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História I'll Be Your Hero - Anxiety Crisis


Escrita por: LittleSpooky

Notas do Autor


QUEM QUE É VIVO SEMPRE VOLTAAAA
VOLTEI BITCHESSSSS
FINALLLLLLLLLLLLLLLMENTE
AAAAA
Tradução nas notas finais
Bjs

Capítulo 5 - Anxiety Crisis


Fanfic / Fanfiction I'll Be Your Hero - Anxiety Crisis

Ansiedade.

Todas as pessoas que existem e vão existir, um dia elas irão ficar ansiosas, no entanto, a ansiedade excessiva pode se desencadear a doença, ou melhor, um distúrbio. Pessoas que sofrem com distúrbio de ansiedade sentem medo extremo em situações simples da rotina, além de terem sintomas físicos, que pode atrapalhar a sua rotina de modo extremo, já que é muito difícil controlar.

Existem vários tipos e também as causas, os sintomas podem ser variados, desde físicos à psicológicos e, eu estou sentindo muitos agora, tenho síndrome do pânico, que é um dos tipos mais famosos e ele me afeta desde que tudo aquilo com o Adam aconteceu.

O pior, além de eu ter a síndrome do pânico, é que estou sentindo isso indo para o refeitório, sim, eu irei almoçar, eles estão desconfiando do porquê de meus sumiços, então hoje irei com eles, mas estou com os fones de ouvido, dando sinal que não quero conversa, estava com as mãos dentro do bolso do casaco, para não mostrar que eu estava tremendo muito, também sentia meu coração acelerado, uma sensação de perigo iminente, calafrios, dores no peito e desconforto na região, mas, mesmo assim, prossegui escutando “Every Night” do Paul McCartney.

Just resting my mind.

Ev'ry morning brings a new day

And ev'ry night that day is through.

But tonight I just wanna stay in

And be with you-oo,

And be with you

(Só para descansar a minha mente

Toda manhã traz um novo dia

E toda noite quando termina o dia

Mas esta noite eu só quero ficar...

E estar com você, oo

E estar com você)

[...]

Estávamos todos sentados na sala do coral, Sr. Schue explicava o tema desta semana, mas eu não conseguia prestar atenção, porque minhas mãos tremiam muito, estava tonto, com muita dor de cabeça e dor no peito, formigamento em meus pés, sentindo a garganta fechar, coração extremamente acelerado e começando a hiperventilar, todas aquelas sensações eram agoniantes, minha cabeça era inteiramente um borrão, mas o que eu mais pedia e torcia é que aquilo acabasse, porém, não passava e isto me deixava cada vez pior, tentava repetir em minha cabeça “ Eu consigo”, na intuição de aguentar o que estava acontecendo comigo. Levantei minha mão e Will olhou para mim, estranhando como eu estava:

- E-eu p-posso ir no b-banheiro? – perguntei com muita dificuldade, pois sentia que estava sendo sufocado

- Você está bem, Kurt? Precisa ir a enfermaria? –falou o professor para mim

- E-estou b-bem, apenas l-leve tontura, n-nada a se preocupar – respondi, sentindo uma grande sensação de perigo e mais tremores

Me levantei mas acabei sentindo uma fraqueza e quase caindo, sentia muita falta de ar e dor no peito, então coloquei minha mão, que tremia muito, no meu peito, eu estava muito tonto, mas mesmo assim tentei caminhar até a porta, de cabeça baixa, todos me olhavam em preocupação e Blaine se levantou para provavelmente, me dar ajuda, entretanto, parecia que eu não tinha mais controle sob meu corpo, foi aí que eu caí no chão.

- Kurt! – consegui escutar o grito de Blaine e de relance, percebi que ele havia chegado perto de mim

Parecia que tudo estava um inteiro borrão, apenas ouvia conversas, passos e perguntarem coisas para mim, mas eu sentia ainda mais sufoco com todos me perguntando e em minha volta, mãos tocavam a minha, principalmente as das meninas, eu ficava incomodado por isso e com muito medo, pois lembro da minha última ida a Dalton. Queria dizer o que estava acontecendo comigo, mas a sensação de falta de ar, me prejudicava, mesmo com tudo embaçado, vi que Sr. Schue estava perto de mim, felizmente, consegui ouvir o que ele tentava me perguntar:

- Kurt, você está tendo uma crise de ansiedade? Pois já havia comentado isso comigo e Emma, se sim, tente apertar meu pulso.

Apertei seu pulso com toda a minha força possível e depois disso, eu apaguei.

 [...]

Acordei em minha cama, confuso, por que eu estou aqui? Olhei para a escrivaninha e os remédios que eu não via há uns meses estavam ali de novo: Alprazolam, Apraz, Citalopram e Rivotril, eles são para a síndrome do pânico. Escutei a porta sendo aberta e quem estava lá era Finn, com um pequeno sorriso.

- Hey! Você acordou! A gente ficou preocupado com você! – falou se sentando em minha cama

- Ficaram? – falei de cabeça baixa

- Sim, principalmente o Blaine – o mais alto comentou e senti minhas bochechas ficarem um pouco quentes – E, aliás, ele tá lá embaixo te esperando acordar, eu vou chamar ele, ok?

- Ok.

Confesso que fiquei um pouco nervoso por ter Blaine em meu quarto, fiquei mais ainda ao ouvir seus passos escoarem pelas escadas e logo para o meu quarto, quando o mesmo entrou, tinha uma flor em sua mão, logo deduzi que fosse para mim, então soltei um sorriso tímido e ele falou:

- Eu fiquei muito preocupado com você, Kurt!

- O-o Finn me falou...

- Você nunca comentou que tinha síndrome do pânico – falou largando a rosa perto de meus remédios

- Você não sabe muitas coisas sobre mim – falei deixando o mistério no ar e ele riu

- Tem algum lugar legal na casa para nós podermos observar as estrelas? – perguntou, mudando de assunto

- Sim! Onde é o escritório do meu pai há uma sacada que dá para o telhado, mas por quê?

- É algo que eu gosto de fazer isso no tempo livre – ele pegou minha mão e me tirou da cama, logo caminhando pelo corredor principal do segundo andar

Nós chegamos no escritório e fomos logo para sacada, subindo vagarosamente no telhado para não cair, quando encontramos um lugar seguro e longe da ponta, nos sentamos e ficamos em total silêncio, deixando-se aproveitar daquele momento que, de longe era desconfortável, nos sentíamos bem em estar no silêncio, mesmo com aquela brisa gelada, que me deixava com muito frio e tremendo de leve.

- Kurt, está bem? Você está tremendo um pouco – perguntou Blaine, preocupado

- Frio, muito frio – respondi, finalmente percebendo que eu estava sem a minha jaqueta e meus sapatos, que eu estava no início do dia

- Isso vai parecer muito clichê, mas... – deixou a frase no ar

Ele pegou seu casaco e tirou, logo colocando a peça de roupa em mim e botando um de seus braços ao meu redor e parando em minha cintura. Não posso mentir, eu gostei, mas ao mesmo tempo, fiquei muito amedrontado, pois imagens daquele dia passavam em minha cabeça. Com uma de suas mãos, ele abaixou minha cabeça para deitar em seu ombro e puxou minhas pernas para cima das dele, por fora, eu apenas estava envergonhado, com bochechas rosadas e olhando para baixo, mas por dentro, parecia que eu ia explodir: ELE ESTÁ SENDO SUPER FOFO COMIGO E NÃO SEI LIDAR COM ISSO, eu me sentia extremamente confortável com ele, para piorar, Blaine parecia que me acalmava desse tempo da minha crise, porém meu coração continuava acelerado e eu odiava admitir...

Talvez eu estaria gostando dele e possa ser recíproco.

Passou um tempo que estávamos daquele jeito e, sinceramente, até estava ficando com sono, entretanto, senti que sua mão puxou meu rosto novamente e, desta vez, perto do seu, foi aí que comecei a ficar nervoso, ele me puxava para mais e mais perto e não sabia o que eu faria, pois, não estou pronto para isso.

Então, juntei todas as minhas forças e falei:

- Blaine... Não...

O mesmo em seguida soltou o meu rosto e se afastou um pouco, logo falando:

- D-desculpa! Mil desculpas, Kurt! E-eu não sei porque fiz isso...

- Hey, calma, não precisa pedir desculpas, eu só não estou pronto, ainda.

- O-ok – ele abaixou a cabeça envergonhado e dei um sorrisinho

- Vamos voltar para o meu quarto?

Ele apenas concordou com a cabeça e saímos dali, ainda um pouco envergonhados pelo quase beijo que havia acontecido, o silêncio pairava sobre nós, quando chegamos no quarto, eu estava tremendo, mas não só da ansiedade, mas também de frio, fui pegar um copo d’água e depois, pegar os comprimidos para tomá-los, entretanto, estava tremendo tanto, que não conseguia tirar os remédios da cartela, então Blaine notou isto e os tirou para mim, me deu os na mão e segurou o copo para eu tomar.

- Blainey, eu acho que estou com febre – falei colocando a mão em minha testa

- Espera, deixa eu ver – ele colocou a mão em minha testa, depois, ficou na ponta dos pés e encostou seu rosto em minha testa, coisa que mãe geralmente faz – Eu acho que realmente está com febre, aliás, gostei do apelido.

Dei um breve sorriso e comecei a fazer coisas para aliviar a febre, enquanto o moreno se sentou em minha cama e ficou mexendo em seu celular, depois de um tempinho, deitei na cama novamente, Blaine focou sua atenção em mim e disse:

- Precisa de algo?

- A-apenas, deixa eu deitar em seu ombro e...

Antes de eu terminar a frase, ele se ajeitou ao meu lado e deitou minha cabeça no ombro, depois disto, continuei a falar:

- Canta para mim?

- Claro! – respondeu animado – Qual música?

- Aquela do Toy Story, minha mãe cantava para mim – sorri triste ao lembrar – Eram todas as noites, sempre antes de eu dormir.

You've got a friend in me
You've got a friend in me
When the road looks rough ahead
And you're miles and miles from your nice warm bed
You just remember what your old pal said
Boy, you've got a friend in me
Yeah, you've got a friend in me

You've got a friend in me
You've got a friend in me
If you got troubles, I got'em too
There isn't anything I wouldn't do for you
If we stick together we can see it through
'Cause you've got a friend in me
Yes, you've got a friend in me

 

Ele segurou a minha mão, senti uma corrente passar pelo o meu corpo e me deixar arrepiado, mas não liguei tanto assim, apenas continuei a escutar a música e cair no sono aos poucos.


Some other folks might
Be a little bit smarter than I am
Bigger and stronger too. Maybe
But none of them will ever love you
The way I do
It's me and you, boy

And as the years go by
Our friendship will never die
You're gonna see, it's our destiny
You've got a friend in me
You've got a friend in me
Yes, you've got a friend in me

Blaine Anderson

Quando terminei minha música, notei que Kurt dormia serenamente em meu ombro, dei um pequeno sorriso, fiquei admirando o quão adorável ele estava, de repente, Burt e Carole entraram no quarto e se deparam comigo tentando se desvincar dele.

- Ele dormiu – sussurrei – Ele tinha me pedido para cantar algo, então eu cantei e adormeceu no meu ombro.

- Quem é você? – perguntou Burt a mim, já que ele não me conhecia, apenas eu conhecia ele de nome e já conhecia Carole.

- Blaine Anderson, faço parte do coral junto de Kurt e Finn – respondi, conseguindo tirar a cabeça de Kurt do meu ombro e colocando em seu travesseiro.

- Ele passou muito mal hoje? Carole me contou mais cedo, mas só cheguei agora em casa.

- Sim, Kurt ficou muito mal, ele tremia, hiperventilava muito, foi terrível.

[...]

Cheguei em casa cansado, quase me arrastando pela sala, meus pais viam algum filme na televisão, de tão cansado, apenas me joguei em um dos sofás e aconcheguei ali mesmo.

- Filho, onde você estava? – pergunta minha mãe tirando o volume da tevê

- Na casa de um amigo, ele passou mal na aula no coral, crise de ansiedade – respondi

- Quem? O Sam? – perguntou meu pai

- Não, um aluno novo, ele entrou no início do ano, meio irmão do Finn.

- Qual é o nome dele? – minha mãe proferiu

- Kurt, Kurt Elizabeth Hummel, eu adoro o Elizabeth no nome dele – falei rindo

- Blaine... Você é gay? – meu pai perguntou, me deixando mudo

-E-eu... E-eu... – fiquei extremamente nervoso, me sentando no sofá – Acho que i-isso talvez não te orgulhe pai, mas... S-sim, eu sou gay

Sentia meus olhos encherem de lágrimas, estava com medo da resposta de meu pai ou mãe serem negativas e eu talvez, ser expulso de casa ou algo pior, por segundos, na minha cabeça, ele se levantaria e gritaria comigo, me bateria e minha mãe apenas ficaria dizendo o quão decepcionada estava e meu irmão chegasse e dissesse que me odiava, então eu apenas disse:

- D-desculpa...

- Para que pedir desculpas filho? Não vejo nenhum problema se você é gay, claro, eu e sua mãe temos medo que sofra, mas, apenas queremos o ver feliz – falou meu pai, se levantando, em impulso, me levantei e o abracei

Eu estava abraçado a meu pai, chorando intensamente, nunca imaginei que ele poderia ter lidado muito bem com o fato de eu gostar de caras.

- Ei, por que tá chorando tampinha? – perguntou meu pai, usando um apelido que eu não gostava muito

- Primeiro, não me chama de tampinha, segundo, eu não esperava ser aceito tão bem por você.

- Eu sempre irei aceitá-lo, pelo o que você é ou quiser fazer na faculdade, ou qualquer coisa que fizer na vida, ok?

- Ok, eu te amo, pai.

- Também te amo, filho.


Notas Finais


You've Gotta A Friend In Me: https://www.vagalume.com.br/disney/toy-story-youve-got-a-friend-in-me-traducao.html
Espero que tenham gostado!!!
xoxo
E não esqueçam de comentar!!!!


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