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História I'll always be here - Capítulo Único


Escrita por: kaats

Notas do Autor


Eu fiz essa one como especie de presente (de aniversário atrasado e por tudo que essa pessoa faz por mim <3)
Espero que goste sis....te amo muuuito Carolzinha <3333

Capítulo 1 - Capítulo Único


- Onde você está agora? – ele perguntou para a outra pessoa no telefone. 

- Irlanda, terminando de gravar um filme, por que? 

- Vai voltar para casa ainda hoje, ou amanhã? – ele estava com um pouco de dificuldade de ouvir por conta do barulho que fazia do outro lado da ligação. 

- Acho que vou ficar até domingo aqui. Aconteceu alguma coisa Henry? 

- Não. É que eu estava pensando sobre organizar aquela festa. 

- Você está em frente a minha casa, não é? – ele bufou. 

- Sim. – ele ficou um pouco sem graça. – É só que eu não acho justo. 

- Eu sei, eu sei. Eu tentei falar com ela, mas as coisas estão meio complicadas. – ele cumprimentou alguém. – Você poderia arrumar as coisas para mim, hein? 

- Eu não vou fazer isso, desde de o começo falei que não ia me meter. 

- Ok, ok...eu só tentei. Eu tenho que ir agora, estão me chamando para rodar a última cena de hoje, eu te ligo amanhã e combinamos direito, você dá um beijo neles por mim? 

- Claro. Boa sorte ai... 

- Obrigado, tchau! 

Ele guardou o celular no bolso, saiu do carro, pegou alguns pacotes e travou o veículo, depois disso atravessou a rua e foi parar em frente a casa de faixada tipicamente inglesa, respirou fundo e tocou a campainha, ouvindo alguns gritos se aproximando logo após ter feito isso, o que o fez pensar seriamente em dar meia volta, mas não conseguiria já que a porta foi aperta em seguida e uma figura esguia meio descabelada apareceu a sua frente. 

- O que você quer? – ela segurava de maneira estranha a maçaneta e tinha a outra mão no quadril segurando um celular, olhando para ele com certa irritação. – AI, nossa... – ela abriu um sorriso e ajeitou a postura. - ...Henry uau, quanto tempo! – ela abriu os abraços e o abraçou carinhosamente. 

- Não tanto para você a ponto de você ter me esquecido. – ele disse sentindo o cheiro doce que lembrava a lichia que vinha dela e que fazia um certo tempo que não sentia, ele abriu um pequeno sorriso. 

- Desculpa. – ela se afastou. – Entra, entra. – ela deu espaço e ele entrou com os pacotes. – Eu estava falando com o Luke, sabe que as coisas não estão tão amigáveis como estavam alguns meses atrás. 

- Eu imagino. – ele disfarçou a raiva. 

- Ollie, olha quem está aqui! – ela deu um grito. – Ele estava louco quando chegou aqui da última vez que foi na casa do Luke dizendo que te viu, que vocês brincaram, enfim... – ela tocou de leve o braço dele. 

- Eu prometi visitar vocês, mas as coisas com as gravações estão tão corridas que... 

-...Henry!!! – um garotinho loirinho apareceu gritando com as mãos para o alto, e Henry, depois de deixar as sacolas em cima do aparador, o pegou. 

- Ai está você!!! – ele deu um beijo no garoto. 

- É, imagem linda essa de vocês. – ela encarou os dois e bufou soltando um risinho. – Mas será que a gente pode ir lá para a cozinha? Eu deixei a máquina ligada e tenho que terminar de enviar um email. 

- Claro, não é Ollie? – ela perguntou para o menino que fez uma careta engraçada e os três foram em direção a cozinha. 

- Você contou para o seu tio que foi o aluno da sala por três semanas seguidas? – ela perguntou ao garotinho enquanto chegavam a cozinha. 

- É mesmo? – Henry sentou ele no balcão ao lado do notebook. 

- Aham. – ele balançou a cabeça. – E ganhei estrelas douras também. – ele torceu as mãos. – Você não pode ir na minha escola Henry? Vai de Superman, ai todo mundo vai acreditar que ele é meu amigo. 

- Ollie, para de encher o saco do Henry. – ela olhou no notebook e clicou em alguma coisa fechando o aparelho em seguida. – E tem mais, a sua diretora provavelmente não deixaria o Superman entrar na escola sem um motivo aparente. 

- A mamãe da July foi vestida de Alice e deixaram ela entrar. 

- Que bom que você tem 5 anos meu amor. – ela deu um beijinho no filho e foi para a lavanderia. – Só esclarecendo, Henry, ele tem um professor, homem. – ela falou mais alto, pois estava com o barulho da máquina. 

- Agora eu entendi. – ele pegou as mãozinhas do garotinho. – Eu vou conversar com a produtora se eles me deixam ir na sua escola de Superman, ok? 

- Eba!!! – ele abraçou Henry que teve que se equilibrar para não derrubar o garotinho do balcão. 

- Ele vai te cobrar isso pelo resto da vida! – ela gritou ainda da lavanderia. 

- Papai é um vampiro, você um super-herói e a mamãe... 

-...a real. – ela apareceu ao lado dos dois. – Está na hora de alguém ir dormir. 

- Ah não mamãe... – ele choramingou. 

- Amanhã você tem aula Ollie. – ela mexeu no cabelo dele. 

- Isso significa que eu cheguei tarde para um jantar fora? – Henry perguntou para ela entre os dente e se controlou para não colocar a mão na curva do pescoço dela. 

- Desculpe... – ela fez uma espécie de biquinho. – Vamos? 

- Pode deixar que eu levo ele. – Henry pegou Ollie no colo e o garotinho comemorou. – Em compensação você pode fazer algo para eu comer? – ele arriscou e a viu sorrir. 

- Vou pensar no seu caso. – ela acariciou a bochecha e depois olhou para o filho. – Já sabe, se alguma coisa estiver estranha me avise hein? – ela deu várias mordidinhas falsas no pescoço do filho. 

- Ai, ai mamãe, para!!! – ele riu e ela completou com algumas cócegas na barriga dele. 

- Eu te amo, ok? – ela ajeitou a blusa dele e deu um selinho no filho. 

- Também te amo mamãe. 

- Vamos lá... – Henry olhou para o garotinho. - ...para alguém de cinco anos o senhor está bem pesadinho hein? 

- A comida da mamãe é muito boa. – ele disse enquanto os dois iam em direção a escada. 

- Eu imagino que sim. – ele ajeitou o cabelo do garotinho que deitou em seu ombro. 

- Estava com saudades Henry. – ele abraçou o homem que o segurava e quem visse de longe acharia a cena engraçada já que Ollie era minúsculo e Henry era musculoso. 

- Eu também, pequeno. – ele acariciou as costas do garoto e entrou no quarto do mesmo. – E dessa incrível cama de foguete!!! – ele, de maneira carinhosa, jogou o garoto na cama e logo depois ficou ao lado dele, de joelhos, fazendo cócegas nele. 

- Para Henry!!! – ele ria e tentava desviar das cócegas, o que era inútil. – PARAAAA!!! – ele gritou e gargalhou em seguida. 

- Shiuuu. – Henry parou. – Ou sua mãe vai dar uma bronca na gente. 

- Você também para. – ele recuperava o ar. 

- Eu parei. – ele tirou as mãos da barriga do garoto e levou-as até o pequeno rosto dele. 

- Também parei. – o garotinho virou o rosto e Henry notou a semelhança de Ollie com o pai, principalmente os olhos de um castanho esverdeado, com certeza ele daria alguns cabelos brancos para a mãe. – Você trouxe todas as coisas? – ele perguntou desconfiado para Henry. 

- Sim, eu trouxe. – ele tirou do bolso da calça um bombom. – Esse é seu, mas acho que sua mãe vai deixar algo para você. 

- Obrigado. – ele pegou o doce e colocou no criado mudo. – Será que nosso plano vai dar certo? 

- A gente vai descobrir pela manhã, mas eu peguei todas as coisas que combinamos. 

- E... – ele respirou fundo. - ...ela está fazendo batatinhas. – ele ficou emburrado. – Ela não fez batatinhas para mim. 

- Vou pedir para ela fazer amanhã. – ele deu um beijo no garotinho. 

- A mamãe ‘tava feliz hoje até o papai ligar. – ele pareceu chateado. – Ai ela ficou brava. 

- Vou tentar deixar sua mãe mais feliz, ok? 

- Promete mesmo? Porque ela está sempre triste, ou cansadinha. 

- Prometo. Agora boa noite e qualquer coisa... – Henry o cobriu e se levantou. 

- ...eu grito. – ele virou de lado e se encolheu. 

- Boa noite Ollie. – Henry foi até o interruptor e abaixou a intensidade da luz para quase mínima. 

- Boa noite Henry. – o garotinho bocejou. 

Henry encostou a porta do quarto do garoto e saiu correndo de maneira infantil, principalmente para alguém daquele tamanho, em direção a cozinha aonde Adeline terminava de tirar algumas batatinhas de uma fritadeira elétrica. 

- Cheguei. – ele apertou a cintura dela por trás e ele nem ao menos se mexeu. 

- Se a sua intenção era me dar um susto... – ela virou com uma travessa de plástico cheia de batatas. - ...sinto muito em desapontá-lo, mas eu tenho um filho de 5 anos, desenvolvi uma super audição. 

- Você era mais legal antes. 

- E você não se comportava como um garoto. – ela entregou a travessa para ele e bufou. 

- Ai... 

- Desculpa. – ela colocou as mãos na cabeça. – É que, Luke me deixa irritada ele liga aqui sem motivo nenhum só para arrumar confusão. 

- Achei que vocês tivessem passado essa fase. 

- Eu também, sempre acho. – ela encarou Henry e estava completamente descabelada. – Desculpe só ter batatas fritas feitas em uma fritadeira elétrica. É que eu não fui ao mercado, na verdade era para Luke ir, mas como sempre eu tenho de dar conta de tudo. 

- Está ótimo, sério. 

- Que bom, porque era isso ou cenourinhas, não acho que você ia gostar de cenouras. – ela riu. 

- Gosto de cenouras também. 

- Você come de tudo, não é? – ela perguntou de forma maliciosa. 

- Bom... – ele ficou meio sem graça. - ...eu tento selecionar né? – ele pegou uma batatinha e colocou na boca. 

- Meu Deus!!! – ela tampou a própria boca. – Me desculpa, não era para sair dessa forma, eu juro, faz tanto tempo que eu não tenho contato com um adulto fora do trabalho que eu não sei me comportar direito. 

- Tudo bem, Adeline. EU estou acostumado com essas suas insinuações, fique tranquila. 

- Engraçadinho. – ela fez uma careta. 

- Ei, tive uma ideia, porque você não vai lá no terraço com dois copos. 

- O que você vai fazer. – ela o olhou desconfiada. 

- Surpresa, anda. 

Adeline olhou-o de cima abaixo, deu de ombros e foi pegar os copos para depois subir no terraço que parecia o único lugar da casa intacto, no que se refere a brinquedos de Ollie. Ela olhou ao redor e viu as luzes de Londres, era bem raro naquela época do ano o céu limpo cheio de estrelas e sem poluição. 

- Aqui estou eu e... – ele olhou o horizonte. - ...uau, isso está maravilhoso. 

- Estava pensando a mesma coisa. – ela esticou a mão e o chamou. – Vem aqui. – ele pegou na mão dela e se deixou levar até a ponta do terraço aonde ela sentou e ele a acompanhou. – Eu ia sugerir o telhado, mas se o Ollie gritar eu não vou conseguir ouvir. – ela esticou os copos para ele. 

- Copos de desenhos? – ele olhou meio esquisito, mas mesmo assim pegou os copos. 

- Bem vindo a minha vida. – ela deu de ombros. – Eu não tenho nem copos de ‘adulto’ mais. 

- Mas pelo menos vai ter bebida de adulto. – ele retirou uma garrafa de vinho de uma das sacolas, tirou a rolha e serviu um pouco em cada recipiente, entregando um a ela. 

- Acho que eu não posso tomar isso. 

- Por favor, é uma vez, nada vai acontecer com o Ollie se você beber um copo de vinho. 

- Eu não me preocupo com relação ao Ollie, e sim por conta das pílulas para dormir. 

- O que? Você está tomando remédio para dormir? – ele tomou um gole do vinho. 

- Acho que insônia foi o prêmio por eu ter ficado com a casa. – ela balançou a cabeça e fechou os olhos. – As vezes eu queria que aquela maldita festa não tivesse acontecido e eu não tivesse conhecido o Luke. -  ela acabou tomando um gole do vinho. 

- Achei que você amasse ele. 

- Mas eu amo aquele idiota. – ela bufou. – Eu só não consigo mais olhar para a cara dele. – ela esticou a mão e apertou o braço dele. – Eu não vou falar sobre isso, prometi a mim mesma que não tocaria em qualquer assunto deprimente da minha vida enquanto você estivesse aqui, que ouviria seus problemas. Eu tenho sido uma amiga tão ruim com você, faz o que? Seis meses que a gente se falou pela última vez? 

- Acho que sim. – ele bateu os dedos no vidro do copo. 

- Vamos, me conte. O que aconteceu? 

- Precisa ter acontecido algo para eu vim te ver? Não posso ter vindo aqui, sei lá, para ter uma noite de sexo casual com você? 

- Para com isso Henry, sério, sou uma adulta agora, esse tipo de piadinha não faço mais. 

- Você ficou chata então? 

- Igual a minha vida. – ela olhou para as luzes do horizonte.  

- Sua vida não pode ser tão chata assim. – ele avançou a mão sobre ela que bebericava mais um gole do vinho e estava prestes a acariciar a cabeça dela quando a mesma tornou a encará-lo e ele recuou a mão. 

- Não?  - ela gargalhou de forma falsa. – Eu levanto todo o dia as 6 da manhã, arrumo as coisas do Ollie para a escola, depois me arrumo, dou um banho dele e levo ele para a escola e depois vou trabalhar em um lugar que ou só tem puta ou velha mal-comida que vivem falando ‘nossa como você está magra demais!’ ou ‘nossa, você é jovem demais para ter um filho de 5 anos!’ e a que eu mais gosto ‘como foi que você conseguiu dispensar aquele seu marido gato?’ 

- É porque elas não me conhecem, porque senão a pergunta seria ‘como você nunca dormiu com aquele seu amigo gostoso?’ 

- Eu teria uma resposta perfeita para isso: ele é gay! 

- Ei, eu não pareço gay. 

- Olha as suas roupas Henry! – ela o mediu de cima a baixo. – Você se veste feito um manequim! Além de fazer compras quase sempre, é mais ‘fashionista’ que eu já fui. 

- Não é verdade, você tem roupas incríveis. 

- Tinha! A maioria delas hoje não servem mais ou estão manchadas de alguma coisa como leite. – ela apontou para a blusa rosé de cetim que usava em uma parte manchada. – Viu? Sem contar que a última vez que eu comprei roupas foi quando eu fiquei grávida do Ollie. 

- Está falando sério? 

- Sim. – ela deu de ombros. – Eu não tenho tempo para nada que diga respeito a mim. 

- Foi por isso que você cortou o cabelo? – ele tocou na ponta do cabelo dela que ficava um pouco abaixo do queixo. 

- Exato, dá menos trabalho. 

- Você ficou mais bonita assim, te deixou mais jovem. 

- Obrigada. – ela colocou uma mexa atrás da orelha. – É o primeiro elogio que eu recebo em uns quatro meses. 

- Eu provavelmente te elogiaria todos os dias que te visse, 

- Para... – ela ia empurrá-lo de leve, porém ele pegou no pulso dela e encarou os olhos castanhos por alguns segundos. - ...Henry? 

- Desculpe, eu ‘brisei’ por algum tempo. – ele a soltou e virou pegando uma das sacolas. – Aqui está o verdadeiro motivo de eu ter vindo. – entregou para ela a sacola. 

- O que é isso? – ela enfiou a mão dentro e tirou de lá uma embalagem com 4 cupcakes, depois uma de bombons. 

- Feliz Aniversário!!! – ele levantou o copo quase sem vinho. 

- Você lembrou do meu aniversário. – ela olhou de forma terna para ele. – Obrigada! É a coisa mais legal que alguém poderia ter feito. 

- Eu não esqueceria por nada. – piscou para ela e lhe estendeu a mão. – Agora vem... 

- Vem, o que? – ela riu. 

- Vamos dançar, sei que você gosta de fazer isso mais que qualquer pessoa no mundo. – ele deixou o copo de lado e se levantou, trazendo-a consigo. 

- Vai acordar o Ollie. – ela foi com ele até o meio do terraço. 

- Vou colocar baixinho. – ele tirou o celular do bolso e abriu o aplicativo de músicas escolhendo a primeira que havia ali. – Espero que goste dessa. – a música, don't be a fool do Shawn Mendes, começou a tocar lentamente. 

- Sério? 

- Sim!!! – ele a puxou para si encostando seus corpos, colocou um mão na cintura dela e a outra no meio das costas, enquanto ela postou a cabeça no ombro dele, e ficaram por um bom tempo se balançando de um lado para o outro de forma lenta. 

- Você notou que a gente está aqui, no meio do terraço dançando a música de um adolescente? – ela afastou o rosto do ombro dele que era duas vezes a sua cabeça e encarou os olhos azuis, interrompendo completamente aquele momento. 

- Preferia que eu tivesse colocado uma Adele? – ele olhava para baixo para poder olhá-la direto nos olhos. 

- Não, porque não dá para dançar e ela me deprime as vezes, mas você poderia ter escolhido, sei lá, Frank Sinatra? 

- Não me sentiria confortável disputando sua atenção com ele, sei da sua preferencia. 

- Justo. – ela voltou a deitar a cabeça no ombro dele enquanto se balançavam lentamente. – Henry... 

- Que foi Adeline? – as palavras saíram meio irritadas. – Você não consegue ficar alguns segundos quieta apenas aproveitando o momento? 

- Não, porque isso está me deixando nervosa. 

- Nervosa? – ele os parou um momento. 

- Sim, você não? 

- Eu não sei, porque não tem motivo para eu ficar nervoso. 

- Tem razão. – ela sentiu os dedos da mão dele que seguravam a sua deslizarem pela blusa fina e irem parar na cintura. – É só que... – ela parou. 

 - O que? 

- Eu tenho a impressão de que você está querendo me beijar. – ele respirou mais fundo e viu o corpo dela subir acompanhando sua respiração. – Eu já vi você fazer isso mil vezes. – ela se afastou do ombro dele mais uma vez e olhou para cima. – Não sou uma das suas garotas, sabe disso não é? 

- Eu nunca disse que você era. – ele a apertou contra o corpo. – E sim, eu estou querendo beijar você. – ele mordeu o lábio inferior. 

- Não faça isso, por favor Henry, não faça isso. 

- Por que? Você não é mais noiva do Luke, e até onde eu sei não tem nada que te impeça de fazer isso. 

- Eu sou sua amiga há uns 10 anos, fazer isso só vai deixar as coisas esquisitas. 

- A gente concerta isso. – ele acariciou o rosto dela que estava um pouco gelado. – É só um beijo. 

- E isso vai me fazer odiá-lo pela manhã. – ela se afastou dele e foi até a ponta do terraço ficando de costas para Henry. 

- Adeline... – ele foi atrás dela e evitou tocá-la. - ...eu tenho guardado esse desejo comigo faz anos. 

- O que? 

- Acho que eu preciso confessar uma coisa a você. 

- Estou ouvindo. – ela permanecia de costas para ele. 

- Eu amo você. 

- Eu também amo você Henry, desde de sempre! Você é meu melhor amigo. 

- Não é só dessa forma. – ele bufou. – Eu tenho amado você desde o dia em que vi que as coisas entre você e o Luke ficaram sérias. Você vai falar que é loucura minha e coisas do tipo, mas não é, porque eu evitei isso, juro para você. Evitei ir a festas que vocês estavam, evitei te atender ou mandar alguma mensagem para você. 

- Você não está falando sério. – ela tocou o pingente do colar que usava sempre, demonstrando que estava nervosa. 

- Sabe quantas vezes eu menti dizendo que estava em um final de semana com uma garoa nova, mas na verdade estava emburrado dentro de casa porque você tinha me contado da noite incrível que teve com o Luke? E tudo só para não encontrar você e aquele babaca dizendo ‘eu achei minha garota!’, só que a garota em questão era muito mais minha que dele. 

- Foi por isso que você estava me evitando esses últimos meses... 

- Sim. – ele abaixou a cabeça olhando para os pés. – Eu sei o quanto você ama o Luke e não queria ver você chorando por causa do termino e tudo porque eu iria levantar o seu astral e fazer você voltar para ele. – ele colocou as mãos no rosto. – Droga, eu não devia ter inventado essa comemoração boba do seu aniversário, não devia ter deixado seu filho me influenciar dizendo que seria uma boa forma de conquistar você. 

- Espera. – ela virou. – Ollie sabe disso? 

- Sabe. – ele tirou as mãos do rosto. – Ele me viu meio chateado outro dia na casa do Luke, perguntou o que eu tinha, se eu estava sentindo saudades suas, eu falei que sim, mas que era complicado porque eu estava confuso. – ele deu uma risadinha lembrando do ocorrido, ainda encarava os sapatos. – E, sem mais nem menos, ele disse ‘você gosta da mamãe, igual ela e o papai se gostavam’, eu desabei bem ali. 

Sem mais nem menos Adeline correu até Henry, levantou a cabeça do mesmo e ficando na ponta dos pés o beijou, não de forma sensual, na verdade estava mais para um selinho demorado do que um beijo de verdade, mas ele gostou muito mais daquele beijo que tinha todos os sentimentos juntos do que de qualquer outro que se lembrava de ter dado. 

- Eu devia matar você por ter usado meu filho. – ela disse assim que se separou dele e deu um tapinha de leve na bochecha do mesmo. 

- Vamos dizer que ele me usou. A mamãe estava triste. 

- Eu odeio vocês dois. – ela escondeu o rosto no peito dele. – Você podia ter me dado algum sinal, eu estou horrível, fedendo, enquanto você está parecendo da realeza. 

- É que eu acho que esse cheiro de leite me atrai. – ele brincou com ela e beliscou a barriga da mesma. – Mas, assim mesmo, você está maravilhosa, mais linda que nunca. Já comentei que esse cabelo ficou perfeito em você? 

- Já. Mas eu costumava ser mais atraente. 

- Eu vi seu corpo antes e depois da gravidez, duas semanas depois para ser preciso, e você nunca me pareceu tão atraente. 

- Cala a boca Henry. Isso não vai fazer você me levar para a cama, eu conheço seu joguinho. 

- Isso não, mas talvez... – sem dificuldade alguma ele a pegou no colo. - ...isso. 

- Me coloca no chão, está ficando louco? 

- Na verdade eu nunca estive tão em minha consciência. – ele saiu andando com ela no colo. – Vai, está mais do que na hora de fazer isso, eu já conheço tudo sobre você, te paguei uma bebida, te dei alguns presentes, o que mais eu teria de fazer para te levar para a cama. 

- Henry.. – ela bateu no ombro dele rindo e depois escondeu o rosto. 

- E, chegamos!!! – ele disse e a colocou no chão. 

- Você quer mesmo fazer isso? Não está zoando com a minha cara não é? 

- Não. – ele a encarou. – E de preferencia quero fazer isso de luz acesa para não perder um momento. – disse assim que a viu ir em direção aop interruptor. 

- Eu não sei se estou pronta. 

- Se você vai me odiar amanhã como disse que vai fazer, então eu espero te dar um motivo completo para isso. – ele tirou o suéter e a blusa que havia por baixo de uma vez e jogou no chão. 

- Deus, isso... – ela apontou para ele. - ...é tão injusto! 

- Injusto é você ainda estar assim. – ele a puxou pelo braço e começou a tirar a blusa dela e quando estava quase no fim a porta do quarto escancara e um garotinho entra no quarto com um papel nas mãos. 

- Mamãe, Parabéns!!! – ele se agarra as pernas dela que é obrigada a pegá-lo no colo, recebendo um abraço caloroso do filho e vários beijos. – Parabéns!!! 

- Obrigada meu amor!!! – ela o abraçou. 

- Eu fiz um desenho pra você de presente. – ele estendeu a folha para ela. – É eu, você e o Henry. – ele apontou cada um no desenho que não condizia muito com a realidade. 

- Nossa, mas está igualzinho. – ela mostrou o desenho para Henry. 

- É, olha só, tem um S no meu peito. – ele riu e fez carinho na bochecha de Ollie. 

- Por que você está sem camiseta Henry? 

- Bom... – ele começou a gaguejar. 

- Eu estava com frio, e o Henry me ofereceu a blusa dele, porque as minhas estão todas lavando. 

- Exatamente. – Henry ficou sem graça, pegou  o suéter que estava no chão e colocou nas costas de Adeline. 

- Hum... – ele pareceu meio desconfiado e pulou para a cama. - ...posso dormir aqui hoje? – ele fez um biquinho. – É seu aniversário mamãe, deixa vai. 

- Tá... – ela virou para Henry e sibilou um ‘me desculpe’, que ele respondeu com uma piscadela para ela. 

- Posso dormir aqui também mamãe? – Henry fez um biquinho também imitando o garoto e se jogou na cama ao lado dele. 

- Eu não sei... – ele piscou confusa. 

- Deixa mamãe, deixa!!! – Ollie pediu abraçando Henry e aquela era uma cena encantadora. 

- Está bem, vocês me convenceram. – ela apagou a luz e deitou do doutro lado de Ollie. – Satisfeito? 

- Sim. – ele a abraçou e deu um beijinho nela. – Eu amo você... – virou para Henry depois e repetiu o gesto nele. - ...e você também! E amanhã de amanhã vamos fazer um bolo enorme de chocolate. 

- Vamos sim, meu amor. – ela ajeitou os cabelos do garotinho que fechou os olhos. – Você vai estar aqui amanhã de manhã ainda, certo? – ela sussurrou para Henry que esticou o braço, acabando por envolver os outros dois. 

- Eu vou estar aqui a vida inteira se você quiser. 

- Eu quero. 

- Então eu vou estar... 


Notas Finais


Espero que gostem...


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