História I'll hold your hand II - Prólogo

–Hyung...– O moreninho TaeJoon estava deitado com a cabeça sob o peito do namorado BaekHyun, estavam deitados na cama do mais velho, cobertos apenas pelo lençol fino de um tom verde bem claro. 
Baek acariciava as costas despidas do menor com o polegar, deslizando-o suavemente sob a pele alva.
–Fala, pequeno.–
–Você já falou sobre mim para os seus pais?– TaeJoon fitou o olhar do mais velho e sorriu de canto.
–Devo ter comentado alguma coisa, mas nada muito especial. Acabou de completar duas semanas que estamos namorando.–
–Hum..–
–Por que pergunta? Quer que eu diga à eles sobre você?–
–Não, não é nada disso. Foi só uma pergunta.–
–Você já falou pra alguém sobre mim?–
–Só DongHae sabe mais ou menos..–
–Ah, o senhor simpatia.– Ironizou.
–Não fique bravo com ele..meu pai que manda ele agir assim..–
–Seu pai manda ele ameaçar as pessoas?–
–Não, meu pai manda ele "me proteger".– TaeJoon abaixou os olhos ao sentir suas bochechas queimarem.
–Eu te bati, por um acaso?– Revirou os olhos.
–Não...desculpa hyung, eu já conversei com ele.–
–Vamos deixar isso pra lá...dorme um pouco.–
–Hyung...eu tenho que ir pra casa.–
–Fica mais um pouco.–
–Não posso...já está tarde. Tenho que chegar em casa antes do meu appa.–
–Aish...então vai!– BaekHyun bufou irritado e se levantou, deixando o menor um pouco assustado com sua reação. Nunca antes tinha falado daquele modo.
–Por que está falando assim comigo?– TaeJoon se sentou no colchão, ficando apenas meio coberto pelo lençol. Seus olhos esperavam alguma resposta do mais velho, que vestia uma bermuda.
–Achei que estivesse com pressa, levanta daí e se veste que eu vou te levar pra pegar um táxi.–
–BaekHyun!–
–Eu vou te esperar lá embaixo.– BaekHyun apenas ignorou o menor e deixou o cômodo.
TaeJoon permaneceu estático por alguns segundos. Não tinha razão para que Baek ficasse tão irritado ou que falasse daquele jeito. Aquilo machucou TaeJoon de modo que nunca antes, o pior é que ele sequer entendeu por quê aquilo tinha acontecido.

Levantou-se e se vestiu rapidamente, ainda se lembrando do tom de voz que ouvira pela primeira vez vindo do maior. Abriu a porta da sala e BaekHyun estava sentado em um dos degraus do lado de fora.
Tragou fundo o cigarro aceso em sua mão e soltou a fumaça pelo nariz, levantando-se ao ver que o menor já estava ali.
–Pegou tudo?– O mais velho deu uma ultima tragada e soltou a bituca no chão, pisando sob ela para apagá-la. TaeJoon apenas assentiu com a cabeça sem olhá-lo nos olhos.
BaekHyun estendeu a mão para que o outro segurasse, mas não aconteceu.
–Yah, o que você tem?–
O menor não disse nada, então BaekHyun repetiu a pergunta.
–Sou eu quem pergunto!– Apertou os punhos tentando conter a enorme vontade que sentiu de chorar. –Por que gritou comigo daquele jeito?!– TaeJoon sentiu seus olhos marejarem ao olhar para o outro.
–Desculpa...eu não queria que você fosse embora.– BaekHyun falou macio, puxando o corpo menor para si pela mão. –Não chora, pequeno, eu disse sem pensar.–
–Não quero que grite comigo..–
–Tá bem, desculpa.– 

~1 semana depois, casa de BaekHyun.

–Já disse que eu só estava conversando!–
–Então por que parou de falar quando eu cheguei?!–
–A conversa já tinha acabado! Droga!–
–Não é o que parecia, BaekHyun! Admite que ele estava se insinuando pra você!–
–Mas que droga de ciume!–
–Eu vi, BaekHyun! Eu vi como você estava olhando pra ele!–
–TaeJoon, vai se fuder! Paranóico!–
–Então por que você hesita tanto em assumir nosso namoro?! Faz quase um mês!–
–Por que você tem tanta necessidade de assumir isso?!–
–Por que você tem tanta necessidade de fugir disso?! Tá com medo de acabarem seus rolinhos?!–
–É! Sou cheio de rolinhos! Toda noite vem alguém aqui dormir comigo!–
–Idiota!– TaeJoon bufou e deixou a casa do maior em passos pesados, quando ia atravessar a rua foi puxado pelo pulso, indo de encontro ao corpo mais alto de BaekHyun e tendo o maxilar segurado pelas mãos maiores.

–Não vai embora, pequeno.– TaeJoon não teve tempo de reagir antes de ter os lábios tomados por BaekHyun, que não soltou-o nem mesmo quando o menor começou a lhe socar o peito, apenas lhe segurou os pulsos.
–Eu te odeio!– O menor fungou em meio as lágrimas que desciam por seu rosto.
–Odeia mesmo?– Fitou os olhos encharcados pelo choro que cessava.
–Não...– Murmurou.
–Sabia.– Riu de canto.
BaekHyun pegou o menor pelas coxas e o levantou, fazendo com que passasse as pernas por sua cintura, levando-o de volta para dentro.
 

[...]

BaekHyun estava sob o corpo menor deitado no colchão, beijava e lhe mordia o pescoço, arrancando suspiros sôfregos deste que tinha acabado de chegar ao ápice, refletindo os efeitos dos espasmos que tomavam conta de si, até que se desfez também, apertando os olhos, ainda debruçado sob o corpo de TaeJoon. Tomou um pouco de ar e se retirou do interior alheio, deixando o líquido quente voltar para fora.
Levantou-se e foi até o banheiro, voltando coberto pela boxer branca e alguns lenços de papel que entregou ao mais novo, em seguida, caminhou até o criado mudo e tirou um cigarro e um isqueiro. BaekHyun abriu a janela do quarto e se escorou na parede ao lado da abertura, acendendo e tragando fundo a fumaça dentro de si.
TaeJoon levou o olhar à esse que transparecia sentir tanto prazer em algo como aquilo.
–Hyung..– O mais velho olhou TaeJoon ao ouvi-lo chamar por ele. Os cabelos bagunçados, o corpo coberto apenas da cintura para baixo enquanto sentado sob o colchão.
–Diga.– Aproximou o cigarro ao cinzeiro e deu um leve tapinha para que as cinzas caíssem.
–Eu quero experimentar isso.–
–Não.–
–Por que não?–
–Não quero essa vida pra você.–
–Isso parece te deixar satisfeito.–
–Tem outras coisas que podem te deixar satisfeito. Se eu pegar você fumando vou te fazer comer o cigarro.– Ditou firme olhando diretamente nos olhos do mais novo.
–Se é tão ruim, por que você não para?–
–Isso me relaxa.– Deu de ombros. –De qualquer modo, pode esquecer. Araseo?–
–Araseo..– Comprimiu os lábios.

[...]

–Oi mano, cheguei.– DongHae estava sentado estudando e olhou TaeJoon brevemente antes de voltar sua atenção ao livro de inglês.
–Está atrasado, sorte sua que ninguém chegou ainda.–
–Relaxa.–
–Vai tomar banho, você está fedendo a fumaça daquele lixo.–
–Não fale assim do BaekHyun.–
–Estou falando o que eu acho. E tem mais, acho bom você falar logo pro appa, não quero que sobre pra mim depois.–
–Eu vou falar...logo.–
–Ótimo, vai tomar banho antes que o umma chegue.–
–Está bravo comigo?–
–Não, estou ficando cansado desse cara. Primeiro ele ia te ensinar matemática, agora estão namorando.–
–Está com ciumes.– Sorriu de canto.
–Que mané ciume, vai tomar seu banho.–
TaeJoon sorriu encolhendo os olhos e abraçou o irmão que estava sentado na cadeira em frente ao notebook.
–Sarangae.–
–Sai, carniça.– DongHae tampou o nariz e o irmão se afastou rindo baixo e tirou a camisa, expondo algumas marcas que BaekHyun deixara em seu corpo e jogou a peça fina no irmão, que a atirou de volta com força, reparando então nos rastros deixados no corpo de TaeJoon.
–Que droga é essa, Kim TaeJoon?!Tu foi espancado?!–
O moreninho olhou para si mesmo e seus olhos saltaram, não pensou que ficaria tão marcado, estendeu a camiseta em frente ao corpo buscando se cobrir, mas já era tarde.
–Eu...eu...– Engoliu seco.
–Vou contar pro appa, isso está indo longe demais.–
–Não! Não! Por favor...se você contar ele vai me fazer terminar.–
–Esse é o objetivo.– 
–Não, DongHae! Por favor! Eu...eu levo o lixo no seu lugar por seis meses!–
–Há, você é muito ruim em pechincha.–
–E lavo o banheiro também!–
–Hum...isso está começando a ficar interessante.–
–O que mais você quer?–
–Você vai fazer minha lição de inglês. Sou péssimo nisso e você é bom.–
–Tá bom, eu faço.–
–Tá bom.– Deu de ombros. 

TaeJoon suspirou aliviado e seguiu para o banheiro. Enquanto isso DongHae tinha os olhos no livro, mas sua cabeça não estava nas palavras ali escritas, nunca sentiu tanta raiva de BaekHyun, ele não tinha o direito de marcar TaeJoon...principalmente daquele jeito. Involuntariamente a cabeça de DongHae começou a criar suposições e imagens que não lhe estavam agradando nem um pouco... seu irmão não podia ser daquele jeito, era tão frágil e vulnerável (de seu ponto de vista, é claro). Como aceitar algo como aquilo? Saber que o irmão que cuidara a vida toda era algum tipo de pervertido...Ugh, só de pensar já sentia um embrulho no estômago. Não era possível, BaekHyun devia estar se aproveitando dele, devia estar aproveitando que TaeJoon era bobinho e estava apaixonado, essa era a explicação lógica (ou não).
DongHae voltou à realidade quando a porta do banheiro do quarto abriu e TaeJoon saiu com a toalha amarrada na cintura.
–Tae...–
–Huh?–
–Você não vai dizer que caiu ou sei lá?–
–Do que está falando?–
–Dessas coisas aí.– Apontou para as marcas.
–Ah.. mas eu não caí. Isso foi culpa do BaekHyun.–
–Ele te empurrou e você caiu?– Sorriu forçado.
–Não, ele mordeu mesmo.– Disse simples. Como pôde admitir aquilo sem sequer corar?

[...]

~2 dias depois, fim da aula.

TaeJoon e BaekHyun se sentavam em lugares distantes, apesar de estarem na mesma sala. O sinal acabara de tocar e a maioria dos alunos começou a arrumar os pertences. TaeJoon olhou de canto para o namorado e sentiu vontade de ir até lá e lhe encher de socos.
A garota HyunJae estava em pé na frente dele e sorria maliciosa. BaekHyun claramente fitava seus olhos felinos (pelo menos de seu ponto de vista). Ela acenou para ele com a ponta dos dedos e se curvou para lhe deixar um beijo no rosto antes de deixar a sala tranquilamente.. 

–Yah, você vem comigo hoje?– TaeJoon estava tão concentrado na saída da garota que não notou BaekHyun se aproximando de si.–...Pequeno?–
–Vou pra casa, não quero atrapalhar você e HyunJae.–
–Aish...vai começar a paranóia.– Revirou os olhos.
–Eu não sou nenhum otário, BaekHyun.–
–Mas está parecendo! Que sentido teria te trair na sua frente?!–
–Então pelas costas você faz?!–
–Ah, não estou com saco pra sua maluquice, se você não vai comigo, estou indo embora.–
–Não!– TaeJoon correu e puxou o outro pela camisa.
–Olha, na hora em que você botar a cabeça no lugar a gente conversa.–
O maior se livrou da mão que o segurava e saiu sem olhar pra trás, deixando TaeJoon com os olhos marejados na porta da classe, algo dentro dele ainda dizia que BaekHyun voltaria para eles fazerem as pazes e irem juntos para casa, mas ele não voltou.
TaeJoon foi para casa sozinho.

O elevador se abriu no saguão e DongHae estava nele, pareceu surpreso ao ver TaeJoon ali.
–Ué, achei que você ia pra casa daquele lá.– TaeJoon encarou o irmão com o maxilar trincado e os olhos transbordando.
–O que faz aqui?– O moreninho respirou fundo tentando pensar em outra coisa.
–Vou malhar, ué.–
–Então dá licença que eu vou subir.–
TaeJoon soou seco e entrou no elevador, deixando DongHae ali sem entender nada.
–Eu hein, que bicho mordeu ele?–

[...]

A água descia pelo corpo de TaeJoon e se misturava com as lágrimas grosseiras mais a respiração pesada. BaekHyun era pra ele como cigarro e agora começara a entender o que Baek quis dizer com "Eu não quero essa vida pra você". O mais velho tinha ido embora sem olhar pra trás.
Então para seu próprio bem era melhor acabar com aquilo. Conseguiria?

TaeJoon passou a tarde toda com o celular na mão hesitando em ligar para BaekHyun. Não queria terminar de verdade, mas precisava.
–Tae, eu vou sair hoje, quer ir?– DongHae terminava de se arrumar em frente ao espelho.
–Não...– Disse seco.
–O que você tem? Ficou aí deitado o dia todo. Você comeu?–
–Não estou com fome.–
–Brigou com o coiso?–
–Não é da sua conta.–
–TaeJoonie...– DongHae se sentou no colchão ao lado do moreno, que estava de costas para ele. –Não fica assim..esse idiota não merece.–
–Eu quero ficar sozinho.–
–Tem certeza de que não quer ir? Eu espero você se arrumar.–
–Não quero ir, boa festa pra você.–

O relógio marcava 21:00 quando TaeJoon finalmente resolveu ligar para BaekHyun, a chamada tocou cerca de três vezes até que a voz diferente da que esperava atendesse.
"–Oi, BaekHyun está ocupado agora, eu passo o recado.–"
"–Eu preciso falar com o Baekkie. Quem está falando?–"
"–É o amigo dele, JungSub.–"
"–Cadê o Baek?–"
"–Ele está no quarto dele há meia hora, foi procurar um jogo com HyukJin.–" Riu malicioso. "–...Acho que ficaram jogando lá mesmo.–"
Eu sabia! Os olhos de TaeJoon se inundaram e mancharam seu rosto. Pôde ouvir outra voz vinda do outro lado da linha antes de desligar a chamada.
"–JungSub, viado, o que está fazendo com meu celular?!–"

TaeJoon se engasgou com o ar que tentava inspirar entre as lágrimas que desciam sem remorso. Não sabia se deveria sentir tristeza ou raiva. Os dois.
Seu celular começou a vibrar, mostrando o número de BaekHyun no visor. O moreninho não queria atender, mas respirou fundo antes de aceitar a chamada. Talvez Baek dissesse que era tudo mentira e que ele o amava.
"–Tae? Escuta, JungSub só estava brincando, não é idiota?! Ele já bebeu um pouco e pensou que seria engraçado. Eu juro que não fiz nada, deixei meu celular por cinco minutos e quando voltei ele estava falando com você...desculpa por isso...você está bem?....Tae? Está me ouvindo?–"
"–E-eu...eu acho que é melhor a gente terminar.–"
"–O quê?! Por quê?! Sério que está fazendo isso por telefone?! Não, vamos fazer assim... bebe uma água e amanhã nós conversamos. Se você ainda quiser isso é outra história.–"
"–Não quero, BaekHyun. Eu quero terminar.–"
"–Amanhã a gente conversa, tchau.–" A chamada foi encerrada por BaekHyun, o que deixou TaeJoon mais frustrado do que já estava, fazendo-o voltar a chorar. Chorou até adormecer.

–Mano, acorda, vamos chegar atrasados.– DongHae chacoalhou o irmão levemente, este resmungou um pouco e abriu os olhos inchados. Estava com uma dor de cabeça horrível.
–Não quero ir hoje.– Murmurou.
–Appa vai brigar com você, levanta.–
TaeJoon coçou os olhos sentindo um mal estar em seu estômago, talvez por não ter se alimentado no dia anterior.

[...]

Os gêmeos chegaram à escola e se separaram ao atravessarem o portão de entrada. TaeJoon olhou para o lado e avistou BaekHyun encostado em uma das poucas árvores do pátio, este fez um sinal com a mão indicando que queria conversar. TaeJoon pensou em ignorá-lo e tentou, mas foi segurado pelo pulso.
–Sai de perto de mim, BaekHyun.–
–Tem certeza de que é isso o que você quer? Se você for embora agora não vai adiantar se arrepender.–
–Foi assim que você me deixou ontem.–
–Você estava surtando por nada.–
–Eu não estava surtando, eu sei o que eu vi.–
–Você viu o que você quis. Vou perguntar pela ultima vez, é isso mesmo que você quer?– BaekHyun olhou dentro dos olhos do moreno menor, os olhos que marejavam logo cedo. E naquele momento BaekHyun soube que TaeJoon voltaria atrás.
–Eu te odeio, BaekHyun!– As bochechas do moreninho ficaram molhadas e foram enxugadas pelas mãos do maior, que sorriu de canto e beijou-lhe os lábios. BaekHyun entrelaçou os dedos aos do menor e eles seguiram assim até a classe.

~Final da aula.

–Você vem comigo hoje?–
–Vou...– Sorriu.

[...]

Os dois estavam deitados no sofá quando a mão de BaekHyun deslizou suavemente por baixo da camiseta de TaeJoon, arrepiando-lhe a pele.
O moreninho encarou o sorriso do maior e se afundou em seus lábios fazendo vários estalos e lhe invadindo a boca. No pouco tempo que se separaram ambos sorriam travessos e voltavam a buscar por mais. Os corpos começavam  a se levantar do móvel sem que se separassem. BaekHyun apertou a cintura do que lhe segurava a nuca e que saltou em seu colo, passando as pernas em volta de sua cintura. O maior tateava o nada para evitar derrubar qualquer coisa que pudesse estar em seu caminho enquanto andava de costas até encontrar a parede e pouco depois a porta do quarto que foi aberta e fechada em seguida. Isso tudo sem olhar por onde estava indo.
TaeJoon lhe puxava os cabelos com certa força, do mesmo modo como BaekHyun lhe apertava as coxas, arrancando alguns suspiros.

O moreninho ergueu os braços e tirou a camisa sem que o outro precisasse descê-lo. BaekHyun fitou o corpo despido e lhe atacou com chupões e mordidas por todos os lugares que podia alcançar, conforme era feito TaeJoon puxava seus fios castanhos e arfava mordendo o próprio lábio. BaekHyun prensou TaeJoon contra a parede do quarto e já se sentia pulsando  quando o menor começou a mexer o quadril para cima e para baixo. BaekHyun jogou o menor sob o colchão e arrancou a própria camiseta com certa pressa, subiu na cama pouco bagunçada e tomou a boca alheia para si, deixando-lhe com os lábios vermelhos devido aos puxões, descendo pelo maxilar e pelo pescoço do menor que suspirava arrastado pelo prazer que refletia das carícias.

[...]

–Por que você não dorme aqui hoje?–
–Sabe que eu não posso..–
–Mas a gente namora.–
–Você sabe como o senhor Kim JongHyun funciona.–
–Então acho que devo me apresentar.– Riu.
–Só se você quiser não me ver nunca mais.–
–Está exagerando, não é possível.–
–Espera mais um pouco, por favor... eu ainda não preparei meu pai pra saber disso.–
–Aish...ta bem.– BaekHyun acariciou a cabeça de TaeJoon, este se ajeitou ao lado do maior.
–Vai me levar pra casa?–
–Vou, se veste.–

[...]

–TaeJoonie, hoje é dia de lavar o banheiro e tirar o lixo.–
TaeJoon estava inerte  esparramado no colchão enquanto fitava o teto. BaekHyun o amava, isso é o que importava, então, nada de ruim poderia acontecer, estava tudo bem.
DongHae percebeu que foi ignorado e revirou os olhos já imaginando no que o irmão pensava.
–TaeJoon, estou falando com você.–
–Tá, já vou, já vou.– Sorriu bobo.
–Acho bom.–

Algum tempo depois, o banheiro usado pelos irmãos já estava limpo e o moreninho estava voltando para o elevador após levar o lixo. Quando apertou o botão, viu o pai entrar no saguão e acenar para ele como se pedisse que o esperasse.
–O que faz aqui embaixo, Tae?–
–Eu estava dando uma volta.– Sorriu forçado.
–Hum...vai subir?–
–Vou.– Entraram no elevador.
–E aí, o que é que manda?– O pai sorriu simpático.

TaeJoon hesitou em perguntar algo para o pai... algo sobre BaekHyun. JongHyun sempre fora bastante severo com ele e com DongHae, às vezes nem TaeMin escapava, mas TaeJoon sabia que ele os amava mais que tudo e que se preocupava com eles mais que consigo mesmo.
–Appa...sabe, eu tenho um amigo no colégio...ele está saindo com alguém..– Engoliu em seco.
–E daí?–
–Ele não sabe como contar pro pai dele...aí ele me perguntou o que ele podia fazer.–
–E como você saberia? Você não é pai. Dá um conselho pro seu amigo, manda ele estudar, vocês ainda não têm idade pra isso.–
–Appa, quantos anos você acha que eu tenho?!– Soou meio irritado.
–Você tem sete ainda, quando tiver trinta e sete podemos começar a conversar sobre isso.–
–Pai, eu tenho 17.–
–Mas a idade mental de sete.–
–Pai!–
–Não me venha com "pai". Tem que estudar primeiro.–
–Aish...– É, não tinha conversa. Como TaeJoon contaria ao pai se este nem mesmo ouvia? TaeJoon não queria se afastar de BaekHyun, então concluiu que era melhor não contar nada...pelo menos até ter trinta e sete anos.
–Não inventa moda, Kim TaeJoon.– O moreno murmurou firme enquanto destrancava a porta.

Ao entrarem, avistaram DongHae esparramado no sofá, assistia um anime qualquer.
–TaeMin já chegou?–
–Já, mas ele foi conversar com o tio Key.–
–Ah, vou tomar um banho, se ele ainda não estiver aqui eu vou fazer o jantar.–
–O senhor vai cozinhar?– Perguntaram em uníssono.
–Vou, ué.– Só tinha um pequeno problema: JongHyun era péssimo na cozinha, conseguia estragar até miojo, mas por ironia, gostava muito da própria comida e achava que todos gostavam também. Por isso o jantar sempre estava pronto quando ele voltava do trabalho.

O interfone tocou na cozinha e TaeJoon foi atender em passos lentos.
"–Oi.–"
"–Oi, TaeJoonie, seu pai já chegou?–"
"–Já, ele foi tomar banho.–"
"–Quando ele acabar, venham para cá vocês três.–"
"–Obrigado, Kami Sama.–"
"–Mwo?–" O ruivo riu do outro lado da linha.
"–Appa ia fazer o jantar.–"
"–Ah...agora entendi.–" Riu.
"–Daqui a pouco estaremos aí, tchau.–"

–Donggie, vamos jantar na casa do tio Key.– O moreno comemorou levando as mãos ao alto.
–Viva! Não teremos que comer aquela coisa que o appa chama de comida.–

–Que bonito, huh?– JongHyun ditou da porta do quarto dos dois, surpreendendo-os.
 

Os três chegaram ao apartamento de KiBum e TaeJoon tocou a campainha.
MinWoo, primeiro dos quatro filhos de KiBum e MinHo, foi quem atendeu a porta. O apartamento deles era sempre bem agitado e animado pelas outras crianças: MinKi, DongYul e a pequena YoungMi. MinWoo, com 16 anos, já não fazia mais tanta bagunça, ficava mais no próprio quarto. Key dizia que ele estava numa daquelas fases em que os meninos preferem jogar online com os amigos.

–Como vocês dois estão na escola?– Key perguntou aos gêmeos enquanto servia o jantar de YoungMi, que já estava um tanto impaciente.
–Bem.– Respondeu DongHae. –...Se eu não for chamado para faculdade, irei para o exército e tudo certo.– Completou orgulhoso. JongHyun fitou o filho e também sorriu orgulhoso, DongHae sem duvidas tinha talento para seguir carreira militar.
–E você, TaeJoon?–
–Bem.– Disse simples.
–Ainda não pensou em nada? MinWoo está pensando em seguir os passos do pai dele e tentar medicina.–
–Legal, Min. Que área?–
–Pediatria. Os pacientes saem do consultório do meu pai e entram no meu.– Brincou.

[...]

Taemin já estava quase pegando no sono quando sentiu o colchão se mover por JongHyun se deitar ao seu lado.
–Tae...–
–Hum?– Murmurou ainda com os olhos fechados.
–A comida que eu faço é ruim?–