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História Ilusões - Capítulo XVII - Complexidade


Escrita por: apxrodith

Notas do Autor


Oi, oi, como vão?

Capítulo revisado e reescrito. Boa leitura <3

Capítulo 17 - Capítulo XVII - Complexidade


As mãos pequenas seguravam no pescoço do rapaz, a pele de cor mel lisa naquela parte do corpo. Segurava-se, os dedões às vezes acariciando a pele do moreno enquanto sentia as mãos grandes de Zayn quentes em sua cintura exposta.

Ela sorriu durante o beijo. Mas era claramente falso. A sensação era falsa. Porque tudo o que a jovem de cabelos escuros e longos precisava naquele momento era de um pouco de distração. E Zayn poderia, melhor que ninguém, fazer ela se esquecer das coisas.

 E mesmo assim, mesmo com o toque quente, mesmo com o calor e mesmo com a forte tensão entre os dois, ela não conseguia esquecer. Sophie procurou se aproximar ainda mais do garoto; pegou a mão do mesmo e levou até o seio, depositando-a ali, acima do sutiã de renda branca. E o toque continuou inútil, fraco, frio. Perfeitamente encaixada no colo do garoto, ela passou a movimentar o quadril, quase que se esfregando nele. As mãos de Zayn foram rápidas e logo alcançaram o quadril de Sophie, auxiliando para que ela firmasse os movimentos. E nada. Ela queria, o que estava visível em cada toque e beijo, mas o motivo pela qual estava fazendo isso certamente arruinava tudo. Arruinava aquela tarde e aquele dia, assim como todos os anteriores. Mas ela precisava achar algum modo de tirar a dor do peito e cabeça. Sophie sabia que precisava disso.

O corpo de Sophie é jogado contra o colchão duro da cama, e não demora para que Zayn suba encima da garota, já sem camisa, mostrando todas aquelas tatuagens que Soph adorava e que sempre tentava decifrar. Ele sentou na barriga dela, os joelhos contra o colchão impedindo que ela machucasse a garota com seu próprio peso, e voltou a beijá-la, sedento, mas ao mesmo tempo, receoso. Receoso não; confuso. Ela sabia o porquê daquilo, mas Sophie nunca pareceu querer resolver seus problemas com sexo. Bom, pelo menos não um daquela gravidade.

Mas continuou, com medo de frustrar a garota ainda mais caso se recusasse a fazer a única coisa que ela realmente pediu. Os lábios percorreram o pescoço exposto da morena, e chegou a ver algumas marcas roxas da última vez que transaram. Sentiu as unhas pequenas arranharem sua pele com certa delicadeza, enquanto ele descia os beijos por seu corpo, cada vez mais molhados e intensos.

Sophie sentia a boca dele em sua barriga, descendo ainda mais, e não conteve o gemido que sua boca emitiu. As mãos agora alcançaram os cabelos curtos e pretos do garoto, segurando os fios com força, e no entanto tentava acariciar os fios para não machucá-lo...

— Para. — Sophie abre os olhos no mesmo instante em que Zayn afasta os lábios da barriga dela. Ela então se senta na cama e solta um longo suspiro, esgotada. — Desculpa Zy. — Pede enquanto afasta algumas mechas castanhas do rosto. Ela respirou fundo enquanto contia a familiar sensação de choro.

— Tá tudo bem — Zayn não sabia como reagir. Afinal, quantas vezes ele passou por essa situação antes? Bem, dava para contar no dedos, e isso considerando a garota a sua frente.

Sophie balança a cabeça apenas, e se encolhe na própria cama.

— Merda... — Ela sente as lágrimas vindo, rápidas e ardentes, e limpa o rosto com as costas da mão antes mesmo de uma lágrima cair. 

— Ei — Ele chama, captando a atenção da morena e se aproxima, andando sob a cama com os próprios joelhos. Quando finalmente alcança Soph, as mãos se apoiam nos joelhos da garota. — Tá tudo bem. Você pode conversar comigo sempre que quiser. Sabe disso, não é? — Ela balança a cabeça, concordando, e uma lágrima escorre.

Zayn não limpa o rosto dela, porém. Sophie precisava chorar, colocar aquilo pra fora e por mais que o gesto fosse um tanto carinhoso, naquele momento poderia dar à ela a impressão de que chorar é errado; ele queria ser o mais cuidadoso possível para não magoar a garota, mesmo sabendo que, no final, ele não se safaria do que fez.

— Quer conversar? — Pergunta, e ela nega. Então Zayn se senta ao lado de Sophie e abre os braços para ela, que logo se encaixa entre ele e desaba com o rosto escondido em seu peito nu.

⋆⋆⋆

Duas semanas antes...

As provas finalmente haviam acabado. Eu estava exausta e dessa vez, não estava confiante quanto as minhas notas. Quer dizer, um garoto pode mexer muito com a sua cabeça, e o problema pode ser duplo se esse garoto tiver várias tatuagens estampando o corpo e uma jaqueta de couro cobrindo os braços.

Ao lado de Andreia, eu procuro tirar Zayn da minha cabeça enquanto foco no fato de quem meus pais voltavam para casa hoje. Eu espero de verdade que eles tenham aproveitado a viagem, e não que tenham deixado de se divertirem por preocupação com seus filhos.

Deia continua falando sobre como seria seu descanso após as provas enquanto descíamos as escadas da entrada do colégio. E para a minha surpresa, James está à espera de sua namorada, paciente e com os cabelos loiros brilhando sobre o Sol que começava a se pôr — por ser o último dia de testes, havíamos saído mais tarde hoje graças a uma carga maior de avaliações.

Quando seus olhos cruzaram com os meus, eu me perguntei mentalmente se deveria desviar o olhar; sinceramente, eu senti que estava incomodando ou atrapalhando de algum jeito. E então, James sorriu; bem, não era um sorriso reluzente como quando nos encontrávamos, com os dentes impossivelmente brancos brilhando na mesma intensidade que os olhos, mas mesmo assim, eu me senti muito mais confortável com aquele singelo sorriso fechado.

Andreia correu para abraçá-lo assim que o viu, ao lado de seu carro caro e um tanto luxuoso. Depois que soltou o loiro, sua expressão mudou e creio eu que ela percebeu que, bem, ainda nenhum de nós havíamos falado um como outro até agora. 

— Soph, você quer uma carona? Está ficando tarde... — Deia sugere como se o carro cuja porta do passageiro abria no momento fosse seu.

— Hã... não. Não precisa, obrigada. — Meus lábios se curvam levemente em agradecimento, mas Deia parece insistir.

— Meu Deus, garota! Para de ser chata e aceita logo! — Diz revirando os olhos, mas seu sorriso entrega que ela não está realmente brava.

— Vou voltar com o Collin hoje. — Afirmo, e isso não era mentira. Precisávamos organizar tudo antes de mamãe e papai chegarem, pois a bagunça causada pelo meu irmãozinho não agradaria a ninguém.

Não é como se fosse algo muito grande, mas mamãe parecia ter um vício horrível com limpeza e, além disso, teríamos a visita de alguém que eles conheceram e, como previsto, Mary Blãe quereria tudo, no mínimo, impecável. E tanto eu quanto Collin poderíamos afirmar que, mesmo depois de organizar tudo, nossa mãe ainda sim encontraria algo para reclamar. Talvez um quadro estivesse torto, ou talvez ela encontrasse uma partícula de pó sob a mesinha central. Sorrio ao imaginar a cena.

— Okay então. — Andreia dá de ombros, finalmente desistindo, e se senta no banco do passageiro, fechando a porta logo em seguida.

James, por sua vez, me encara brevemente antes de ir adentrar em seu carro, e seu olhar parece frio agora, distante. Sinto um enjoo, e minha mão vai até a barriga diante da sensação.

Por que eu não tinha um bom pressentimento quanto a nossa amizade? Eu queria ser positiva, e ultimamente procurava não pensar na nossa antiga e atual relação porque não queria me chatear com as possibilidades. Mas enquanto James batia a porta do seu carro, sem me direcionar uma única palavra, eu senti que ele não queria mais falar comigo e, com toda a verdade, eu não queria mais isso: complexidade. Tudo ficou tão difícil esse ano, digo, em minhas relações. James, Lucy, Zayn... E eu não queria que a lista ficasse maior. Eu não sei se tenho algum controle dessa situação e por mais que eu tente, sei que não estou preparada pra tudo isso. Só preciso me divertir, fazer bobagens e se arrepender, estudar e sonhar, como qualquer outro adolescente com quem estudo.

Um som um tanto alto e agudo me acorda dos pensamentos ruins, e percebo ser Collin buzinando bem na minha frente, dentro de seu carro escuro.

— Está tudo bem? — O de cabelos escuros pergunta, com a mão no volante. Balanço a cabeça positivamente e dou a volta no carro, entrando e me sentando no banco de couro de meu irmão. — Você certamente não quer me contar, mas não pense que vai escapar da faxina. — Ele brinca, e eu me permito sorrir.

— Você quem ficou levando várias pessoas lá para a nossa casa! — Acuso, mas ele mal se importa.

— E você é uma irmã muito bondosa que vai mo ajudar, não é mesmo? — Ele me olha brevemente e sorri antes de dar a partida.

⋆⋆⋆

Aliso a fronha da uma das almofadas do sofá quando a porta é aberta, e minha mãe entra com uma única bolsinha no ombro enquanto papai, ao fundo, resmungava alto o suficiente para ela perceber que estava sendo um tanto folgada. Mamãe olha os arredores da sala procurando por alguma falha, algo errado, e meu pai entra com duas malas de mão debaixo dos ombros.

— Por que a mesinha está vazia? — Pergunta e, com o dedo indicador, aponta para a mesinha de centro que ficava em frente ao sofá. Esta, feita de vidro, estava sem um único acessório decorando a mesma.

— Mary, me ajuda aqui!

— Homem não tem a força? Se vira, querido! — Mamãe sorri para meu pai e vem me abraçar enquanto Collin descia as escadas, pronto para ajudar Richard Blãe com as coisas. — Ficaram bem?

— Sim. — Sorrio para mamãe quando ela finalmente me solta do abraço, e ela retribui o gesto completamente radiante.

— Bem... ótimo! — Ela larga a bolsinha no sofá e vai atrás de Collin, e um outro homem entra na casa, que só poderia ser o tal amigo que Mary e Richard conheceram.

Aparentava ter até cinquenta anos, tinha a pele branca e vestia uma blusa social azul e uma calça jeans escura, tornando-o ainda mais jovial. Os cabelos grisalhos e minimamente ondulados alcançavam seu pescoço, ficando um pouco acima dos ombros largos. Enquanto olhava os cantos da casa, parecendo distraído com os móveis, percebi olhos claros, azuis, e uma barba mal feita.

Ele então termina sua admiração por minha sala de estar e me encara, e um sorriso encantador surge em seus lábios finos. Parecia um alguém amigável e muito carismático, e não tardou para me estender a mão.

— Você deve ser o doido que simpatizou com os meus pais. — De um jeito estranhamente agradável, eu me sinto confortável com ele o suficiente para não usar um linguajar tão formal logo de primeira. Aperto sua mão e, mesmo sem a intenção, acabo vendo um relógio dourado rodear seu pulso. Parecia bem caro.

— E você deve ser a filha responsável que eles mencionaram. — Ele sorriu, divertido.

— Mencionou? Mamãe ficou falando do Collin por horas, não foi? — Ergo uma sobrancelha e solto sua mão. 

Ele apenas ri brevemente em resposta e ajeita a postura impecável de minutos atrás.

— Prazer, Sophie. Meu nome é Rosicco, Róger Rosicco.


Notas Finais


Finalmente postei! E então, acharam o nome familiar? Rs
Até a próxima! Bebam água, se cuidem e evitem aglomerações.


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