Eu tinha acabado de me acordar. O sono era muito forte logo de manhã, e eu não queria me levantar. Mas levantei de qualquer jeito, pois tinha que ir para a escola.
Depois de tomar banho e me trocar, ouvi Yuzu gritar:
- Ichii-ni! O café está pronto!
-Já estou indo! - Eu.
Desci, já pronto para ir para a escola. Mas, como sempre, vi um pé vindo em minha direção. Simplesmente o segurei, e girei, fazendo o pai cair no chão.
- Ahh, seus reflexos estão bons, Ichigo. Ahh. – Pai.
- Cala a boca. – Eu.
- Ohayō, Ichii-ni! – Yuzu.
- Ohayō, Yuzu. Karin. – Eu.
- Ohayō. – Karin.
Me sentei e comi um pouco, em silencio, enquanto Karin e Yuzu conversavam, e o pai tentava se levantar.
Quando terminei, me levantei, dei tchau para as meninas, e saí. Fiz meu curso normal até a escola. Só não esperava isso.
- Ichigo! - ???
- Hã? – Eu.
Vi então, a baixinha de cabelos negros e olhos violetas me encarando.
- Vai ficar aí olhando, baka? – Rukia.
- Ah, o que você está fazendo aqui? - Eu.
- Bem, a Soul Society me enviou. Mais coisas estranhas estão para acontecer por aqui. – Rukia.
- Que coisas estranhas? – Eu.
- Você irá descobrir. – Rukia.
Fomos até a escola, e logo avistei Chad, Ishida, Keigo e Mizuiro em um canto e Inoue, Tatsuki e Chizuru, sendo que Chizuru estava novamente atacando Inoue.
- Ah! Ohayō, Kurosaki-kun e Kuchiki-san! – Inoue.
- Ohayō. – Eu.
- Ohayō, Inoue! – Rukia.
Depois de tudo, a aula começou. As aulas foram tão lentas, passaram praticamente se arrastando. Quando uma das professoras entrou, ela estava com um laço vermelho no cabelo. Lembrei de Senna, e tirei o laço do bolso. Ele tinha virado meu amuleto, eu sempre estava com ele.
Mas, não é possível ter memórias sobre ninguém.
Então como é que eu me lembrava dela?
- Ichigo, poderia explicar o exercício 3, por favor? – Professora.
- Hã... – Eu.
- Por favor, preste mais atenção na aula. – Professora.
*~~~~*
Me vi saindo da escola sozinho, e entrando em uma rua movimentada. Toda hora eu esbarrava em alguém, e murmurava um “me desculpe” para a pessoa.
Pisquei, e toda aquela gente tinha sumido.
Todos.
E, no lugar deles....
- Blanks, de novo? – Eu.
Tirei a bolinha esverdeada do bolso, e engoli. Senti meu corpo tombar.
- Hey! – Kon.
- Vá pra lá, Kon. – Eu.
Comecei a acertar alguns deles, e recebi poucos resultados. Então eu ouvi a voz.
A voz que eu queria tanto ouvir.
- Yoyumi ni izanae, Mirokumaru! – Senna.
- SENNA! – Eu.
- Hã? Ichigo! É você? – Senna.
- Sim, sou... – Eu.
Mas não consegui completar, ela não conseguiu mais prestar atenção. Em instantes, eu não via mais os Blanks.
Ela foi até mim. Os cabelos soltos balançando ao vento.
- Ichigo! – Senna.
- A quanto tempo não nos vemos, ein? – Eu.
- Sim, baka! Eu achei que nunca mais veria você! – Senna.
- Baka! Eu te prometi que iriamos nos ver de novo. – Eu.
- Sentiu saudades, né? – Senna.
- O que? Claro que não! – Eu.
- Ichigo! Cadê vo.... Senna? Como...? – Rukia.
- Rukia! – Senna.
- Do que você se lembra? – Eu.
- Hum.... Me lembro de ir com você ao cemitério, aí eu dormi. Só me lembro de acordar lá. – Senna.
- Certo. – Eu.
- Bem, se vocês me dão licença, eu vou indo. – Rukia.
- Ok. – Eu e Senna.
Depois que Rukia foi, olhei para trás de Senna, e vi. A Roda Gigante.
- Hey, porque nós não vamos na Roda Gigante? – Eu.
Ela sorriu.
- É claro! – Senna.
Logo eu me via sentado no assento na frente dela, enquanto conversávamos sobre a altura do lugar.
- Sabe? Eu me sinto viva quando estou em lugares altos. – Senna.
- Deu para perceber. – Eu.
Ela riu.
Começou a ventar. As folhas amareladas caíam das árvores.
- Ahh! É uma vista realmente linda. – Senna.
- É verdade. – Eu.
Quando saímos da Roda Gigante, decidimos comer alguma coisa. Fomos até a pequena praça de alimentação, e compramos qualquer coisa.
- Huuuum! Que delícia! – Senna.
- É. – Eu.
- Quero fazer uma coisa. Espera. – Senna.
Ela saiu correndo até uma portinha. Depois de um tempo, ela fez aquilo.
Lá estava ela, andando sobre os pisca-piscas.
Sorri.
Sumi rapidamente em um Shunpo, e a peguei exatamente no momento que ela caiu.
A coloquei de pé, e ela sorriu. Me prendi em seus olhos dourados como mel.
Sacudi rapidamente a cabeça, e todos começaram a bater palmas.
Depois disso, ficamos andando sem rumo pelo lugar. Conversamos sobre várias coisas, e logo tinha escurecido.
- Onde você está morando? – Eu.
- E você acha que eu sei onde eu estou morando? Eu simplesmente acordei hoje de manhã, e saí andando por aí. – Senna.
- Ah. Bem, então, você poderia ficar na minha casa. Não sei se me pai vai reclamar ou alguma coisa, mas... – Eu.
- Obrigada, Ichigo! – Senna.
- De nada. – Eu.
Seguimos lentamente até minha casa.
*~~~~*
- Então, pai, a Senna ela é uma amiga minha. Os pais dela se mudaram agora, e acabou que eles tiveram que sair de casa. Aí, como eles não conhecem a cidade, eles pediram pra ela dormir aqui. Pode ser? – Eu.
- Hã... Claro filho!... Hã...ela pode ficar aqui pelo tempo que, hã, ela precisar. – Pai. Então ele completou. – Finalmente nosso filho arranjou uma namorada, Masaki!
Simplesmente chutei suas partes íntimas.
- ELA NÃO É MINHA NAMORADA! – Eu.
Mas, do mesmo jeito, Senna sorriu.
- Obrigada, sr. Kurosaki! Meus pais ficaram preocupados de o senhor não deixar! – Senna.
- Ah... É claro que eu deixaria... Ah... Ichigo você ainda vai matar seu velho pai! – Pai.
- Hm, certo. Vem Senna. – Eu.
Ela me seguiu até o quarto de hóspedes.
*~~~~*
Depois do jantar, e de tudo, fomos todos dormir. Quando fui para a cama, esbarrei na cadeira, e meu casaco caiu. E de dentro dele...
A fita vermelha.
Saí do quarto, e bati na porta dela.
- Hã, Ichigo, o que foi? – Senna.
- Você deixou isso comigo antes de partir, Senna. – Eu lhe dei a fita vermelha.
- Ah! Obrigada! – Senna.
Eu já ia sair, quando me lembrei de algo.
- Ah! E realmente, vermelho é a sua cor. – Eu.
Ela sorriu, e fechou a porta.
E eu fui para a cama.
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