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História Illusion - Décimo


Escrita por: gyeomixx

Capítulo 10 - Décimo


Ao chegar em casa, Jimin foi direto para seu quarto. Ele não falou com Hyerin, não ajudou Jungkook a levar as sacolas 'pra dentro, apenas foi em direção ao seu quarto, entrou e bateu a porta com toda a força que tinha. Tirou os sapatos e se jogou na cama, enrolando-se nas cobertas, afundou o rosto no travesseiro - mesmo que seu olho ainda doesse um pouco -, e cobriu a cabeça com os cobertores. Por algum motivo, a vontade de chorar havia passado, mas a raiva e a tristeza não. Ele apenas queria permanecer lá, enfiado no meio daquelas cobertas pelo resto de sua vida. Elas pareciam uma fortaleza para qual Jimin poderia fugir. Não parecia muito eficiente, mas era tudo o que tinha no momento.



                    ¤¤¤¤¤¤¤



 — Ei... Jiminnie... acorda..


 — Se você tiver beijado meu pescoço de novo, eu juro que jogo uma cadeira na sua cabeça.  — Jimin acordou rapidamente e essa foi a primeira coisa que veio em sua cabeça.

Jungkook deu uma risada triste, e acariciou os cabelos ruivos.


 — Dessa vez foi só mexer no seu cabelo...  — Ele disse sorrindo.


 — Já acordei. Tira a mão. E para com essa obsessão pelo meu cabelo.  — Jungkook tirou suas mãos do cabelo de Jimin, porém as colocou em suas costas. Eles com certeza teriam que conversar sobre contato físico.


 — Levanta, eu quero ver seu olho.  —  Naquele momento, Jimin resolveu que Jungkook merecia um pouco de atenção e educação, pelo menos. Talvez pelo fato de ser o único que se importa com ele.

Pensando assim, deixou seu orgulho de lado, se sentou na cama e se virou para Jungkook, que chegou mais perto e pôs as mãos em sua bochecha.  — Deus...  — Ele disse, assustado.  — Posso tocar?  — Perguntou, com uma calma reconfortante. Jimin apenas balançou a cabeça positivamente e chegou mais perto. Jungkook passou o dedão na parte machucada do rosto do ruivo com uma delicadeza precisa, porém Jimin não pode se conter ao soltar pequenos gemidos de dor e mexer um pouco a cabeça.  —Dói quando eu toco?


— Um pouco. —Jungkook suspirou e tirou uma das mãos do rosto de Jimin, mas manteve uma lá, acariciando sua bochecha.


— Eu quero saber quem fez isso com seu rosto.


— Ninguém... — Respondeu, com a cabeça baixa.


— Olha, alguém te bateu. E isso não é justo, você precisa me contar quem é.


— Eu já disse, não foi ninguém. — Ele precisava arranjar uma mentira melhor. Por sua sobrevivência, ele precisava de uma desculpa convincente, porque dizer "não foi ninguém" não era exatamente esperto de sua parte.


 — Você não vai mesmo me contar?  — Jungkook perguntou, parecendo um pouco chateado.


 — Jungkook, eu estou bem. Não foi ninguém, ok? Desculpa ter te tratado mal no shopping. — Se surpreendeu com (1.) o jeito que falou, como um menininho de cinco anos e (2.) por ter sido tão legal com Jungkook. Aquilo não estava em seus planos. Ele não fazia idéia de como aquilo tinha saído de sua boca, e tinha quase certeza de que não gostaria tanto do resultado. 


 — Tá tudo bem... posso te dar um abraço?  — Jimin fez que sim com a cabeça, e resolveu que ele mesmo se bateria mais tarde. Não fazia idéia do que estava fazendo, era quase como estar bêbado. Suas ações eram impensadas, impulsivas, o que o deixou com raiva e um pouco de medo.

Jungkook se aproximou e o abraços com seus braços de gigante.- ok, talvez seja exagero mas cara, que braços -. O que aconteceu não foi bem um abraço; Jungkook tinha os braços em volta do corpo de Jimin,  que por ser menor acabou com a cabeça enfiada em seu peito e com os braços em volta de sua cintura. No ponto de vista do ruivo, aquilo estava muito bom, porém embaraçoso. Um embaraçoso bom. Depende da inclinação filosófica de cada um. Jungkook - meio que - o soltou e passou a mão pelos cabelos de Jimin novamente, encarando os olhos à sua frente. Ambos ficaram daquela maneira pelo que pareceu um bom tempo, que provavelmente durou alguns segundos.


 — O que foi?  — Jimin perguntou, já que Jungkook não tirava os olhos dele.


 — Nada. É só... eu te acho bonito, só isso.  — E ele abriu um pequeno sorriso.


 — Obrigado...


 — De nada. Agora, vem jantar, a comida está na mesa.


 — Se não se importa, eu não quero comer hoje. — Jungkook balançou a cabeça positivamente. 


 — Tudo bem, sem problemas. A que horas você vai dormir?


 — Acho que agora. Que horas são?


 — Uh....  — O moreno tirou seu celular do bolso, e deu uma espiada na tela.  — oito.


 — É, quero dormir agora.


 — Ok, vou pegar seus remédios.  — Jungkook saiu do quarto e voltou em um minuto, com três cartelas, um potinho de remédio e um imenso copo d'água. Se sentou na cama ao lado de Jimin e lhe entregou o copo.  — Quantos por vez?


 — Um.  — Ele pôs duas das cartelas e o potinho em cima da cama, ficando com uma cartela em sua mão.

Ele tirou um comprimido e o colocou na mão do outro, que o jogou garganta abaixo e bebeu uma quantidade grande de água. Eles repetiram todo o processo e, ao terminar, Jimin queria cortar sua boca fora. Um dos comprimidos era grande, tinha um gosto horrível. O bom era que o resto dos comprimidos eram cápsulas um tanto quanto gelatinosas, o que facilitava muito.


 — Lembre-se que amanhã vamos visitar sua nova escola, ok?  — Jungkook disse, se levantando e indo para a porta.


 — Tá bom.


 — Boa noite, durma bem.  — Ele sorriu, e apagou a luz do quarto.


 — Você também.



              ☆☆☆☆☆☆



  Jimin estava ansioso, impaciente e muito, muito nervoso.

Quando saiu do carro, ele tinha certeza de que morreria ali mesmo. A escola era imensa, e estava cheia de gente. Talvez ele fosse um pouco claustrofóbico, mas odiava lugares cheios ou apertados. Sentia-se encurralado e naquele momento, parecia que ele iria explodir. Seu coração não batia rápido, mas batia forte e parecia ele tinha afundado até seu estômago. O prédio azul era imponente, parecia importante e o nome era meio sem sentido, mas não deixou de assustá-lo. Colégio Masculino.... . Então, basicamente,  Jungkook o havia jogado num buraco cheio de garotos estúpidos e pubescentes. Jimin normalmente faria um comentário sarcástico, mas ele estava assustado demais para isso. Não parecia bom. Ele estava morrendo de medo; dos professores, alunos, matérias, de tudo. Aquele lugar era o desespero dele, transformado numa escola.

Alguns dos garotos que estavam entrando ou saindo da escola acenavam, outros apontavam e outros, mais estranhos, apenas olhavam para ele e gargalhavam. Se aquele era o tipo de pessoa com a qual Jimin teria que estudar, ele preferia desistir da escola.

Jungkook chegou perto dele e passou o braço por seu ombro.


 — Você parece assustado.  — Ele sussurrou, e sua voz dócil e amigável quase fez Jimin se acalmar. Quase.


 — Estou um pouco.  — Sussurou de volta.


 — Vai ficar tudo bem, só... fica perto de mim, ok?


 — Tá. Se você sair de perto de mim, eu nunca mais confio em você.  — Jungkook riu.


 — Combinado.  — Ele tirou a mão do ombro de Jimin e a enterrou no bolso. Eles começaram a andar na direção do prédio num passo desacelerado, ambos com as mãos nos bolsos, porém, apenas o ruivo de cabeça abaixada. Nós últimos meses, havia percebido que Jungkook quase nunca abaixava a cabeça. Ele estava sempre de cabeça erguida, confiante sobre o que quer que fosse.

Jimin o invejava um pouco, já que nunca se sentia confiante sobre nada. Jungkook exalava confiança, Jimin apenas demonstrava medo. Alguns garotos na entrada acenaram para ele de um jeito estranho, talvez um pouco pretensioso. Apenas olhou para eles com os olhos assustados e desviou o olhar logo em seguida, quando um deles começou a fazer gracinha.  — Calma, Jiminnie.  — Jungkook chegou perto e sussurou mais uma vez.  — Eu já estudei aqui; dá um pouco de medo no começo, mas depois é bem legal. Você vai gostar.


 — Não tenho tanta certeza.


 — Se isso for te fazer sentir melhor, eu estou aqui com você....


 — Não diga, capitão obvio.  — Jimin o interrompeu. 


 — Você não me deixou terminar: E você pode segurar minha mão se quiser.  — Jimin parou de andar e fixou seus olhos em Jungkook, como se ele fosse a coisa mais interessante que existia na face da terra. Desde o abraço da noite passada, ele havia agido assim. Mais carinhoso, protetor e amigável do que o costume. O ruivo não podia dizer que estava amando, mas também não podia dizer que não estava gostando. Na noite passada, como se de um minuto para o outro, ele passou a odiar Jungkook um pouco menos. Depois de pensar em tudo o que ele havia feito, o quão bom ele havia sido.... ele passou a não odiar tanto. Na verdade, começou a questionar seu ódio depois daquilo. Jimin, talvez com seu orgulho se despedaçando - ele não sabia ao certo - pegou na mão de Jungkook e entrelaçou seus dedos com os dele.


 — Só porque eu estou morrendo de medo. — Ele disse, baixo. Jungkook soltou uma breve risada e voltou a andar, levando Jimin junto a si. Quando eles deram as mãos, o pessoal passou a notá-los um pouco mais. Como se eles fossem a coisa mais curiosa que pudesse existir no mundo. A teoria de Jimin era que os garotos achavam que ele e Jungkook estavam namorando. Não havia explicação melhor para o apontar de dedos e as encaradas que eles recebiam. Jimin, como o bom gay que era, sabia que eles estavam correndo sérios riscos. Se algum garoto homofóbico radical os visse daquela maneira, partiria pra cima deles sem dó nem piedade. Mas, por algum motivo, ele não se importou muito. O motivo que ele escolheu para justificar sua repentina segurança foi Jungkook. Ele estava lá e não deixaria ninguém enconstar um dedo sequer em si. Todos os corredores pelos quais eles passavam estavam cheios e algumas pessoas interagiam com eles, outras não.

Quando chegaram à seu destino, Jimin ficou um pouco mais nervoso do que estava antes. Eles se sentaram em algumas cadeiras, perto de uma porta na qual havia uma placa prateada, cujos dizerem eram: Diretor Hyun Jinhoo. Felizmente, Jungkook não havia soltado sua mão, o que o deixou um pouco menos inseguro.

Mas ainda assim, parecia um pequeno pesadelo. Novamente, alguns estudantes passaram perto dos dois. 

Alguns levantaram a sobrancelha, outros gargalharam e outros soltaram "O que é isso?" audíveis.... o de sempre.

Jimin demonstrou-se intensamente incomodado com aquilo, mas Jungkook não demonstrou alteração alguma.

Pelo contrário, ele continuou a fazer o que quer que estivesse fazendo no celular. Após mais alguns minutos, a porta de madeira clara se abriu e dela saiu um casal de meia-idade, que parecia imensamente aborrecido. Atrás do casal, vinha um homem baixo e robusto, vestido num terno preto muito bonito. Ele devia ter cinquenta, talvez cinquenta e cinco anos. Era rechonchudo e calvo, mas o que havia restado de cabelo em sua cabeça era de um tom grisalho quase caindo para o branco. Ele usava óculos de fundo de garrafa e seus passos eram pequenos, porém rápidos. Ele era quase engraçado de se olhar: parecia que tinha pulado s um desenho animado.


 — Senhor e Senhora Wang, tenham um bom dia.


 — O senhor também, diretor Hyun.  — O casal respondeu quase que de maneira uníssona e foi embora, com um olhar incomodado no rosto. O diretor deu vários passinhos rápidos na direção de Jungkook e Jimin.


 — Sr. Jeon?  — Ele perguntou, mas soou quase como uma afirmação.


 — Olá, diretor Hyun!  — Jungkook soltou a mão de Jimin, chacoalhando a mão do diretor.  — Que prazer em revê-lo!  — Por algum motivo, Jungkook deu aquele sorriso metido que ele tanto odiava.


 — Você cresceu muito, Sr. Jeon.  — O diretor disse, quase como se odiasse aquele sobrenome.  — Espero que não tenha se metido no tanto de encrencas que eu acho que se meteu.  — A voz do diretor era anasalada, porém quase inalterada em questão de som. Sinceramente, ele daria um ótimo personagem do " Uma Família Da Pesada".


 — Não, não. Eu cresci, minha cabeça mudou.... estou bem diferente agora!


 — Assim espero...  — Jimin tinha que se segurar para não rir a cada vez que o diretor falava. Era quase surreal.  — Bem, onde está seu..... filho?


 — Jimin não é meu filho, é um amigo, ou assim espero.  — O ruivo se surpreendeu. Jeongguk não o considerava um filho? Bom, isso era espantoso, porém um alívio, já que ele estava odiando o fato dele ser seu "pai".


 — Entendo. É este rapaz sentado, imagino.


 — Imaginou certo, Jinhoo.  — O diretor encarou Jungkook com olhos flamejantes.  — Quero dizer,  diretor Hyun. Desculpe.  — O diretor soltou um "hm" que quase fez Jimin cair na gargalhada. Ele se levantou e estendeu a mão para o diretor.


 — Park Jimin.  — Ele sorriu.


 — Diretor Hyun. — Ele chacoalhou a mão de Jimin  e a soltou.  — Bom rapazinho, serei sincero: Espero que você seja um orgulho para este Colégio, diferentemente de seu guardião legal aqui.  — Jungkook soltou um suspiro e deu uma risada curta e baixa. Jimin perguntaria à ele sobre isso.  — Mas também espero que você se sinta bem-vindo e para isso, convoquei um aluno que vai te apresentar a escola. Entrem na minha sala, por favor.  —Jimin e Jungkook entraram na sala, que tinha um forte cheiro de eucalipto. 

Ambos se sentaram nas cadeiras que haviam em frente à mesa, e o diretor sentou do outro lado. Ele pegou o telefone e, após alguns segundos, começou a falar.


 — Malerie, peça que Min Yoongi da sala 9B compareça à minha sala, por favor... obrigado.  — Ele desligou o telefone e o colocou de volta no gancho.  — Yoongi está num programa de boas-vindas que viemos fazendo há cerca de um ano. Tem ajudado os novatos à se integrarem e entenderem nossa escola.


 — Ouviu isso, Jimin?  — Ele sentiu a maior vontade de fazer um comentário irônico, mas resolveu conter-se.


 — Sim.


 — Vai ser bom pra você.


 — Tomara.  — Após um minuto, alguém bateu na porta da sala. 


 — Entre.  — A porta se abriu devagar, acabando por revelar um garoto de cabelo preto bagunçado. Ele era magro, mais ou menos na altura de Jimin e estava com o uniforme todo customizado. As mangas da blusa tinham buracos para que ele pudesse passar os dedões - como a maioria das blusas de Jimin - e suas calças estavam bem apertadas, com rasgos nos joelhos. Basicamente, ele poderia ser julgado como garoto-problema.  — Pelo amor da cruz, Yoongi!  — O diretor gritou.  — De novo fazendo esse tipo de... coisa com o uniforme!


  — Meu pai pagou, é meu, posso fazer com ele o que eu quiser.  — Definitivamente, ele era o garoto-problema. 


 — Bom, você está na minha escola, vai fazer o que eu mandar e se desobedecer, faço com você o que eu quiser. Gostou dessa?  — Yoongi começou a dar risada.


 — Me use, diretor Hyun, faça comigo o que você quiser!  — Ele continuou a rir, e Jimin teve que se segurar novamente para não cair na gargalhada. Havia gostado de Yoongi, tentaria fazer amizade com ele, se possível fosse.


 — Vamos conversar depois, pode ter certeza. Este adorável garoto é o Jimin, e você irá acompanhá-lo num pequeno tour pela escola, já que vocês estão na mesma classe. Não o corrompa, por favor.


 — Você sabe que é impossível pra mim.


 — Por favor, Park, peço que acompanhe o Yoongi e faça o máximo para não ser poluído ou emporcalhado.  — Jimin se levantou da cadeira e andou para perto de Yoongi, mas numa distância segura.  — Podem ir.  — Yoongi virou as costas e abriu a porta, saindo em seguida. Jimin o acompanhou e fechou a porta atrás de si, ao sair.


 — E aí?  — Ele perguntou, estendendo a mão para Yoongi.


 — Beleza? - Ele fez um tipo estranho de "toca aqui" com Jimin, que achou a personalidade dele bem diferente.  — Olha só, Jimin, vou ser sincero: Eu só estou no clube de anfitriões porque fui obrigado, devido à problemas relacionados à  desordem, caos, vandalismo, anarquia e confusão. Então não espere que esse seja o melhor tour do mundo, porque não vai ser. Falou?


— Sem problema.


— Gostei de você, porque a sua aparência é fofa, então vou ser o mais legal que eu puder. Não espere muito da minha simpatia também.


— Você vai ficar aqui listando seus defeitos, ou vai se livrar de mim de uma vez? — Jimin abriu um sorriso brincalhão, mas o sorriso que Yoongi deu em troca foi um tanto quanto.... pretensioso.


— Fofo, bonito, excêntrico... gostei de você. Me chama de Suga... apelido meio bosta, eu sei, mas não me culpe. Agora, vamos. — "Suga" começou a andar e o ruivo não pôde fazer nada além de segui-lo. Eles andaram por menos de um minuto, até que chegaram num corredor largo, que estava cheio de garotos conversando, brincando e fazendo o que adolescentes fazem. Quando Yoongi passava por eles, eles encaravam, era como se o próprio Satanás estivesse passando. Jimin fez questão de prestar atenção na reação de todos, e todos demonstraram quase o mesmo sentimento: a maioria demonstrou medo e espanto, mas outros demonstraram um leve ódio. — Não tenho muitos amigos por aqui. Ou o pessoal me odeia ou sente medo de mim.


— Percebi isso pelos olhares que você recebeu. Alguém vai acabar atirando uma faca em você algum dia.


— Já atiraram. De repente, o babaca estava no hospital com o nariz e a perna quebrada. — Deu seu sorriso malicioso novamente, e meteu as mãos nos bolsos. — Esse aqui é o corredor principal. — Ele disse, mudando completamente o assunto. — É o corredor no qual a maioria das salas estão, inclusive a nossa. — Apontou para uma sala com uma placa prateada na porta branca, na qual estava escrito "Segundo Ano 9B". — Os idiotas do conselho te meteram na sala com mais nerds e babaquinhas da escola.


— Nossa, isso me deixa tão animado.


— O resto do seu ano vai ser uma merda, acredite.


— Acredito. — Yoongi continuou a andar, não ciente de que Jimin ainda estava olhando para a sala. Parecia uma sala completamente normal, tirando o fato de que só havia meninos nela e que todos estavam em completo e total silêncio. Ao ver que "Suga" estava quase no final do corredor, Jimin correu para alcançá-lo, e quando o fez, se queixou. — Quando estiver indo embora, me avise por favor. 


— Tá com medo de se perder, tá? — Yoongi pôs as mãos nas bochechas de Jimin e as apertou com força.


— Para com essa bosta! — Disse rindo enquanto dava um soco fraco em Yoongi.


— Mas que garoto boca suja! — Yoongi fez cara de indignação, como se Jimin fosse uma prostituta que tinha acabado de dizer um palavrão na igreja. — Que coisa feia! Você não pode ficar falando coisas do tipo merda, bosta, caralho, cacete, foda, puta e porra por aqui! É horrível! — A entonação de sua voz, parecida com a das freiras quando Jimin soltava um palavrão, era hilária.


— Ah, desculpa. Eu não sabia que não podia falar caralho, porra, ou tá, cacete, merda, foda e bosta! — Ele respondeu, com um sorriso imenso estampado no rosto. Yoongi o lembrava Taehyung, e aquilo era simplesmente demais. Ele havia adorado o garoto e esperava que eles pudessem ser amigos, já que se deram tão bem. Por alguns minutos, a escola não pareceu ser tão ruim assim.












































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