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História I'll hold your hand II - Está de castigo.


Escrita por: LeeDidi

Notas do Autor


Olá, voltei rápido, tenham uma boa leitura e até as notas finais

Capítulo 4 - Está de castigo.


Fanfic / Fanfiction I'll hold your hand II - Está de castigo.

[…]

–Appa…– TaeJoon se sentou ao lado do pai que estava no sofá e o moreno sequer olhou para ele.
–Appa, podemos conversar?–
–Taemin, onde está o DongHae?– O moreno falou para a cozinha, onde o ruivo estava.
–Não sei, Dino. Vou ligar pra ele.–
–Appa, não me ignore.– Choramingou
–No momento não estou com um pingo de vontade de falar com você.–
As palavras de JongHyun soaram como lâminas que atingiram o garoto em cheio. Não tirava a razão de JongHyun estar chateado, mas ele estava tentando se redimir.

–Dino, DongHae está na casa do meu pai, eu vou lá buscá-lo.– O ruivo pegou as chaves e saiu. Os dois ficaram sozinhos…JongHyun ainda estava com a cara fechada.
–Appa…appa…appa…appa…appa.–
–Já falei que não quero conversar com você.–
–Então só escuta.–
–…–
–Desculpa por não ter te contado, você ia me fazer terminar.–
–Agora estou sacando aquele seu papinho de “meu amigo da escola está namorando.” Saiba que ia te fazer terminar mesmo.– O pai deu de ombros.
–Então!–
–Mas isso não vem ao caso.–
–Vem sim, pai. Você não me deixa nem respirar sozinho.–
–Você não conseguia respirar sozinho.– JongHyun encarou o filho com o mesmo semblante de decepção.
–Mas agora eu consigo, não está vendo?!– O pequeno encheu os pulmões de ar.
–O que você esperava de mim, TaeJoon?! Eu quase te perdi e não foi só uma vez. Um filho não é um brinquedo, Kim TaeJoon! Você nem tem idade pra isso.–
–E por um acaso o umma tinha?! E ele ainda foi um ano antes de mim!–
–Você quer fazer comparações?! Ok, vamos comparar. Esse seu sei lá o que…–
–BaekHyun.–
–Tanto faz. Ele trabalha?–
–Não.–
–Eu já trabalhava e me sustentava sozinho. 2x0 pro Dinossauro. Quantos anos ele tem?–
–19.–
–Ué.–
–É que…ele repetiu um ano.–
–Aaah, que maravilha.– Ironizou. –Você está grávido de um desempregado repetente e quer que eu fique feliz?!–
–AISH!–
–Está achando que eu vou te bancar sozinho? Pode avisar pro cara que ele terá de arranjar um emprego, ou os pais dele vão ter que ajudar. Filho custa caro e meu dinheiro não é capim.–

O moreninho assentiu. Por esse lado, não podia questionar, ele e BaekHyun teriam de arcar com as consequências e ele também sabia que manter um filho não era nada fácil, talvez também tivesse que trabalhar.
–O que MinHo falou quando vocês foram lá?–
–Que eu estou com cerca de dois meses e meus exames estão normais.–
–Dois meses, Kim TaeJoon…– O pai apertou o cenho.–Você escondeu isso de mim por dois meses… Ou mais, né! Vai saber..–
–Eu namoro há três meses..–
–Que namora o quê! Isso não é um namoro, isso é uma palhaçada! Você só acha que é um namoro.–
–Pai!–
–Aposto que esse moleque só está brincando com você.–
–PAI! O senhor não sabe nada sobre o BaekHyun!–
–Exatamente. Mas pelo pouco que você me contou, já posso ter uma breve noção. Eu já tive sua idade, TaeJoon. Não se esqueça. Quero ter uma conversa séria com ele.–
–Você está sendo injusto!–
–Pelo contrário! Estou sendo mais que justo! Sabe o que eu devia fazer? Devia te proibir de ver esse cara! E não me venha com “você”. “Você”, você fala pros seus amiguinhos da escola!–
–E por um acaso O SENHOR gostaria se o vô JinKi tivesse te proibido de ver o umma?– Os olhos de TaeJoon marejaram e ele apertou os punhos com força. Por quê seu pai estava agindo daquele jeito?! BaekHyun o amava… Por quê ele não conseguia entender isso?
–TaeJoon, são duas situações completamente diferentes!–
–Só na sua cabeça!– 
–Vai pro seu quarto, está de castigo.–

TaeJoon bateu o pé e se levantou bufando do sofá, ia em direção ao quarto, mas suas pernas fraquejaram e falharam, fazendo com que seus joelhos fossem ao chão. 
–Tae!– JongHyun praticamente voou na direção do filho ao vê-lo caindo no meio da sala. O mais velho sentiu um aperto no peito, como se abraçasse um cacto.–Você está bem? Se machucou? Tá sentindo alguma coisa?–
–Estou bem.– O moreninho apenas se levantou sozinho e adentrou o próprio quarto. Jogou-se na cama e afundou a cara no travesseiro que logo ficou molhado pelas lágrimas que insistiram em sair.

Na sala, JongHyun bufou irritado e socou a parede. Em seguida, jogou-se no sofá. TaeJoon ainda era frágil, não podia deixar que se machucasse, não podia correr o risco de perdê-lo. Só de imaginar já sentia seus olhos se encherem de lágrimas, poucas, mas que fizeram questão de descerem grosseiras até pararem no maxilar bem marcado.

[…]

–Cheguei.– TaeMin fechou a porta da sala e foi se sentar no sofá, ao lado de JongHyun. Estalaram os lábios rapidamente. 
–Cadê o Donggie?–
–Ele vai dormir lá esta noite, está com medo de você.–
–Aish… esses meus filhos cresceram um pouquinho e perderam todo o respeito que tinham pelo pai. Pode deixar que eu mesmo busco ele amanhã.–
–Não é pra brigar com ele, Dino.–
–Até você, Taemin? Eu vou…conversar.–
–Então conversa igual gente, você parece um urso e depois não quer que eles tenham medo.–
–Aigoo…ursos são fofos.–
–Fala isso pra um urso bravo. Ainda mais depois de mexerem com o filhote.– O moreno deu de ombros. –Você conversou com TaeJoon?–
–Sim, acho que só fiquei mais puto.–
–Por quê? O menino veio aqui com ele, todo simpático. Você não estava comigo quando contei ao meu pai.–
–Eu estava trabalhado, esqueceu?! Ah, é! O moleque não trabalha e ainda é repetente.–
–Não seja tão duro com eles, Dino. São só crianças.–
–Criança que faz criança não é mais tão criança assim, Taemin. Quem tem 19 anos não é mais criança. Não fique se iludindo como seu pai.–
–Não estou me iludindo, estou tentando amenizar as coisas, ficar estressado não vai resolver nada.–
–Eu já estou estressado.–
–Então faz carinho no meu cabelo pra desestressar.– Taemin deitou a cabeça sob as pernas de JongHyun e fechou os olhos ao sentir os fios ruivos serem afagados com carinho.

Durante todo esse tempo, TaeJoon estivera escutando a conversa dos pais. Não é como se tivesse pedido para ter um filho dentro de si e agora estava se arrependendo de estar nessa condição.

[…]

–TaeJoon, trate de levantar, já é meio dia e você tem que comer alguma coisa.–
O moreninho não conseguia abrir os olhos, ficara acordado a noite toda e só pegou no sono quando não pôde mais continuar acordado. Várias coisas passaram por sua cabeça, ele tentava não pensar nelas. Se estava sendo um fardo para os pais, poderia resolver aquilo… Um aborto foi o que BaekHyun sugerira inicialmente antes de brigarem outra vez. Não, melhor não… E se…não, mas,e se….

Vários “e se” estavam deixando o menino mais confuso e amedrontado do que já estava. Parece que só agora sua ficha estava caindo.

–Tae, acorda.–
–Me deixa dormir…– Murmurou
–Já é tarde, eu vou buscar seu irmão. Quer ir ver seu avô?–
–Não.– Murmurou abafado.
–Ele vai ficar chateado.–
–Depois eu vou lá, appa. Agora eu quero dormir.–
–Tá bem, mas tem que levantar logo e comer alguma coisa… vai acabar passando mal.–
–Tá… Tá… – Murmurou. 
–Estou indo.. Te amo, filho.–

[…]
~

Os olhos de DongHae saltaram logo que ele ouviu a voz do pai vinda da sala. “Puta que pariu, é agora.”
–Então, vovô vamp, DongHae me contou a novidade.– Onew sorriu de canto
–É…pois é.–
–Parece que o vampiro bebeu do próprio veneno, ou do próprio sangue, nesse caso.– Riu. 
–Pode zoar, sogro. Acho que eu mereço.–
–Edward mãos de tesoura será hallabeojee, quem diria, seria engraçado se seu genro também fosse meloso como você.–
–Cadê meu filho?–
–Estava lá em cima.. Olha ele aí…– Onew referiu-se ao neto que chegara cabisbaixo na sala.
–Bom dia, DongHae.–
–Bom dia, appa.–
–Vamos pra casa.–
–Sim, senhor.–
–Já está pronto?–
–Sim, senhor. Tchau hallabeojee.–
–Não vai falar nada para o seu avô?–
–Obrigado por me deixar passar a noite aqui.–
–Pode vir sempre que quiser.–
–Correção, pode vir sempre que eu deixar.–
–Você é muito mau com o Donggie, vovô vamp. Eu já reparei isso.–
–Pois é, dei bobeira com o TaeJoon e olha no que deu. Tchau, sogro.–

Os dois seguiam em silêncio no carro até JongHyun quebrá-lo.

–Por que não me contou? Deixou seu irmão fazer merda, DongHae…sabe a consequência disso pra vida dele?–
–Ele me fez prometer…disse que estava indo mal em matemática e que Baek ensinaria à ele.–
–Aah, então quer dizer que o repetente ia ensinar ao seu irmão? Acho que não é matemática que ele estava ensinando.–
–E-eu não sabia que ele era repetente.–
–Deu bobeira, Kim DongHae. Por quê você mesmo não ensinou à ele?–
–Porque ele não quis que eu o ensinasse.–
–Aah, então ele não quis.– Ironizou. 
–Eu não tenho culpa, pai.–
–Não, eu que tenho. Eu sou um burro. Relaxei demais achando que você estava tomando conta dele….Tudo bem, vou descontar minha raiva de você em você mesmo quando descermos pra malhar.– DongHae suou frio, hoje seu treino certamente seria mais pesado que o normal.
–Mas…–
–Está me questionando?–
–Não, senhor..–
–Ah sim, pensei que estivesse me questionando.–

A partir de uma certa idade, DongHae começou a demonstrar aptidão para seguir carreira militar e JongHyun não deixou isso passar batido, ainda mais quando o próprio DongHae demonstrou interesse no assunto. JongHyun sempre impôs muita disciplina aos gêmeos, mas com DongHae era como se já estivesse no exército.

[…]

Os dois chegaram em casa e DongHae foi direto para o quarto após cumprimentar Taemin.
TaeJoon estava deitado jogando no celular e desviou sua atenção para o irmão logo que este entrou no cômodo.

–Oi, Donggie.– DongHae não respondeu, estava puto com TaeJoon. –Yah! Não está me vendo não?–
DongHae se jogou na cama, ainda ignorava o outro.
–Mano!–
–Eu não quero falar com você, tu fudeu minha vida.–
–Desculpa..– Ditou cabisbaixo. 
–Pedir desculpa é fácil, appa nunca te tratou do mesmo jeito como ele me trata.–
–Desculpa, mano.– Primeiro decepcionara o pai, agora o irmão… É..não estava sendo muito fácil ver todos tratando-o daquele modo. 
–Tua desculpa não vai mudar nada, TaeJoon. Eu já sofro com a porra do treino normal e agora vai piorar dez vezes, tudo porquê eu não fiz um bom trabalho de “guarda-costas”, que é basicamente o que me ensinaram a ser pra você. Eu falei desde o começo que isso não ia dar certo, mas você não me ouviu.–
–Eu não sabia que você se sentia assim.–
–Pois é, Taejoon. Tem muita coisa que tu não sabe. Mas sabe de uma coisa que eu sei? Que hoje é dia de lavar o banheiro e tirar o lixo.–

O moreninho se levantou e se jogou desajeitado sob o corpo maior que estava deitado de lado de costas para ele. 
Nem pareciam mais gêmeos pela diferença física entre eles. TaeJoon sempre fora tratado por JongHyun como um príncipe, mesmo que ainda fosse exigente, mas quanto à DongHae, sempre recebera um tratamento como o dos militares.

–Desculpa mano, você sabe que eu te amo muito.–
–Tu sabe que tinha que no mínimo usar uma droga de um preservativo.– Bufou. 
–Eu estava tomando um remédio…mas parece que não funcionou.–
–Sorte sua que eu também te amo muito, irresponsável. “Eu estava tomando um remédio, mas parece que não funcionou.” Runf. Sai de cima de mim.–
–Não, aqui está bom.–
–Você vai machucar sua barriga.–
–Então deita direito, eu não vou sair daqui até você me desculpar.–
–Aigoo…então você vai passar muito tempo aqui, porque eu não vou te desculpar tão cedo.–

DongHae rolou e ajeitou-se de barriga pra baixo e o irmão ficou deitado em suas costas, como os coalas fazem. Algumas vezes ficavam assim, mas naquele momento, era um símbolo de reconciliação, não podiam viver um sem o outro, estiveram juntos desde sempre.
–Mano… –
–Fala, TaeJoon.–
–Não fique bravo comigo… estou com medo.–
–Tá tudo bem, mas….–
–Mas o quê?–
–Eu vou ter que dar uma surra no BaekHyun.–
–Não vai não, já falamos sobre isso.–

[…]

Acabaram cochilando sem perceber e algum tempo depois DongHae acordou.
–Mano, sai de cima de mim, eu quero levantar.– TaeJoon murmurou qualquer coisa e voltou a dormir.–Tae! Acorda!–

O moreninho esfregou os olhos e se levantou cambaleando, deitando de novo logo que DongHae saiu. Por algum motivo ainda estava morrendo de sono.

[…]

A campainha tocou e o ruivo abriu a porta. KiBum entrou com a pequenina de cerca de três anos. Aparentemente o loiro gostou de ser paciente de MinHo, já era o quarto filho deles, sendo três meninos e uma menina.

–Oi Tae, cadê o Joonie?–
–O tio MinHo já te contou?–
–Sim, ele contou.–
–Ele está no quarto. TAEJOON, VEM AQUI.–
–Oi, umma.– O moreninho veio logo e se deparou com o loiro. –Oi, tio Key.–
–Conte a novidade à KiBum.– O moreninho ficou claramente envergonhado.
–Não precisa me contar, eu já sei.– O loiro foi até ele e tocou-lhe a barriga. –Irresponsável.–

TaeJoon sorriu forçado.
–Quem é o pai? Quero saber tudo.–
–Byun BaekHyun.–
–É seu namorado?–
–É sim.–
–Da sua escola?–
–Da minha sala.–
–Ele já veio aqui?–
–Já.–

–Tio Bummie, vamos falar do projeto.–
–Ok. TaeJoonie, você pode ficar com a Mimi um pouquinho enquanto eu vejo o projeto do seu umma?– Então esse foi um dos famosos interrogatórios do tio Bummie, realmente era um pouco assustador.

–Posso, vem Mimi.– A pequenina deu a mão para TaeJoon e eles foram para o quarto.
–Sabia que tem um bebê aqui?–
–Aqui?–
–Nae.–
–Cadê?–
–Aqui dentro.– Apontou a barriga. 
–Você comeu ele, tio?– A pequena olhou preocupada.
–Não.– TaeJoon riu. –Ele vai sair daqui um tempo.–
–Igual cocô?–
–Aaaniya, eles vão cortar aqui e vão tirá-lo.–
–Vai doer?– 
–Agora que pensei nisso…. Não sei.Tomara que não.–
–Como ele foi parar ai, tio?–
–Depois você pergunta pro seu umma. Ah, sabia que seu appa é meu médico?–
–Não.–
–Ele é.–
–Por que, tio?–
–Porquê ele cuida de bebês.–
–Ah….como chama seu bebê?–
–Eu ainda não sei…– YoungMi abraçou a barriga alheia e deixou um leve carinho ali. Era engraçado o quanto ela se parecia com KiBum em vários aspectos.

[…]

Pouco depois, DongHae entrou no quarto com a toalha amarrada na cintura, estava molhado, provavelmente estava tomando banho.
TaeJoon e YoungMi estavam conversando enquanto a pequena jogava no celular do moreninho.

–Oi, Mimi.–
–Donggie, tem um bebê aqui.–
–Ah, é? Quem foi que te contou?–
–O Tae.–
–Ah, que legal. Vocês podem me dar licença?–
–Nae.– TaeJoon respondeu depressa e levantou levando a pequena no colo e os dois voltaram para a sala.

–Tae, ela é pesada pra você ficar carregando.– KiBum torceu o nariz. 
–Umma, tem um bebê aqui.–
–Tem, meu bem.–
–Aí eles vão cortar a barriga do Tae e vai doer muito.– TaeJoon sentiu seu rosto corar. 
–Não vai não, ele vai tomar um remédio.–
–E aí o appa vai cuidar do bebê dele.–
–Isso mesmo.–

JongHyun voltou à sala, pequenas gotas d'água pingavam dos fios negros recém lavados no banho.

–Tio, tem um bebê aqui.–
–Yah, Mimi. Você vai ficar falando isso pra todo mundo?– TaeJoon começara a se arrepender de ter contado, estava se sentindo constrangido.
–Tem, Mimi. Deixa esse chato aí, vem brincar com o tio Dino.–
TaeJoon torceu o nariz com o comentário do pai. Eles ainda não estavam se falando direito pela discussão do dia anterior. Estava um clima meio estranho entre eles.

[…]


Notas Finais


Bom... não sei quando volto com o próximo... estou escrevendo capítulos de outras fics. Obgd por ler até aqui, espero que estejam gostando. Deixe seu oi nos comentários para que eu saiba que estão vivos, juro que não mordo. ~Cuidem se bem.


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