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História Illusion - Oitavo


Escrita por: gyeomixx

Notas do Autor


Voltei galerinha do bem!
Queria avisar que provavelmente o capítulo sairá sábado e serão 3 capítulos, ok?
Mudei os sinais da fala, porque sim.
Aproveitem.

Capítulo 8 - Oitavo


A primeira coisa que Jimin notou ao acordar foi que Jungkook não estava lá. Sua visão estava meio turva, mas ele conseguia ver algumas coisas. Porém, uma das coisas que não conseguia ver era Jungkook. Resolveu ignorar sua ausência no momento. Basicamente, ele se sentia bem. Fazia muito tempo que ele não pensava desta forma. Na maioria das vezes, ele se sentia cansado, completamente exausto. Mas, no momento, tirando a dor nas costas, e uma leve dor de cabeça, ele se sentia bem. Até seu estômago estava melhor, não estava aquele caos de mais cedo.
Não estava em perfeitas condições obviamente, mas estava bem. Outra coisa que o atrapalhava e alcançar a perfeição corporal era sua fome. Pela primeira vez no dia ele se sentiu realmente com fome, e estava com uma vontade absurda de comer o que quer que fosse. Sinceramente, até o purê de quiabo que era servido no orfanato seria bem aceito, mas Jimin não tinha muito o que fazer. Teria que tomar comprimidos e mais uma dose de soro, antes de poder comer. Ele venderia sua alma por um daqueles lanches gigantes que vendiam em um fast food ali perto, e saber que ele teria que esperar o trazia o mais puro sentimento  de desesperança. Outra coisa horrível era o cateter. Nunca havia ficado internado antes, e aquela coisa que chamavam de cateter o dava mais desconforto do que uma picada de abelha. Era horroroso ter aquela coisa colorida que levava até uma bolsa de soro quase vazia pendurada nele.
Sentia vontade de simplesmente arrancar aquilo de seu braço. Não podia, e sabia disso, mas isso não impediu sua vontade de crescer a cada segundo.

— Jiminnie, você acordou! — Jimin tomou um leve susto ao escutar a voz de Jungkook, que se aproximava com algumas sacolas.

— Quanto tempo você demorou 'pra perceber isso, gênio? — Ele disse, se sentando na maca, já que estava cansado de ficar deitado.

— Você  é muito, muito malvado comigo!

— Quantas vezes por dia eu vou ter que usar a frase "Foda-se" com você?

— Vou ignorar sua grosseria, e fingir que você me saudou com um " Boa tarde" e um sorriso.

— Que horas são? — Jimin ignorou o comentário do outro, que se sentou em sua respectiva cadeira e colocou as sacolas no chão.

— Cinco e vinte e seis. Você dormiu bastante, isso é bom. Quer saber o que tem nas sacolas?

— Não.

— Comprei algumas coisas 'pra você passar o tempo, se minhas tentativas de conversar com você  fossem um fracasso. Vamos tentar:
Como você está se sentindo?

— Relativamente bem.

— Relativamente?

— Sim. Minha cabeça ainda incomoda um pouco, estou com algumas dores musculares, mas fora isso, estou legal.

— Isso é bom, muito bom. Está com fome?

— Sim. — Jimin sentiu vontade de acrescentar "muita", mas desistiu. Jungkook não precisava saber que ele venderia o próprio rim para comer.

— Acho que você vai poder comer daqui a pouco, então comprei... hm... — Jungkook pegou uma das sacolas e começou a fuçar nela. — Um sanduíche de peito de peru e frango... — Ele disse, mostrando uma caixinha triangular e colocando-a de volta na sacola. — e suco de laranja! — Pegou uma caixa laranja média  a chacoalhou no ar e depois meteu a sacola de volta na sacola. — E para moi, que sou um gordo, eu comprei um donut de chocolate. Me julgue, mas isso aqui é mais gostoso que um ator pornô. — Jimin não pôde segurar a risadinha fofa, dirigida ao  último comentário de Jungkook. Ele havia soado adorável, e engraçado, ambos ao mesmo tempo. Era demais para Jimin aguentar. Jungkook sorriu ao escutar a risada, enquanto tirava uma caixinha branca da sacola, revelando um gordo e bonito donut repleto de cobertura marrom e granulados brancos. Passou o donut debaixo do nariz, para sentir o cheiro do doce antes de comer. Depois, pegou o donut com cuidado e arregalou os olhos como se tivesse achado ouro na cobertura.

MEU DEUS!!!! — Ele gritou, com os olhos brilhando.

— Quer falar mais baixo, criatura?! — Jimin o repreendeu. — Estamos  num hospital, a primeira coisa que pedem é 'pra fazer silêncio! O que aconteceu, achou a cidade perdida no donut?!

— O granulado é em forma de coraçãozinho, eu não tinha visto antes!! — Jimin revirou os olhos, e descansou a cabeça na parede, desapontado com aquele momento. "Pelo amor de Deus..." — Não vou conseguir comer isso!

— Por que não?

—  É fofo demais, Jiminnie! Não consigo comer coisas fofas!

—  Só come a porcaria do donut de uma vez. — Jimin disse, com sua voz de " Estou pouco me fodendo".

—  Eu já disse, eu não consigo comer coisas fofas! Não consigo comer marshmallow em forma de gatinho, não consigo comer biscoitos com desenhos na frente... é impossível 'pra mim! Tipo você; eu não conseguiria comer você, porque você é fofo de mais! — Jimin levantou a sobrancelha e focou os olhos em Jungkook. Ele não podia estar falando sério...

— Esse foi o pior exemplo que você poderia ter usado.

— Não pense besteira, não foi isso que eu quis dizer! — Jungkook retrucou, com as bochechas num tom forte de vermelho.

— Não pensei besteira! Isso seria canibalismo, por isso é um exemplo horrível! Agora 'tá me fazendo imaginar..... cara, que nojo!

— Você tem nojo de mim?

— Normalmente? Não. Mas, agora acho que vou vomitar meu fígado. — Jimin respondeu, e negou os pensamentos que passaram por sua cabeça. Jungkook deu de ombros, e, com um pouco de dificuldade, mordeu o donut, o que o deixou com um pequeno e adorável bigode.
Jimin decidiu que aquela era uma das palavras que ele usaria para descrever Jungkook: Adorável. Ele usava muito aquele palavra quando se tratava do moreno, então não via um motivo para não usá-la na descrição do mesmo.

— Jiminnie, eu me sujei? — Jungkook perguntou, usando uma das mãos para mostrar seu rosto.

— Sim. Tem um bigode em você.

— Ah, droga. — Ele pegou um guardanapo de papel, e se limpou de maneira apropriada. — E agora?

— Tá limpo.

— Vejam só quem acordou! — Soonhye, a enfermeira, disse de longe, mas seu sorriso era visível. Ela estava sendo um amor de pessoa com os dois garotos, por algum motivo incompreensível. Ao chegar perto, ela continuou, ainda sorrindo. — Como se sente, Jimin?

— Bem.

— Acha que vai conseguir tomar os comprimidos? — Jimin apenas balançou a cabeça em resposta. — Ótimo. — Soonhye disse, colocando uma vasilha na maca, com quatro comprimidos, um copo d'água e uma bolsa de soro. — Me dê seu braço, amorzinho. —Jimin, com um pouco de dificuldade, estendeu o braço no qual o cateter estava e se ajeitou na maca. Soonhye desacoplou a bolsa vazia de soro, e a substituiu pela cheia, jogando a vazia num lixinho que havia ali perto. Após isso, ela ajustou a frequência  na qual o soro caía, que, na opinião de Jimin, estava muito devagar. — Quer tomar os comprimidos um por um, ou de dois em dois?

— Um por um. — Jimin tinha medo de comprimidos, e a razão deste medo eram os anti-inflamatórios que esteve tomando nas últimas semanas.
Ele não podia contar quantas vezes se engasgou com uma pílula, e teve que beber uma quantidade absurda de água para poder fazê-la descer. Ele simplesmente detestava qualquer tipo de remédio que não fosse fácil de engolir. Soonhye lhe deu um comprimido e um copo d'água para Jimin, que meteu o comprimido guela abaixo e bebeu uma boa quantidade de água. O processo foi repetido, até que não havia mais água nem comprimidos e o gosto ruim que estava na garganta do ruivo era insuportável. Soonhye sorriu  e disse, amigavelmente:

— Vamos esperar meia hora. Se você conseguir manter os comprimidos no estômago vamos dar algo para você comer. Tudo bem?

— Sim. — Jimin respondeu quase sem abrir a boca.

— Os remédios talvez dêem um pouco de sono, então recomendo que você se deite. E.... senhor? — Soonhye se virou para Jungkook, que estava comendo o donut. Ao perceber que fora chamado, arregalou os olhos. Ele retirou o doce da boca devagar, mastigo, engoliu e limpou a garganta.

— Sim?

— O senhor não pode trazer comida de fora para dentro do hospital.

— Não?

— Não. Por favor, guarde o donut.
Se sentir fome, o senhor pode ir até a lanchonete do hospital.

— Desculpa.

— Sem problema. — a enfermeira pegou a vasilha, se virou e saiu andando com calma. Jimin se deitou na maca de maneira confortável, olhando para cima, mas ainda sim, raspando a garganta por causa do gosto horrível de comprimido dissolvido.

— Maravilha. — Jungkook disse de maneira irônica. — Gastei dinheiro e tempo atoa.

— Você tem o cu entupido de dinheiro, tá reclamando por quê? — Ele se virou na maca, para olhar Jungkook.

— Ei! Meu ânus não está entupido de nada, graças a Deus. E só porque eu tenho dinheiro sobrando quer dizer que eu vou gastar atoa?

— Esquece.

— Olha só... — Jungkook disse se levantando. — Vou comprar alguma coisa pra você comer mais tarde... de novo. Você vai ficar bem sozinho?

— Vou ficar até melhor.

— Você é um chato! Volto num instante. — Ao dizer isso, virou as costas e saiu da enfermaria, deixando Jimin sozinho mais uma vez. Este preferia mil vezes ficar sozinho, já que desta maneira não teria que conversar com Jungkook. Na verdade, a questão não era nem conversar com Jungkook, a questão era conversar. Ter que expressar seus pensamentos verbalmente. Num dia normal, Jimin não teria problema com aquilo, mas no momento ele queria apenas aproveitar seu estado. Ele se sentia saudável. Não cem por cento, apenas uma pessoa nornal.
Fazia tempo que ele não se sentia assim, com um corpo e com um organismo normal, então aquilo era legal. Ele só queria relaxar. Também havia a maldita fome, parecia que seu estômago ia consumir à si mesmo, estava quase insuportável. Ele resolveu ignorar o fato de que ele estava prestes a comer o própriobraço, e tentou relaxar. Deitou-se de barriga para baixo, e se colocou numa posição de seu agrado. Fechou os olhos, e soltou um suspiro. Soonhye tinha razão: os comprimidos davam sono. Davam muito, muito sono. Jimin se sentiu um tanto feliz; ele sabia que se tentasse, dormiria. Ele sabia que poderia dormir, e descansar, e aquele era um dos melhores sentimentos que havia tido nos últimos meses. Saber que dormiria se quisesse. E assim o fez.

                       ¤¤¤¤¤

— Jimin... Jiminnie acorda.... — Ouviu uma voz calma, que parecia vir de longe. — Park, acorda.. — Em resposta, soltou um gemido, talvez de preguiça, e se espreguiçou ainda de olhos fechados. — Acorda, pelo amor de Deus, faz dez minutos que eu estou tentando te acordar, estou entrando em desespero.

— Hein?! — Por algum motivo, a última frase foi a que o despertou. Ele abriu os olhos rapidamente, e, por reflexo, deu um tapa em quem quer que estivesse tão perto dele.

— AI! —Jungkook gritou e se afastou da maca, com as mãos no nariz.

— Se fosse outra pessoa, eu me desculparia.... mas como é você, isso é hilário. — Disse, se segurando para não rir.

— Ai, meu nariz! — Jungkook disse, em protesto. — Nossa, que merda de tapa foi esse?

— Cara, para de frescura.

— Você fala isso porque não foi em você, seu grosso! — O moreno  reclamou, tirando as mãos do nariz e tocando a ponta. — Não quebrou, isso é bom.

— É óbvio que não quebrou, Jeongguk. E outra, quem mandou chegar tão perto de mim? Aliás, por que tava tão perto?

— Eu tentei te chacoalhar, mas não funcionou. Aí eu tentei assoviar no seu ouvido, também não funcionou. A solução foi beijar seu pescoço.

VOCÊ FEZ O QUÊ?!?!

— "Quer falar mais baixo, criatura?!" — Jungkook usou uma voz fina e irritante, apenas para demostrar a Jimin como a frase era chata de se ouvir.

— Por quê... — O mais baixo suspirou alto, e bufou. — Por quê caralhos você foi beijar meu pescoço?

— Nada estava funcionando. — Pegou o celular e deu uma boa olhada no nariz, o que fez o outro revirar os olhos.

— Não se beija o pescoço de quem está dormindo.

— Eu não sabia que você não ia gostar, foi mal.

— Foi sim. Foi muito, muito, muito mal. — Jimin disse, sentando na cama. Ele olhou para seu braço, e percebeu que o soro não estava mais lá. — O soro já acabou?

— Sim... faz meia hora. — Jungkook disse, ao se sentar em sua. — A enfermeira tirou e disse: "Daqui a um tempo, acorde ele para comer."

— Ah.. —Balançou a cabeça positivamente.

— Na suposta "lanchonete" eles não vendiam comida de verdade. Tinha umas sopas e caldos estranhos, alguns sanduíches e sucos naturais. —  Pegou uma sacola e a colocou em seu colo, fuçando. — Comprei um sanduíche de queijo branco com espinafre...

— O quê?

— Horrível, eu sei. Um sanduíche de pão integral, tomate, alface, cenoura e sei lá o que tem aqui... um suco que eu espero mesmo ser de abacaxi e um de laranja... e duas tortas diet de maçã.
Era o que tinha lá que parecia comestível.

— Queijo branco e espinafre soa comestível, por acaso?

— Não, não soa, mas parece. Olha só! — Jungkook tirou uma caixa amarela quadrada da sacola, com um corte ao lado. O pão estava com uma cara até que boa, e o que havia dentro dele parecia ser normal. Não estava lindo, não era o tipo de comida cuja a aparência dá água na boca, era apenas normal.

— É, parece.

— Qual dos dois você quer? — Jungkook disse ao tirar de dentro da sacola mais uma caixa quadrada. A única diferença era que aquela caixa era verde, mas se Jimin tivesse que descrever o sanduíche ele diria que era igual o outro. Parecia não ter gosto, sinceramente.

— Tanto faz. — Viu o outro jogar a caixa amarela na maca e ficar com a verde.

— Estou curioso pra saber qual é o gosto disso. — Ele disse, abrindo a caixa e tirando um sanduíche embalado em filme plástico de dentro dela. Jimin fez o mesmo, e desembalou seu sanduíche, o cheirando em seguida.
Tinha cheiro de papel, mais conhecido como "cheiro de nada".
Por algum motivo, mesmo com toda sua fome, não sentiu vontade de comer aquilo, mas não tinha opção.
Ou era aquilo, ou não era nada. Suspirou, e deu uma boa mordida no sanduíche, com um pouco de medo do gosto que viria. Graças ao criador do sanduíche, tinha gosto de salada. Não era um dos seus gostos favoritos, mas era alguma coisa. Era melhor do que se tivesse gosto saborizante industrial.

— Isso é bom! — Jungkook disse, com um olhar espantado. — Eu não imaginava que teria um gosto bom, mas tem!

— Se acalma, Jeongguk, não é o dia da independência. — Jimin disse, engolindo o pedaço de sanduíche em sua boca.

— Você gostou do seu?

— É, dá pra comer.

— Posso comprar outro, se você quiser.

— Não precisa, dá pra comer. — Deu mais uma mordida, desta vez uma grande e mastigou com vontade. — Viu? Comestível.

— Tá, entendi. Que suco você quer?

— O que estiver com menos gelo.

— O de abacaxi, pode ser?

— Pode. — Jungkook pegou uma garrafinha plástica média, e jogou na maca, como fez com a caixinha. Jimin deixou seu sanduíche de lado, e pegou a garrafinha, abrindo-a e se deliciando com o estralo da tampa. Era um som do qial gostava, por motivo nenhum. Colocou a garrafinha na boca, e tomou um gole relativamente muito grande. O suco estava meio sem açúcar, o que o decepcionou um pouco, mas aquilo parecia o suficiente. Jungkook também parecia satisfeito com o saber de seu lanche, e ele transmitia isso por comer seu sanduíche com vontade. Após alguns minutos, ambos haviam terminado seu lanche e seu suco. Eles não comeram as tortas, pelo simples fato de elas terem gosto de sovaco.
Nem Jungkook, nem Jimin faziam a mínima idéia de como eles sabiam o gosto de uma axila tinha, mas quando Jungkook proferiu a frase: "Isso tem gosto de sovaco!" Jimin apenas concordou. No momento, eles estavam aoenas esperando um pouco, para ver se o ruivo manteria a comida no estômago. Basicamente, em meia hora eles voltariam para o consultório.

— Que horas são, Jeon? — Jimin perguntou, com uma voz desanimada.

— Uh... — Jungkook tirou o celular do bolso, e depois respondeu: Oito e vinte. Por quê?

—  Estou entediado.

— Podemos conversar.

— Não. Jungkook... só não. — Disse, como se Jungkook tivesse feito a proposta mais ridícula e indecente da face da terra.

— Por que não?

— Porque, sejamos sinceros, nossas conversas são uma merda.

— Nossas conversas são uma merda porque você quer. — Jungkook retrucou, mesmo sabendo que aquilo não se tratava de uma discussão.
Jimin ficou um pouco confuso ao ouvir a resposta, e se sentou.

— Porque eu quero?

— Sim. Seriam legais se você quisesse.

— Jungkook, vai se foder, cara. Por favor.

— Quer saber, eu vou me retirar para meu mundinho particular. Comprei algumas revistas pra você, e passei em casa pra pegar seu celular. — Pegou uma sacola roxa de papel, se levantou e a colocou ao lado de Jimin, se sentando de volta. — Divirta-se. — Ele tirou o celular do bolso, e colocou os fones de ouvido, com uma expressão um tanto quanto chateada.
Jimin deu de ombros, e posicionou a sacola entre suas pernas. Basicamente, Jungkook havia comprado algumas revistas de celebridades pra ele, além de quadrinhos da Marvel e DC. Mais uma vez, as notas mentais dele eram: agradecer Jeon Jungkook. Dentro da sacola também estava seu celular, com os fones de ouvido. Retirou o aparelho imenso da sacola, plugou os fones e os colocou nos ouvidos. Pôs uma playlist qualquer pra tocar, e pegou uma revista em quadrinhos do Homem-Aranha. Ele passou uns dez minutos tentando ler, mas as palavras de Jungkook não saíam de sua cabeça: "Nossas conversas são uma merda porque você quer". Jimin não havia entendido muito bem, e ao mesmo tempo tinha entendido perfeitamente.
Sua relação com ele não evoluía porque ele não permitia, e ele sabia disso. Mas o que não entendia era o por quê.  Por quê ele não permitia que Jungkook avançasse? Ele não fazia a menor idéia. Parecia o certo a se fazer, por algum motivo desconhecido. "Acho que eu devia dar uma chance pra ele...". Aquele pensamento gerou uma massiva confusão. Metade dele gritava que Jungkook era um puro e total idiota, e a outra metade tinha certeza de que Jungkook só precisava de uma chance para provar seu valor. Resolveu prestar atenção na metade que gritava mais alto: Por algum motivo, Jungkook não merecia uma chance. Ele não merecia nada. E Jimin continuaria não permitindo que ele avançasse, por motivos completamente incógnitos. Mesmo que ele fosse gentil, inteligente, bonito... "Não fode com tudo, Park." Teve que se interromper, para não ir mais longe. Jeon Jungkook não era bom...... era?








































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