia que a porta ia quebrar.

 —LEEVIII! ESTAMOS ATRASOS PARA A REUNIÃO! VAMOS ANTES QUE O ERWIN FIQUE NO MEU PÉ!! LEEEVI!! EU FICO VIGIANDO O HUMANO! PROMETO NÃO FAZER NADA DE MUITO ESTRANHO COM ELE!! — Ao ouvir isso um arrepio me atingiu a espinha. Eu estou morto...

 —Tch... Já disse que era segredo e ela fica gritando que nem uma gralha. Tenho que sair. Volto logo, mas para o seu próprio bem não saia daqui. Se a população descobrir que um humano passou pela barreira vai haver um desespero geral da população. Não se preocupem porque você está sendo protegido por mim, não vou deixar que aquela doida faça experiências malucas em você. — Ele pousou sua mão na minha cabeça afagando-a, fazendo meu coração acelerar um pouco.

 —Po... Por que você está me protegendo? — Disse um tanto envergonhado enquanto via ele se dirigindo a porta. — Pelo que você disse humanos foram seus inimigos... então...

 —LEEEEVII. PARA DE ME IGNORAR!

 —Bem-dito, foram. E um pirralho assustado que nem você não parece que vai causar nenhum mal para essa cidade. — Ele sorriu. — Mas claro, se eu te julgar perigoso não vou pensar duas vezes antes de cortar sua garganta. —Assim que a porta fechou o mesma desapareceu. Eu com certeza devo estar sonhando, ou mesmo morri.

 Me levantei da cama e dei uma volta no grande quarto vermelho que me rodeava. A cama ficava em cima de uma espécie de palco, do lado esquerdo havia um sofá que ficava dentro da parede como se fosse uma segunda cama, há frente, uma espécie de escrivaninha de madeira com vários papiros e cadernos, ao lado, havia um portal enorme que dava para o banheiro, quer dizer, parecia mais uma grande piscina natural com paredes e chão de pedra cercada por vários tipos de plantas, lá havia uma quantidade abundante luz vinda de uma abertura zenital, como o Armin chama esses buracos no teto. Voltei para o quarto e percebi que no lado que havia visto havia uma mesa gigante cheia de comida; frutas diversas, grãos, sobremesas e CARNE!

 Corri para a mesma rapidamente, acho que nunca comi tanto na minha vida, mas não pude evitar, estava tão boooom. Depois de comer vi as grandes cortinas que cobriam enormes muxarabis que me deixavam ver a grande cidade mais à frente de um muro cuja arquitetura era baseada em grandes torres de pedras e acho que ouro e ao que tudo indicava eu estava em uma dessas torres, eu estou em el dourado ou o quê?! Observei mais e vi “pessoas” como Levi voando pelos céus, outras estavam no chão, estas estavam dentro dos muros, o que me fez concluir que estava em alguma espécie de castelo já que tudo a minha volta parecia ter saindo de um conto da realeza.

 Voltei para a cama sentindo o cheiro do anjo que me salvara. Que cheiro bom.... Devo admitir que ele faz meu tipo e que toda vez que eu olhei para ele estava quase a babar, mas eu sou como se fosse um prisioneiro aqui! Ah...  Tenho que descobrir uma forma de voltar para casa...

 Sinto que estou me esquecendo de algo muito importante por alguma razão. Bem, uma hora irei me lembrar.

 

~*~Levi~*~

 

—Quanto tempo eu deixei o pirralho sozinho? 2 horas talvez. Mas que reunião chata da porra.

 Por que eu fui inventar de me oferecer para ficar de vigia e guarda-costas do humano? Não que o Erwin já não planejava por essa tarefa nos meus ombros... Mas algo dentro de mim queria ficar responsável por ele. Apesar que para um humano ele é bem atraente, principalmente aqueles olhos... Da vontade de maltrata-lo até ele pedir por misericórdia.

 —Levi, para com esse sorriso maligno. O pessoal está te olhando com medo.

 —Que olhem. Eles têm que aprender a cuidar da própria vida.

 —Sei que deve estar ansioso por causa do humano. AAAAH! Que inveja, eu tive que ficar encarregada por averiguar se há alguma fresta na barreira. Queria investigar aquele corpinho.

 —Você já olhou quando eu o trouxe para você examina-lo, quatro-olhos.

 —Eu sei! Mas é incrível! Como humanos conseguem caminhar com aquelas pernas?! E ainda...! — Ela continuou falando sem parar, mas eu ignorei a maior parte do que ela disse. Quando eu trouxe o humano para o palácio botei essa doida para examina-lo, ela quase explodiu de felicidade quando tiramos suas roupas e ela viu as suas pernas, tive que dar um soco nessa cabeça inútil para ela parar de se esfregar nas pernas dele e ver se a batida na cabeça fora algo grave. Por causa da confirmação que um humano estava aqui, meu esquadrão especial sobrevoou a ilha a procura de mais humanos, mas só encontramos 5 pequenas construções improvisadas. Não achamos mais ninguém, o que de certa forma é um alivio, mas a preocupação é ainda em como ele entrou. — E eu te deixo aqui. Lembre-se do que eu disse sobre tomar cuidado! Afinal, nunca tinha visto isso antes e nós não temos arquivos acerca dos humanos.

 —Sim.— Eu me recuso a ouvir as baboseiras de 1 hora dela. — Estou indo, boa sorte.

 Me despedi da cabeça oca e fiz minhas asas aparecerem indo rapidamente para meu aposento. Negociei esse quarto quando o Erwin me pediu para ser o capitão da guarda real, me recusava a ficar junto dos conselheiros e outros capitães das outras guardas, fora eles serem uns porcos sem higiene básica, mas também porque não aguentava os nobres locais me oferecendo suas filhas em casamento, até o Erwin que é o rei já parou de me oferecer a mão de suas filhas, Annie e História, em casamento. É irritante.

 Finalmente havia pousado no topo da torre, onde se encontravam meus aposentos, o único jeito de chegar era voando, ou seja, mesmo que de alguma forma o pirralho consiga destruir a barreira da porta, o que já é difícil para um vastaya quebrar a minha magia, seria quase impossível para ele quebrar e ainda descer sem no mínimo morrer.

Me aproximei da parede e sussurrei as palavras que abriam a barreira. Assim que movi a porta para entrar senti um cheiro entorpecente atravessar meu nariz, era embriagante e um tanto adocicado. Imediatamente rasguei parte do lenço que estava preso em minha cintura e corri para dentro do quarto, aquele cheiro se assimilava a quando uma mulher entrava no cio, e se esse cheiro está impregnando meu quarto, quer dizer que mais uma puta entrou nos meus aposentos sem meu consentimento, como diabos ela passou pela barreira? Droga, o pirralho está lá dentro! Será que humanos se afetam por....

  — Mas que porra... — Parei sem reação ao perceber que o cheiro doce vinha do pirralho que se contorcia na minha cama, ele estava apenas com a parte de cima das roupas, sua calça estava jogada para o lado e ele parecia assustado, mas ao mesmo tempo arfava contra os meus lençóis olhando constantemente para mim enquanto se tocava.

— Ah... Levi... desculpa...ghr... É que...Seu cheiro é tão bom que...

—Oi. Por que você está que nem uma fêmea no cio? — Falei tentando me manter são enquanto caminhava mais para o local de onde surgia o cheiro tão doce que atravessava o pano que havia em meu rosto como se o mesmo nem estivesse lá. Não podia acreditar que estava ficando excitado por um miúdo em puberdade gemendo na minha cama.

— Ghr... Eu não aguento mais... — Ele veio o resto do caminho até mim, agarrando o meu pescoço e mordendo o pano de meu rosto com a boca puxando para baixo. — Por favor... está muito quente...

—Tch. Muito bem, vou acabar com o teu fogo, mas não me culpe se você não conseguir andar depois. — Agarrei os cabelos de sua nuca puxando-o mais para perto roubando-lhe os seus frágeis lábios. Ele gemia e buscava por ar constantemente enquanto me abraçava e parecia desesperado por tentar diminuir a distância entre nós. Chegava a ser adorável...

Joguei-o na cama e fui tirando minhas vestes, deixando apenas as ataduras em minhas pernas. Assim que viu o pirralho foi engatinhando para mim, parecia que ele pedia para que eu lhe dissesse o que fazer, até que o fizesse, ele continuaria a me comer com os olhos.

— Está esperando o quê? Chupa. — Agarrei sua cabeça e lhe aproximei de mim. Não tardou muito para que ele começasse a chupar-me de um modo bem desajeitado. — Tch. És horrível nisso. És tua primeira vez por acaso?

— Ah.... Não.... Sinto muito.... Eu nunca chupei um desse tama...

Antes que ele acabasse a frase e com o resto da minha sanidade eu o empurrei na cama, e o fato que ele não estava de calças facilitou meu trabalho. Falei para observar direito e ver se aprendia alguma coisa, e logo depois abocanhei seu membro o fazendo gemer e tremer contra a cama. Queria o fazer enlouquecer. Ele gritava meu nome diversas vezes, tive que prender as suas mãos com as minhas para ele parar de puxar meu cabelo e fiquei em cima de suas pernas para ele parar de se remexer tanto, já que estava quase me engasgando. Quando eu ia aproveitar para usar minha saliva de lubrificante percebi que sua entrada já estava completamente molhada, o que me casou um arrepio intenso, ele já tinha se preparado enquanto eu ainda não havia chegado? Que interessante...

Continuei chupando-o enquanto começava a direcionar meu dedo para dentro de sua entrada fazendo o humano se remexer mais e quase gritar meu nome como se fosse uma palavra sagrada. Fui aumentando a velocidade quando senti os fluidos do pivete invadir minha boca, aquele filho da puta nem me avisou, quase engasguei. Resolvi engolir tudo, já que se cuspisse só iria sujar ainda mais minha cama.

Mas ele merece uma pequena punição, vou fazê-lo implorar.

Deitei ao seu lado sem retirar meu dedo de dentro dele e aconcheguei sua cabeça no meu braço livre, as vezes acariciando e outras puxando levemente seus cabelos, roubando constantemente longos beijos de seus lábios e deixando marcas em seu pescoço. Conseguia ver sua expressão de prazer com tanta nitidez que me deixava ainda mais excitado, ele se contraia e gritava, seus olhos lacrimejavam por causa do prazer, que era tanto que já estava a voltar a ficar duro.

— Ah! Por favor...! Eu- eu não aguento mais... Levi... — Falou agarrando meu branco e o arranhando de leve. Vamos, implore mais.

—Se você não disser o que quer, não poderei nem ao menos pensar se irei aceitar ou não.

—Gh... Ah... Eu quero... dentro de mim... por favor...ha...Um dedo não é suficiente.

—Hoo. Que garoto guloso, tudo bem, se um não é suficiente para você. — Olhei para ele sorrindo e ele parecia ansioso, mas isso logo passou para uma cara de frustração quando eu adicionei mais um dedo.

—Não... AH! Nã- não é is...uh...

—Fora você que falou que um dedo não era suficiente, só estou atendendo ao seu pedido, Eren. — Ele corou rapidamente ao me ouvir falar o seu nome. Chamá-lo pelo nome o deixa tão feliz assim?

—Eu quero... — Ele moveu o braço apalpando o meu pênis. — Eu quero... Eu quero isso dentro... de mim... Por favor...ou vou enlouquecer...

—Bom garoto. — Peguei suas mãos e as elevei para à cima de sua cabeça, deixando elas presas por minhas mãos ao mesmo tempo que entrava com tudo dentro dele, fazendo ambos gemerem, apesar que no caso de Eren, ele gritou com um sorriso repleto de lagrimas. — Ah...Assim que você que você queria, Eren?

—Si... Sim.... Tão bom...

— Ha... Vai ficar ainda melhor.

Comecei a me mover rapidamente contra ele, agarrei suas pernas e as coloquei em cima dos meus ombros para facilitar a penetração, ele puxava meu pescoço, aranhava e chupava o mesmo na tentativa falha de suprir seus gemidos. Para adicionar também masturbava- o, o que fez com que ele gozasse em meu abdômen, caindo no seu logo em seguida, mas ele era incansável. Tão excitante. Um tempo depois era minha vez de chegar ao clímax, despejando toda minha essência dentro do mais novo o fazendo gemer loucamente, a sensação era tão boa que por um descuido deixei minhas asas surgirem, fazendo inúmeras penas caírem ao nosso redor. O garoto me encarava maravilhado, ele não tirava os olhos de mim e eu não conseguia desviar daqueles orbes verdes adoráveis.

— És tão lindo... — Ele disse arrancando-me um beijo enquanto sentia meu rosto ruborizar um pouco. Me senti desconsertado e estranhamente feliz com o elogio. — Levi, eu quero mais...

—Mas é claro. —Sorri de lado, fingindo esquecer do meu rubor de minutos atrás. —Não iria acabar em só uma rodada.

Era tão apertado e molhado, tão delicioso. Não lembro de quantas vezes eu gozei dentro dele, mas quanto mais gozava mais ele implorava por mais, assim até ambos desmaiarem sem haver mais forças em nenhum dos dois.

*********************

~*~ Eren~*~

Okay Eren, eu sei que você sempre pensou em nunca se arrepender de nada em sua vida, por isso você sempre fez algumas várias loucuras que fizeram a polícia te deixar em casa algumas vezes e seu velho não saber se te internava ou te botava só de castigo, mas da lista de coisas excitantes e estranhas que já fiz, nunca pensei que eu iria adicionar:“Transar até desmaiar com uma espécie de quimera de humano com uma águia extremamente sexy que você nem sabia que existia. ” Mas ele transa muito bem. De todos com que já transei eu acho que ele foi o melhor, chega a ser bem melhor que o Marco ou a Carolina. Sim, eu não sou nenhum santo, já transei com uma galerinha aí, não é porque a maioria dos ômegas tem na cabeça esse conto de fadas de que tem que se guardar para o seu mate que eu vou fazer isso! Agora se um engraçadinho tentar me pegar enquanto eu estiver em heat e eu não quiser, eu quebro a cara do infeliz.

Voltei meus pensamentos para o quarto, mais especificadamente para o homem que ainda estava dormindo ao meu lado, ele já parecia cansado ontem, mas como eu estava.... Bem, daquele jeito eu nem liguei. Me deitei novamente apoiando minha cabeça no meu braço esquerdo e fiquei acariciando sua cabeça com o meu braço direito, seus cabelos eram tão macios e tão divertidos de se pegar, eles eram negros e brilhosos, o que contrastava com sua pele pálida. Ele era extremamente harmonioso, tirando sua altura, já que parecia ser uns dez centímetros mais baixo do que eu, mas poderia até dizer que isso dava um charme a mais para ele. Eu quero beijá-lo.

Me inclinei um pouco para alcançar seus lábios quando percebi que ele começara a se mexer, rapidamente afastei meu rosto morto de vergonha percebendo o que eu quase estava a fazer enquanto ele abria os seus olhos.

— Bo.... Bom dia. — Meu rosto está queimando. Por quê? Eu nunca tive nenhum problema em dormir com um estranho e acordar com ele do lado.

— Bom dia. — Ele falou, logo se levantando e indo em direção a casa de banho. — Você não vem?

—Ah.... Si- sim! — Dei um salto da cama, mas logo depois cai. Meu quadril doía por causa da noite passada. Como assim? Se eu estava em heat eu estava bastante lubrificado, então como? Eu sei que fizemos algumas vezes, mas...

—Tch.... Acho que não tenho escolha. — Logo que eu ouvi sua voz senti meu corpo ser levantado pelo anjo, que parecia não ter problema nenhum em me levar, como se eu não pesasse nada.

Assim que chegamos ele me botou para urinar em onde seria o sanitário, foi extremamente vergonhoso. Ele segurou meu corpo enquanto eu me apoiava, levou um tempo para eu conseguir fazer alguma coisa, até porque eu não conseguia me concentrar com ele reclamando da minha demora. Depois ele terminou de me despir e me pôs na “banheira”, como ele disse, apesar que para mim, aquilo parecia mais um ousen privado.

—Depois vamos ter que descer para comer, ontem eu já havia mandado que colocassem o jantar no meu quarto, já que pedi para uma amiga de confiança te examinar por causa da pancada que você levou na cabeça. Mas preciso de um jeito para te disfarçar. Já pedi para Hanji dar um jeito sem usar magia, já que mesmo meu nível de magia pode ser detectado por alguns narizes empinados daqui que ainda não tem conhecimento de que um humano entrou aqui. — Ele parece tão calmo e natural, nem parece que tivemos uma noite daquelas ontem.... Ah, ótimo, estou envergonhado de novo! Estou parecendo uma menina que acabou de perder a virgindade. — Estás me ouvindo?

—Si- sim! Estou. É que.... Estou meio envergonhado da minha atitude de ontem...

—És um adolescente por acaso? Nos divertimos e pronto, ambos desfrutamos do momento, não há tanto alarde nisso. Ou é por sermos de raças diferentes?

—Nã- não. Foi só por causa do modo em que aconteceu, já que... Bem, eu praticamente pulei pra cima de você...

—Não precisa se preocupar com isso. Eu aceitei teu convite então. — Ele se levantou saindo da água me fazendo ver tudo. Seu corpo era completamente definido, o que me deixou meio envergonho pelo meu projeto fajuto de academia. — Vamos logo, em pouco tempo a idiota vai estar aqui e nós temos que limpar a bagunça da minha cama.

—Sim, senhor. — Senhor? Ótimo, estou me sentindo um cabrito que só faz receber ordens. Eu sei que ele está cuidando de mim, mas...

Assim que entramos no quarto colocamos nossas roupas que estavam jogadas no chão e começamos a arrumar o local. Fui obrigado a lavar o lençol de cama 3 vezes porque ele disse que não estava lavando do jeito certo quando ele desistiu e me mandou limpar as penas que estavam espalhadas pelo quarto. Pouco tempo depois começaram a bater na porta, e com a batida veio aquela voz que ouvi antes do Levi sair ontem, era uma mulher de cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo meio desajeitado, seus olhos eram da mesma cor deles em sua face pousava um par de óculos que se prendia atrás, provavelmente para não cair durante o voo. Assim que ela me viu foi me cumprimentando e pediu para ver meus pés, aparentemente ela ainda estava impressionada em como eu conseguia andar.

—Muito bem Eren, foi muito difícil achar roupas decentes para você, já uma roupa masculina com design de vestido para cobrir suas pernas foi difícil, então optei pelo motivo mais fácil, então vamos contar a seguinte história: Você é meu filho. Nasceu com um problema em que o faz não conseguir andar, por isso vivia mais ao norte da ilha com minha mãe, você tinha vergonha de vir para cidade por causa da sua condição, como eu estou trabalhando muito não tive tempo de te visitar, por isso você resolveu me visitar, mas como eu estou sempre ocupada com o laboratório pedi para o Levi cuidar de você por enquanto, e como eu madrugo muitos dias lá, não podia te deixar sozinho, por isso você está dormindo com ele.

—Só tem um problema, Hanje. Por que diabos eu faria isso?

— Claro que é porque você me ama.

—Eren, diga que a obriguei a me pagar uma quantia EXTREMAMENTE generosa para ser sua babá.

Eles continuaram a discutir por um tempo e fui me aprontar. Hanji me dera uma saia enorme para eu trocar, era uma saia branca com detalhes verdes que iam além dos meus pés, depois ela me ajudou a enfaixar meus pés e encaixou um molde de madeira no formato dos pés deles, eles eram grande parte coberto por essa faixa, fora uma massa que se assemelhava a silicone foi posta nas minhas orelhas para se assemelhar as suas orelhas pontudas. Hanji disse que era para o caso de a saia levantar com vento nas vezes que Levi iria me carregar. Assim que terminamos ela disse que já tinha uma cadeira de rodas lá embaixo, e para nos apressarmos, já que ela estava morrendo de fome.

Assim, fui carregado para baixo por Levi que me segurava firmemente, acho que por causa do nosso primeiro encontro em que eu me desesperei por causa da altura e quase cai. Bem, eu tive medo para cacete, mas a vergonha de estar sendo carregado fez com que eu quase esquecesse meu medo. Ao chegar na cadeira de rodas eu fui aconchegado lá e Levi passou a guiar-me pelos grandes longos corredores de mármore até chegarmos a uma sala enorme com uma mesa longa, vários “Vastayas” , como a Hanji disse que eram o nome de suas espécie, estavam sentados a conversar animadamente até que me viram e me encaravam curiosamente. Fudeu. Fudeu. Fudeu. Será que eles já descobriram que sou um humano?

—Relaxe. Se desconfiassem de você, já estarias no chão com várias lanças quase beijando o teu pescoço. — Ouvi Levi sussurrando em meu ouvido, era como se ele tivesse lido meus pensamentos.

—Sim. Me desculpe.

Avançamos até o final da mesa, onde haviam 3 lugares vazios, sendo que um não havia uma cadeira, apenas um espaço. Na cabeceira da mesa estava um homem alto de cabelos dourados e olhos azuis, ao seu lado estavam duas garotas que tinham a mesma cor de cabelo e olhos que o do homem, uma era pequena e usava seus cabelos soltos tendo uma feição extremamente delicada, a outra parecia entediada com tudo aquilo, ela era mais alta e prendia seus cabelos em um pequeno coque em que alguns fios se desprendiam do mesmo.

—Aquele é o rei e suas filhas, ele sabe sobre você, mas as suas filhas não. Apesar da cara de idiota ele ainda é o rei, então vê se mostra um pouco de respeito.

Quando nos aproximamos eu imitei a reverencia que a Hanji e Levi fizeram, coloquei minha mão direita no meu peito virada para cima com o punho fechado me abaixando um pouco.

—Yoo, Erwin e minhas princesinhas! Quero lhes apresentar o meu filho, Eren. Acredita que ele veio me fazer uma surpresa e veio me visitar ontem?! Eu não tenho um filho mais fofo do mundo!!

—Muito prazer, Eren. Espero que sua estadia aqui seja confortável e que possamos nos dar bem. — Ele sorriu me causando um leve arrepio na espinha.

— Hee. Você nunca nos disse que tinha um filho, Hange. Prazer, Eren, eu me chamo Historia, e essa é minha irmã mais velha, Annie.

— Iai. — A mais velha só falou sem olhar para mim, ela apenas comia seu prato como se quisesse sair logo dali.

—Muito prazer a Ha... A mamãe sempre me falou muito de como gostava do trabalho aqui.

— Tão lindinho! — A Hanji se levantou da minha cadeira me abraçando fortemente. Ela leva bem a sério essa encenação.... Até demais.

O café da manhã ocorreu normalmente, apesar de me senti um tanto deslocado e admito que estava com medo de descobrirem sobre minha verdadeira condição, Annie, a filha mais velha se levantou e saiu assim que terminou de comer, ela era bem estranha, mas não diria que ela é chata nem nada, afinal já deixei primeiras impressões piores. Com o passar da conversa Hanji começou a inventar várias histórias da “minha infância”, ela detalhava tanto que eu realmente fiquei envergonhado mesmo que isso não tenha acontecido.

Após o café da manhã a minha “mãe” teve que ir em missão dada pelo rei e ela me deixou aos cuidados do Levi enquanto estava fora. Ele não parecia nada feliz. Nenhum um pouco, mas a História se animou para me mostrar o castelo, apesar de algumas vezes ela ficava extremamente envergonhada quando dizia para voarmos em algum lugar do castelo que tinha uma bela vista, mas ela se lembrara que ficava em alguma torre e pedia desculpas, já que não podia andar, apesar que no final Levi sempre me botava no colo e nós íamos de qualquer jeito. Ele tinha esse olhar de mal-encarado, mas era muito gentil. Comemos no jardim na companhia da princesa que nos apresentou sua amiga de infância, Ymir, ela era.... Muito direta.

~Flashback~on~

 — Yo, Historia. — Ela disse enquanto apertava a garota e a mesma corava um pouco. — Iai, capitão, está de namorado? — Nessa hora, a cor do meu rosto e o vermelho de uma maçã era a mesma coisa.

—Não, Ymir. Esse é filho da Hanji, ele veio passar um tempo aqui e a Hanji pediu para o senhor Levi cuidar dele.

—Fui pago. Não diga que ela pediu se não outras pessoas vão pensar que virei um bom samaritano.

—Não sabia que a doida tem um filho. E aquela cadeira, és tua?

—Sim, é. Eu nasci com uma condição que eu não consigo andar ou usar magias.

—Ah. Então é por isso que o capitão foi pago para ser sua babá. HAHAHAHAHA. Isso chega a ser hilário, o Vastaya mais forte rebaixado a babá.

—Ymir.... Pare com isso.

—Não, tudo bem Historia, vou fazer ela se arrepender de cada palavra quando ela for posta para ser treinada comigo. Eu mesmo vou pedir para o seu pai para me deixar ter sessões privadas de treino com ela, já que ela quer tanto conseguir entrar na guarda para te proteger.

—Heee. Já estou cansada só de pensar. Bem, já que já estou fodida, então capitão, para aceitar isso devias estar de muito bom humor. Tem certeza que não tens nenhuma quedinha pelo pequeno aleijado?

—Ymir!!!

~Fim do flashblack~

—Admito que estou muito curioso com a resposta. Ao menos ele deve me achar atraente, não é? Afinal ele transou comigo ontem várias vezes, ah, foi tão bom.... — Sussurrei enquanto estava no banheiro. Levi não estava lá, e sim do lado de fora emburrado. Ficou reclamando dizendo que não sabia porque a vergonha se ele já viu tudo e até já me botou para mijar. — Minhas necessidades fisiológicas são privadas, idiota. Nunca caguei nem na frente do meu pai.

O banheiro era feito de mármore e decorações douradas como o resto do castelo inteiro. Sei que aqui eles têm magia, mas é difícil de acreditar que meus excrementos são exportados para não sei onde e que a água para lavar minhas mãos está flutuando em bolhas do outro lado do cômodo. 

Quando estava lavando as mãos lembrei dos momentos íntimos que tivemos ontem. O jeito que ele arranhava minha perna e deixava pequenas marcas em pontos que agora estavam sendo escondidos pelos panos que vestia, mesmo quando mordia meu pescoço ele não fez forte para não ficar amostra. Ao lembrar minhas pernas ficaram bambas e senti algo escorrer nas minhas pernas. Tentei me segurar, mas não consegui, cai no chão de mármore branca. Droga, esqueci que ainda tecnicamente estou em heat. Era frustrante, parecia que eu realmente era um aleijado.

—Oi, pirralho! — Ele veio tampando o rosto. Vindo em minha direção tocando em meu rosto, focando em mim com um leve tom de preocupação. Ah. Os olhos dele são tão bonitos, parece uma manhã de inverno. — Você está bem?

Será que ele vai ficar brabo se eu pedir para ele me ajudar de novo? Somos de raças diferentes, então acho que não tenho a preocupação de engravidar, fora que a taxa se fertilização em ômegas do sexo masculino já é muito baixa. Sim. Não tem problema. Eu quero ser abraçado por esses braços de novo. Eu quero que ele seja meu de novo, nem que seja só passageiro. Levantei meu rosto e encontrei com seus lábios novamente agarrando em sua nuca.

—Le- Levi.... Por favor. — Eu não aguento mais, quero que esse homem me foda...

—Tch. Depois vais me explicar direitinho o que está acontecendo. — Seus olhos brilharam em um tom azul e vi todas as janelas e a porta da saída desaparecerem em um piscar de olhos.

Os sons tomaram o cômodo enquanto eu era tomado novamente pelo vastaya, foi como se o mundo a minha volta sumisse por completo e minha mente ficasse completamente em branco. Eu gritava de prazer naquelas paredes enquanto ele se movimentava contra a minha pele. Mais, eu quero mais.

Não consigo me lembrar quanto tempo ficamos lá, só lembro que depois de gozar pela 3 vez e depois só lembro de estar no quarto novamente já devidamente banhado e com um roupão que parecia ceda pelo meu corpo.

—Pode começar a me explicar. Estou esperando.

—Bem.... Explicar o que exatamente?

—Estás a zoar com minha cara? Tens um pênis no meio das pernas, mas de vez em quando cheiras e age como uma garota no cio, tanto que teu cu fica molhado. E não acho que no tempo de você cagar dava para deixa-lo daquele jeito, fora que não tinha nenhum óleo para você enfiar no seu buraco. — Direto.... Não sei quem é mais é direto, ele ou a Ymir. Mas isso quer dizer que aqui não existem ômegas nem alfas, o que me deixa confuso, já que para mim ele cheira como um alfa.

—Você não sabe que eu sou um ômega? — Minha pergunta o fez ficar confuso. Okay, como eu explico? 

Comecei por explicar sobre o mundo dos humanos, onde nós poderíamos ser divididos em alfas, betas e ômegas. Ele me ouviu em silêncio enquanto eu explicava cada uma, sendo mais atento quando eu expliquei sobre o que eram os ômegas, o que é o meu caso, falei sobre eu ter um útero e sobre o meu heat. Era difícil explicar porque já vi casos como o do Armin, em que ele fica excitado durante todo o ciclo sem parar e tem o meu, em que está tudo normal e de repente eu começo a soltar meus feromônios só que em uma intensidade muito mais alta que a maioria dos outros ômegas. — Bem, é isso. Achava que aqui era a mesma coisa porque eu sinto como se você fosse um alfa, então.

—Entendo. — O quarto ficou em um silêncio horrível, acho que ele estava absorvendo tudo que havia dito até agora. — Então, qual o risco de você ficar grávido? Afinal, eu gozei incontáveis vezes dentro de você enquanto você estava em heat.

—Bem, o índice de fertilização em um homem ômega é muito baixo, e como somos de raças diferentes acho que esse índice abaixa ainda mais.

—Hum. Verdade, mas mesmo assim vou pedir para a Hanji te examinar amanhã. Sua Heat ainda pode aparecer de novo nos próximos dias, então das próximas vezes eu vou me precaver. —Próximas vezes?

—Você não se importa em fazermos isso de novo?

—Se da próxima vez eu tiver um preservativo, não. — Fiquei um tanto envergonhado e feliz. Ele não se importa.

—Não sabia que aqui havia preservativos.

—Han? Claro que tem. Acha que somos atrasados tecnologicamente ou o que?

—Desculpe! É que aqui tem tanta vida ao redor, bem ao menos no castelo. No mundo humano vivemos em um mundo de concreto, ferro e vidro onde a maioria das cidades só tem poucos pontos verdes, mas aqui é completamente o contrário. Me desculpe.

— “A chave para a evolução não simplesmente aprimorar sua tecnologia ao máximo, e sim coexistir harmoniosamente com a natureza sem que ela sofra grandes impactos da nossa passagem por aqui. ” Foi o que o sobrancelha de taturana disse, afinal, nós temos um espaço bem limitado nessa ilha, apesar dela ser bem grande, nós ainda temos que cultivar campos para a população e tudo mais.

—Isso que ele disse é muito bonito. Vocês têm razão, me pergunto se a humanidade vá a ter isso como real prioridade e não apenas o ganho de riquezas as custas de outros. Apesar que tem lugares e pessoas que querem realmente mudar o mundo e fazer o que é bom, e essas pessoas fazem você ter um lar aconchegante apesar de tudo.

—Saa. Me pergunto que tipo de lugar tu moravas, porque pelo que me dizes vocês humanos não são nada organizados.

—Haha. Mas ainda é meu lar.

—Você quer voltar? — Ele se aproximou de mim, conseguia sentir sua respiração em minha face, seus olhos estavam presos aos meus e seu cheiro entrava em minhas narinas. Meu rosto ficava rubro e minha respiração pesada enquanto o olhava de volta.

—E-eu tenho que voltar, minha família deve estar preocupada. E.... Sou livre. — Merda. Acho que não deveria ter dito isso.

—Verdade. —Sua mão veio aos meus cabelos, primeiro acariciando-os de leve para depois me empurrar na cama. —Vá dormir, pirralho.

Ele estralou os dedos e todas as velas se apagaram deixando o quarto iluminado apenas pela luz do luar que entrava no quarto pelas pequenas aberturas do muxarabi, me dando a visão das costas do Levi que havia acabado de se virar puxar o lençol da cama até sua cintura. Eu estava com esse aperto no peito, se eu não pudesse sair, significaria que não iria mais conseguir ver minha família e amigos e não teria mais minha liberdade, mas se voltasse, acho que nunca mais veria o Levi. O que eu estou falando? Só o conheço faz uns 2 dias, pareço uma adolescente que se apaixonou à primeira vista.

—Boa noite, Levi.

Na manhã seguinte da nossa conversa onde eu expliquei sobre minha heat ele me levou para Hanji para ser examinado, já que ela era a medica e cientista do castelo, ela ficou zoando o Levi por algum tempo, mas o importante é que ela seguiu com os exames, eu não estava grávido, bem, as chances eram muito poucas, mas saber disso me fez relaxar um pouco, e acho que ao Levi também, depois disso ele passou a usar preservativo, este que parecia muito com uma camisinha. O estranho eram os dias em que minha heat voltava, pois não eram os intervalos de 3 meses, acho que ficou irregular de novo, já que não tenho mais tomado os remédios que meu pai me receitava, mas o Vastaya sempre dava conta do recado, muito bem até.

Os dias seguiram até que se passou três meses, O Erwin disse que as buscas não deram em nada, mas que ainda estavam procurando. Já havia conhecido todo o castelo e fiquei bem conhecido por lá, todos já me conheciam e pareciam bem familiarizado comigo também,  tinha ganho a permissão de observar de perto os treinos já que Levi não podia se separar de mim, vê-lo lutar me deu vontade de aprender alguns movimentos, mas não podia sair da cadeira de rodas, o que me deixava sufocado, e o capitão da guarda percebia isso, pois na noite depois do treino ele me perguntou se eu não queria aprender, e agora toda noite ele criava um espaço alternativo e me treinava um pouco, era divertido, mas ainda não se comparava com correr ao ar livre. As vezes a Hanji andava comigo pela cidade junto a Historia e a Ymir, ela dizia para o rei que uma mãe tinha que ter que ter um tempo com o filho, e a princesa entrou na discussão dizendo que o pai não podia dar uma tonelada de trabalho pra Hanji, foi engraçado, mas no final ficou decidido que uma vez na semana eu iria passar o dia com minha “mãe” e normalmente a Historia sempre ia junto, eu acho que era para ter um encontro com a Ymir, afinal, a morena de sardas zoava de mim, mas estava obvio sua paixão pela princesa do reino.

—Eren, vou pegar minha carteira e chamar a Historia! É PRA ISSO QUE EU GANHO DINHEIRO! COMPRAS!

—Eu vou ficar aqui esperando, mamãe. — Falei acenando. Já tinha me acostumado a chamá-la de mãe, afinal, ela parecia com uma, mesmo que não fosse igual ao jeito da minha verdadeira mãe, mas a Hanji me tratava realmente como filho, ela quase teve um infarto quando eu cai da cadeira de rodas sem querer quando eu tentei dar uma fugida e acabei ladeira abaixo. — Tem certeza que não quer vir conosco?

—Sim, estou cansado. Vou aproveitar essa minha folga e ir descansar em algum lugar onde não possam me encher o saco.

—Entendo. Bom descan.... — Congelei quando ele agarrou minha bochecha e a lambeu. —O.... O o o quê foi?

—Ainda tinha geleia na sua bochecha do café da manhã. Vê se te limpas direito, piralho.

Como um flash suas asas apareceram e ele levantou voo, deixando minha figura vermelha no chão. Meu coração disparava novamente, levou um tempo para afastar os meus pensamentos de sair daquela cadeira e meus batimentos voltarem ao normal. Ele faz de proposito, só pode...

—Eren! — Olhei para o lado e vi a Hanji correndo extremamente animada para meu encontro, atrás dela estavam a Historia acompanhada da Ymir e da... Annie? Ela vai conosco hoje? Que estranho, parece que desde que me conheceu ela me ignora. Acho que o máximo que falei com ela foi durante as refeições e ela era sempre muito monossilábica. — A Annie disse que vem com a gente, já que hoje vai abrir uma doceria! Então vamos dar uma passada lá no caminho!

—Espero que não se importem.

—Claro que não, onee-chan. Vai ser mais divertido com todo mundo junto.

—Sim. Claro que não vai ter problema. O problema maior é que por minha causa vamos ter que ir de carruagem. Hahaha.

—Não é mais fácil ir te carregando? Que eu saiba o Levi não faz isso com você o tempo todo. — Disse a loira olhado para mim com o seu olhar estático.

—Onee-chan....

—Já me carregam o tempo todo. Não sou uma pessoa que gosta de depender dos outros. Se pudesse, eu iria até correndo para não atrapalhar vocês.

—Hum, entendi. Vamos subir então? Não tenho o dia todo.

Subimos na carruagem e a Hanji começou com umas brincadeiras para amenizar o clima que havia ficado por causa da conversa. Assim que chegamos na cidade fomos direto para a loja de doce que Annie e Hanji queriam tanto ir, tinha que admitir, as guloseimas de lá eram muito boas, tinha um que parecia um sonho. Acho que comi 5 deles kkk. Hanji conversava sobre os seus experimentos com magia, ela estava animada sobre alguns experimentos que poderiam melhorar ainda mais a vida cotidiana dos cidadãos desta ilha, Annie e Historia estavam disfarçadas como guardas, e era fácil ninguém as reconhecer já que ambas nunca mostraram o rosto em eventos públicos por precaução. A mais nova me disse que era porque elas odiavam ficar trancadas no palácio, então fizeram um trato com pai, ambas não mostrariam o rosto para ninguém de fora do palácio, já que Erwin tinha colocado uma magia em todos do palácio para que eles não mentissem para ele, pôs isso inclusive em mim, e assim elas poderiam sair quando quisessem, mas quando completassem a maior idade elas teriam que se dedicar completamente aos seus deveres de princesa.

Depois do lanche Hanje se enfiou em uma pequena loja de produtos mágicos enquanto a Historia arrastou a Ymir para uma livraria, deixando-me com a princesa mais velha, que estava a guiar a minha cadeira de rodas.

—Tem algum lugar que você queira ir? — Perguntei na tentativa de quebrar aquele silêncio terrível.

— Hum. Bem, talvez tenha acabado, mas acho que podemos passar lá. — Ela empurrou minha cadeira seguindo para um lugar desconhecido, continuamos até a pequena rua se abrir em um enorme espaço aberto, uma pequena e elegante praça com espelhos d’água e muitas plantas dividas entre vários espaços. No centro do pátio havia um pequeno palanque onde várias mulheres dançavam e cantavam ao ritmo que uma pequena banda tocava, eram instrumentos que pareciam alguns tambores, um espécie de violão e um instrumento estranho que parecia o etwahl da Sona. —Tem muita gente aqui... Vamos pra algum telhado.

Assim que ela terminou a vastaya me jogou no seu ombro como um saco de batata com o braço direito e com o esquerdo pegou minha cadeira enquanto levantou voo para um pequeno telhado pouco inclinado. Que força é essa? Eu acho essa cadeira pesada pra caralho, e eu não sou uma pluma. Ela deixou minha cadeira ao lado de forma que não caísse e nos sentamos. Ficamos vendo os vários shows de vários artistas que se seguiram, era muito bonito.

—Que lindo.

—Não há shows assim na terra dos humanos?

—Ter tem, mas a música hoje é bem eletrônica e.... —Pera....

Virei surpreso. Ela sabe, mas desde quando? Erwin e o Levi disse que só poucas pessoas sabiam, e dentre elas as filhas não estavam inseridas, mas como?

—Vou responder antes que você tenha um ataque. Sim, eu sei que você é um humano. Se está se perguntando como? Bem, digamos que eu vi suas pernas quando o capitão te trouxe, e como ainda estás vivo, quer dizer que tu não és hostil ou perigoso. Não se preocupe, eu não vou contar a ninguém.

—Eu.... Desculpe ter escondido.

—Por que estás se desculpando?

—Haha.... Eu só não gosto de mentiras, mas se eu não mentisse iria causar a maior confusão.

—Verdade.... — Ela sorriu de lado meio cabisbaixa. — Você quer voltar para o mundo humano? Já faz dois meses que você chegou, eu sei que você está gostando daqui, mas não está completo, não é verdade?

—Sou tão transparente assim? Bem é claro que tem minha família, eles devem estar doidos pensando que eu morri e..... Eu sou muito grato o que todos estão fazendo por mim, mas lá eu não me sinto como um passarinho preso na gaiola. — Disse olhando para a cadeira de rodas que me prendia por grande parte do dia.

— Mesmo que tenha que abandonar o Levi? — Quando ela disse isso me veio um nó na barriga. —Desculpe se bati num tema delicado, mas acho que você gosta dele. O seu olhar para ele sempre foi terno e as vezes você fica todo vermelho com um olhar de apaixonado.

—Haha. — Me encolhi contra minhas pernas e lágrimas caiam de meus olhos. Eu já sabia.... Eu só estava mentindo para mim mesmo, desde o nosso primeiro encontro, eu sabia, ele era meu mate, mas.... —Eu não sei o que fazer.... Quando eu penso sobre isso meu peito dói, eu não quero deixá-lo, mas eu quero ir para casa.

—Desculpe. Não deveria ter entrado no assunto.

—Não, obrigado. É a primeira vez que estou botando isso para fora.... — Falei enxugando minhas lágrimas. Quando senti uma mão acariciar minha cabeça.

—É meu dever como futura rainha ouvir aqueles que estão com problemas. É um bom treinamento para daqui a dois anos.

—Então tens 16 anos, sempre achei que tivesse 17 beirando aos 18, já que pareces sempre tão mad.... AI! — Ela me deu um soco no braço? Caralho isso dói!

— Não se comenta a idade de uma dama.

—Okay, okay. Desculpa!

Nos entreolhamos e começamos a rir até a ouvirmos a Hanji gritando quase chorando querendo saber onde nós estávamos. Depois de ser quase morto estrangulado e afogado pelo abraço e lágrimas da minha segunda mãe voltamos para o palácio, entrei no quarto que estava dormindo durante minha estadia já me apressando para tirar as faixas que prendia meu pé e me jogando no banho, Levi não havia chegado ainda, talvez tenha recebido algum trabalho de última hora para fazer.

Após o banho me joguei na cama agarrando a alguns travesseiros que estavam distribuídos na cama, estava tão cansado, mas sentir o cheiro do Levi naquele lençol parecia renovar minhas forças. Lembrei da conversa com a Annie, ela realmente havia me ajudado, nunca iria imaginar que conversar com ela, mesmo que eu só tenha chorado no final e não tenha falado muito, me ajudou.

—Me pergunto o que o Levi está fazendo agora.

~*~Levi~*~

Estava quieto demais para ser verdade. Claro que eu tinha que ser chamado a essa hora mesmo eu tendo que treinar aqueles paus no cu que não sabem manusear nem uma espada sem reclamar que não aguentavam ao invés de me darem uma folga essa tarde. Mandar aquele rei mimado tomar no cu quando eu ver ele, filha da puta que não deve nem cagar sem que alguém esteja segurando o papel higiênico para “vossa alteza” não deixar cair. Maldita hora que perdi aquela competição de merda e tive que aceitar esse emprego de bosta.

Desisti de andar e comecei a voar dentro dos enormes corredores fazendo com que todos que estivessem em meu caminho caíssem por causa da pequena corrente de vento que se formava sempre que eu batia as minhas asas. Sim, eu sei que é proibido, mas eu não estou de bom humor. Se quiserem reclamar, que venham. Assim que estava diante da porta a abri com um chute e lá dentro estavam Erwin e sua filha mais velha, Annie.

—Cuidado, Levi. E se nos acertasse?

—Como se fosse lhe acertar para início de conversa. — Assim que eu terminei de falar joguei uma das minhas penas direção do Erwin, e como eu já sabia, não conseguiu nem chegar a 4 metros de distância e foi repelida por um campo de força. — Tu andas com esse campo ligado o tempo todo, mas vamos falar sobre o que realmente é tão importante para que eu não esteja na minha cama e já estar banhado e devidamente limpo?

— Eu vou abrir o campo que envolve essa ilha para o Eren sair. — Disse a loira sem expressar nenhuma emoção como sempre. Ela já sabia que o Eren é humano? Mas o que ela disse quer dizer....

—Estás a querer se sacrificar apenas para o pirralho poder sair daqui?

—Quem disse que terei que morrer para fazer isso?

—Deixe-me que explique, filha. Eu fiquei bem surpreso quando eu descobri.... — Disse o rei segurando a raiz do seu nariz mostrando um tanto de cansaço. — Bem. Quando a antepassada de minha esposa morreu ela não se sacrificou apenas, mas criou uma nova magia mundial, está é passada pela linhagem dela. Com esse poder, suas dessedentes podem controlar livremente a barreira que nos mantem invisíveis para o mundo de fora e ela consegue ter uma visão de tudo que está em volta dela, assim, depois que minha esposa morreu os poderes passaram para Annie.

—Espere, se for assim, então foi ela que deixou o pirralho entrar.

—Bem, foi. Desculpe pôr o coração de uma dama não conseguir ignorar alguém que está quase a morrer afogado. — Ela deu de ombros. Ela não entende a sorte que teve? Se não fosse o Eren e sim um homem com intenções duvidáveis poderia ter sido tudo diferente. Não acredito nessa fedelha.... Não que eu não pudesse matá-lo caso algo ruim acontecesse.

—Não consigo acreditar nisso.... Então porque mudaste de ideia e queres o tirar daqui?

—O capitão já deve ter percebido que ele está infeliz, estamos prendendo um pássaro na gaiola. Então confessei ao meu pai meu pequeno deslize e vou consertar as coisas, mas...

—Mas o quê?

—Quando ele sair, ele vai perder todas memórias do tempo que esteve aqui.

—Ele não vai se lembrar de nada... Foi o acordo que fiz com meu velho para que pudesse fazer isso.—Que aperto é esse no meu peito? — Por que você está me contando tudo isso?

—Para que você possa se despedir dele. Irei pegá-lo ao final do dia, já que preciso apagar todas as suas memórias e como ele já está aqui faz um tempo irá demorar para substituir todas essas memórias. Então, espero que você tome uma decisão. — A mulher saiu da sala. Por que não fui atrás dela para conseguir mais respostas? Eu só consegui ficar parado no meio daquela sala por um tempo até me virar e também sair de lá . Não lembro se o Erwin falou comigo ou por quem eu passei, tudo que se passava nos meus pensamentos era o pirralho e no porquê de meus pensamentos estarem tão confusos.

 

Andei até a porta do laboratório real e puxei a Hanji pela gola de seu jaleco. Ela não estava entendendo nada, mas concordou em vir comigo quando disse que queria beber alguma coisa, não sei porque apesar de ser maluca no fundo eu apreciava a companhia dela. Não que iria admitir isso em voz alta, nunca iria fazer isso na minha vida. Fomos até a cozinha e roubamos um galão de vinho do estoque especial do Erwin que ele estava guardando para o futuro casamento de uma de suas filhas e voamos até o labirinto que escondia uma passagem secreta para uma possível fuga da realeza caso algo acontecesse. Entramos no pequeno esconderijo que dava para um lago subterrâneo, onde as paredes cintilavam e brilhavam com uma pequena casinha ao fundo.

Quando entramos na casa não se tardou para pegarmos os copos e enchê-los, no começo só estamos bebendo, depois de algumas taças falei para ela sobre a filha do rei e que amanhã o Eren iria embora da ilha, e que não iria se lembrar de nada de quando estava aqui. Ela começou a chorar, o que foi um porre, porque ela começa a jogar catarro por todo lugar, mas depois de um tempo se acalmou, apesar de ainda triste.

—Eu estava gostando da companhia do Eren, era como se eu realmente tivesse um filho.... E como você está, Levi?

—Normal, apesar de não ter bastante probabilidade que ele pudesse sair. Não iria me abalar por um pirralho.

—Sabe, acho que você deveria parar de mentir para si mesmo. —Disse levando o copo para seus lábios novamente.

—Mentir? Do que está falando?

—Que você gosta dele, idiota. Eu sei que vocês ficam a noite toda transando como se não houvesse amanhã, e conhecendo você como eu conheço e particularmente não vejo nada demais em sexo casual, eu até apoio, mas eu te conheço, você nunca dorme duas vezes com a mesma pessoa, com medo de que está acabe desenvolvendo sentimentos por você. Você se tornou ainda mais cauteloso depois da Petra ter se apaixonado por você e depois de ela levar o maior fora de sua vida na frente de toda corte ela saiu da guarda e voltou para a casa do pai no interior...

— O que quer que eu admita? Que eu gosto do pirralho? Que eu acabei por me acostumar com sua companhia? Que eu não quero que o pivete vá embora? Que eu acho até o seu jeito de tropeçar em tudo fofa? Que seu jeito submisso, mas que ainda assim tenta ter atitude excitante? Que.... !— Senti a mão da cientista acariciando meus cabelos. Tch. Droga, devo já está muito bêbado para deixar ela me fazer dizer isso.

—Muito bem, Levi. Sei que para você é muito difícil de admitir essas coisas.

— Eu te odeio. —Virei mais um copo.

—Obrigada. Hahaha. Então, por que não pede para ele ficar?

—Quando eu cagar rosa eu faço isso.

—Eu posso fazer você cagar rosa! É só passar no meu laboratório e pronto!

—Vai se foder, sua quatro olhos maníaca por dissecação. Me passa logo outro copo.

—Hahaha. Mas se você não fizer nada ele vai embora....

—Tch. Você fala demais. Ele que tem que fazer a própria escolha.

—Ah. O amor é tão lindo.

— Eu não amo ele, caralho. Mulher chata. — Mas que droga, como eu posso acalmar esse sentimento que tenho em meu peito?


Notas Finais


Ufa. Espero mesmo que tenham gostado. >x<
Eu irei postar o segundo capitulo logo logo, é só eu ter uma ideia para line arte do próximo capitulo e desenhar que eu posto kkkkkk
Eu já tinha pronto, mas percebi que era muito erótico, e pelos termos daqui fiquei com medo que fosse barrado :p
Bem vejo vocês no próximo cap!
See you again, desu~


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