NO CAPÍTULO ANTERIOR: Comecei a traçar uma linha de beijos desde sua boca, passando pelo seu pescoço até quase chegar em seus peitos, coloquei minha mão esquerda sobre um deles e olhei para seu rosto como se pedisse permissão para fazer o que queria..
Continuando...
Ela apenas balançou a cabeça levemente com os olhos fechados e eu fiz... Foi uma sensação totalmente diferente de todas que eu já havia tido em toda a minha vida, parecia até que eu nunca tinha feito aquilo. Eu estava sentindo algo bom e inexplicável em meu estomago, era como se eu estivesse com a pessoa mais perfeita em todos os sentidos ali (se bem que na minha concepção era mesmo).
As coisas foram se intensificando mais e mais e quando dei por mim, nós dois estávamos completamente nus e eu, novamente depois de muito trocarmos de posição, estava por cima dela. Aquilo era como um sonho, que, há alguns dias atrás eu tinha certeza absoluta de que nunca se realizaria.
-Andy?- Nicka me chamou me interrompendo de meus pensamentos e só o que eu pude fazer foi beijá-la e dar continuação ao que estávamos fazendo, obviamente já estávamos em um momento em que eu “obrigatoriamente” já estava bem mais calmo, porque... É assim que você deve agir em um momento como esse, principalmente se você ama a pessoa, e mais ainda se essa pessoa nunca fez algo assim.
Sim, acreditam que mesmo depois que terminarmos e ela ir para a Alemanha (“terminarmos”, que eu saiba só ela que terminou), ela não ficou com ninguém, assim como eu e ter certeza disso me deixou muito mais confiante, era como se nenhum daqueles meses sem ela tivesse acontecido, como se aquilo que estávamos fazendo apagasse qualquer coisa ruim que já tivesse acontecido conosco...
Mais ou menos 1h e 30m depois
E então pude ouvir seu último gemido daquela noite, ver seus olhinhos se fechando e seu sorriso se abrindo, era como a visão do paraíso, só que melhorada porque não existe nenhuma outra Nicka como aquela. Ajeitei mais ou menos o lugar da cama onde estávamos, porque... Ele estava BEM bagunçado e me deitei ai seu lado, logo abraçando sua cintura e aconchegando sua cabeça em meu peito de modo que ela olhava para frente, mas ainda conseguia olhar para o meu rosto se quisesse (deu pré entender? Espero que sim). Eu não me preocupei muito em pegar nossas roupas para vestirmos (não, para colocarmos fogo...) porque não tinha muita necessidade e... Na verdade eu nem fazia idéia de em qual canto daquele quarto elas estavam.
-Amor?- Eu disse chamando sua atenção enquanto fazia carinho em seus cabelos. Ela não me respondeu com palavras, mas quem precisaria disso sendo que ela me olhou com aqueles olhos grandes e aquele sorriso maravilhoso como resposta? –Quer me falar como você ta?- Eu não fazia a mínima idéia de como perguntar aquilo pra ela, mas queria saber como ela estava se sentindo naquele momento.
-Quer mesmo saber?- Talvez não mais depois dessa pergunta... Ok, por mais que ela estivesse toda sorridente pra mim e tal, eu tinha plena consciência que poderia sim dela acabar se arrependendo, eu sair como o errado dessa história e ela de novo nunca mais querer de ver, só que dessa vez seria definitivo. Porém, apesar se eu saber disso, eu queria muito ouvir ela dizendo que gostou, ou... Qualquer coisa que me deixasse melhor ainda e me fizesse passar aquela noite como a melhor da minha vida (melhor do que já estava sendo).
-Claro que sim minha linda- Eu disse e ela “subiu” um pouco o corpo para que pudesse me dar um selinho.
-Ok, já que pediu...- Aquilo me deixou com mais medo ainda de sua resposta, lógico, mas agora não tinha mais jeito, só poderia ficar ali e esperar ela responder o que quisesse, ou melhor, como estava se sentindo- Eu estou me sentindo maravilhosamente bem- Ela se aproximou um pouco mais e, de uma maneira um pouco desajeitada, continuou sua resposta em meu ouvido (ou quase...)- Desde que eu abri aquela porta e te vi, essa vem sendo a melhor noite da minha vida, e foi melhorando cada vez mais- Confesso que essa resposta me deu um certo alivio ate, do medo que eu estava sentindo antes, mas... Eu fiquei meio que sem resposta, não sabia exatamente o que falar.
-Eu te amo muito Dominika... Minha Nicka- Foi só o que eu consegui dizer e agora ate parece idiota ou... Parece que eu tava dizendo indiretamente que pra mim, aquela noite nem tinha sido tão boa assim quanto pra ela, mas não era isso e eu esperava, do fundo do meu coração que ela tivesse entendido.
-Acho que nem preciso dizer porque já sabe, mas eu gosto de sempre repetir e estava com saudade disso, então... Eu também te amo muito meu Andrew- Ela me respondeu e então nos beijamos novamente.
E o resto da noite (ou da madrugada para ser mais específico) foi assim, nós dois deitados no meio de uma bagunça que nos mesmos fizemos (não sei como já que o quarto estava praticamente vazio), trocando carinhos e, como ela mesmo disse, nos sentindo maravilhosamente bem. Obviamente chegou uma hora em que ela já não estava mais falando tão rápido e nem na mesma altura que antes por estar cansada, ela ficou assim (cansada) bem mais rápido que eu, talvez por não estar acostumada... Mas apesar de eu estar com disposição o suficiente para ficar a noite toda acordado com ela, eu a respeitei e apenas lhe abracei da maneira mais delicada possível, indicando que ela poderia dormir e que eu continuaria ali do seu lado. Tudo bem que antes dela dormir eu tentei pelo menos um pouquinho, levá-la para um banho, (junto comigo, claro), mas não funcionou, ela estava realmente cansada, então deixei que ela dormisse e alguns minutos depois foi a minha vez de adormecer...
Sábado 06h45min
Acordei com um barulho infernal de campainha diversas vezes no meu ouvido, eu ia me despertando aos poucos e parecia que quanto mais “acordado” eu estava, mais alto o som da campainha ficava. Nicka ainda estava dormindo ao meu lado como se nada estivesse acontecendo, como se não tivesse ninguém quase abrindo um buraco com o dedo no interruptor da campainha (é certo falar assim?). Eu tentei, com todas as minhas forças ignorar aquele barulho e voltar a dormir feliz assim como estava minha pequena ruivinha ao meu lado, porém um breve flash de todo o dia anterior começou a passar pela minha cabeça, mas eu o interrompi no momento em que me lembrei que tinha um trabalho, e que eu ia nesse trabalho nos sábados também, e que esse trabalho começava às sete da manha, e que eu estava atrasado.
Infelizmente eu tive que me levantar (queria ressaltar aqui que eu fiz isso muito rápido e acabei ficando meio tonto assim que fiquei de pé, mas logo fiquei melhor), e isso fez com que Nicka acordasse um pouco assustada, assim que ela me viu em pé, ela se sentou na cama e me olhou um pouco triste, como se estivesse achando que eu tava me preparando para ir embora sem falar nada com ela. Claro que eu estava me arrumando porque tinha que trabalhar e claro que eu a acordaria porque tinha uma pessoa querendo muito falar com ela (espero que não seja alguém desagradável que nem nas duas ultimas vezes que a campainha tocou assim naquela casa) e também porque eu não sairia assim sem me despedir adequadamente né.
-Está indo embora Andy?- Ela me perguntou com a voz doce como sempre, mas um pouco lenta, obviamente por causa do sono.
-Bom... Eu acabei de me lembrar que tenho que trabalhar- Ficou até parecendo uma desculpa esfarrapada e me senti mal por isso- Mas é claro que eu te acordaria para me despedir e... Na verdade eu nem estaria indo trabalhar agora se não fosse alguém batendo a campainha daqui desesperadamente- Eu ainda ia dizer que alguém precisava falar com ela urgentemente, mas ela me interrompeu antes pulando da cama e começando a procurar suas roupas da noite passada pelo chão. Uma cena linda que seria lindamente apreciada se eu não estivesse com tanta pressa.
-Ah... Desculpa, é que... Ainda bem que você não tem o sono tão pesado quanto o meu porque provavelmente eu não teria acordado com as campainhas- corrigindo, ela não acordou- e devem ser os novos donos dessa casa com o caminhão pra levar o restinho das minhas coisas para a casa do meu tio- Não deu para conversarmos direito porque ela estava apressada para se arrumar e eu estava apressado para chegar logo no trabalho.
Então assim que Nicka terminou de se arrumar, lhe dei um beijo e me despedi dentro e casa mesmo, disse que a amo e então descemos, ela abriu a porta e realmente eram os novos donos da casa com um caminhão bem grande, tinham duas crianças, uma moça que aparentava ter seus 40 anos, e um velho que estava entrando no caminhão, parecia até que estava indo embora pela demora, Nicka começou a se explicar e eu montei em minha moto para ir em direção ao trabalho, achei que a liguei, ela desviou sua atenção para mim, então lhe mandei um beijo no ar, ela riu e entrou em sua antiga casa com os novos moradores para começarem a tirar os moveis que restaram.
No trabalho foi normal, vocês sabem né, como sempre. Por incrível que pareça eu consegui chegar a tempo de não ser xingado pela chefe, sentei em minha mesa e apenas fiz o que tinha de fazer. Meus pensamentos não saiam nunca de Nicka, ficava relembrando no que tinha acontecido na noite passada e imaginando como ela estaria naquele momento, se ela estava bem, se ainda estava cansada, se também estava pensando em mim, se queria me ver mais. Mas teve uma hora que meus pensamentos foram interrompidos pela minha colega que disse que eu estava mais “aéreo” que o normal e que já podíamos ir embora.
Era sábado e, como todo sábado, eu ainda tinha curso, porém eu podia escolher entre ir aquela hora ou no horário que vou todos os dias (porque nos sábados eu saia mais cedo do trabalho), então eu decidi ir para minha casinha, colocar meu celularzinho para carregar e mandar uma mensagem para minha Nicka. Foi exatamente o que eu fiz, não demorei muito para chegar, tomei um banho enquanto meu celular carregava um pouco (moto g não liga com menos de 6 por cento de bateria, eu acho), e quando terminei, escrevi uma mensagem:
“Boa tarde meu amor, como você está? Espero que esteja bem e que esteja dando certo a sua “mudança”, bom... Eu sei que não deu para nos despedirmos direito hoje mais cedo e eu queria muito conversar direito com você sobre varias coisas, então... quando tiver um tempo, me responde essa mensagem ou me liga para marcarmos uma hora.
Boa sorte com os moveis, te amo muito e até depois”
Mandei a mensagem e logo chegou para ela, mas acredito que não tenha visto porque não respondeu de imediato, eu queria muito ver ela, já estava com saudades e essas coisas que eu disse que queria conversar direito, eram... A noite passada e o fato de estar quase chegando o dia de ela voltar para a Alemanha, não conseguia nem pensar naquilo sem receber uma pontada no coração. Mas eu também não queria ficar que nem bobo esperando ela me responder olhando para a tela do celular, então me levantei da cama e fui comer algo...
Já estava novamente na hora do curso e até aquela hora Nicka não havia me respondido sequer uma palavra, o que será que aconteceu? Será que ela está bem? Será que não quer mais me ver? Ou será que eu lhe assustei com aquele papo de querer conversar direito?
Pode até parecer besteira, mas era impossível não começar a me desesperar...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.