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História Ilusões - Capítulo XX - Enfim, nós


Escrita por: apxrodith

Notas do Autor


Eu disse que o próximo capítulo viria mais rápido desta vez ;)
Capítulo revisado e reescrito. Boa leitura <3

Capítulo 20 - Capítulo XX - Enfim, nós


Quando Zayn e eu entramos na sala, não fiquei surpresa ao ver o quão vazia estava. Aquele filme em especial tinha uma sinopse tão desinteressante que mal poderia atrair olhares. Eu adoraria ver algum título com super heróis, mas não queria estragar ainda mais o que quer que Zayn estivesse pensando. Além disso, eu estava um tanto curiosa para saber como ele tiraria meu foco de uma tela enorme como aquela, então apenas me sentei em minha cadeira – na última fileira, completamente vazia se não fosse por nós dois – e aguardei.

– Sabe sobre o que é esse filme? – Ele pergunta, e eu balanço a cabeça.

Nunca tive muito interesse por obras científicas, porque eu realmente me confundia com o conteúdo e rapidamente me entediava com a abordagem do mesmo. Zayn, no entanto, não tirava os olhos da tela.

– Biologia. Mais especificamente, sobre o reino animal. Nem deveria ser permitido produzirem algo do tipo, mas não posso opinar muito visto que odeio esta matéria. – Ele responde, e eu olho para a tela. Gráficos antigos e em 3D maravilhavam as treze pessoas à nossa frente, longe o suficiente para que não nos escutassem atacando aquilo.

– E por que me trouxe aqui? – Pergunto, procurando manter os olhos fixos na tela quando senti sua mão sob a minha.

– Você merecia um bônus depois de hoje. Isso definitivamente não foi um encontro.

– Depende do ponto de vista. – Eu sorri, o encarando finalmente. Eu não podia ver seu rosto inteiramente, apesar da iluminação promovida pela tela me ajudar um pouco. – Eu admiro o seu esforço.

– E eu o seu otimismo. – Ele diz, se aproximando.

A esta altura, Zayn já não encarava mais os meus olhos. Eu pude flagrar as orbes castanhas fugindo para meu vestido, onde se fixaram com atenção. A mão que antes aquecia a minha se solta então, levando um calor notório consigo. Mesmo assim, posso sentir ele se aproximando, até que a mão tocasse o tecido verde do meu vestido, na área de minha coxa.

Com um toque marcante e seguro, Zayn sobe sua mão lentamente por minha perna, puxando a barra do vestido delicadamente para cima, e eu prendi minha respiração.

– Eu já disse o quão linda você ficou nesse vestido? – Ele me olha, a mão tão próxima do tecido da minha calcinha que eu me senti envergonhada. A temperatura subiu drasticamente ali, dentro daquela sala, mesmo que fosse ventilada artificialmente.

Eu o encarei, como se não estivesse me enlouquecendo com sua iniciativa. Sorri para ele.

– Quando me guiou até seu carro, antes de irmos ao restaurante. – Respondo, e volto a olhar para a tela.

– Olhe para mim. – Ele pede, e eu faço sem qualquer hesitação.

Se eu pudesse, pularia em seu colo naquele mesmo instante. Mas estava tão surpresa com sua mão puxando a barra de minha calcinha para o lado que simplesmente permaneci quieta.

– Confia em mim, não é? – Eu confirmo com um movimento curto com a cabeça. – Ótimo. Preciso que fique em silêncio – Sussurra, e ele olha para a tela logo em seguida.

Talvez eu devesse ficar abismada com algo tão íntimo feito num ambiente público, mas parecia muito mais empolgante com toda aquela adrenalina, a possibilidade de ser pega enquanto eu torcia para que isso não acontecesse.

Segui seus movimentos, porque me pareceu o mais apropriado a se  fazer. Então olhei para a tela, onde imagens sem nexo e uma voz masculina mórbida introduziram um conteúdo confuso, o qual eu não poderia prestar nenhuma atenção, mesmo se tentasse.

Quando seus dedos massagearam meu íntimo, eu contive qualquer som. Era surpreendente, apesar de já esperado, e eu consegui captar um sorriso no rosto de Zayn, vitorioso enquanto eu comprimia meus lábios em prazer. Ele continuou nisso, movimentos circulares e deliciosos provocando uma emoção ainda maior em mim.

Mas eu queria mais, porque estar com Zayn era exatamente isso, era ter cada toque seu e ansiar por mais, já que talvez todo o contato não fosse o suficiente para mim. Eu precisava daquilo.

Respirei fundo, e ele penetra seus dedos em mim com tanta delicadeza que eu me sinto obrigada a abrir um pouco mais minhas pernas, apertando o tecido do vestido com fúria enquanto sentia ele se mexendo dentro de mim, movimentos ágeis e precisos enquanto encarava a tela.

E então se aproxima, a face perfeita se aproximando de meu pescoço enquanto eu aguardava por um beijo naquela área, jogando o pescoço para trás e torcendo para que nenhum único fio de meu cabelo castanho tivesse permanecido ali.

– Quero que se toque. – Ele solta, e eu o olho confusa.

– O que? – Indago inconformada, suspirando quando seus dedos saem de dentro de mim.

Sem me responder, Zayn pega em minha mão. Guiando-a lentamente até meu íntimo, ele deposita meu membro ali, aguardando para que eu fizesse o próximo passo, mas eu vacilo, olhando-o com certa vergonha.

– Não posso fazer isso. – Digo, observando-o sorrir com alguma emoção que não consegui identificar.

– Não me diga que nunca…

– Já – Respondo antes que ele termine, e ele parece divertido com a situação.

– E em quem você pensa quando se toca, Blãe? – Ele se aproxima novamente, a boca tão violentamente próxima de minha orelha que posso sentir seus lábios roçarem o local.

Zayn mais uma vez pega minha mão, conduzindo dois dedos meus até minha calcinha. Ele sabia exatamente o que estava fazendo. A voz, o desejo, a luxúria… tudo fazia parte e de alguma forma aquilo me agradava. Então não me importei quando ele, ainda segurando minha mão, afastou o pedaço de pano claro de meu íntimo e pressionou meus dedos ali, segurando minha calcinha e ao mesmo tempo apertando minha coxa enquanto esperava por minha resposta.

– Em você. Eu penso em você. – Digo num suspiro, adentrando meus dedos em minha vagina, fechando rapidamente a boca enquanto sinto sua cabeça afundando em meu pescoço, movimentando meus dedos dentro de mim enquanto imaginava Zayn sorrindo.

Aquilo era tanto por mim quanto por ele, eu sabia disso. Ele se atreveu a beijar meu pescoço enquanto meus dedos entravam e saiam de mim, lenta e torturantemente. 

Era quase poético, e ficou ainda melhor quando sua mão, presa em minha coxa, segurou a minha, acelerando os movimentos.

– Como eu queria você agora, Blãe. Eu queria te beijar... – Ele sussurrou, beijando meu pescoço logo em seguida. – Te tocar…

Sua mão conduz a minha, e mesmo sem palavras, sei que ele quer novamente o controle. Apenas permito, sentindo sua mão quente novamente em mim, um sorriso pecaminoso em seus lábios enquanto eu mordia os meus próprios.

– Podemos fazer isso – Digo, apertando o braço de minha cadeira. 

Quando ele para de repente, eu reviro os olhos.

Zy… – Por mais que eu estivesse pedindo, quase implorando, soou muito mais como uma repreensão.

– Não achava que você tinha esse tipo de fetiche, Sophie. – Mesmo no escuro, posso ver uma falsa surpresa em seu rosto, mas me irrita muito mais do que me diverte.

– Não aqui. – Especifico, virando-me em minha cadeira preta. – Não seria nossa primeira vez, Malik.

Ele sorri, um movimento sereno com os lábios carnudos antes de se levantar e me estender a mão.

– Temos um último destino hoje. Vem.

Eu o acompanho então, desejosa e igualmente sem esperança enquanto saímos daquela sala escura e íamos até seu carro, num estacionamento vazio.

Já era noite. De um jeito que as luzes do tráfego iluminavam de forma bela as ruas da avenida, e um frio já previsto passava a abranger meus braços nus, obrigando-me a abraçar meu próprio corpo.

Quando Zayn abre a porta traseira do carro para mim, eu o encaro confusa, mas entro mesmo assim, sendo seguida por ele.

– Sabe por que eu não simplesmente transo com você, apesar de comentar sobre isso toda hora? – Retoricamente ele pergunta, e eu apenas balanço a cabeça negativamente. – Quero que as coisas sejam diferentes entre nós, Soph. Não quero que seja somente algo carnal e que acabe logo. Eu realmente quero conhecer você, assim como quero que você me conheça. Você é diferente, mesmo que estejamos nessa há pouco tempo, e quero que seja... especial. – Ele diz, me olhando com persistência enquanto eu desviava o olhar, nervosa.

– Fazer isso não vai me distanciar de você. Não tem como acelerarmos mais as coisas Zayn, nós literalmente transarmos duas semanas depois de sabermos da nossa existência. –  Tento confortá-lo, e ele sorri, parecendo nostálgico. – Não vai ser como nos outros relacionamentos, porque somos diferentes. E não tem nada de errado nisso. – Afirmo, procurando decifrar seu semblante diante do escuro.

Posso ver ele sorrir, mas não sei como deveria interpretar isso até ele segurar meu rosto com uma das mãos, aproximando-se perigosamente de meu rosto. Eu fechei meus olhos, ansiosa pelo seu toque quando finalmente senti seus lábios nos meus, firmes e macios, aquecendo-me com rapidez.

Ele se afasta então, apenas para tirar o terno e jogá-lo no solo, e me puxa para seu colo com as mãos quentes, pressionando a minha cintura com firmeza. Eu me perguntei, momentaneamente, como pudemos nos encaixar tão bem naquele espaço pequeno, mas qualquer teoria sobre aquilo se foi quando Zayn voltou a beijar meus lábios, ávido enquanto as mãos subiam lenta e dolorosamente por minhas costas em busca do zíper do meu vestido.

Acariciei seu rosto, o polegar sentindo a textura da barba que estava a nascer em sua face e cada vez mais desejosa com cada beijo, que não tardava para se soltar e retornar. Curiosamente, eu pude sentir menta, e me lembrei de ter visto uma folha semelhante em seu prato, no jantar.

Sinto suas mãos passearem por minhas costas, quase nuas exceto pelo sutiã verde que eu vestia, até que ele o tirasse sem demora, me deitando no banco traseiro do carro e se encaixando entre minhas pernas, afrouxando o nó de sua gravata com veracidade enquanto eu puxava sua camisa para fora da calça.

– Está tudo bem? – O moreno pergunta, agora com o peito tão nu quanto o meu, aproximando-se com cautela e afundando a cabeça em meu pescoço depois de eu confirmar que sim.

Eu arfei assim que senti o homem depositar beijos naquela mesma área, a ereção dele em minha barriga enquanto a mão massageava meu seio exposto.

Gemi, tentando dar mais espaço para que ele continuasse com os beijos ardentes e marcantes, e recebo um beijo na clavícula logo depois.

Eu podia sentir sua fragrância forte e amadeirada, como quando estávamos no restaurante, onde me perdi em seu cheiro, nos músculos rígidos apesar de cobertos...

Instintivamente, minhas mãos vão até sua calça escura, tateando pelo zíper até finalmente achá-lo e tirá-lo, restando apenas a cueca do Malik quando percebo ele se abaixando, a mão insistente em meu seio, apertando-o com deleite enquanto a outra percorria minha cintura.

Ele me olhou, sorrindo antes de afastar a cueca do membro e afastar minha calcinha de meu íntimo, roçando seu pênis em minha vagina enquanto me encarava reagir. Eu arfei, sentindo falta de algo ao qual me apoiar, sentindo-me vulnerável e bela diante do olhar que Zayn me direcionava.

Eu podia enxergar tanto desejo quanto eu sentia.

– Mais contato – Eu peço com certa dificuldade e ele enfim se aproxima, o corpo quente voltando para cima de mim quando por fim senti seu pênis dentro de mim, fazendo-me sorrir por finalmente ter aquela sensação de volta, mais ardente, maior, mais viva.

Enquanto Zayn se movimentava, me agarrei a suas costas largas, agradecendo mentalmente por minhas unhas estarem curtas a ponto de eu não machucá-lo, suspirando a cada movimento que ele fazia, profundo e belo.

Com o rosto escondido sobre meu pescoço, posso sentir a respiração ofegante, quase imperceptível diante dos toques que ele distribuía por meu peito nu apesar dos movimentos, gerando sons enquanto eu lhe agarrava mais, as unhas curtas cravando-lhe a pele macia e tatuada, ora alcançando sua nuca e sentindo seu cabelo, curto, sedoso...

Eu clamava por seu nome enquanto os movimentos se aceleravam, tornando-se mais prazerosos, mais íntimos, sentindo o meu ápice mais próximo e vagando os dedos por seus braços firmes e rígidos, satisfeita e feliz.

Éramos Zayn e eu, afinal. Muito mais vulneráveis do que parecíamos, desejosos e íntimos. Era exatamente o que desejei desde que ele tomou minha mente com frequência e saber que era recíproco era ainda mais excitante do que se podia imaginar.

Suspirei, um gemido final enquanto junto a mim, ele chegava ao ápice de seu prazer, cuidadosamente deitando o corpo sobre o meu, beijando-me o pescoço uma única vez e permitindo que eu sentisse seu coração batendo junto ao meu, cada batimento tão acelerado e harmonioso que eu involuntariamente sorri, abraçando seu corpo por um único instante de silêncio, onde nossas respirações eram o único som no carro e o único no qual prendi minha atenção.

•••

Zayn desce do carro junto a mim, mesmo que eu tivesse me despedido do mesmo ali dentro, dando uma última conferida em meu cabelo antes de sair e me preparando mentalmente para o interrogatório de minha mãe e olhares fulminantes de meu pai.

– Sabe... – Ele começa, prendendo-me em suas mãos e aproximando o rosto do meu. – Poderíamos nos divertir um pouco aí dentro.

– Meus pais adorariam saber de sua ideia, Malik. – Eu digo, sorrindo e desviando de seu beijo. – Que abusado! Beijos só depois do segundo encontro. – Brinco, recebendo um sorriso malicioso do mesmo em seguida.

– Mal posso esperar para depois do terceiro encontro, então. – Seus dedos me apertam a cintura e eu rio, pouco antes de a porta da entrada ser aberta.

– Sophie, você chegou. Seus pais estavam preocupados.

Quando me virei, era Róger. Acho que ele e meus pais haviam saído hoje, mas não pensei que ele ficaria. Com um sorriso amigável, ele muda drasticamente o rosto quando vê Zayn, o que me desperta curiosidade e estranhamento.

– Róger, esse é o Zayn. – Aponto de um para o outro, observando enquanto o senhor rapidamente muda o semblante, tornando-se novamente amigável. – E Zayn, esse é o Róger. – Quando vou ver Zayn, ele parece mudado.

O sorriso de antes não estava mais lá, e o típico olhar distante lhe preenchia a face enquanto Róger lhe estendia a mão.

Oh! Então você é o cara que ia sair com Sophie. Ela ficou bem empolgada com esse encontro. – Ele sorri, a mão ainda aguardando pela retribuição de Zayn quando ele assim fez, tão sério e vazio que eu não pude disfarçar a curiosidade e preocupação diante disso. – Prazer Zayn, sou Róger Rosicco.

– Eu preciso ir. – O mais novo diz, soltando-se rapidamente de mim e do Róger. – Nos falamos depois. – Anuncia, indo rapidamente ao carro sem se despedir de fato.

O que foi aquilo?



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