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História I'm afraid - I'm here for you


Escrita por: Supreme_Girl

Notas do Autor


{ANTES DE LER A HISTÓRIA, LEIAM ISSO AQUI!}
Oi meus amores <3
Então pra começar, eu queria falar que a história não é só risadas e brincadeiras, tem muita crítica, e a gente deve falar sério às vezes, né? Portanto, esse capítulo é uma introdução e uma pequena exposição desse assunto que é bissexualidade.
Eu sei que é um assunto sério e pode ter certeza que eu não taria aqui escrevendo sobre se eu não soubesse do que eu tô falando, ok? Algumas coisas eu pesquisei e outras são experiência própria porque eu também sou bissexual.
Então tá avisado, se comentar merda aqui embaixo eu vou fingir que não vi. É um assunto delicado e precisava e ser abordado, então o capítulo ficou meio parado assim por causa disso. A história não é só ação ação e ação. Não dá entende? Eu precisava fazer um capítulo especialmente sobre isso que o Yoongi está passando.
Espero que gostem nos vemos lá nas notas finais.

Capítulo 12 - I'm here for you


Yoongi

Quando eu era criança, minha mãe dizia que quando nos apaixonávamos sentíamos coisas estranhas.

Lembro que sempre pedia para que ela definisse “as coisas estranhas”, ela dava de ombros e falava sempre as mesmas coisas: as mãos suavam, dava um frio na barriga junto com uma vontade de estar sempre com a pessoa. Falava também “dos coisos” que mamãe Jiwoo a fazia sentir e da raiva que ela tinha por isso.

Também que o cheiro da pessoa vira nosso perfume preferido e esses blábláblás.

Eu amo o cheiro do Hobi.

Mas eu não posso estar apaixonado por ele. Digo, ele é um garoto. Certo, esse discurso ‘tá chato e repetitivo... Mas, ah eu realmente não sei. ‘Tô confuso.

— Mãe... — Sentei-me no balcão da cozinha, enquanto via minha mãe cortando alguns legumes para o almoço.

— Oi — disse e se virou para mim. — Desce do balcão, Yoongi! — me repreendeu e eu a obedeci. — O que foi, filho? — perguntou com a voz suave e os olhos atentos a faca que empunhava.

Minha mãe, Ayumi, sempre fora a mais compreensiva comigo e minha melhor amiga, junto com a Jiwoo — sim, minhas mães são minhas melhores amigas, e eu não ‘tô nem aí. Então, ela é a pessoa certa para isso, né?

— Mãe, eu posso gostar de um garoto? — falei direto, não sou “ rodeios”. Ela repousou a faca em cima da tábua de cortar carne e sentou-se em uma cadeira à minha frente.

— Como assim? — questionou e segurou uma de minhas mãos. Arqueei uma sobrancelha encarando um pouco confuso nossas mãos; ela ‘tá tentando me consolar? Pelo que? Praticamente lendo meus pensamentos, deu de ombros e sorriu.

— Ahn... Eu acho que gosto de um garoto... Digo mais do que amigo — declarei um pouco incerto, por esse terreno em que estou pisando ainda não ter sido explorado.

— E qual o problema? — Sorriu acolhedora.

— Eu gosto de um garoto, esse é o problema — dei ênfase na palavra “garoto”. Ela suspirou e reprimiu um riso.

— E qual o problema? — Levantou-se e voltou a cortar os legumes.

— Mãe, isso ‘tá ficando meio chato.

— Mas o que você quer que eu diga, Yoongi? — Riu soprado.

— Sei lá! Que tal aqueles seus conselhos agora?! — ironizei um pouco desesperado. — Mãe, eu ‘tô confuso ‘pra caralho. Eu sou fissurado no cheiro do Hoseok, sinto borboletas no estômago quando ‘tô com ele, e quando nós brigamos, eu queria me bater por ter feito besteira e ter de ficar longe dele! — despejei tudo que me confundia de uma só vez em minha mãe que simplesmente me olhou por cima dos ombros, sorrindo. — Mãe, eu não quero ficar longe do Hobi! E também não quero estar apaixonado por ele! — exclamei e senti lágrimas querendo sair.

Eu odeio expor sentimentos. Mas, precisava exteriorizar isso antes que eu enlouqueça.

— Yoongi... — começou minha mãe, mas eu a interrompi.

— Eu sinto isso há um bom tempo, mas sempre pensei que só gostava dele assim por ser meu melhor amigo! Mas não! Mãe, eu ‘tô muito confuso!

Ela desandou a rir e eu a chorar.

— Calma, bebê. — Deu a volta na no balcão e me abraçou, fazendo aquele carinho gostoso que só mãe sabe fazer. — Tudo bem sentir isso. Não é errado. — Segura meu rosto com as duas mãos, me fazendo encará-la. — Errado é reprimir isso.

— Mãe, eu sou gay? Tudo bem para você ter um filho gay? Como se chama o que dá? Mãe e se eu for-

— Yoongi!

— Desculpa. — Abaixei a cabeça, encarando meus pés balançantes na cadeira.

— Se você é gay, eu não sei. — Sorriu maliciosa. — Olha bem ‘pra minha cara e ‘pra minha situação: ‘cê acha mesmo que eu não vou aceitar? E o que “dá” — faz aspas com os dedos. — É o passivo. Por quê? — explica com a voz maliciosa e sorri.

Senti meu rosto queimar de vergonha.

Minha mãe é super compreensiva, mas é uma mente suja do caralho.

Mostrei a língua e baixei o olhar novamente. — Eu ainda gosto de garotas — declarei e ela soltou meu rosto suavemente.

— ‘Tá... Qual a porra do problema, Yoongi? — perguntou em tom de brincadeira. — Não vai me dizer que o problema é ser hétero, porque senão eu vou dar na sua cara!

Ah, é! Minha mãe também não tem esses mimimi de não falar palavrão. Para falar a verdade, a maioria dos que eu sei foi ela que me ensinou. O que eu fiz para merecer essas mães?

— Mãe!

— Desculpa, me exaltei. — Abanou o próprio rosto enquanto sorria.

— Dá para gostar dos dois? — Encarei seus olhos.

Minha mãe é tão linda. Seus cabelos loiros contrastam tão bem com seus olhos pretos. Uma japonesa com sangue americano, que bela combinação.

Não é a toa que eu sou tão lindo.

— Claro que dá! — exclamou erguendo as mãos ao alto como se eu tivesse feito a pergunta mais óbvia do mundo.

Sequei as pequenas lágrimas que escorreram em meu momento de fraqueza e encarei o nada.

—Mãe, como se chama isso?

— Isso o que?

— Gostar dos dois.

— Ah... Bissexualidade, por quê? — Já li sobre isso uma vez na internet.

— Mãe, que ‘que eu faço? — Ela ergueu uma sobrancelha em questionamento, mas eu completei. — Tipo, de qual eu gosto mais?

— E eu vou saber, Yoongi? — Certo, isso foi bem idiota.

— Se eu for o que dá, como eu vou comer uma menina sendo que eu também dou? — finalmente pergunto a dúvida que vem me perseguindo desde que essa conversa começou.

Minha mãe desandou a rir. Gargalhou por uns cinco minutos e toda a vez que eu bufava e tentava me levantar para ir para o quarto, ela segurava meu braço e em meio às risadas murmurava um “Espera... Espera”

E assim se passaram dez minutos até que ela se recuperasse da minha pergunta. Cara, isso não tem graça nenhuma! É assunto sério! Babaca!

— Nunca mais vou falar com você! — gritei extremamente irritado, e ela sorriu debochada. Aí, que ódio.

— Primeiramente, olha o palavreado, Yoongi! “Comer” é uma expressão vulgar para um garotinho como você. — Mostrei a língua e ela ergueu um segundo dedo. —Segundamente, o cu é seu, você dá ‘pra quem quiser e come quem quiser, isso não interessa a mim. Porém, “dar” não vai afetar em nada a sua condição de ativo — declara confiante.

— Isso é constrangedor. — Escondi meu rosto em minhas mãos.

— Amor. — Segurou novamente meu rosto entre as suas mãos delicadas e me encarou séria. — Eu te amo. Você é a melhor coisa que já me aconteceu. Digo isso por mim e pela Jiwoo: tudo bem gostar de garotos, tudo bem gostar de garotas, tudo bem gostar de transexuais-

— Mãe, eu não gosto de transe-

— Cala a boca que eu ‘tô falando — repreendeu séria e logo após sorriu. — Onde eu ‘tava mesmo? Ah é! — Limpou a garganta e prosseguiu com o discurso do amor. — Nós vamos te amar independente disso, porque você é o nosso bebezinho e sempre será — terminou e me abraçou fortemente.

Eu ‘tava bem sensível e tive que me segurar para não chorar novamente. Sentia uma euforia crescente em meu peito e comecei a sorrir para o nada, enquanto minha mãe me sufocava.

— Mãe, eu preciso fazer uma coisa agora — disse e ela me soltou.

— Que coisa? —questionou com uma sobrancelha arqueada.

Uma. Duas. Três batidas na porta até que alguém a atendesse.

Depois da última sexta-feira — acho que era sábado, depois da festa, que seja! —, não vi mais Hoseok, então não havia como saber se ele ainda me odiava ou não. Portanto, sim, eu resolvi bater na casa do meu ex melhor amigo — por parte dele, só para constar — em um domingo à tarde sem saber se ele continuava devotando seu ódio a mim. Não que eu tenha muita coisa a perder, afinal eu moro ali do lado.

— Oi. — Sorri um pouco sem graça. — Podemos conversar?


Notas Finais


Gostaram da participação especial de uma das mães do Yoongi? Eu precisava aprofundar um pouco as relações de mãe e filho. Sim, acho legal ter histórias paralelas a principal, assim sabe, mesmo que a principal esteja envolvida.
Não vou fazer notas quilométricas nas finais porque já basta as iniciais né?
Espero que tenham gostado, deem suas opiniões, me ajuda muito.
Próximos capítulos vão ser fogo. Juro.
~Chu


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