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História Illusion - Sétimo


Escrita por: gyeomixx

Notas do Autor


Boa leitura..
Bom, só deu tempo de escrever esse, perdoem os erros ou qualquer coisa assim
E sobre esse comeback:
CHÃO É ONDE ESTOU

Capítulo 7 - Sétimo


Fanfic / Fanfiction Illusion - Sétimo

Consequências da insônia pt 2

    Jimin sentiu o ardor na garganta mais uma vez, aquele ardor que tanto odiava. Por reflexo, ele pegou o balde que estava ao seu lado, e vomitou o que não tinha para vomitar.
Não tinha comida nada desde a hora em que havia acordado, mas continuava vomitando. Na verdade, aquela era a quarta vez que vomitava em duas horas. Após terminar seu servicinho sujo, engoliu seco e deitou a cabeça  no braço do sofá novamente. Estava terrivelmente exausto, e a dor de cabeça latejante não o ajudava em nada. O gosto de bile na sua garganta também não era nada agradável. Era amargo, e o fazia quere vomitar mais. Hyurin havia medido sua febre havia cinco minutos, e ele estava com trinta e quatro graus de febre, o que o deixou imensamente desanimado, e a fraqueza que sentia apena aumentava. Tanto que ele precisou da ajuda de Hyurin para ficar de pé, e poder andar até o banheiro.
Tradução: Ele estava completamente, inteiramente, totalmente fodido.

- Jimin, lembre-se que o Senhor Jungkook lhe pediu que o ligasse para ele se você piorasse. - Hyurin disse, retirando o balde cheio e trocando por um novo.

- Eu estou bem, Hyurin, só preciso descansar.

- O senhor disse isso há duas horas. Que foi quando começou a vomitar. - Odiava admitir, mas Hyurin estava certa. Em duas horas, não houve nem um sinal de que ele iria melhorar, e, se ele fosse sincero consigo mesmo, diria que só estava piorando. - Vou pegar o telefone.

- Não precisa.

- Precisa sim! Se o senhor não ligar, eu ligo. - Jimin soltou um suspiro, e engoliu seco. Aquela era a última coisa que ele queria que acontecesse. Não queria ligar para Jungkook, não queria que Jungkook saísse do trabalho, não queria ter que ir ao hospital com Jungkook. Não queria absolutamente nada com ele no momento, a única coisa que queria era dormir. Mas como sempre, aquilo parecia impossível. A mesma barreira que ele havia construído entre ele e Jungkook, seu corpo havia construído entre ele e o sono. Logo, Hyurin voltou com o telefone e com um copo de algo que não conseguiuidentificar.

- Qual é o número?

- Já disquei. Tente beber a água, eu pus remédio nela. - Jimin balançou a cabeça e pôso telefone no ouvido, apenas esperando que o outro atendesse.

- Alô?

- Oi, Jungkook, sou eu. - Disse, trazendo o copo à sua boca e bebendo o conteúdo.

- Algum problema?

- Sim, é... só um minuto! - Tirou o telefone do ouvido rapidamente, para que pudesse vomitar sem Jungkook ouvir. O remédio era amargo, azedo, salgado, nojento. Jimin não havia conseguido nem engolir direito, o remédio mal desceu. - Voltei. - Ele disse ofegante, por causa do esforço que teve de fazer para vomitar.

- Qual o problema?

- Lembra que você  me pediu 'pra te ligar se eu piorasse?

- Claro.

- Estou ligando.

- De zero à dez, o quão mal você está?

- Trinta.

- Puta merda, Jimin, segura as pontas, daqui à trinta minutos eu estou aí. Você vai ficar bem?

- Não te prometo nada. - Ao terminar essa frase, desligou o telefone, e se deitou novamente no sofá. Sua garganta ardia muito, como se alguém tivesse passado lâminas nela. Na verdade, se houvesse um lugar do corpo de Jimin que não estivesse dolorido, ou incomodado, ele ficaria surpreso.
Parecia que seu corpo estava em guerra consigo mesmo. Mas o que ele mais estava odiando era vomitar. Se havia uma coisa nesse mundo na qual ele não gostava, ou era Jungkook, ou era vomitar. Claro, nenhum ser humano fica feliz e sorridente quando vomita, mas com Jimin era diferente. Quando vomitava, ele sentia uma mistura de nojo com raiva.
Principalmente naquele momento, já que ele não tinha comido absolutamente nada e continuava vomitando. No momento, seu vômito consistia em água e bile, o que o deixava imensamente desconfortável e enjoado. Não era assim que ele havia planejado passar o segundo dia na casa de Jungkook. Jimin estava pensando em sair, conhecer a vizinhança, e etc. Explorar o jardim  e o quintal, ou talvez dar uma passada  no parque que havia visto no caminho do orfanato para lá.  É óbvio que ele estava completamente  sem condições  de fazer o que desejava no momento. Ele mal conseguia andar até o banheiro, quem diria ficar passeando pela vizinhança. Após meia hora, duas tentativas de tomar remedio, duas sessões de vômito e umade choro, Jungkook finalmente chegou em casa, e estava completamente desesperado.
"Felizmente", quando ele pôs o pé  casa, Jimin estava no meio de uma nojenta demonstração de o quanto estava mal.

- Meu deus, Jiminnie! - Ele disse, ao ver a pobre e quase mórbida criatura regurgitando algo que ele não queria saber o que era. Após terminar, Jimin tossiue se deitou no sofá mais uma vez, e novamente com o cansaço  e exaustão pesando em seus ombros.

- Boa tarde. - Ele disse, de maneira sarcástica.

- O que aconteceu com você?! - Jungkook perguntou chegando perto de Jimin e medindo sua temperatura. - Eu poderia fritar um ovo na sua bochecha, você 'tá muito quente!

- Uma hora depois de você sair, eu comecei a sentir fraqueza. Meia hora depois a febre começou a aumentar, e duas horas depois eu estava vomitando minhas entranhas.

- E você não me ligou antes por quê!?

- Porque a Hyurin só me obrigou a te ligar agora. Se ela não tivesse me obrigado, você estaria trabalhando.

- Jimin, eu pedi 'pra você me ligar....

- É, mas eu tenho minhas próprias vontades. - Interrompeu o outro e soltou um suspiro falhado, coçando os olhos que doíam por causa da dor de cabeça.

- Bom, agora que você me ligou, fique sabendo que vamos para o hospital. - Jimin buscou e revirouos olhos. - E não adianta fazer birra.

                         ¤¤¤¤¤¤

     A viagem no carro havia sido a coisa mais desconfortável da terra. Jimin havia vomitando três vezes, e teria desmaiado se Jungkook não tivesse jogado água em seu rosto. A propósito, Jimin não estava falando com o outro por susa daquilo. Ele simplesmente não conseguia viver com o fato de Jungkook ter jogado água na cara dele, mas o que o deixava com mais raiva, era o fato de que ele devia estar grato. Jungkook havia o impedido de desmaiar.
Outra coisa horrível que havia acontecido era o fato do carro de Jungkook cheirar a pinho. Na verdade, o problema não era o cheiro de pinho; Jimin até gostava daquele cheiro. O problema é que o cheiro estava forte, e isso fez com que a dor de cabeça, que já doía como o próprio Satã, piorasse. O motivo do carro de Jungkook  ter um cheiro tão forte era que ele havia derrubado um frasco inteiro  de fragrância de pinho no bancode trás, e esqueceu de limpar. Este era outro motivo para Jimin não estar falando com ele: A burrice de Jungkook havia custado seu teor intelectual. O ruivo sentia como se seu corpo estivesse numa infinita guerra contra ele mesmo. Tudo ou doía, ou incomodava. Nada parecia estar funcionando da maneira que devia, e quando Jimin usou essa descrição para explicar para Jungkook como se sentia, só faltava ele morrer. Jungkook estava muito preocupado; Isso qualquer um podia perceber. Sua fisionomia, o jeito que ele falava... tudo indicava que ele estava prestes a enfartar. Jimin, por alguns instantes, se sentiu grato por  ter alguém que se importava tanto com ele, mas depois lembrou-se da garrafa de água, e se visualizou socando o rosto de Jungkook.

   - Park Jimin. - Quando o doutor o chamou, Jimin fez um pequeno esforço para ficar de pé, e andou até o consultório. Ele não permitiu que Jungkook o ajudasse, porque senão ele teria que agradecer e isso quebraria o silêncio no qual ele estava havia meia hora. Ambos entraram no consultório, e Jimin se sentou em uma das cadeiras da frente.
Em seguida, Jungkook também se sentou, e sua fisionomia, magicamente, se transformou. Antes, ele era apenas um garotinho temendo a saúde de Jimin. Agora, do nada, ele havia se transformado no empresário gato de vinte e dois anos que sempre era. - Qual dos dois é o..... Jeongguk? - O doutor perguntou, com a caneta a postos.

- Eu. - Jungkook disse, sério.

- Então, o que há de errado com o Jimin? Além da febre de trinta e seis graus.

- É.... eu não tenho muita certeza.
Hoje de manhã ele acordou..

- Na verdade, passei a noite inteira acordado. - Jimin corrigiu , e depois se arrependeu por ter quebrado o silêncio.

- Ok. Hoje de manhã, ele se queixou de dor de cabeça, e estava com um pouco de febre. Ele tomou uma aspirina, e eu saí de casa. Umas quatro horas depois, ele me ligou dizendo que havia piorado. Quando eu cheguei em casa, ele estava vomitando muito, dizendo que estava sentindo fraqueza e a febre havia aumentado drasticamente. Corremos para o hospital, e no caminho ele vomitou mais e o quase desmaiou.

- Hmmmmm... - O doutor disse, anotando algo completamente ilegível. - O senhor sabe de qualquer coisa que possa ter causado isso?

- Não, não sei.

- Como ele esteve na última semana?

- Bem. Quer dizer, estamos na quarta, e eu só vi ele na terça. Como você esteve, Jiminnie?

- Mal. Muita dor de cabeça, dor de ouvido, dor nos músculos e cansaço. - Respondeu, com sua voz transmitindo exaustão.

- Você tem estado estressado nos últimos dias.

- Nos últimos meses, sim.

- Tem dormido bem?

- Não, na verdade.

- Quantas horas por noite?

- Poucas, tem noites nas quais eu bem durmo.

- Você tem insônia, Jimin?

- Tenho. - O doutor mais uma vez anotou algumas coisas, e ao terminá-las se pronunciou:

- Entendi o problema. Veja bem, nosso corpo trabalha muito durante o dia, e de noite ele precisa descansar. Mas,  quando ele não descansa da maneira que precisa, ele começa a funcionar mal. E quanto mais tempo seu corpo ficar sem descansar, pior ele fica. Como já faz meses que você não dorme bem  seu corpo precisa de muito descanso. Como ele não tem recebido o descanso necessário para continuar trabalhando bem, ele está parando de trabalhar. Tecnicamente, seu corpo está entrando em colapso, porque ele não aguenta mais trabalhar tanto, e está muito estressado. Ficou compreensível? - Os dois balançaram as cabeças e disseram um " Sim" uníssono. Jimin não entendeu muito bem como interpretar aquela coincidência, então apenas a ignorou.

- O que 'dá 'pra fazer?  - Jungkook perguntou, um tanto quanto inseguro.

- Num caso normal, eu receitaria remédios para dormir, daria instruções de como dormir, e mandaria ele para casa. Mas com ele vomitando, não posso passar nada oral. Há quanto tempo você não come, Jimin?

- Jantei ontem.

- Veja o que iremos fazer, Jeongguk: Eu vou passar uma injeção de um remédio para dormir, e uma dose de soro, 'pra recuperar o líquido que ele perdeu vomitando. Quando a dose acabar, vamos tentar dar comprimidos para aliviar as dores musculares e de cabeça, e depois mais uma dose de soro. Se ele conseguir manter os comprimidos no estômago, vamos tentar dar algo bem leve 'pra ele comer.
Depois disso, vocês voltam pro consultório, e conversamos mais, ok?

- Ok, doutor, obrigado. - Jungkook disse, se levantando e estendendo a mão. O doutor a apertou, e em seguida disse:

- Se dirijam à sala de espera, eles vão chamar Jimin em um instante.

- Tudo bem. Consegue se levantar, Jiminnie?

- Obviamente. Obrigado, doutor.

- De nada. - Jungkook e Jimin se dirigiram até a porta, num ritmo lento.
Jimin ainda não deixava Jungkook o ajudar, embora necessitasse muito.
Com muita dificuldade, eles chegaram na sala espera e se sentaram um do lado do outro. Jimin queria descascar a cabeça em algum lugar, já que ela doía muito, mas não havia lugar no qual ele podia fazê-lo, além do ombro de Jungkook. Ele respirou fundo e, já sentindo seu orgulho se despedaçando, deitou a cabeça no ombro do maior. Jimin pôs os pés em cima do bancoe se encolheu todo, no intuído de ficar mais confortável.
Após alguns segundos, Jungkook passou o braço em volta de Jimin, que não reclamou pelo simples gato de se sentir seguro. Por algum motivo, aquela posição o fez sentir-se seguro, como se Jungkook fosse o proteger de qualquer coisa que o viesse atacar. Ele se sentia um idiota por se sentir, e pensar assim, mas aquilo era muito bom. Era muito, muito bom. Jungkook tinha um cheiro bom, também. Uma mistura de baunilha com chiclete de morango. Vindo dele, aquela era umas das coisas mais adoráveis que Jimin já havia presenciado em toda sua vida.
Ambos se mantiveram em silêncio, e nenhum dos dois entendeu exatamente por quê. Após alguns minutos, uma enfermeira loira e baixa chamou o home de Jimin. Ele eJungkook se levantaram, e andaram até a enfermaria. Chegando lá, a enfermeira loira apontou uma maca e pediu para que Jimin se acomodasse nela.
Jimin andou até a maca e se sentou nela, descansando a cabeça na parede ao seu lado. Jungkook puxou uma cadeira perto da maca de Jimin, e sentou-se nela. Poucos segundos depois, a mesma enfermeira que o havia chamado, chegou perto da maca com uma seringa cheia de um remédio transparente.

- Este aqui é o remédio que o Doutor passou para dormir. - Ela disse, pegando no braçode Jimin, e amarrando o garrote. - Daqui há um minutinho, eu vou voltar e aplicar o soro. - Jimin não havia tomado muitas injeções, mas não havia gostado nada das que havia tomado.
Simplesmente não gostava da sensação de ter metal fino entrando em seu braço, mas sabia que era necessário. Quando sua veia já estava bem visível, a enfermeira passou um algodão com álcool  na mesma e pegou a seringa que continha a suposta chave para o descanso de Jimin. Ele não estava botando muita fé naquele remédio, mas resolveu não tirar conclusões precipitadas. A enfermeira colocou a agulha devagar em seu braço, o que fez calafrios percorrerem sua espinha. Sentia a agulha entrando cada vez mais fundo em seu braço, e aquela sensação era simplesmente horrível, mas ele deixou que o processo ocorresse ininterrupto.
Talvez ele tivesse soltado um ou dois grunhidos de dor, mas fora isso, não demonstrou ser afetado.
Ele apenas demonstrou real desconforto quando a enfermeira  aplicou o remédio, e sentiu o líquido entrando em sua veia. Aquilo era horroroso, ele queria morrer.
Jimin respirou fundo, e engoliu seco, apertando o lençol da maca.
Após mais alguns segundos de leve tortura, a enfermeira removeu a agulha e limpou a pequena gota de sangue que saía do braço dele.

- Agora vamos esperar um minuto 'pra aplicar o soro, tudo bem? - Jimin balançou a cabeça em resposta. A enfermeira sorriu, virou as costas e foi embora, deixando Jungkook e Jimin sozinhos. Jimin bufou e se deitou na maca, sem se importar com o fato de estar de tênis.

- Você deveria tentar dormir. - Jungkook disse, com a voz calma.

- Não me diga, Einstein.

- Não seja tão grosso!

- Não me diga o que fazer!

- Era só uma sugestão!

- Não quero ouvir suas sugestões.

- Isso ainda é por causa da água? - Jungkook perguntou, receoso. Jimin apenas ignorou, e se virou na maca, dando as costas para Jungkook. - Acho que sim... - Ele disse por fim. - Desculpa, foi o que veio na cabeça. - Jimin não respondeu, novamente.
Jungkook soltou um suspiro, e ficou quieto por alguns segundos. Nos segundos que sucederam seu silêncio, ele se levantou e deu um beijo na cabeça de Jimin, sentando-se logo em seguida.
O outro ficou entre "Estado de choque" e "O que diabos acaba de ocorrer?".

- Que merda foi isso? - Ele perguntou.

- Um beijo para dar bons sonhos.

- Essaé a coisa mais idiota que eu já ouvi em toda minha vida.

- Não chame minha demonstração de carinho de "idiota"!
São meus sentimentos que você está xingando!

- Você tem alguma doença, devia ver isso na ala psiquiátrica.

- Você é mau.

- Foda-se. - Jimin encerrou o assunto, e parou de pensar naquilo. Era muito Jungkook para um dia só, já estava de saco cheio. Não queria mais pensar, nem falar com ele. Tudo o que queria era o descanso que o remédio o proporcionaria em pouco tempo e nada além disso.




























   


Notas Finais


Até o próximo galero


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