História I'll hold your hand II - JiMin...Gostei desse.

Os dois chegaram em casa e TaeJoon logo tratou de pegar a sacola que continha as coisas que escolhera no mercado e ia saindo da cozinha na ponta dos pés, quando TaeMin notou o que ele estava a fazer. 
–TaeJoon, o que está fazendo?– O garoto parou no lugar ao ser repreendido pelo ruivo. 
–Estou…levando…minha sacolinha.– Sorriu forçado. 
–E o que é que tem nela?–
–Coisas…–
–Quero ver primeiro.–
–N-não precisa..–
–Agora.– Ditou firme. 
TaeJoon deu meia volta e foi em direção ao umma, que estava ali com uma mão na cintura. 
–Toma..– Estendeu a sacola. TaeMin pegou e abriu, levando três segundos apenas para dar um grito em direção à sala. 
–KIM JONGHYUN!–
TaeJoon meio se encolheu ao ouvir o eco da voz alheia em seus tímpanos. 

–O que foi, jagiya??– JongHyun veio num pulo e se colocou no lugar. 
–Por quê comprou essas coisas pro TaeJoon?–
–Porquê ele pediu.–
–E você, não só como pai, mas também como dentista, acatou o pedido dele?–
–Foi só hoje, amor.– JongHyun estava doce como mel. Normalmente era ele quem dava essas crises de “general ditador”, mas agora estava pianinho diante do ruivo bravo. JongHyun sorriu maroto e foi se aproximando de TaeMin aos poucos, fazendo manha para que ele cedesse logo. Não teve culpa, TaeJoon tinha começado a chorar no mercado e ele não soube o que fazer. 
–É assim que começa.– Franziu o cenho. 
–Foi só hoje.. TaeJoon estava com os hormônios atacados.– Passou os braços na cintura do ruivo e colou os dois corpos, enchendo-o de beijos. 
TaeJoon revirou os olhos e aproveitou a chance para sair dali carregando sua sacola.

–Também quero.– DongHae disse simples ao ver o moreninho passar pela sala onde ele assistia televisão. 
–Não sei do que está falando…– TaeJoon apertou o passo e seguiu para o quarto, sentando-se na cama e pegando o celular que estava no bolso. Nenhum sinal de BaekHyun… Deveria ligar? Com que coragem? Ligaria mesmo assim..talvez Baek não tivesse visto a mensagem. 
Levou o celular à orelha e a chamada tocou até cair. Por que ele não atende? Está longe do celular? Não quer atender? Talvez eu deva tentar de novo… 
Outra vez TaeJoon levou o celular à orelha e o som de chamando continuava a tocar. 

“–Yeobosaeyo.–”
“–Hyung?–” TaeJoon deixou escapar um suspiro surpreso, ficou feliz por BaekHyun tê-lo atendido. 
“–Estou ocupado, o que você quer?–”
“–Eu…eu quero te ver..e…consertar as coisas.–” 
“–TaeJoon..eu não..–”
“–Espera!– Interrompeu.–Por favor..vamos conversar.–”
“–TaeJoon, acabou. Cara, entende…não me liga mais.–”
“–Hyung, não me deixa so…–” Antes que pudesse terminar de falar, Baek desligou a chamada e os olhos do menor se encheram no mesmo instante.–..zinho.– O fungado saiu pesado e predominou sob ele, soando como desespero. No começo era BaekHyun quem corria atrás, e era TaeJoon quem tinha o controle e agora estava a implorar pela volta do namorado..ou ex namorado. 
Abriu a sacola do mercado e depois todos os pacotes que haviam dentro, as lágrimas saíam e a comida entrava. 

Meia hora depois, já estava quase tudo acabado. TaeJoon soluçava sem parar, o choro já havia cessado, mas os olhos estavam inchados, assim como o rosto. 
–Mano, você não vai mesmo divi…dir?– DongHae abriu a porta do quarto dos dois e ficou congelado ao ver o irmão ali sentado no meio de tantas embalagens, ainda com a mão dentro de um pacote de salgadinhos e soluçando.–Que porra é essa, TaeJoon?–
–N-nada.– Disse tentando esconder tudo. Mas não havia o que esconder, não havia como esconder. 
–Como assim?! Você comeu tudo!–
–Não comi não! Olha!– Estendeu um pequeno pacote de balas que restava. 
–Você só pode estar brincando..– DongHae ameaçou sair do quarto, mas parou no lugar ao ser chamado, ou “gritado”, por TaeJoon.
–NÃO! POR FAVOR! EU TE DOU ESSE AQUI!–
–Aish…–DongHae bufou irritado.–Me dá..– O mais alto não queria realmente ceder àquilo, mas TaeJoon parecia realmente desesperado, mais parecia que ia morrer. 
–Toma..– Fungou esfregando o nariz. 
–O que você tem, hein?– DongHae se sentou no colchão, ao lado do irmão, estava realmente preocupado. Abriu a embalagem e começou a comer, até lambendo a ponta dos dedos. 
–Eu liguei pro Baek..– Seus olhos brilharam e marejaram outra vez.–Ele me disse pra não ligar mais..–
–Não tem que ligar pra aquele babaca!– A atitude explosiva de DongHae só fez TaeJoon chorar mais ainda, ele teria de falar de outro jeito então…respirou fundo tentando conter os nervos.–TaeJoon…esquece o BaekHyun..ele não faz bem pra você.–
–Eu não consigo.–
–Tenta.–
–Como?–
–Você tem que distrair a cabeça…Já sei!– Estalou os dedos.–Vamos escolher o nome da minha sobrinha!–
–Já disse que eu não quero saber de nome de cachorro.– Resmungou. 
–Tá…tá…–DongHae revirou os olhos.–Você já tem alguma ideia?–
–Gosto de nomes com J.–
–JinRi?–
–Não…parece que alguém espirrou no nome do hallabeojee.– Negou com a cabeça.
–JiYong? JaeYeon? JiHae? JiSun? JiSoo? JangMi?–
–Não…eu estava pensando em usar o Min do umma..–
–Hum…–Coçou o queixo…–Que tal JiMin?–
–JiMin…Gostei desse.–Sorriu ao fitar o volume mediano.–Quer se chamar assim?– Indagou tocando perto do umbigo com a ponta do indicador. 
–Quero, umma.– DongHae forçou uma voz infantil e deixou uma gargalhada escapar, fazendo TaeJoon corar violentamente.–Que foi? Tá passando mal? Vai vomitar em mim de novo?–
–Aniyaa..estou bem.– Disse trêmulo.
DongHae sorriu com os olhos e bagunçou os cabelos do irmão.

Um mês se passou, TaeJoon chegara aos cinco meses e não houve um dia em que não ligou para BaekHyun, mas o mais velho não o atendera mais, às vezes a ligação sequer completava. Para compensar a ausência de BaekHyun, o moreninho enfiava a cara em açúcar e salgadinhos apimentados, esperava que JongHyun e TaeMin fossem trabalhar e saía para comprá-los no mercadinho ali perto e comê-los, encondendo as embalagens vazias embaixo da cama. DongHae também encontrara alguns bicos de meio período, então durante uma parte do dia, TaeJoon ficava sozinho.

Toda essa comilança rendeu alguns quilos a mais do que a situação em si já traria, então o garoto estava um tanto redondo para cinco meses. Os tornozelos inchados, as bochechas tomaram conta do rosto antes fino e tomaram um tom rosado, fora a barriga, que ao invés de cinco, parecia guardar há seis.

Era uma manhã de sábado, TaeJoon dormia tão profundamente que não acordaria nem com um balde de água fria. 
JongHyun entrou no cômodo à pedido de TaeMin, para dar uma olhada se haviam roupas espalhadas por ali. Não havia nenhuma sob as camas ou sob o criado mudo, então ele se abaixou para olhar debaixo das camas, olhando primeiro na de DongHae, não havia nada, algo que JongHyun nunca pôde reclamar dos filhos é que DongHae sempre foi muito exigente com a arrumação do próprio quarto e ele mesmo o arrumava. Mas, quando virou a cabeça para olhar debaixo da cama de TaeJoon, seu cenho franziu ao ver aquilo, nunca tinha visto tanta sujeira naquele quarto e muito menos embaixo da cama, visto que entrara lá apenas em busca de alguma peça de roupa esquecida. Chegou mais perto e puxou algumas embalagens… e estavam vazias. 
–Kim TaeJoon, o que significa isso?– Cutucou as costas do filho. 
–Isso o quê?– Murmurou baixo e rouco pelo sono. 
–Isso debaixo da sua cama!– Os olhos de TaeJoon saltaram ao se lembrar que não havia tirado a bagunça de seus lanchinhos da semana, aquilo com certeza o despertou mais que um balde de água fria. 
Sentou-se na cama ainda de costas para JongHyun, tentava pensar em algo para dizer, mas nada vinha. 
–Eu..eu..– Engoliu em seco. 
–Bem percebi que você está maior que deveria, mas não imaginei isso, TaeJoon. Quero ver o que você vai falar pro MinHo quando ele pedir seus exames.–

TaeJoon sentiu o suor escorrer frio, esqueceu completamente que na consulta daquela manhã o doutor lhe pediria um hemograma, já começou a pensar na dupla…tripla…quádrupla bronca que levaria, mas na verdade, não lhe importava muito…ele só estava a tentar mandar a tristeza embora e no momento…só conseguia pensar nela.

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