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História I'll save you (Yoonmin) - Não se preocupe comigo.


Escrita por: Flower_Girl_S2

Notas do Autor


Hey everybody!
Muito obrigada pelos favoritos ^^

Voltei com o cap.2! Eeeeeeeeh!
Eu já comentei que sou muito ansiosa pra postar? Não? Pois é, eu sou.
Provavelmente as biased do biscoito(Jungkookie) ficaram felizes em saber que ele aparece nesse cap.

BOA LEITURA!

Xau mozões

Capítulo 2 - Não se preocupe comigo.


Fanfic / Fanfiction I'll save you (Yoonmin) - Não se preocupe comigo.

- Jimin! –Ouvi alguém gritar. Não tive nem tempo de ver quem havia gritado quando fui atacado por trás – Finalmente você voltou seu imprestável! Eu estava com saudade.

-Você não é tão leve assim, Jungkook. –Reclamei em tom de brincadeira. Ele havia passado os braços sobre os meus ombros e estava dependurado em minhas costas. Além de mais alto, ele era mais pesado que eu. E se não fosse por essa cara de criança, as pessoas até achariam que era mais velho do que eu.

- Pegou chuva? –Perguntou pegando no meu cabelo. Assenti observando ele brincando com os fios molhados.

- Sim, no caminho para casa.

-Achei que tinha vindo de taxi... –Franziu o rosto.- Não está vestindo nem uma blusa de frio? Você vai ficar muito gripado, Park.

-Mas eu estou vestindo... – Interrompi-me. Minha blusa... Ela... O tal Yoongi havia ficado com ela. Eu tive vontade de chorar! Minha blusa preferida estava com um garoto de rua sabe-se lá onde. “Parece que sua ‘bondade’ só serve para te fuder, Jimin” pensei exasperado.

- O que foi? Perdeu a blusa? –Perguntou descendo das minhas costas.

- Não exatamente. – Respondi, pensando se devia contar ou não. Acabei contando, já que não vi problema nisso.

-Você não tem juízo nenhum. –Falou balançando a cabeça. – E por que fez tudo isso? – Perguntou com um olhar questionador. Apenas dei ombros. Eu também não fazia ideia do “porque” daquilo. Eu apenas senti necessidade de fazê-lo.

-Eu queria ter feito mais por ele. –Comentei- Mas ele saiu tão rápido.

-Ter feito mais do que já fez? –Disse como se achasse graça naquilo- A maioria das pessoas não teria feito nem a metade. –Afirmou, me tranquilizando. Sorri. Ele dizia aquilo como se eu fosse algum herói da pátria.

- Sei lá, eu me senti estranho... –Falei, lembrando-me do estranho sentimento de “estar cumprindo um dever”.

-Você não pode ajudar todo mundo, Park Jimin. –Sorriu. Eu automaticamente lembrei-me das outras vezes que tentei dar assistência a alguns moradores de rua e viciados. Eu já havia cuidado de cachorros também, mas não pude ficar com nenhum por causa da omma. Ela tem medo de cachorros. O que era uma pena, já que eu gostaria de ter um animal de estimação.

Ficamos um tempo em silêncio, mas eu acabei quebrando-o, pois lembrei que tinha de ir ver a omma.

- Ah, claro. –Pareceu decepcionado, mas sorriu como sempre fazia. Ele ia dar as costas para mim quando pareceu lembrar-se de algo. – Appa disse que você pode pegar remédios quando quiser lá na farmácia.

- Okay, diga que eu agradeço. –Falei dando um aceno de cabeça. Peguei minha mochila do chão (que havia caído em decorrência do ataque do Jungkook) e abri a porta de casa. A família dele era dona de uma rede de drogarias bem famosa na cidade, por isso tinham uma boa condição financeira.

Era para o irmão de Jungkook, Jin, assumir o controle dos negócios da família, mas ele havia decidido estudar medicina. O appa, que tinha gosto pela profissão, pagou a faculdade do filho com o maior prazer. Desde então, Jin vinha sendo o xodó da família. Ou melhor, o xodó do appa. Mas não só por causa da profissão que havia escolhido seguir... Foi mais por causa de outro fato ocorrido com a caçula. Que gerou desgosto no pai.

O Sr. Jeon -não me entenda mal- era uma boa pessoa, mas tinha a mente fechada. E nunca aceitou a homossexualidade do filho. (Jungkook)

Antes, ele preferia apenas evitar o assunto, mas depois de ter visto o filho perto de um parque abraçando outro garoto com certa intimidade (como namorados fariam), surtou. Ele nunca foi de dar show no meio da rua, por isso, mesmo morrendo de raiva, esperou o filho chegar em casa para poderem conversar. E a discussão foi feia.

Não houve gritaria nem nada do tipo, já que eles eram pessoas reservadas, mas pelo estado em que Jungkook me ligou perguntando se podia dormir na minha casa, eu podia imaginar o quanto tinham discutido. Eu nunca havia visto Jungkook chorar tanto, e naquela noite tive vontade de acabar com o pai dele. E eu até teria feito algo, se Kookie não tivesse me pedido para evitar confusão.

Antes eu tivesse feito alguma coisa. Agora os dois estão mais distantes do que nunca e ainda mal resolvidos. Fora o Sr.Jeon estar muito mais chato em relação aos amigos do filho. Kookie já não tem mais liberdade nenhuma, e não pode encontrar os amigos fora da escola.

Por isso Jungkook tornou-se mais próximo de mim. O appa dele nunca reclamou da nossa amizade, pois confia em mim. Porque talvez eu pareça “hétero” o bastante.

Realmente sinto muito por Jungkook, mas isso já não é mais da minha conta.

---

Entrei em casa e joguei minha mochila em qualquer canto. Subi para o quarto e tomei um banho demorado para relaxar o corpo. Vesti uma blusa de frio, um jeans e fui direto para o ponto de ônibus. Não, eu não tenho carro. Até porque eu nem sequer trabalho...

Como eu pago as contas e compro comida? Com o dinheiro que meu appa envia pra mim. Ele tem um restaurante, e até que dá lucro, mas o dinheiro que envia serve apenas para o básico: Luz, água, comida e os remédios da omma. Se eu não tivesse que cuidar dela, arrumaria um emprego e até voltaria com a faculdade, mas em seu estado atual ela depende totalmente dos outros.

Justamente por isso ela está na clínica agora. Ela vive indo de casa para lá, é bem complicado. E eu tenho que estar cem por cento à disposição dela.

Sai do ônibus já na porta da clínica. Entrei e logo a recepcionista reconheceu-me, sorriu e perguntou como eu estava. “Você quer mesmo saber?” pensei com ironia, respondi apenas o habitual dizendo que estava bem e perguntei se eu podia entrar para ver a omma. Ela deu uma olhada no computador e assentiu. Eu já sabia o número do quarto de cor: quarto 102, primeiro andar.

Passei rapidamente pelos corredores já não me contendo. Eu tinha tanta esperança de darem alta pra ela, pelos menos por umas semanas. Mas eu não havia conversado com o médico esses dias, então não sabia. Respirei fundo tentando acalmar-me. Bati de leve na porta, a enfermeira ao lado da cama percebeu e veio falar comigo.

- Bom dia. –Cumprimentei com o máximo de educação que pude. Mas tive vontade de sair correndo para onde a omma estava. – Meu nome é Park Jimin.

- Ah, então é parente da senhora Park. –Disse com um tipo de “gentileza forçada”. Eu dei um pequeno aceno e ela disse que ia chamar o médico. Aproveitei sua saída para ver a omma. Caminhei até a cama com o coração apertado, e se ela não tivesse melhorado? Não, eu não queria pensar naquilo.

Ela estava cochilando serenamente. Sentei-me em um banquinho que residia ao lado da cama e recostei a cabeça no colchão. Passei algum tempo olhando ela dormir até o médico aparecer. Sinceramente, eu queria ter congelado o tempo naquele exato momento. Vendo-a dormir daquele jeito tão calmo, senti-me em paz. E se fechasse os olhos e fizesse algum esforço, conseguia até fingir que tudo realmente estava bem. Que aquela cama era o sofá de casa, e que a omma tinha apenas cochilado ao assistir um filme. Quando acordasse, sorriria ao ver que eu dormi esperando ela despertar. Então me acordaria e diria para eu ir dormir no meu quarto, pois no outro dia eu teria faculdade...

Senti um nó formar-se em minha garganta. Aquela era apenas uma ilusão, um sonho há muito esquecido. Sim, talvez eu já tivesse perdido as esperanças de que um dia aquilo mudaria.

E eu estava certo. Na verdade, só piorou.

- Como vai ChimChim? –Perguntou o homem calvo de jaleco branco. Sorri amarelado, pois aquele apelido era o jeito como minha omma chamava-me. Isto é, quando estava lúcida. Se fosse outra pessoa eu teria me irritado, mas esse médico era amigo do meu pai, então eu não liguei.

-Bem. –Respondi sem muito interesse- E a omma? Ela está melhor?

- Bom, Jimin... –Começou como se não soubesse o que dizer.

-Ela... Ela vai poder voltar pra casa, não é? –Perguntei engolindo seco. Eu queria tanto que ele dissesse que sim. Ele abriu a boca e começou a pronunciar algo, mas parou de modo súbito. Ele virou-se rapidamente e foi até a cama dela.

Fui atrás sem entender. Ele pediu silêncio e ambos pulamos para trás quando minha omma balbuciou “Onde” em tom fraco. Ela mexeu os olhos por baixo das pálpebras de forma inquieta e por fim semicerrou-os. Seus olhos estavam lacrimejando por conta da luz.

-Omma! –Exclamei segurando a mão dela. Ela virou a cabeça em minha direção parecendo confusa. Eu achei que ia dizer mais alguma coisa, mas ela fechou os olhos novamente e pareceu cochilar. –O que aconteceu? –Perguntei em pânico ao médico. Ele suspirou.

-Era isso que eu estava tentando explicar, Jimin. –Respondeu tirando os óculos e coçando os olhos. Parecia cansado. – A Sra. Park tem tido muitos surtos ultimamente – Preocupei-me, eu sabia muito bem o que ele queria dizer com surtos. – E ontem de tarde, foi realmente grave. Ela começou a berrar e a dizer que tinha que ir embora para casa. Quase agrediu uma enfermeira ao perguntar por que estavam mantendo-a trancafiada neste lugar... E até quebrou alguns equipamentos. Tivemos que dar sedativos para ela, por isso estava dormindo tão profundamente. –Concluiu. Ele pegou uma prancheta e mostrou-me suas anotações. Então o estado da omma era tão grave assim?

-Mas por que não me ligaram? –Perguntei indignado- Eu teria vindo correndo para cá!

-Eu liguei para o seu appa. Mas ele disse que era melhor contar isso quando você chegasse de viajem... –Confessou, parecendo meio incomodado por ter ocultado aquilo.

- Ele acha que tem mesmo o direito de fazer isso?! –Exclamei com raiva. Aquilo era tudo culpa dele! Quem em sã consciência ocultaria aquilo? Ele não podia ter feito isso! Não podia!

-Acalme-se. Seu pai estava certo ao fazer isso. Ele sabia que você teria largado tudo apenas para vir vê-la. Mas de nada adiantaria, Jimin. Você só deixaria todos preocupados e estragaria o final de semana com sua família. –Falou de forma calma. Ele colocou a mão em meu ombro tentando tranquilizar-me, mas desvencilhei-me. Eu estava de cabeça quente, e por mais que soubesse que ele tinha razão, não conseguia aceitar.

-Já que ela não vai voltar para casa, eu estou indo embora. –Disse de forma seca, tentando esconder minha mágoa. – Se ela precisar de algum remédio específico, me ligue. –Falei saindo do quarto. Eu não aguentava mais ficar naquele lugar.

Deixei a clínica de forma apressada e quando cheguei em casa, desabei. Eu estava cansado, tanto mental quando fisicamente falando. Eu apaguei por um bom tempo, mas dormi de forma inquieta. Estava muito angustiado para conseguir descansar direito.

Acordei por conta do toque do meu celular. E eu até tentei ignorar, mas percebi que era o Jungkook.

- O que aconteceu? –Perguntei em meio a um bocejo.

- Eu estou tentando te ligar faz meia hora. Por que não atendeu? –Eu ri. Ás vezes Jungkook parecia uma namorada irritada.

-Eu estava dormindo. E aliás, você interrompeu meu precioso sono. –Falei de forma melancólica. – Sério, qual o motivo da ligação?

- Fiquei sabendo sobre a sua omma. –Disse meio sem jeito. Ele sabia que era um assunto delicado para mim. – Ela não vai poder voltar, né?

- Não... –Suspirei- E parece que a situação está pior. Eu sinceramente não sei o que fazer. – Desabafei. Acabei contado tudo que tinha acontecido e me senti um pouco culpado por ter jogado tudo em cima dele. A linha do telefone ficou silenciosa por um tempo e eu até achei que ele tivesse desligado. – Kookie? –Chamei, ouvindo a ligação ser encerrada.

- Jimin! Abre. – A voz do mais novo ecoou. Ele começou a bater insistentemente na porta. Eu me assustei um pouco, ás vezes esquecia que erámos vizinhos e ele podia aparecer na minha casa quando quisesse.

Esfreguei os olhos levantando-me do sofá. Passei água no rosto antes de ir atender, mas não melhorou muita coisa. Minha cara estava nitidamente inchada. Eu ainda estava com a roupa que tinha ido até a clínica, então pelo menos não estava mal vestido.

Abri a porta e Jungkook logo me abraçou.

-Está tudo bem, Jimin. Você pode contar comigo. –Disse passando a mão nas minhas costas. Eu tive vontade chorar, mas segurei.

- Obrigado. –Falei recostando a cabeça em seu ombro. Era nessas horas que eu sentia-me feliz por ter um amigo como ele.

Nós entramos e nos sentamos no sofá. Eu logo comecei a recontar o que tinha acontecido. Em algum momento eu comecei a soluçar, mas não me preocupei. Chorei até que não sentisse mais angústia nenhuma. Jungkook deixou que eu colocasse tudo para fora enquanto afagava meu cabelo. Ele nunca tinha passado por situações como a minha, então não soube o que dizer. Mas só a presença dele já aliviava a dor.

 

-Está melhor? –Perguntou de forma preocupada. Eu funguei dizendo que sim. Era um bem-estar momentâneo, mas estava de bom tamanho. – Se eu soubesse que isso aconteceria, teria ido junto com você. Ninguém deveria ter que suportar esse tipo de coisa sozinho.

-Eu não queria preocupar ninguém... –Falei com a voz meio rouca por causa do choro. Jungkook riu.

-Você sempre cuida de todos, mas nunca deixa ninguém cuidar você. – Eu achava engraçado quando ele falava coisas tão boas sobre mim. Eu cuidava das pessoas porque sentia ser minha obrigação. Deitei a cabeça no seu colo e encarei-o.

- Por que sempre diz coisas tão boas sobre mim? –Perguntei com um meio sorriso. Ele desviou o olhar e deu ombros. Jungkook realmente era muito fofo. Tive vontade apertar suas bochechas, mas isso o deixaria constrangido.

- É apenas a verdade. Você está sempre ajudando todo mundo, hyung. – Disse envergonhado.

-Você também é uma pessoa maravilhosa, Kookie. –Falei fitando-o com tristeza. Por que ele não enxergava aquilo?

- É estranho como esse apelido soa como cookie. Fica parecendo que estão me chamando de biscoito o tempo todo. –Falou franzindo as sobrancelhas. Comecei a rir da sua observação aleatória.

-Não gosta de ser chamado de biscoito? – Continuei rindo e ele bateu no meu ombro rindo também. – Okay, vamos arrumar outro apelido para você. –Disse fazendo uma expressão pensativa.

-Não, esse está bom. –Riu.

- Não quer um apelido mais másculo? –Falei segurando seu rosto como se o analisasse. Ele negou com a cabeça. –Tem razão, você é apenas uma criança. –Provoquei. Ele fez uma expressão indignada e levantou me derrubando no chão.

-Como ousa? Que criança insolente. –Ele tentou manter a expressão indignada, mas acabou rindo. Eu fingi ir pra cima dele e segurei seu braço. –Não vai pedir desculpas? –Engrossei a voz e fiquei na ponta dos pés para igualar nossa altura. Ele continuou rindo e batendo no meu ombro.

-Nunca.

-Então eu irei te punir. – Ameacei. Comecei a fazer cócegas nele e ele fugiu se jogando no sofá. Pulei sobre o mesmo e continuei o ataque. Seu rosto estava vermelho de tanto rir. Parei quando percebi que ele estava sem ar. Joguei todo o peso do meu corpo em cima dele.

- Você vai me matar, Jimin. –Exclamou me batendo para que eu levantasse. Ri o forçando para baixo. –Tão pesado! Socorro! Tem uma baleia em cima de mim!

- Ah, não! Você não disse isso...  –Brinquei cerrando os olhos. Prendi seus pulsos no sofá. – Quem é a baleia? Em? Me diga. –Ordenei engrossando a voz. Ele parou de rir e me encarou sério. Fitou-me de forma tão intensa que eu quase achei que estivesse realmente com raiva. – O que foi? –Perguntei segurando seus pulsos com menos força. Ele desviou o olhar.

- Eu... –Ele não pode terminar, pois ouvimos alguém entrando.

- QUE PORRA É ESSA AI JIMIN? –Gritou o infeliz do Jin chutando a porta.

 

                      

                           Continua...


Notas Finais


Pa!
Jin brotou.
Curiosos? Espero que sim.
Só avisando que o próximo capítulo pode conter palavras de baixo calão dgfvhsghtjjgr

Até o próximo cap
xau


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