História I'll Be Good - We Are Ok

- Me explica de novo porque você tá brava com o Derek – Etienne pediu quando entramos em seu carro e ele deu partida.

Como eu disse, ele estava sendo um amigo e tanto para mim e no dia de eu tirar meu gesso ele fez o favor de me levar e ficou comigo o processo inteiro – até mesmo fez piadinha sobre eu já estar começando a mofar debaixo daquilo tudo – e após sairmos do hospital passamos em uma Starbucks para comprar cappuccino para mim já que eu havia acordado tarde e não tomei café.

- Porque ele se aproximou de mim se mostrando a melhor pessoa possível, me fez gostar dele, virar amiga dele e depois simplesmente disse que estava cansado de ouvir problemas de adolescente apaixonada – digo tudo resumidamente, claramente omitindo a parte de ele ser lobisomem assim como Scott.

- Desculpa, mas a parte do apaixonada... – ele começa, mas eu o corto.

- Se refere ao Isaac, meu ex-namorado – tomo um gole do meu cappuccino – que terminou comigo por causa daquele... Argh!

- Acho que se refere a você apaixonada pelo Derek, só acho – o olho e ele está lá, com a maior cara de paisagem do mundo.

Ah tá, eu apaixonada pelo Hale! Aham, claro, muito possível...

- Sem chance – rolo meus olhos.

- Se não tem chances porque tá tão brava com ele? Sério, acho que se deixar você arranca a cabeça dele.

- Porque em um dia estávamos nos beijando e no outro ele me diz grosserias, ele disse pra eu fingir que ele não existia! – não me aguento e solto o que tanto me incomodava, me arrependendo no segundo seguinte.

- Vocês o que? – ele para no sinal fechado e olha para mim com uma sobrancelha arqueada.

- Deleta o que eu disse, você nunca ouviu isso – olho pela janela do carro, tentando ignora-lo, sem sucesso.

- EU SABIA QUE TINHA ALGUMA COISA AÍ! – ele exclamou feliz da vida.

- NÃO TEM NADA! – praticamente grito o olhando novamente – Foi apenas um beijo...- ele me olha com um olhar de “sério?” e eu bufo continuando – Tá bom... Foram alguns beijos, mas isso não vem ao caso – aponto meu dedo indicador para ele – ele foi um completo idiota!

- Ele foi, mas vocês ao menos chegaram a conversar depois disso? – ele voltou sua atenção a frente, acelerando o carro outra vez.

- Não, ele tentou, mas eu não quis – tomo mais um gole de minha bebida.

- Você devia ouvir ele – ele sugere.

- Eu sei, mas sei lá, toda vez que chego perto dele eu me lembro daquelas palavras e em como elas me machucaram profundamente.

- Own, você está apaixonada – ele fez um biquinho que se não fosse pela situação eu acharia a coisa mais fofa.

- Não estou não! – afirmo irritada – E vamos parar de falar nisso, porque meu dia estava indo muito bem sem você me lembrar do Derek.

- Yes mam!

O resto do caminho até em casa foi silencioso, principalmente pelo fato de eu estar emburrada e não querer conversar sobre o lobisomem mau humorado e mau educado.

Quando Etienne estacionou o carro eu nem o esperei desligá-lo e desci, seguindo rapidamente para a porta – porque sim, minha manhã já havia sido estragada – a abri e entrei, deixando-a aberta sabendo que logo Etienne viria atrás. Tirei meu casaco e segui para a sala, encontrando mamãe, Scott e Derek!

- Só pode estar de brincadeira – murmuro não acreditando meu meus olhos.

Me viro para seguir pro hall novamente, mas dou de cara com Etienne que segura meus ombros e me obriga a voltar para sala, me senta no sofá ao lado de Scott e mamãe e de frente com Derek.

- Alguém quebre meu braço outra vez pra eu voltar pro Hospital, lá pelo menos eu posso escolher quem eu quero ver – encosto minha cabeça no ombro de Scott.

- Oi Scott, Sr. McCall – Etienne os cumprimenta se sentando ao lado de Derek – e aí cara! – os dois se cumprimentam com um aceno de cabeça.

- O que ele tá fazendo aqui? – indago a mamãe massageando minhas têmporas.

- Veio ver como você está – Scott é quem responde.

- Tô ótima, pode ir embora – o olho com um sorrisinho cínico.

- Elenore! – mamãe me repreende – Não foi essa a educação que eu te dei.

- Tá bom! – bufo sem qualquer paciência e olho novamente para o mais velho -Obrigada pela visita e até mais – digo me pondo em pé – mãe estou no meu quarto, se precisar é só chamar.

- Podemos conversar? –pela primeira vez ele fala.

Mordo o interior de minha bochecha e me viro para eles outra vez, olhando diretamente para Derek que havia ficado em pé, eu ia dizer um belo não, mas então lembrei do que Enne havia me dito e olhei. Ele acenou positivamente e eu respirei fundo rolando meus olhos.

- Vem! – novamente viro de costas e sigo para a escada, mas paro ao pé dela, vendo que ele não havia me seguido – Você vem ou não?

Ele desliza seu olhar de mim para minha mãe, como se pedisse permissão a ela.

- A senhora me permite? – ele pergunta todo polido.

- Claro querido – ela é toda simpática.

Rolo meus olhos uma vez mais e apoio meus braços no corrimão da escada, esperando pelo bonito vir em minha direção parecendo meio deslocado. Quando ele me alcança eu continuo o caminho, subindo degrau por degrau sem a mínima pressa de chegar ao meu quarto e iniciar aquela conversa.

Paro a frente do meu quarto, abro a porta e entro, logo dando passagem para ele entrar também e assim que ele o faz, eu a fecho.

- É a primeira vez que entra pela porta e não é desejado – digo ríspida me dirigindo a minha cama e me jogando sentada nela – desembucha.

Ele para no meio do meu quarto e coloca suas mãos nos bolsos de sua jaqueta de couro, enquanto seu olhar estava focado em mim, ele estava sério e parecia bastante decidido.

- E então? – franzo meu cenho.

- Eu queria pedir desculpas pelas coisas que te disse – ele inicia meio hesitante,como se não soubesse muito bem como fazer aquilo – eu sei que eu fui extremamente rude e me arrependo muito daquilo.

- Sério? Não parece – cruzo meus braços não dando muita importância a suas palavras.

- Eu estou falando sério, eu sinto muito – ele se aproximou e se sentou na beirada da minha cama, ainda me olhando – eu sei que não devia ter dito aquelas coisas, mas...

- Mas...? – mas o que? Sempre tinha o bendito mas!

- Eu precisava! – me olhou intensamente.

Ok. Se a intenção era me deixar ainda pior ele havia conseguido, ele não apenas havia me dito coisas horríveis por querer como também por necessidade. Legal!

- Olha só Derek, se veio aqui reafirmar aquelas coisas pode ficar tranquilo, porque não tem um dia que se passe que eu não lembre daquelas palavras... – eu comecei, mas fui interrompida por ele.

- EU QUERIA TE PROTEGER!

Me calei e fiquei sem qualquer reação. Do que ele tava falando? Eu sei, eu era inteligente e tudo o mais, mas não conseguia mais ver lógica no que ele dizia. Estava tudo muito confuso para mim.

- Como assim... Me proteger? – questiono relutante se eu realmente queria saber.

- No dia anterior ao seu aniversário, nós dois... Nós nos beijamos e depois, quando eu estava te levando embora nós paramos no posto e você foi comprar alguma coisa pra comer enquanto eu enchia o tanque do carro, se lembra?

- Obvio que eu me lembro, só não sei qual o sentido de tudo isso – ou só não queria admitir por orgulho.

- Quando os caçadores me interceptaram e me ameaçaram eu dei graças a Deus de você não estar comigo e depois eu pensei... E se você estivesse? – ele olhou para a parede concentrado – Quer dizer, aquele dia tivemos sorte, mas e se em qualquer outro dia eles nos vissem juntos? Eles iriam achar que você é uma lobisomem e te colocariam na mira deles, iriam te caçar Elenore... – me olhou e eu engoli seco – Eu não podia te expor a tanto perigo por egoísmo e eu não queria você metida com esses caçadores então...

- Então fingiu não se importar comigo – o interrompo terminando sua sentença.

- Exato – ele conclui – mas então você sofreu aquele acidente e eu sei que foi por minha causa, porque você saiu como um furacão lá de casa e poucas horas mais tarde Scott me avisou sobre seu estado...

Olhei para a minha janela e suspiro alto, pensando em quão burra eu havia sido por não perceber algo tão obvio como aquilo, quer dizer, estava na cara... Aquela mudança súbita de comportamento, a hesitação... Tudo!

- Aquele dia no hospital eu me arrependi do meu plano e iria te contar tudo, mas você não quis me receber e depois eu conheci Etienne e vocês se tornaram amigos...

Tudo bem, essa parte eu não captei! O que Etienne tinha a ver?

- Ele é um Argent e se tornou do seu circulo de amizades, imaginei que isso seria ótimo para te deixar fora da mira dos caçadores e então deixei tudo como estava para te manter segura – continuou respondendo minha pergunta interior.

- Isso tudo é loucura cara – passo minhas mãos por meu rosto.

- Eu sei, mas eu fiz tudo isso por me importar com você Elenore.

- E o que te fez mudar de ideia e me contar tudo? – abraço meus joelhos.

- Culpa, remorso e a falta que você me faz, vou entender se não quiser mais olhar na minha cara, mas eu precisava te dizer a verdade, não estava mais aguentando tudo aquilo entalado na minha garganta.

- Eu te perdôo – digo simplesmente o vendo ficar com a maior cara de surpresa.

Não vou mentir, achei fofo o que ele havia feito, era a coisa mais estúpida que alguém poderia fazer? Sim, era. Mas ele havia feito por se importar demais, por me querer fora de perigo e eu tinha de ser agradecida a ele por isso.

- Por mais louco que tudo isso possa ser, eu consigo entender o seu lado... Quer dizer, você achou que se afastar de mim me deixaria fora de risco e eu agradeço pela preocupação, mas tenho de te dizer que eu não sou nenhum bebê Derek, eu sei me cuidar.

- Eu sei que sabe, mas você é humana e está metida nisso tudo, praticamente caiu de para quedas no mundo sobrenatural e conhece tão pouco sobre os perigos que o meu mundo oferece.

- Nosso mundo Derek... – o fito séria – Eu posso ser humana, mas faço parte do mundo sobrenatural tanto quanto você agora, então da próxima vez tente me consultar antes de sair decidindo as coisas por mim.

- Isso significa que... – seu rosto se acendeu.

- Significa que voltamos a ser amigos – afirmo.

- Ainda tá brava comigo? – arqueia uma sobrancelha.

- Sim e não... Sim por você ter escondido isso de mim todo esse tempo e não, porque sei que fez isso com a melhor das intenções – sorrio de leve – mas não espere que tudo vá voltar a ser como antes, vou demorar um pouco a me acostumar com você de novo...

- Tudo bem – ele sorriu de lado – eu te entendo.

Quem eu queria enganar? Era bem provável que em três diz eu já iria esta metida na casa dele de novo.

- Vem cá seu doido – me aproximo dele e o abraço – não faça mais isso.

- Não vou, eu prometo! – ele retribui o gesto, me apertando contra seu corpo delicadamente.

- Aliás, feliz aniversário atrasado – digo sorrindo com a cabeça apoiada em seu ombro.

- Como você...? – seu tom é o de mais pura surpresa.

- Sua carteira de identidade... Nada fica escondido de mim Derek Hale.

- Etienne Alain Pierre Argent! – exclamei ao terminar de descer a escada com Derek logo atrás de mim.

- Presente! – escuto sua voz vir da sala.

- Pegue seu casaco, nós vamos sair – digo quando ele aparece na porta da sala com uma carinha de confusão.

- O que? Pra onde? – ele franze o cenho – Vocês dois não se acertaram?

- Sim, nós estamos nos falando de novo – olho com um leve sorriso para Derek – e é exatamente por isso que vamos sair.

- Agora eu fiquei confuso – Derek entra na conversa.

- Eu vou fazer um bolo para você pra comemorarmos o seu aniversário – o fito com a maior cara de paisagem e ele arregala um pouco seus olhos, parecendo surpreso – o que prefere, morango ou chocolate? – ele abre a boca para falar, mas eu continuo – Esquece, os dois juntos são a perfeição!

- Elenore... – ele tenta falar, mas eu o interrompo.

- Eu insisto Derek – olho para Etienne – vamos?

- Vamos! – ele dá de ombros.

- Só um minuto – digo e corro para a sala, agora encontrando minha mãe, irmão e Stiles – oi Stiles – aceno para ele que retribui com cara de confusão – mãe eu vou dar uma saída e já volto, não deixa o Derek ir embora!

E antes de ela poder responder, corro outra vez para o hall, Derek e Etienne estavam lado a lado só observando toda a cena, rapidamente paro a frente de Derek lhe dou um beijo na bochecha, agarro o braço de Enne com uma mão e nossos casacos com a outra e sigo para a porta.

Solto o braço do meu amigo, abro a porta e saio lhe entregando o casaco assim que ele encosta a porta atrás de si.

- Vamos ao mercado!

- Você ao menos sabe como se faz isso né? – Etienne pergunta enquanto tiro os ingredientes do bolo de dentro das sacolas do mercado.

Ele não estava muito confiante nos meus dotes culinários, mas eu sabia que ele se surpreenderia ao ver meu bolo. Eu podia ter preguiça de cozinhar na maioria das vezes, mas se havia uma coisa que eu sabia fazer bem era cozinhar!

- Mas é claro que eu sei – rolo meus olhos ao tirar a última barra de chocolate da sacola – quem você acha que faz os bolos de aniversário do Scott?

-Sua mãe? – arqueia uma sobrancelha e eu lhe mostro minha língua.

- Oh que eu chamo o Derek! – ele ameaça rindo da minha criancice.

- Quem vai me chamar pra que? – Derek entra na cozinha acompanhado de Scott, Stiles e mamãe.

- Nada – fuzilo Enne e me dirijo ao armário para pegar a batedeira – só Etienne com suas gracinhas nada engraçadas.

- Eu sou um piadista nato! – estufa o peito orgulhoso.

- Do tipo que conta piada de pai – volto para o balcão com a batedeira em mãos – vocês vieram assistir meu trabalho?

- E quem sabe ajudar – Scott sugere.

- Ótimo, mãos a obra! – sorrio olhando para todos os ingredientes na mesa – Missão: bolo de chocolate e morango!

- Adoro seus bolos Elenore – Stiles comenta se sentando a minha frente.

- Viu – olho convencida para Etienne.

- Só faça o bolo McCall – me olha de lado.

- Eu sei que me ama! – mando um beijo para ele que rola os olhos.

- Tcharan! – exclamo ao entrar na sala de jantar com o bolo já pronto e decorado em mãos.

Não que eu quisesse me gabar, mas tava muito bonito de se ver e o cheiro estava maravilhoso, imagino que para Scott e Derek estava irresistível já que eles tinham os sentidos mais aguçados.

- Uau, ficou lindo querida! – mamãe comenta ao se sentar na mesa junto dos garotos.

- Obrigada – agradeço me sentindo satisfeita.

- Agora falta saber se o sabor está tão bom quanto a aparência e o cheiro – Etienne comenta só para me irritar.

- É lógico que está – semicerro os olhos para ele.

- Tudo bem crianças, não briguem! – mamãe interfere.

Ele me mostra a língua e eu faço o meso, logo levando minha atenção a Derek, quieto na ponta da mesa, só observando tudo.

- Como Derek é o aniversariante vai ser o primeiro a comer um pedaço – digo animada pegando a faca disposta na mesa e cortando um pedaço generoso do bolo – garanto que vai gostar.

- Já eu duvido – Etienne estava persistente em duvidar do meu dom.

- Vamos ver – passo o pedaço para Scott entregar ao homem – experimente!

Ele pega o prato meio hesitante, olha para o pedaço de bolo, pega o garfo na mesa e dá uma bela garfada no bolo, o levando a boca. Ele mastiga algumas vezes e engole o bolo, com a maior cara de nada do mundo.

- E então? – Etienne indaga prestando atenção no outro.

- Tá ótimo! – ele comenta me olhando – Muito bom mesmo Elenore.

- Obrigada – sorrio para ele e fecho minha cara ao olhar para Enne – viu traidor desconfiado, eu sou uma ótima cozinheira!

- Me dê um pedaço para eu comer então, quero ver quão bom isto está – ele oferece seu prato para mim.

- Pega você sozinho folgado, Derek é quem fez aniversário, não você!

- Nossa, que bela amiga você é – faz uma careta engraçada, se põe em pé e vem para meu lado – sorte sua que gosto muito de você e não sou muito orgulhoso.

- Ah tá – rio dele – você não vive mais sem mim seu idiota.

- Nem você sem mim – me olha após cortar um pedaço do bolo.

- Ok, vocês não vivem um sem o outro, já entendemos, agora me passem a faca que eu também quero comer bolo! – Stiles diz ao entrar no meio de nós dois – Licença.

- Toda – Enne e eu falamos juntos.

- Elenore – ouço a voz baixa de Derek me chamar e o olho, esperando ele terminar seja lá o que ele queria me falar – podemos conversar um minuto?

- Claro – sorrio para ele – sirvam-se a vontade colegas!

Dou a volta na mesa e sigo Derek porta a fora, atravessamos o corredor, a sala e chegamos ao hall da casa, não sei o que ele queria me dizer, mas deveria ser importante se não, não teria saído de perto dos outros.

- O que foi? –questiono curiosa, ao parar a sua frente com os braços cruzados.

- Obrigado por ter feito isso por mim, você está me incluindo na sua vida mesmo sem ter a obrigação de o fazê-lo e por mais que eu seja um cara difícil de lidar e se entender, fico feliz em saber que você está fazendo... A muito tempo não sabia o que era ter amigos...

- Eu faço porque gosto de você Derek – sorrio de lado – acredite, eu iria ignorar completamente seu aniversário se ainda estivesse brava com você, mas como me pediu desculpas e explicou tudo, me senti no dever de fazer algo de especial para você, não é nenhuma festa, mas é o que eu consegui bolar!

- Só por ter você já é especial... – vejo um sorriso surgir no canto de seus lábios, o que me fez sorrir também.

- Se eu consigo colocar um sorriso no seu rosto já fico feliz – mordo meu lábio inferior me sentindo um pouco tímida com meu feito – agora vamos deixar de sentimentalismos e vamos voltar pra lá antes que não sobre nem um pouco de bolo.

Me viro e dou um primeiro passo, mas não vou muito longe, pois como na noite da ceia de Natal, ele segurou meu pulso e me puxou de volta para si, mas dessa vez o impulso foi grande demais e eu acabei batendo contra seu peito e antes que pudesse raciocinar, seu lábios já estavam grudados no meu.

Eu não esperava que ele fosse fazer aquilo, mas mesmo estando surpresa retribui o carinho, aprofundando o beijo. Sinto seus braços me abraçarem fortemente, me puxando para mais perto dele e enlaço seu pescoço com meus braços pousando minhas mãos uma ao pé de sua nuca, acariciando os pequenos fios de cabelo que ele tinha ali e a outra em seu cabelo o segurando delicadamente para não o machucar.

Ele pressiona sua língua contra minha boca, pedindo permissão para ela e eu a concedo, sentindo-a longo começar a acariciar a minha.

Só havia se passado dois dias que tínhamos nos beijado, mas ainda sim, beijá-lo era sempre bom demais, me causava um friozinho na boca do estômago e uma sensação maravilhosa de tranquilidade e segurança.

- Ei vocês dois, vão ficar se... – me separo rapidamente de Derek ao ouvir a voz de Etienne – Oh... Me desculpem, eu... E-eu... Vocês não me viram e eu nunca estive aqui!

Não tenho coragem de me virar para olha-lo, sentia meu rosto vermelho demais para fazer isso, mas podia sentir o constrangimento na voz dele e ouvi seus passos pesados e rápidos ao voltar para a cozinha.

- Melhor nós voltarmos – encosto minha cabeça em seu peito tentando segurar minha risada – não tem mais clima.

- Concordo – seu tom é baixo – mas antes... – sua mão vai até meu queixo, o segura e me obriga a olha-lo – Vou poder voltar a fazer isso novamente?

- Me beijar? – arqueio uma sobrancelha e ele assente – Só o tempo dirá.

- Posso entender isso como um talvez? – franze o cenho, fazendo uma expressão que eu achei super fofa.

- Pode sim – sorrio sapeca e lhe roubo um selinho antes de praticamente correr para a cozinha, o deixando lá com cara de bobo.